Pancreatite Aguda Flashcards
Aula de pancreatite aguda SJT
Como dar o diagnóstico de Pancreatite aguda?
Diagnóstico - ATLANTA 2012 (2 de 3 critérios)
1. Critério clínico - Dor no andar superior do abdome 2. Critério Laboratorial - Aumento de Amilase e/ou Lipase 3. Critério radiológico
Caracterize os critérios clínicos para o diagnóstico
Critérios Clínicios - Dor
- O ínicio da dor marca o início da pancreatite
- Andar superior do abdome
- 90% associada a náuseas/vômitos
- 50% irradiada para dorso
- Pancreatite Biliar dor súbita
- Pancreatite Alcoólica/Metabólica insidiosa
Caracterize os critérios laboratoriais para o diagnóstico
Critérios Laboratoriais
- Aumento de pelo menos 3x de Amilase e/ou
Lipase
- Amilase: Pico 8 a 12h e retorna ao normal 3 a
5d
- Ruim para apresentação tardia
- Boa para recorrências
- Lipase: Pico 24h e retorna ao normal 10 a 14d
- Boa para apresentação tardia
Caracterize os critérios radiológicos para diagnóstico
Critérios Imagem
- Alterações sugestivas de inflamação no
pâncreas/peri-pâncreas
- Geralmente o diagnóstico se dá por critérios
Clínicos e Laboratoriais, ficando os exames de
imagens reservados a casos de dúvida
diagnóstica.
- TC contrastada é a primeira opção
Classificação em relação à gravidade
# Leve - Sem disfunção orgânica - Sem Complicação Sistêmica ou Local # Moderadamente Grave - Disfunção Orgânica < 48h - Complicação Sistêmica ou Local # Grave - Disfunção Orgânica > 48h
Complicações locais da Pancreatite
#Pancreatite intersticial edematosa - com coleção - sem coleção #Pseudocisto Pancreatico #Pancreatite intersticial necrotizante - parenquimatosa - peripancreatica - "Walled off" (após 4 semanas) - infectada
Diretrizes no Tratamento da Pancreatite
Baseado no tripé
- Analgesia
- Reposição Volêmica
- Nutrição
Quando indicar exames de imagem na Pancreatite
- US após estabilização clínica busca da etiologia; - TC com contraste - Graves entre o 5º e 10º dia - Moderadamente grave apenas se evolução não satisfatória (SIRS permanente ou intolerância alimentar)
Fases da Pancreatite Aguda
# Precoce - Cascata inflamatória - Translocação bacteriana # Tardia - Desenvolvimento de complicações locais - Sepse - SDMO
Diretrizes da analgesia no tratamento da PA
Analgesia - Nenhum Guideline fornece recomendação quanto a analgesia - Analgesia é importante, pois aumenta a aceitação da dieta. - Geralmente requer uso de opióides - Não esquecer de associar anti- eméticos
Diretrizes da reposição volemica na PA
Reposição Volêmica - Hidratação venosa vigorosa (>5L/24h) - Ringer Lactato é a solução de escolha - Deve ser guiada por metas - FC < 120 bpm - PAM > 65mmHg - DU > 0,5 ml/Kg/h #Em 24h - Ht entre 35 e 44 % - Queda a Ur (pelo menos 5mg/dL)
Diretrizes da nutrição na PA
Nutrição - O uso do TGI mantém a integridade da mucosa O jejum deve ser evitado - A via oral é a primeira opção sempre que possível em TODAS as PA - É melhor iniciar com dieta branda/hipogordurosa - Na PA moderadamente grave ou grave NE (<24h) - As pancreatites graves e moderadamente graves podem requerer suporte nutricional especializado
Tratamento de complicações da PA
Pseudocistos ou necroses assintomáticas não indicam intervenção
#Necroses infectadas
- É recomendado o uso de ATB em pacientes que não melhoram e que a TC evidencia necrose infectada.
- Recomenda-se realizar PAAF para cultura e GRAM
- Idealmente, espera-se 4 semanas (Walled -Off) para abordagem cirurgica
- Métodos minimamente invasivos são preferíveis
Tratamento de acordo com etiologia
- CPRE precoce apenas se apresentar Colangite concomitante - Colecistectomia Recomendada para TODAS as pancreatites biliares antes da alta; - Para pancreatite alcoólica é recomendado IC da PQ
Pancreatite - Etiologia
- Litíase Biliar (40-50%)
a. Incluindo Micro-Cálculo - Álcool (uso crônico) (25-35%)
- Iatrogênica (pós-CPRE)
- Metabólica (HiperCa ou
HiperTG) - Medicamentosa
- Raras: Infecções, AI, trauma
direto