Perguntas Flashcards

1
Q

Definição: Medicina Preventiva

A

Especialidade que agrega o conhecimento da medicina clínica com as práticas de gestão médica, investigação e saúde pública.

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2
Q

2 tipos de intervenção sobre risco

A
  • Procurar diminuir a mortalidade e a morbilidade (individual)
  • Procurar diminuir a incidência e a prevalência (populacional)
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3
Q

Definição: carga de doença

A

Soma dos DALY (disability adjusted life years), comparando o tempo de vida entre uma população em risco e uma população ideal no que toca à longevidade.

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4
Q

Doença com mais carga de doença em Portugal

A

Doença oncológica

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5
Q

Determinantes com maior efeito sobre a saúde em Portugal (6)

A

Álcool, uso abusivo de substâncias, dieta, hipertensão arterial, tabagismo, IMC

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6
Q

3º objetivo do desenvolvimento sustentável da ONU

A

Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades

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7
Q

Definição: determinantes da saúde

A

Fatores que influenciam a saúde de modo positivo ou negativo

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8
Q

Definição de Saúde pela OMS (1948)

A

A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença

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9
Q

Críticas à definição de saúde da OMS (5)

A
  • Pouco dinamismo: a saúde deve ser visto como algo contínuo e não como um estado
  • O “bem-estar” é muito subjetivo
  • Caráter utópico
  • Irrealismo
  • Falta de referência à funcionalidade
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10
Q

Documentos de códigos e classificações da OMS (2)

A
  • Classificação Internacional de Doenças (CID)

- Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF)

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11
Q

Indicadores de medição de uma população mais frequentes (4)

A
  • Esperança de vida à nascença
  • Taxa de mortalidade infantil
  • Taxa de incidência
  • Taxa de prevalência
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12
Q

Definição: Taxa de mortalidade infantil

A

Nº de crianças que morre antes de completar 1 ano em cada 1000 nados vivos

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13
Q

Definição: Modelo causal da doença

A

A interação entre a causa e a pessoa origina a doença

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14
Q

Crítica ao Modelo causal da doença

A

Não avalia a interação do agente com o ambiente

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15
Q

Definição: Tríade da saúde / Tríade de ferro

A

A pessoa, o ambiente e a saúde são os fatores necessários à ocorrência da doença

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16
Q

Qual o modelo que se seguiu à tríade da saúde?

A

Modelo biopsicossocial

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17
Q

Qual o modelo atualmente adotado para doenças infeciosas?

A

Modelo agente-hospedeiro-ambiente

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18
Q

Exemplos de determinantes da saúde

A
  • Padrões de vida
  • Justiça social
  • Políticas governamentais
  • Contribuições intersociais (ONG, segurança social, religião)
  • Disseminação da informação
  • Literacia
  • Herança genética
  • Sexo
  • Idade
  • Estilo de vida
  • Condições socioeconómicas
  • Serviços de Saúde
  • Nutrição e alimentação
  • Ciência e tecnologia
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19
Q

Exemplos de determinantes do estilo de vida

A
  • Ocupação/profissão
  • Capacidade de compra
  • Habitação
  • Apoio social
  • Nutrição
  • Poluição ambiental
  • Reprodução
  • Saúde mental
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20
Q

Importância do PIB na saúde

A

Nos países com PIB elevado, a esperança de vida à nascença e o nível de educação têm uma proporcionalidade direta. Nos países com PIB baixo, não há esta relação porque não é apenas a educação que influencia a esperança de vida, mas também os rendimentos (PIB).

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21
Q

Definição: Prevenção à luz de Hipócrates

A

Impedimento de propagação de epidemias

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22
Q

Fatores que conduzem à resistência a antibióticos (4)

A
  • Automedicação
  • Empréstimo de antibióticos
  • Toma de antibióticos em doença fraca
  • Utilização excessiva de antibióticos
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23
Q

Quem formou e quando foi formado o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos?

