POVOS INDÍGENAS Flashcards
SAMBAQUIS
Montes arredondados encontrados desde a Bahia até o Rio Grande do Sul. Em torno dos sambaquis, vários povos viviam, faziam fogueiras, enterravam seus mortos, depositavam conchas de mariscos e alimentos.
ORIGEM DO NOME “ÍNDIO”
O nome “índio” teria surgido porque, ao chegar à América, Cristóvão Colombo pensou que estivesse na Índia e começou a chamar de índios os que viviam aqui.
ÍNDIOS: conceito e classificação
- Tais povos são marcados por uma generalização eurocêntrica que precisa ser desconstruída.
- Esses grupos são classificados por troncos linguísticos e subdivididos em comunidades.
- Destaque para os Tupi-guaranis que chamavam de tapuias (estrangeiro/bárbaro) aqueles que não falavam sua língua.
PRINCIPAIS TRAÇOS TUPI-GUARANIS
- Predominavam na faixa litorânea
- Moravam em aldeias com centenas e/ou poucos milhares de integrantes unidos por um elo familiar (“clã”)
- Sociedades hierarquizadas por critérios de hereditariedade, de força militar (cacique ou morubixaba) e conhecimentos (pagé ou xamã -cura)
- Eram semissedentários: caça, pesca, coleta, agricultura rudimentar; práticas de guerra; questões sagradas.
- Ausência da noção de propriedade privada.
- Eram animistas (cultuavam a natureza) e polidólatras (politeístas)
- Alguns praticavam antropofagia
ANTROPOFAGIA X CANIBALISMO
- Antropofagia: come para absorver virtudes.
- Canibalismo: come para se alimentar.
SÉCULOS XVI, XVII E XVIII
Período colonial
1500 (BRASIL)
- Descobrimento (termo que ignora o índio)
- Achamento (termo de Caminha com pretensões catequéticas)
- Invasão (termo de perspectiva indígena)
- Encontro (termo antropológico que sugere pacifismo)
- Chegada (termo narrativo)
1500 A 1530 (BRASIL)
Período pré-colonial: relações predominantemente amistosas, marcadas pelo escambo (troca).
1530 (BRASIL)
Início da escravização formal do índio autorizada pelo Foral (documento dado aos Capitães Donatários).
1549 (BRASIL)
Chegada dos primeiros jesuítas, junto do Governador Geral Tomé de Souza.
Ações jesuíticas para a catequese:
- Cura
- Teatro (auto)
- Canto
- Língua: língua geral Nhengatu = Tupi + Português (língua mais falada no Brasil por 2 séculos)
Ocorriam nas Missões ou Reduções
GUERRA JUSTA (BRASIL COLONIAL)
Contra os índios resistentes à catequese os jesuítas consideravam justa a escravização e a guerra = “era uma colonização entre a cruz e a espada” = GUERRA JUSTA (legitimação jesuítica para escravizar o índio)
1555 a 1570: CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS
- “Grande líder” = Cunhambebe
- Principal foco de resistência dos índios tupinambás (antropófagos) contra os portugueses, no RJ.
- Teve uma breve aliança com os franceses durante a França Antártica.
- Esse evento, esquecido pelos portugueses, por séculos, foi recuperado e exaltado pelos românticos indigenistas, no século XIX.
A VISÃO SOBRE O ÍNDIO: SÉCULO XVII: NORDESTE E SUDESTE
- NE: invasões holandesas. Visão protestante, mais cientificista, realista (retratos) e humanista sobre o índio, mas ainda preconceituosa.
- SE: bandeirantismo: visão do índio como selvagem inimigo escravo.
Obs: embora mais raros é importante destacar os relatos de alianças, trocas de conhecimentos e mestiçagens (mamelucas) entre bandeirantes e nativos.
SÉCULO XVIII: ÍNDIOS (Pombal)
- Política indigenista do Marquês de Pombal.
- “Índio livre ou subordinado ao Estado”.
- Ações: reforço da proibição da escravização confinamentos e/ou manipulação dos índios.
- Proibição do ensino em língua geral (nheengatu) e expulsão dos jesuítas: para evitar poderes paralelos ao Estado (política) e estimular o lucrativo tráfico negreiro (econômica).
SÉCULO XIX: ÍNDIO
- Visão romantizada, idealizado do índio como herói nacional, mas com valores europeizados.
- De maneira consciente ou não muitos românticos estavam idealizando os heróis nacionais indígenas e/ou brancos ignorando a matriz africana.