Pancreas Flashcards

1
Q

Qual a vascularização do pancreas (2)?

A
  • Tronco celíaco
  • Artéria mesentérica superior
  • No CA de pâncreas, se houver invasão de mais de 180º da circunferência do vaso, ele é irresecável
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2
Q

Relações anatomicas importantes do Pancreas (3)

A
  • Ducto coledoco atravessa por dentro da cabeça do pancreas (pancreatite causa icterícia)
  • Ducto pancreático se junta ao ducto coledoco (coledocolitíase é a principal causa de pancreatite aguda)
  • A cabeça do pâncreas e o duodeno tem a mesma vascularização
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3
Q

Células endócrinas do pancreas (3)

A
  • Célula alfa: glucagon
  • Célula beta: insulina
  • Célula delta: somatostatina
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4
Q

Função da somatostatina

A
  • inibe a vascularização splâncnica e a secreção pancreática exócrina
  • TTO de Fístula pancreática: Dieta zero + NPT + Octreotide (análogo da somatostatina com o objetivo de evitar estímulos às secreções pancreáticas
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5
Q

Estímulo à liberação de mediadores da função exócrina do pancreas (2)

A

Acidez gástrica e presença de alimento

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6
Q

Mediadores da função exócrina pancreática (2)

A

Secretina e colecistoqinina

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7
Q

Composição do suco pancreático

A

bicarbonato + pró-enzimas

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8
Q

Formas de pancreatite aguda (2)

A

Edematosa e Necrosante

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9
Q

Fisiopatologia da pancreatite aguda edematosa

A

Teoria da Colocalização: insulto ao pâncreas -> fusão (colocação) dos lisossomos (com ativadores das enzimas) aos grânulos de zimogênios (enzimas inativas) dentro do citoplasma -> ativação enzimática dentro dos ácinos (principalmente catepsina B) -> autodigestão tecidual -> inflamação local (forma leve/edematosa)

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10
Q

Fisiopatologia da pancreatite aguda necrosante

A

Teoria da Colocalização (insulto ao pâncreas -> colocação dos lisossomos aos grânulos de zimogênios dentro do citoplasma -> ativação enzimática dentro dos ácinos -> autodigestão tecidual) -> inflamação local -> recrutamento de neutrófilos com liberação de citocinas -> autoperpetuação da resposta inflamatória -> SIRS (lesão endotelial + neutrófilos + cascata da coagulação) -> ruptura de vasos -> necrose hemorrágica (forma necrosante)

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11
Q

Principal causa de PA

A

Lítiase biliar

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12
Q

Principais causas de PA (2)

A

Litiase biliar

Etilismo

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13
Q

Causas de PA (10)

A

Litiase biliar
Etilismo
Obstrução anatomica (ex.: CA, áscaris)
Pós-CPRE
Drogas (Principal: imunossupressores. É a principal causa de PA no HIV+)
Distúrbios metabólicos (Hipertrigliceridemia)
Hipercalcemia
Trauma (principal causa de PA na criança)
Escorpionismo
Idiopática (provavelmente por lama biliar)

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14
Q

Perfil típico do paciente com PA biliar

A

Mulheres 50-70 anos

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15
Q

Perfil típico do paciente com PA alcoólica

A

Homem 30-45 anos etilista cônico 1-3 dias após episódio de libação alcóolica

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16
Q

Ingesta rotineira de alcool que aumenta o riso de PA alcoolica

A

> 100g etanol/dia por > 5 anos

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17
Q

Clínica principal de PA (2)

A

Dor em andar superior de abdome

Nauseas e vomitos

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18
Q

Descreva a dor da PA

A

Dor continua “em barra” no andar superior do abdome com irradiação para o dorso

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19
Q

Clínica de PA (6)

A
Dor em andar superior de abdome
Nauseas e vomitos
Icterícia
Desidratação
Retinopatia de Purtcher-Like
Paniculite ("gordurite")
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20
Q

Achados semiológicos de PA (5)

A

Sinal de Cullen (hematoma periumbilical) (“Cullen está no Centro”)
Sinal de Gray Turner (flanco)
Sinal de Fox (base do pênis)
*Não são patognomônicos – indicam hemorragia retroperitoneal
*São indicativos de gravidade

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21
Q

Sinais e sintomas de PA grave

A

Sinais semiológicos de hemorragia retroperitoneal (Cullen, Gray-Trner e Fox)
Distensão abdominal (íleo paralítico)
Irritação peritoneal