A

Direção Geral de Saúde em 2013

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24
Q

Razões que conduzem à indução da procura (2)

A
  • Frequência de prescrição excessiva de medicamentos, rastreios, Rx, TCs, consultas, entre outros
  • Medicina defensiva
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25
Q

Definição: Medicina defensiva

A

Utilização excessiva de medicações e examinações na procura de “prevenir” doenças das quais o paciente ainda não sofre, por medo que esta surja. A prevenção quaternária pretende combatê-la

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26
Q

Formas de combater a indução à procura e a medicina defensiva (4)

A
  • Reduzir a procura desnecessária
  • Promover a educação para a saúde
  • Analisar o custo-benefício de um medicamento ou tratamento
  • Explicar o custo financeiro de qualquer medida ao paciente
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27
Q

Fatores procurados pela Medicina Preventiva quanto à saúde sexual e reprodutiva (7)

A
  • Aceitação da sexualidade
  • Contracepção segura e adequada
  • Prevenção de DSTs
  • Planeamento familiar
  • Nascimento do 1º filho até aos 30 anos
  • Acesso generalizado à PMA
  • Acesso à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG)
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28
Q

Situações em que NÃO é necessário consentimento segundo o Conselho para a Organização Internacional das Ciências Médicas em 1949 (3)

A
  • O consentimento é impraticável (falecidos ou nº elevado de participantes)
  • A confidencialidade está salvaguardada
  • Os resultados esperados são importantes (epidemiologia)
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29
Q

Fatores que levantam suspeitas contra a confidencialidade de dados médicos (3)

A
  • Ficheiros em bases de dados
  • Registos de saúde Big Data
  • Ficheiros manuais
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30
Q

Percentagem de proteção da vacina contra o cancro do colo do útero

A

60-70%

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31
Q

Rastreios feitos quanto a fatores de risco comportamentais e familiares

A
  • Diabetes
  • Dislipidémia
  • Glaucoma
  • Disacúdia infantil
  • Cataratas
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32
Q

Percentagem do Orçamento da Saúde para os 3 tipos de cuidados

A
  1. Cuidados curativos ~77%
  2. Cuidados continuados e paliativos ~20%
  3. Cuidados preventivos ~1%
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33
Q

Tipos de pílulas de emergência existentes em Portugal

A
  • Com receita médica: até 3 dias após a relação sexual

- Sem receita médica: até 5 dias após a relação sexual

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34
Q

Percentagem de gravidez na adolescência em Portugal

A

4%

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35
Q

Porque é que países diferentes têm planos de vacinação nacionais diferentes se as vacinas têm o mesmo efeito e recomendação?

A

Ausência de custo-benefício de alguns países com menor margem financeira

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36
Q

Definição: História Natural da Doença

A

Desenvolvimento de uma doença que cursa continuamente sem que haja tentativa de cura. As intervenções do agente, do hospedeiro e do ambiente afetam o processo global da doença.

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37
Q

Fatores endógenos que condicionam ao aparecimento da doença (3)

A
  • Herança genética
  • Anatomia e fisiologia do indivíduo
  • Estilos de vida
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38
Q

Fatores exógenas que condicionam ao aparecimento da doença (3)

A
  • Ambiente biológico
  • Ambiente físico-químico
  • Ambiente sociocultural
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39
Q

Fases da história natural da doença (4)

A
  1. O agente não está em contacto com o hospedeiro
  2. O agente está em contacto com o hospedeiro, mas não causa sintomas.
  3. Horizonte clínico: o agente começa a causar sintomas ao hospedeiro
  4. O agente causa consequências ao hospedeiro: incapacidade, invalidez, morte ou recuperação.
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40
Q

Um maior número de rastreios aumenta ou diminui o horizonte clínico?

A

Diminui: ao se fazerem mais rastreios, verificam-se que situações que pareciam ser normais/assintomáticas já sejam consideradas patogénicas. Logo, deteta-se a doença mais cedo.

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41
Q

Definição: Prevenção Primordial

A

Evitar a adesão a fatores de risco pela criação de condições socioeconómicas ideais.

