Princípios do Dir. Administrativo Flashcards
O que é regime jurídico?
Um conjunto de normas jurídicas que disciplinam as relações jurídicas pelos sujeitos de uma sociedade. É dividido em regime de direito público e regime de direito privado.
O que regime de direito público?
O regime de direito público consiste num conjunto de normas jurídicas que disciplinam poderes, deveres e direitos vinculados diretamente à supremacia e à indisponibilidade dos direitos fundamentais.
É aquele aplicado no exercício da função pública, buscando satisfazer os interesses indisponíveis da sociedade.
O que é regime de direito provado?
Normalmente direcionado para os particulares, trata das relações individuais da população. Indivíduos estão em igualdade de condições em suas relações jurídicas (horizontalidade)
Qual o regime jurídico aplicável à administração pública?
A Administração Pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou de direito público. A
aplicação do regime jurídico é feita conforme determina a Constituição ou as leis, levando em consideração
a necessidade, ou não, de a Administração encontrar-se em situação de superioridade em relação ao
particular.
Todavia,
mesmo quando emprega modelos privatísticos, nunca será integral a submissão ao direito privado. Vale
dizer: mesmo quando ocorre a aplicação do regime de direito privado, a sua utilização não será isolada,
pois haverá, de alguma forma, aplicação de regras de direito público.
Qual a diferença entre ‘regime jurídico da administração pública’ e ‘regime jurídico da administração’?
regime jurídico da Administração
Pública, em sentido amplo, são os regimes de direito público e de direito privado a que pode
submeter-se a Administração Pública.
Por outro lado, regime jurídico
administrativo abrange tão somente o “conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito
Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico-administrativa”.
Quais os aspectos do regime jurídico administrativo?
de um lado, estão as prerrogativas, que
representam alguns privilégios para a Administração dentro das relações jurídicas; de outro, encontram-se
as sujeições, que são restrições de liberdade de ação para a Administração Pública.
Diferencie os aspectos de prerrogativas e sujeições do regime jurídico administrativo.
s prerrogativas ou privilégios são regras, desconhecidas no direito privado, que colocam a Administração
em condições de superioridade nas relações com o particular. São faculdades especiais que o setor público
dispõe, como, por exemplo, o poder de requisitar bens e serviços, de ocupar temporariamente imóvel
alheio, de aplicar sanções administrativas, de alterar ou rescindir unilateralmente os contratos
administrativos, de impor medidas de polícia, etc.2
Por outro lado, as sujeições ou restrições retiram ou diminuem a liberdade da Administração quando
comparada com o particular, sob pena de nulidade do ato administrativo ou, até mesmo, de
responsabilidade da autoridade que o editou. São exemplos a necessidade de observar a finalidade pública
ou de pautar-se segundo os princípios da moralidade, legalidade e publicidade. Além desses, podemos
mencionar a sujeição à realização de concurso público para selecionar pessoal e de fazer licitação para
firmar contratos com particulares.
Em quais princípios manifestam-se os aspectos do regime jurídico administrativo?
As prerrogativas e sujeições, conforme ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello, traduzem-se,
respectivamente, nos princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e na
indisponibilidade do interesse público
O que são princípios administrativos?
Os princípios administrativos são os valores, as diretrizes, os mandamentos mais gerais que orientam a
elaboração das leis administrativas, direcionam a atuação da Administração Pública e condicionam a
validade de todos os atos administrativos
O que são princípios explícitos e implícitos?
Os princípios podem ser expressos, quando estão previstos taxativamente em uma norma jurídica de
caráter geral; ou implícitos, quando não constam taxativamente em uma norma jurídica, decorrendo,
portanto, de outros princípios, da jurisprudência ou da doutrina.
Quais os dois sentidos do princípio da legalidade?
A legalidade apresenta dois significados distintos. O primeiro aplica-se aos administrados, isto é, às pessoas
e às organizações em geral. Conforme dispõe o inciso II do artigo 5º da CF/88, ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Dessa forma, para os administrados, tudo
o que não for proibido será permitido.
O segundo sentido do princípio da legalidade é aplicável à Administração e decorre diretamente do art. 37,
caput, da CF/88, impondo a atuação administrativa somente quando houver previsão legal. Portanto, a
Administração só poderá agir quando houver previsão legal. Por esse motivo, ele costuma ser chamado
de princípio da estrita legalidade
Diferencie o princípio da Legalidade com o princípio da Reserva legal.
O primeiro determina
que a atuação administrativa deve pautar-se na lei em sentido amplo, abrangendo qualquer tipo de norma,
desde a Constituição Federal até os atos administrativos normativos (regulamentos, regimentos, portarias
etc.). Por outro lado, a reserva legal significa que determinadas matérias devem ser regulamentadas
necessariamente por lei formal (lei em sentido estrito – leis ordinárias e complementares)
Cite exemplos de exceção ao princípio da legalidade.
- edição de medidas provisórias (CF, art. 62);
- decretação do estado de defesa (CF, art. 136) e
- decretação do estado de sítio (CF, arts. 137 a 139).
O que é o princípio da impessoalidade?
o princípio da impessoalidade representa a busca pela finalidade pública, o tratamento
isonômico aos administrados, a vedação de promoção pessoal e a necessidade de declarar o impedimento
ou suspeição de autoridade que não possua condições de julgar de forma igualitária.
Quantos sentidos tem o princípio da impessoalidade?
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