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22
Q

Achados laboratoriais da PA

A
Leucocitose (PA grave: leucocitose pode chegar a 30k)
PCR aumentado (PA grave: PCR > 150)
Hiperglicemia
Hipocalcemia
Aumento das escorias nitrogenadas
Aumento no TPA e TTPA
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23
Q

Achado laboratorial que indica gravidade na PA

A

PCR > 150 (diretamente relacionado à SIRS; se eleva após 48-72h)
Disagem de IL-6 (mais sensível)
*Grandes elevações de enzimas pancreáticas não indicam gravidade

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24
Q

Achado laboratorial sugestivo de PA biliar

A

TGP > 150

tem alta especificidade para PA biliar

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25
Elevação importante do TGP aponta para qual causa de PA?
PA Biliar
26
Diagnóstico de PA
Devem haver 2 achados entre os 3 - Dor abdominal fortemente sugestiva - Aumento de enzimas pancreáticas (amilase e lipase) ≥ 3x o normal - Imagem sugestiva (USG com colelitíase)
27
VR da amilase e da lipase
- Amilase: 160 | - Lipase: 140
28
Qual enzima pancreática é a mais sensível na PA
Lipase
29
Qual enzima pancreática é a mais específica na PA
Lipase
30
As enzimas pancreáticas estão sempre aumentadas na PA?
Não. A amilase pode estar normal na PA alcoólica, pois o pâncreas já é doente cronicamente.
31
O aumento das enzimas pancreáticas está relacionado à gravidade do quadro?
Não
32
Quais exames de imagem podem ser utilizados na investigação de PA?
1o: USG de abdome 2o: TC de abdome Demais exames - Rx de abdome - RNM - Ecoendoscopia
33
Achados ao Rx de abdome na PA (4)
- Íleo paralítico (distensão de alças, com “empilhamento de moedas” central e haustrações, mostrando dilatação tanto em intestino delgado e grosso) - Sinal “Cutoff” do cólon (espasmo reflexo do retossigmoide) - Sinal “C-loop” duodenal ao raio-x com contraste oral (edema da cabeça do pâncreas) - Derrame pleural (por extensão da exsudação)
34
Indicações de solicitação de TC na PA (5)
- Pancreatite grave - Ausencia de resposta ao tratamento após 72h do início do quadro - Piora do quadro clínico na vigencia de tratamento - Ranson ≥ 3 ou APACHE II ≥ 8 - PA duvidosa
35
Na suspeita de microlitíase não identificada ao USG, qual exame a ser feito?
USG endoscópico
36
Indicação de solicitação de RNM na PA (3)
- Suspeita de coledocolítiase - Suspeita de alteração estrutural do pâncreas - Contraindicação ao uso de contraste na TC
37
Achado de PA edematosa à TC
Captação homogênea do contraste
38
Achado de PA necrosante à TC
Captação heterogênea do contraste
39
Achado de PA necrosante infectada à TC
presença de gás na região de necrose (mais escuro)
40
Característica da mortalidade na PA necrosante
Bimodal: - Fase precoce: < 2 semanas (SIRS -> falência de múltiplos órgãos) - Fase tardia: > 2 semanas (complicações sépticas)
41
Descreva os Critérios de Ranson
Na admissão - Idade > 55 anos - Leucocitose > 16k - TGO (AST) > 250 - Glicose > 200 - LDH > 350 Nas primeiras 48h - PaO2 < 60 - Base Excess mais negativo que -4 - Sequestro de liquido > 6L - Hematócrito com redução maior que 10% (com reposição volêmica, sem transfusão) - Ureia com aumento > 10 - Cálcio < 8 “Importante Lembrar Totalmente da Grande Lista Para Evitar Sequestro de Homens na UrCa”
42
Como é a pontuação nos Critérios de Ranson?
≥ 3 pontos: mau prognóstico
43
Qual a importancia dos Critérios de Ranson?
Avalia o prognóstico na PA | Tem alto VPN e baixo VPP (logo, é útil para descartar PA grave)
44
Descreva o Indice tomográfico de Balthazar
1. Achado tomográfico - A: Pâncreas normal 0 - B: Aumento focal ou difuso 1 - C: Inflamação peripancreática 2 - D: Coleção liquida única 3 - E: Duas ou mais coleções liquidas ou presença de gás 4 2. Necrose pancreática - Ausência de necrose 0 - < 30% de necrose 2 - De 30 a 50% de necrose 4 - > 50% de necrose 6 1. + 2. = índice de Balthazar