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42
Q

Definição: Prevenção Primária

A

Existindo fatores de risco, procurar diminui-los para evitar o aparecimento da doença

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43
Q

Definição: Prevenção Secundária

A

Existindo a doença, detetá-la e tratá-la precocemente para tentar trazer a normalidade ao paciente e para evitar a progressão doença e a ocorrência de sequelas

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44
Q

Definição: Prevenção Terciária

A

Havendo sequelas, procurar revertê-las por reabilitação

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45
Q

Definição: Prevenção Quaternária

A

Evitar com que os tratamentos médicos causem doença - iatrogenia

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46
Q

Definição: Prevenção Quinquenária

A

Evitar com que os médicos sofram de burnout, que por sua vez procura evitar o erro médico

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47
Q

Definição: Epidemia

A

Doença infeciosa e transmissível que ocorre numa comunidade e que tem potencial para se espalhar para outras regiões

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48
Q

Definição: Surto

A

Ocorrência epidémica restrita a um espaço muito delimitado, como um hospital

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49
Q

Definição: Endemia

A

Doença localizada numa faixa endémica, isto é, num espaço em que há a diminuição do número de casos ao longo do tempo.

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50
Q

Definição: Pandemia

A

Epidemia (doença infeciosa) que se espalha por um ou mais continentes, causando um número elevado de mortes e tendo uma ampla distribuição geográfica

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51
Q

Definição: Risco

A

Proporção de indivíduos que sofrem de um determinado evento de toda a população em risco, sendo que no início do estudo não tinham passado por esse evento

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52
Q

Fórmula: Risco Absoluto

A

nº de doentes por x fator / nº de pessoas com x fator

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53
Q

Fórmula: Redução de Risco Absoluto

A

RA com x fator - RA sem x fator

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54
Q

Fórmula: Número Necessário a Tratar

A

1 / RRA

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55
Q

Fórmula e Definição: Risco Relativo

A

RA com x fator / RA sem x fator

Quantas vezes é mais provável um indivíduo com x fator desenvolver uma doença em comparação com um indivíduo sem x fator

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56
Q

Fórmula e Definição: Redução do Risco Relativo

A

(RA com x fator - RA sem x fator) / RA com x fator

Proporção do risco dos indivíduos com x fator que é retirada por se deixar de ter o x fator

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57
Q

Fórmula: Odds ratio

A

(com doença e com fator x sem doença e sem fator) / (com doença e sem fator x sem doença e com fator)
ou seja
ad/bc

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58
Q

Quem inventou a vacina contra a varíola e quando?

A

Edward Jenner em 1796

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59
Q

A prevenção primordial tem foco nas doenças transmissíveis ou não-transmissíveis?

A

Não-transmissíveis (ex.: cardiovasculares, oncológicas, sedentarismo, obesidade)

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60
Q

Na Saúde Pública, há um domínio da estratégia individual ou da populacional?

A

Populacional

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61
Q

Qual é o tipo de prevenção que reduz a incidência de uma doença?

A

Prevenção primária

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62
Q

Definição: Promoção da saúde

A

Aumento das capacidades de controlo da saúde e da capacitação dos pacientes (empowerement). De 1986

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63
Q

Qual a relação entre a promoção e a educação para a saúde?

A

A educação para a saúde é uma ferramenta para a promoção da saúde

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64
Q

Definição: Capacitação

A

Desenvolvimento de competências sociais, pessoais e sistemáticas que levem a mudanças positivas e ao fortalecimento da capacidade de resolução de problemas

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65
Q

Definição: Empowerement

A

Processo de ação social que promove a participação das pessoas, organizações e comunidades no aumento do controlo individual e comunitário, da eficácia política e da melhoria da qualidade de vida

66
Q

3 exemplos primordiais da prevenção secundária

A
  • Identificação de contactos
  • Rastreios
  • Vacinação pós-exposição
67
Q

Definição: Rastreio

A

Identificação de doença em fase assintomática em pessoas que são aparentemente saudáveis, para encaminhá-las ao tratamento adequado

68
Q

Principais doenças identificáveis pelo teste do pezinho (6)

A
  • Fenilcetonúria
  • Hipotireoidismo congénito
  • Anemia falciforme
  • Hiperplasia adrenal congénita
  • Fibrose quística
  • Deficiência de biotinidase
69
Q

Fatores que determinam a efetividade de um rastreio (2)

A
  • Sensibilidade do rastreio

- Efetividade do tratamento oferecido aos indivíduos que têm a doença

70
Q

Definição: Programa de Rastreio

A

Esforço organizado pelos serviços de saúde ou estado que começa pela identificação dos indivíduos elegíveis e que tem repetição ao longo de um determinado período de tempo. Só é feito se existe um tratamento subsequente.

