PESTE SUINA AFRICANA Flashcards
ETIOLOGIA
O Vírus da Peste Suína Africana é um
vírus de DNA grande, envelopado e de fita
dupla, que se replica principalmente nas
células do sistema fagocítico mononuclear. É
classificado como o único membro de uma
família chamada Vírus da Peste Suína Africana
(Asfarviridae).
OCORRÊNCIA E PATOGENIA PRINCIPAIS SINAIS CLÍNICOS
é uma doença hemorrágica altamente contagiosa dos porcos que produz uma ampla gama de sinais clínicos e lesões que se assemelham àquelas da
Peste Suína Clássica. Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis.
PRINCIPAIS SINAIS CLÍNICOS
As formas aguda, subaguda e crônica de PSA
ocorrem e as taxas de mortalidade variam de 0 a
100%, dependendo da virulência do vírus com o qual
os porcos são infectados.
A doença aguda é caracterizada por um curto período de incubação de3 a 7 dias, seguido de febre alta (até 42 ° C) e morte em 5 a 10 dias.
Os sinais clínicos menos variáveis são perda de apetite, depressão e decúbito; outros sinais incluem hiperemia da pele da orelha, abdômen
e pernas; dificuldade respiratória; vômito;
sangramento do nariz ou reto; e às vezes diarreia. O
aborto é o primeiro evento visto em um surto. A
doença crônica é caracterizada por emagrecimento,
articulações inchadas e problemas respiratórios.
SITUAÇÃO ZOOSSANITÁRIA (2018): Última ocorrência registrada em janeiro de 1981.
Um surto no sul do Brasil em 1978-1979 foi erradicado e o Brasil recuperou seu status de livre de ASF em dezembro de 1984.
VERDADEIRO
Na África, o vírus produz infecção inaparente em duas espécies de suínos selvagens - javali (Phacochoerus
aethiopicus) e porco selvagem (Potamochoerus porcus) - e no carrapato Ornithodoros moubata.
O Vírus é mantido na África por um ciclo natural de transmissão entre javalis e o
vetor carrapato, que habita tocas de javalis e das quais é improvável que seja eliminado. A
disseminação do vírus dos reservatórios da vida selvagem para os porcos domésticos pode
ser causada pela picada de um carrapato infectado ou pela ingestão de tecidos de javalis.
VERDADEIRO
DIAGNÓSTICO
O vírus não pode ser diferenciado da Peste Suína Clássica por exame clínico ou post-mortem. Amostras de sangue, soro, baço, amígdala e linfonodos de casos suspeitos devem ser submetidos ao laboratório para confirmação.
O vírus pode ser isolado por inoculação de culturas
primárias de monócitos, nas quais produz hemadsorção de glóbulos vermelhos de porco na superfície das células infectadas. O vírus da peste suína clássica não se replica nessas células.
PROVAS PARA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- Detecção do ácido nucleico viral (DNA) por RT-PCR em tempo real.
- Isolamento viral.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Peste suína clássica (PSC), doença de Aujeszky (DA), PRRS, circovirose, salmonelose, pasteurelose, parvovirose, diarreia viral bovina (BVD), leptospirose, erisipela, infecções por Streptococcus sp., Haemophilus parasuis e intoxicação por cumarínicos
DEFINIÇÃO DE CASO
Caso ou foco confirmado: registro, em uma unidade epidemiológica, de pelo menos um caso que atenda a
um ou mais dos seguintes critérios:
1) isolamento e identificação do vírus da PSA em amostras procedentes de suínos, com ou sem sinais
clínicos da doença;
2) detecção de antígeno viral ou ácido nucleico específico do vírus da PSA em amostras procedentes de suínos com sinais clínicos da doença;
OBS: o primeiro caso/foco no país deverá ser confirmado conforme o critério de confirmação descrito no
item 1) com isolamento e identificação do vírus.
MEDIDAS A SEREM APLICADAS
A ocorrência de um foco de PSA, configura uma situação de EMERGÊNCIA SANITÁRIA.
Medidas aplicáveis em investigação de SUSPEITO de doença hemorrágica: Interdição da
unidade epidemiológica, rastreamento de ingresso e egresso, investigação de vínculos epidemiológicos,
colheita de amostras para diagnóstico laboratorial, isolamento dos animais.
MEDIDAS A SEREM APLICADAS
A ocorrência de um foco de PSA, em todo o território nacional, configura uma situação de EMERGÊNCIA
SANITÁRIA com a adoção imediata de medidas sanitárias para impedir a disseminação da doença e eliminar o foco o mais rapidamente possível.
Medidas aplicáveis em focos de PSA: Eliminação de casos e contatos na unidade epidemiológica, destruição das carcaças, desinfecção, utilização de animais sentinelas e comprovação de ausência de circulação viral,
vigilância dentro da zona de contenção e proteção.
PRAZO PARA ENCERRAMENTO DE FOCO / CONCLUSÃO DAS INVESTIGAÇÕES
Nas suspeitas descartadas a investigação pode ser concluída imediatamente.
Nos casos prováveis de doença hemorrágica a investigação pode ser encerrada após diagnóstico final negativo de PSC e PSA.
Um foco de PSA somente será encerrado após a eliminação dos animais positivos e comprovação de ausência de circulação viral.
Suspeita Descartada: ?
Caso Descartado:?
Suspeita Descartada: caso suspeito cuja investigação do SVO demonstrou não ser compatível com PSA.
Caso Descartado: caso provável que não atendeu aos critérios de confirmação de caso.
ORIENTAÇÃO PARA COLHEITA DE AMOSTRA Eutanasiar o (s) animal (ais) doente (s) e colher amostras.
tonsila,
baço, linfonodos,
porção distal do íleo
e sangue total com EDTA (sendo 20 g de cada órgão e 5 ml de sangue total). Acondicionar separadamente
em frascos ou sacos plásticos, identificados.
Remeter as amostras congeladas.
Em nenhuma hipótese deve ser colhido e enviado um órgão de um só animal. Devido à grande variação
individual nos quadros virológicos e imunológicos de PSA, quanto maior o número de animais coletados,
maior a chance de um diagnóstico correto