45
Como é a pontuação no Indice tomográfico de Balthazar?
≥ 6 pontos: mau prognóstico
46
Como é a pontuação no APACHE II?
≥ 8 pontos: mau prognóstico
47
Qual a vantagem do APACHE II?
Pode ser feito à admissão e repetido diariamente APACHE O: usado nos casos de pancreatite aguda na pratica, em que se inclui Obesidade (fator de risco isolado de mau prognostico)
48
Como é feito o tratamento da PA?
Hidratação vigorosa + dieta zero + analgesia
49
Como é feita a hidratação na PA grave?
Repor 6L de ringer lactato nas primeiras 24h
50
Quando reiniciar a dieta enteral no TTO da PA?
Retorno da fome, redução da dor, redução do PCR
51
Qual a via preferível para o retorno da dieta no TTO da PA?
VO, seguido do cateter nasojejunal
52
Por que se prefere o uso de cateter nasojejunal ao inves do nasogástrico no TTO da PA?
Porque aquele não estimula a função secretória do pâncreas
53
Qual analgésico mais recomendado para o TTO da dor na PA?
Opióides (meperidina) | *Pode usar morfina se necessário (Sabiston), embora essa teoricamente possa aumentar o tônus do esfíncter de Oddi.
54
A antibioticoprofilaxia está ndicada no TTO da PA?
NÃO! Não muda mortalidade e aumenta risco de infecção fúngica.
55
Como é feito o TTO específico para PA biliar leve?
Risco cirúrgico bom: colecistectomia por vídeo antes da alta | Risco cirúrgico ruim: Papilotomia endoscópica (CPRE) antes da alta
56
Como é feito o TTO específico para PA biliar grave ou com colangite?
Papilotomia endoscópica (CPRE) imediata + colecistectomia após 6 semanas
57
Quais são as complicações da PA? (6)
- Coleção fluida aguda peripancreática - Pseudocisto - Abscesso pancreático - Coleção necrótica aguda intra/extrapancreática - Coleção necrótica organizada (WON) - Necrose infectada
58
Qual a diferença entre as duas principais complicações da PA leve?
- Coleção fluida aguda peripancreática: < 4 semanas | - Pseudocisto: > 4 semanas
59
Qual a diferença entre as duas principais complicações da PA grave?
- Coleção necrótica aguda intra/extrapancreática: < 4 semanas - Coleção necrótica organizada (WON): > 4 semanas
60
Qual a clínica do pseudocisto pancreático?
Dor persistente Saciedade precoce e persistência de náuseas Persistência do aumento da amilase Massa palpável em epigástrio
61
Qual o tratamento do pseudocisto pancreático?
Observação nos casos assintomáticos (70% regride) | Drenagem endoscópica, cirurgica ou dilatação com stent do Wirsung
62
Quando se aborda um pseudocisto pancreático e qual a conduta?
- Compressão de estruturas (pseudocisto sintomático) - Rotura (ascite) - Hemorragia por pseudoaneurisma - Impossibilidade de excluir câncer - Controverso: Pseudocisto > 5-6 cm Conduta: drenagem (endoscopica, cirurgica ou dilatação com stent)
63
Quando se aborda uma coleção fluida aguda peripancreática e qual a conduta?
Na vigencia de sinais de infecção: febre, leucocitose ou dor | conduta: : aspiração percutânea (com esvaziamento) + ATB se infecção confirmada
64
Qual a clínica do abscesso pancreático?
manutenção da febre diária após melhora do quadro clínico geral
65
Qual o tratamento do abscesso pancreático?
antibioticoterapia + drenagem
66
Qual a clínica/diagnóstico da necrose infetada na PA?
deterioração clinica e laboratorial+ gás na TC
67
Qual o tratamento da necrose infetada na PA?
Carbapenêmico + necrosectomia tardia (aguardar 3-4 semanas) + drenagem fechada
68
Indicações de necrosectomia na PA (2)
Necrose sintomática (quadro inflamatório persistente, com febre baixa, anorexia, SIRS) Necrose infectada
69
Quando indicada, quando a necrosecomia deve ser feita?
3-4 semanas após inicio do quadro
70
Anatomopatologia da Pancreatite crônica
Calcificações
71
Classificação da PC
Pancreatite calcificante crônica Pancreatite obstrutiva crônica Pancreatite inflamatória crônica
72
Dê um exemplo de causa de cada subtipo de PC