71
Q

Princípios de um rastreio segundo a OMS em 1968 (6)

A
  • Doença deve ser importante
  • Deve ter tratamento
  • Deve ter uma técnica de diagnóstico para identificação de casos precoces
  • Doença deve ter um estadio latente
  • Deve ser largamente aceite pela população
  • Deve-se conhecer a história natural da doença
72
Q

Reformulação dos princípios de um rastreio segundo a OMS em 2008 (3)

A
  • Identificação de quantas pessoas têm a doença
  • Redução da mortalidade
  • Definição de uma população-alvo
73
Q

Critérios para um bom teste de rastreio (6)

A
  • Sensibilidade
  • Especificidade
  • Simplicidade
  • Custo
  • Segurança
  • Aceitabilidade
74
Q

Definição: Nível de decisão “cut-off”

A

Nível a partir do qual se define se uma pessoa tem a doença ou não

75
Q

Critérios para um tratamento pós-rastreio (3)

A
  • Deve abranger os doentes identificados precocemente, com evidência que este é mais benéfico que um tratamento tardio
  • Deve haver acordo sobre quais indivíduos podem recorrer a este tratamento
  • A gestão da doença deve ser otimizada pelos cuidados de saúde
76
Q

Critérios para um programa de rastreio (7)

A
  • Existência de evidência por ensaios controlados e aleatorizados sobre a efetividade do rastreio
  • Ser socialmente aceitável
  • O benefício deve superar o desconforto causado pelo rastreio
  • O custo-benefício deve ser balanceado com as despesas dos cuidados de saúde futuros
  • Existência de um plano de monitorização do programa
  • Disponibilidade de técnicos e equipamentos para a realização do rastreio
  • Consideração de todas as outras alternativas
77
Q

3 viéses nos rastreios

A
  • Viés da antecipação (sobre-estimação do tempo de sobrevivência quando o diagnóstico é precoce, uma vez que os dados existentes costumam ser para diagnósticos mais tardios)
  • Viés da duração
  • Viés da adesão (quanto mais adesão, melhores são os resultados nos rastreios)
78
Q

5 tipos de rastreios

A
  • De massa
  • Múltiplos
  • Multifásicos
  • Oportunísticos
  • De grupos de alto risco
79
Q

Definição: Teorema de Rose / paradoxo da prevenção

A

As medidas preventivas que trazem muito benefício à população irão ajudar pouco o indivíduo

80
Q

Limitações que a prevenção terciária procura travar (3)

A
  • Limitação interna (impairment)
  • Incapacidade (disability)
  • Deficiência (handicap)
81
Q

Definição: Reabilitação

A

Utilização de medidas médicas, sociais, educacionais e vocacionais para treino do indivíduo para atingir o nível máximo possível da sua capacidade funcional, adaptando-se às suas limitações

82
Q

Paradigmas de doenças alvo da prevenção terciária (4)

A
  • Asma
  • Artrite
  • Doença cardíaca
  • Diabetes
83
Q

Qual o tipo de prevenção que tanto pode aumentar como diminuir a prevalência de uma doença? Em que situações?

A

Prevenção terciária. Para doenças reversíveis diminui a prevalências, e aumenta para doenças irreversíveis.

84
Q

Medidas tomadas para a prevenção terciária (3)

A
  • Reabilitação/Minimização de complicações
  • Modulação de fatores de risco
  • Identificação de complicações
85
Q

Que tipo de prevenção foi proposta como cuidado paliativo inicialmente?