Pancreatite calcificante crônica: etilismo Pancreatite obstrutiva crônica: tumor intraductal Pancreatite inflamatória crônica: Crohn
73
Qual a principal causa de PC?
Etilismo
74
Quanto é a dose de etanol para se ter risco aumentado de PC?
Limiar em que há um risco muito aumentado: ≥ 150 g de etanol/dia por 10-20 anos. Em geral, há um consumo > 100 g/dia por mais de 5 anos.
75
A dose de etilismo se relaciona ao risco de PC?
Sim. Quanto maior a dose, maior o risco
76
Qual a tríade clássica da PC?
Esteatorreia Diabetes Calcificações pancreáticas *Mas só está presente em doença avançada
77
Qual o achado patognomônico de PC?
Calcificações pancreáticas
78
Qual a clínica da PC? (6)
- Dor abdominal - Estigmas de doença hepática alcoólica associados - Insuficiência hepática (esteatorreia e diabetes) - Emagrecimento, desnutrição proteicocalórica e deficiência vitamínica - Icterícia - Dismotilidade o TGI
79
Qual a clínica inicial da PC?
Dor abdominal, emagrecimento e icterícia *Faz DD com CA de pancreas
80
Diagnóstico de PC
Imagem + teste de função pancreática
81
Quais são os exames de imagem e os achados na PC?
Rx: calcificações na topografia TC de abdome e colangioRM USG endoscópico (mais sensível): Critérios de Rosemont CPRE: critérios de Cambridge
82
Como é a descrição da dor abdominal na PC?
Dor abdominal, geralmente epigástrica, que irradia para dorso, associada a náuseas e vômitos intermitentes, se agravando à alimentação (15-30 min após ingesta alimentar) e com melhora na posição genitofemoral.
83
Quais são os critérios de dx de PC pelo USGendoscópico?
Critérios de Rosemont
84
Quais são os critérios de dx de PC pelo CPRE?
Critérios de Cambridge
85
Indicações de CPRE na PC (3)
- Contraindicação aos outros métodos de imagem ou se os métodos foram inconclusivos - Indicação cirúrgica (é obrigatório fazer porque guia o TTO) - Terapêutica
86
Qual o melhor exame de imagem a ser feito na PC inicial?
USGendoscópico
87
Quais é o teste diretos de função pancreática?
Teste da Secretina
88
Quais são os testes indiretos de função pancreática? (4)
Elastase fecal Pesquisa de gordura fecal Bentiromida (NBT-PABA) Pancreatolauryl (Dilaurato de fluoresceína)
89
Como é interpretado o teste da secretina?
Observa-se redução da reserva secretória via catéter jejunal após administração de secretina EV (produção submáxima) - Insuficiência leve: enzimas reduzidas - Insuficiência moderada: enzimas e bicarbonato reduzido - Insuficiência grave: esteatorreia
90
Qual o teste de função pancreática mais sensível?
Teste da Secretina
91
Qual a indicação de se fazer o Teste da Secretina?
Casos de alta suspeita clinica com imagem normal (porque é caro, invasivo e pouco disponível)
92
Qual a alteração da elastase fecal?
Elastase fecal < 200
93
Quais são as modalidades de pesquisa de gordura nas fezes?
Qualitativa (Sudan) e quantitativa (> 7g/24h após ingesta de dieta gordurosa 100g/dia)
94
Como é feita a avaliação da função pancreática pelo NBT-PABA e pelo Pancreatolauryl?
São absorvidos quando o pâncreas é normal, logo, é feita a dosagem após ingesta.
95
Como estão as enzimas pancreáticas na PC?
Lipase e amilase geralmente estão normais ou baixas, estando elevadas apenas no inicio da doença e nos períodos de agudização, sendo que as agudizações em doença avançada podem apresentar níveis normais.
96
Qual o exame padrão-ouro para o diagnóstico de PC?
Histopatologia
97
Que nível de insuficiência os exames de função pancreática indiretos conseguem avaliar?
Moderada a grave
98
Como é feito o tratamento clínico da PC?
Cessar etilismo e tabagismo + Dieta pobre em gorduras e fracionada + Reposição de enzimas pancreáticas + IBP + insulinoterapia + Analgesia
99
O fim do etilismo freia a progressão da PC?
Não, embora haja remissão dos sintomas
100
Quais os pacientes com melhor resposta ao TTO clínico?
Pacientes sem calcificações e sem esteatorreia.
101
Indicação de intervenção cirúrgica na PC