A

Prevenção quaternária por Bury em 1988

86
Q

Definição: Prevenção quaternário segundo Jamoulle

A

Tipo de prevenção não relacionado com o risco de doenças, mas sim com o risco de patologia iatrogénica com o excessivo intervencionismo diagnóstico e terapêutico e com a medicalização excessiva

87
Q

Princípio de Hipócrates seguido na prevenção quaternária

A

Princípio de não-maleficência (primum non nocere)

88
Q

Tipo de iatrogenia mais comum em Portugal

A

Medicamentosa

89
Q

Percentagem de mortes por iatrogenia no mundo

A

~6%

90
Q

Percentagem de mortes por iatrogenia em Portugal

A

~10%

91
Q

Diferença entre correlação e causalidade

A

Correlação - ligação forte entre um fator de risco e um resultado (mais comum em medicina)
Causalidade - relação certa entre um fator de risco e um resultado

92
Q

Definição: Estudo caso-controlo

A

Dois grupos selecionados segundo a ausência ou presença de um resultado, analisando potencial presença de fatores de risco

93
Q

Definição: Estudo coorte

A

Dois grupos selecionados segundo a ausência ou presença de um fator de risco, sendo que são seguidos no tempo para verificar quem desenvolve um determinado resultado

94
Q

Definição: Estudo seccional cruzado

A

Um grupo analisado quanto à presença ou ausência de um fator de risco e de um resultado

95
Q

Definição: Ensaio clínico aleatorizado e controlado

A

Dois grupos selecionados com ocultação da intervenção. Pode ter por base um estudo animal, se a partir deste forem possível tirar conclusões quanto aos seres humanos

96
Q

Definição: Doenças transmissíveis

A

Patologia causada por agentes como bactéria, vírus, parasitas, fungos ou priões. Pode-se iniciar sem sintomas. Normalmente cursam com inflamação, febre, dor, tumor, rubor, e aumento de temperatura associados à perda de função de um ou mais órgãos

97
Q

Quais são as principais doenças transmissíveis causadoras de morte em Portugal?

A

Pneumonia, HIV e tuberculose

98
Q

Principais razões para a reemergência das doenças transmissíveis (7)

A
  • Aumento da população mundial
  • Facilidade e velocidade das viagens
  • Alterações climáticas
  • Aumento da resistência antibiótica (em humanos e animais)
  • Guerra e conflitos sociais
  • Envelhecimento da população
  • Proximidade entre humanos e animais
99
Q

Processo: Cadeia de transmissão

A
  1. Agente infecioso
  2. Reservatório
  3. Porta de saída
  4. Via de transmissão
  5. Porta de entrada
  6. Indivíduo suscetível
100
Q

Exemplos de agentes infeciosos

A

Bactérias, vírus, parasitas, fungos, priões

101
Q

Exemplos de reservatórios

A

Humano, animal, solo, água

102
Q

Exemplos de portas de saída e de entrada

A

Vias respiratórias, pele e mucosas, gastrointestinal, trato urinário, placenta/cordão umbilical

103
Q

Exemplos de vias de transmissão

A

Direta (contacto, relações sexuais, gotículas) e indireta (alimentação, água, vetores, ar)

104
Q

Exemplos de indivíduos suscetíveis

A

Sem imunidade ou imunossuprimidos

105
Q

Qual é a melhor opção no combate a doenças infeciosas?

A

Vacinação

106
Q

Ano de criação do Programa Nacional de Vacinação

A

1985

107
Q

Nº de doenças abrigadas pelo Plano Nacional de Vacinação

A

13

108
Q

Razões para ter Programas Nacionais de Vacinação (5)

A
  • Proteção individual
  • Redução da incidência a nível global
  • Manter a doença fora de um país
  • Erradicação de uma doença
  • Poupança de recursos
109
Q

Definição: Imunidade de grupo

A

Se existir um número suficientemente elevado de pessoas vacinadas, é possível proteger estas e as não-vacinadas

110
Q

Razões de ineficácia de algumas vacinas (4)

A
  • Variabilidade do agente (ex.: variantes da COVID-19)
  • Variabilidade humana
  • Vacinas com imunidade incompleta
  • Programas de Vacinação problemáticos
111
Q

Objetivo último da vacinação

A

Erradicação da doença

112
Q

Quando é que se fazem testes de rotina em indivíduos assintomáticos?

A

Quando se sabe que uma doença tem um período de incubação relativamente prolongado

113
Q

Definição: Doenças de declaração obrigatória

A

Doenças que devem ser notificadas quando é feito o diagnóstico. Forma de vigilância que pode ser feita por meio eletrónico pelo SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) que, por sua vez, reporta para o ECDC (Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças), que também recebe dados do TESSy

114
Q

Definição: Epidemic Intelligence

A

Plataforma desenvolvida pelo ECDC que faz a recolha sistemática de diagnóstico, indicadores e eventos em tempo real (ex.: em notícias, tweets) para que haja uma deteção mais precoce dos problemas

115
Q

Definição: Vigilância sindrómica

A

Recolhe informação não-estrutrada, permitindo a rápida identificação do impacto de ameaças de saúde pública e a sua intervenção. É baseada em indicadores não-específicos como síndromes e em proxies como o absentismo e a venda de medicamentos

116
Q

Definição: Equidade em Saúde

A

Estado em que todos têm a oportunidade de atingir o pleno potencial de saúde sem que ninguém esteja em desvantagem

117
Q

Determinantes Sociais da Saúde (9)

A
  • Educação
  • Emprego
  • Habitação
  • Rendimento
  • Ambiente físico
  • Segurança
  • Meio social
  • Transporte
  • Sistemas e serviços de saúde
118
Q

Definição: Gradiente social

A

A esperança de vida é muito diferente para pessoas com cargos profissionais diferentes

119
Q

Definição: Distribuição justa

A

A cobertura e o uso de serviços devem ser baseados nas necessidades

120
Q

Definição: Contribuição justa

A

As contribuições para o sistema de saúde devem basear-se na capacidade de pagamento e não na necessidade

121
Q

6 finalidades dos sistemas de saúde

A
  • Efetividade
  • Equidade
  • Sustentabilidade
  • Eficiência
  • Universalidade
  • Cobertura de cuidados
122
Q

Definição: Modelo de Bismarck / Sistema de Seguro Social

A

Bismarck retirou o poder aos sindicatos e criou um sistema de seguro-doença pago em parte pelas empresas e pelos doentes. Modelo adotado em países como a Alemanha, Áustria, França, Luxemburgo, Suíça

123
Q

Definição: Modelo de Beveridge / Serviço Nacional de Saúde

A

Sistema de base universal gratuito e aberto a todos os cidadãos, sendo financiado por impostos. Modelo adotado em países como Portugal, Espanha, Reino Unido, Noruega, Itália, Suécia, Grécia

124
Q

Ano de estabelecimento do SNS em Portugal

A

1979

125
Q

Qual a declaração feita em 1971 sobre os Cuidados de Saúde Primários?

A

Declaração de Alma Ata

126
Q

Significado: Monopcium

A

Serviço Nacional de Saúde que assume um monopólio na prestação de cuidados de saúde

127
Q

Função da Direção Geral de Saúde

A

Fazer a inspeção geral das atividades da saúde

128
Q

Função do CICAP

A

Regular serviços de comportamento de toxicodepedência

129
Q

Sistemas major da administração direta

A

DGS, Secretaria Geral, CICAP

130
Q

Sistemas major da administração indireta

A

Administração Central do Sistema de Saúde, Instituto do Sangue e do Transplante, Instituto Nacional de Saúde, INEM, INFARMED, ADSE

131
Q

Como são distribuídas as verbas das Administrações Regionais de Saúde?