Dor intratável clinicamente
102
Opções de procedimentos (4)
Se grandes ductos: - Cirurgia de Puestow-Partington-Rochelle (Pancreatojejunostomia látero-lateral em Y de Roux) - Descompressão endoscópica Se pequenos ductos: - Mais intenso na cabeça: Whipple modificada (preservação pilórica) - Mais intenso no corpo/calda: Child (pancreatectomia subtotal)
103
Complicação importante da PC
Trombose de veia esplênica
104
Clínica da trombose de veia esplênica na PC
Varizes em fundo gástrico (hipertensão porta segmentar/esquerda) Esplenomegalia
105
Tratamento da trombose de veia esplênica na PC
Esplenectomia
106
Qual a localização mais comum do CA de pancreas?
Cabeça
107
Qual o tipo histológico mais comum do CA de pancreas?
Adenocarcinoma ductal
108
Fatores de risco para o CA de pancreas (5)
``` Tabagismo Pancreatite cronica (particularmente a PC hereditária) DM prolongado História familiar Síndrome de Lynch e PAF ```
109
Qual o principal fator de risco para o CA de pancreas?
Tabagismo
110
Quando se suspeitar de CA de pancreas
- Surgimento súbito de DM em idoso, principalmente se acompanhado de queixas gastrointestinais vagas - piora inexplicada do controle glicêmico
111
Tríade clássica do CA de cabeça de pancreas
Síndrome colestática + emagrecimento + dor abdominal
112
Qual o sinal semiológico de CA de cabeça de pancreas?
Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula indolor e palpável (ocasionalmente visível)
113
Quais as linfonodomegalias associadas aos canceres de TGI? (3)
- Linfonodomegalia supraclavicular esquerdo (Virchow) - Linfonodomegalias perirretais perceptível ao toque (Prateleira de Blummer) - Nódulo periumbilical (Irmã Maria José)
114
Clínica geral do CA de pancreas (5)
- Emagrecimento - Dor abominal - Se cabeça de pancreas: sindrome colestática e sinal de Courvoisier-Terrier - Linfonodomegalia (Virchow, Maria-José, Prateleira de Blummer) - Síndrome de Trousseau (tromboflebite migratória superficial)
115
O que é a Síndrome de Trousseau?
Tromboflebite migratória superficial
116
Qual a clínica da Síndrome de Trousseau?
dor em locais distintos da pele, acompanhada de eritema e presença de cordão doloroso abaixo da pele (tromboflebite)
117
Qual a principal causa da Síndrome de Trousseau?
CA de pâncreas
118
Investigação diagnóstica de CA de pancreas
Rastreio: USG de abdome Confirmação: TC helicoidal com contraste *USGendoscópico na forte suspeita com TC sem achados
119
Achados de CA de pancreas ao USG
Observam-se vias biliares dilatadas com vesícula biliar aumentada, ocasionalmente observando massa na cabeça do pâncreas (sensibilidade de 80-85%)
120
Qual a razão do USG ser o exame de rastreio?
Exame padrão na investigação de icterícia colestática
121
Como fazer a investigação diagnóstica em um paciente com suspeita de CA de pâncreas sem icterícia?
Iniciar a investigação com a TC (sem necessidade de USG antes)
122
A biópsia está indicada sempre na investigação de CA de pancreas? Por que?
Não, pois há risco de deixar implante no caminho
123
Indicação de biópsia no CA de pancreas
Doença irresecável
124
Qual o marcador tumoral do CA de pancreas?
CA 19.9
125
Para que serve a dosagem de CA 19.9 no CA de pancreas?
Acompanhamento e avaliação da carga tumoral
126
Indicação de terapia paliativa
T4 (invasão de artérias celíacas ou mesentérica superior) e/ou M1
127
Estadiamento passível de TTO curativo
T1-T3/Nqq/M0
128
Tratamento curativo de CA de pancreas
Cabeça: cirurgia de Wipple | Corpo/cauda: cirurgia de Child
129
Tratamento paliativo de CA de pancreas
Analgesia Terapia adjuvante com QT (gemcitabina) Desobstrução se síndrome colestática (Derivação ileo-digestiva ou Stent em colédoco) Desobstrução se obstrução duodenal (gastrojejunostomia ou prótese autoexpansível)
130
Qual a terapia adjuvente indicada no TO paliativo de CA de pancreas?
QT (gemcitabina)
131