A

Vão para as Unidades de Saúde Familiar (USF) e para as Unidades de Cuidados de Saúde Personalizada (UCSP)

132
Q

Unidades para cuidados à pessoa e à família

A

Unidades de Saúde Familiar (USF) e para as Unidades de Cuidados de Saúde Personalizada (UCSP)

133
Q

Unidades para cuidados para grupos e ambientes específicos

A

Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC)

134
Q

Unidades para cuidados à saúde populacional, ambiental e pública

A

Unidade de Saúde Pública (USP)

135
Q

Unidades para apoio técnico a todas as unidades

A

Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP)

136
Q

Unidades para apoio logísticos a todos os órgãos

A

Unidade de Apoio à Gestão (UAG)

137
Q

Métodos de reembolso pelo SNS

A
  • Reembolso ao doente (seguro privado em que não há vínculo entre o prestador e o segurador)
  • Contrato com os prestadores (ex.: ADSE)
  • Sistema integrado
138
Q

4 eixos do Plano Nacional de Saúde

A
  • Cidadania
  • Qualidade
  • Acesso
  • Políticas Saudáveis
139
Q

4 métodos do Plano Nacional de Saúde

A
  • Reduzir a mortalidade prematura para um valor inferior a 20%
  • Aumentar a esperança de vida saudável aos 65 anos em 30%
  • Reduzir a prevalência do consumo do tabaco na população mais velha que 15 anos
  • Controlar a incidência e prevalência de excesso de peso e de obesidade na população infantil e escolar
140
Q

Definição: Modelo de coprodução de saúde

A

A saúde é regida por 2 componentes: os serviços de saúde e os municípios, agricultura, transportes, entre outros.

141
Q

Qual das doenças oncológicas não é alvo de rastreio em Portugal?

A

Cancro da próstata

142
Q

Quais são os valores éticos da prevenção quaternária?

A

Princípio de não-maleficência e princípio de autonomia

143
Q

Quando foram implementados os Centros de Saúde em Portugal?

A

1978

144
Q

Que estruturas são analisadas pela perspetiva “One Health”?

A

Animais, pessoas e ambiente

145
Q

Definição: Sensibilidade

A

Teste positivo sabendo que tem a doença

146
Q

Definição: Especificidade

A

Teste negativo sabendo que não tem a doença

147
Q

Definição: Falso positivo

A

Teste positivo sabendo que não tem a doença

148
Q

Definição: Falso negativo

A

Teste negativo sabendo que tem a doença

149
Q

Definição: Valor preditivo positivo

A

Ter a doença sabendo que o teste é positivo

150
Q

Definição: Valor preditivo negativo

A

Não ter a doença sabendo que o teste é negativo

151
Q

Que 2 componentes são acopladas por uma Unidade de Saúde Pública (USP)?

A

Laboratório de Saúde Pública e Consulta de Doenças Sexualmente Transmissíveis

152
Q

Definição: Potência de um teste

A

Rejeitar H0 quando esta é falsa

153
Q

Na programação fetal, o rastreio de doenças transmissíveis e não-transmissíveis faz parte de que tipo de prevenção?

A

Prevenção primária

154
Q

Que tipo de doença é responsável pela maior carga de doença a nível mundial?

A

Doenças transmissíveis

155
Q

Que tipo de estudo é ideal para o estabelecimento de um nexo de causalidade?

A

Estudo experimental

156
Q

Propostas para a responsabilização dos cidadãos quanto a comportamentos de risco (4)

A
  • Recusa de cirurgia bariátrica a quem não diminui o IMC em pelo menos 10% em 9 meses
  • Controlo eletrónico do nº de passos dados para evitar sedentarismo excessivo
  • Recusa de transplante hepático a alcoólicos
  • Recusa de comparticipação de medicamentos a quem não segue a prescrição e posologia para si recomendada
157
Q

Motivos para a recusa de cuidados de saúde eficazes e seguros (4)

A
  • Experiências anteriores não gratificantes
  • Má relação anterior com um médico ou instituição de saúde
  • Informação errada/enviesada
  • Declarações de interesse não disponíveis
158
Q

A auto-palpação da mama é considerada um teste de rastreio?

A

Não

159
Q

O papilomavírus humano (HPV) está associado a cancro?

A

Sim

160
Q

Medidas de prevenção de movimentos anti-vacina (4)

A
  • Multas
  • Proibição de publicidade enganosa
  • Controlo das redes sociais
  • Restrição temporária de direitos