Qual a localização mais comum dos tumores endócrinos do pancreas?
corpo/calda
132
Qual o tumor endócrino pancreático mais comum?
Insulinoma
133
Qual o tumor endócrino pancreático mais benigno?
Insulinoma
134
Cite as duas possibilidades mais comuns de NEM1
PPP: pituitária + pancreas + paratireoide | Neoplasias do pancreas mais comuns: gastrinoma (1o) e insulinoma (2o)
135
Laboratório do insulinoma
Hiperinsulinemia e hipoglicemia
136
Quais são os sintomas da hipoglicemia?
Sintomas neuropsiquiátricos: Síncope, confusão, tonteira. | Sintomas adrenérgicos: Taquicardia, sudorese, tremor, fome, náuseas, palpitações.
137
Critério diagnostico do insulinoma
Tríade de Whipple - Sintomas hipoglicêmicos - Hipoglicemia (glicemia < 50 ml/dl) - Melhora dos sintomas após administração de glicose
138
Como se esclarecer o DD com abuso de insulina exógena?
Dosagem de pró-insulina e peptídeo C (no insulinoma ambos estão aumentados e na administração exógena ambos estão diminuídos)
139
Como fazer para localizar o insulinoma?
1o: TC ou RM 2o: USG endoscópico 3o: USG perioperatório 4o: dosagem de insulina no sistema porta (para confirmar que a insulina ta vindo do pancreas)
140
Tratamento cirúrgico
Enucleação (pancreatectomia parcial se não localizar) | Metastasectomia
141
Tratamento clínico (contraindicada a cirurgia)
Diazóxido (bloqueia a ação da insulina)
142
Clínica do Vipoma
“cólera pancreática”: Diarreia + hipocloridria/acloridria + hipocalemia + hipercalcemia + hiperglicemia
143
Fisiopatologia do vipoma
Hipersecreção de VIP que estimula secreção eletrolítica para a luz intestinal, causando diarreia
144
Diagnóstico de Vipoma
Clínica + VIP > 190 + TC com contraste
145
Tratamento do Vipoma
Suporte (hidratação e correção dos distúrbios hidroeletrolíticos) + Octreotide + Cirurgia + QT/Octreotide
146
Tríade clássica do glucagonoma
Eritema migratório necrolítico Intolerância à glicose Anemia
147
Diagnóstico de Glucagonoma
Clínica + Glucagon > 150 + TC ou RNM
148
Tratamento do Glucagonoma
Suporte nutricional + transfusão sanguínea + Octreotide + cirurgia
149
Triade clássica do Somatostinoma
Esteatorreia + DM + colelitíase
150
Valores do limite inferior da glicemia e do limite superior glucagon e VIP
Glicemia > 50 VIP < 190 Glucagon < 150
151
Quais as neoplasias císticas do pancreas (4)
- Cística serosa - Cística mucinosa - Papilífera intraductal mucinosa - Sólida pseudopapilífera
152
Achado à imagem da neoplasia cística serosa
Aspecto microcístico em favo de mel
153
Achado à imagem da neoplasia cística mucinosa
Uniloculado ou septado (septos calcificados)
154
Achado à imagem da neoplasia papilífera intraductal mucinosa
Dilatação ductal principal ou secundário
155
Achado à imagem da neoplasia sólida papilífera
Massa sólido-cístico
156
Como está a amilase em cada neoplasia cística do pancreas?
- Cística serosa: ausente - Cística mucinosa: ausente - Papilífera intraductal mucinosa: aumentada - Sólida pseudopapilífera: ausente
157
Qual a neoplasia cística pancreática que tem aumento da amilase?
Papilífera intraductal mucinosa
158
Como está o CEA em cada neoplasia cística do pancreas?
- Cística serosa: negativo - Cística mucinosa: positivo - Papilífera intraductal mucinosa: positivo - Sólida pseudopapilífera: negativo
159
Quais as neoplasias císticas pancreáticas que tem aumento do CEA?
Cística mucinosa e Papilífera intraductal mucinosa
160
Qual o tratamento para cada neoplasia cística do pancreas?
- Cística serosa: conservador - Cística mucinosa: cirurgia - Papilífera intraductal mucinosa: cirurgia - Sólida pseudopapilífera: cirurgia
161
Quais as neoplasias císticas pancreáticas que podem ser tratadas de forma conservadora?
Cistica mucinosa e papilar intraductal mucinosa de ducto secundario
162
Qual neoplasia cística pancreática pode causa PA?
Neoplasia papilar intraductal mucinosa (neoplasia tem comunicação com o ducto -> pressão intraductal aumentada -> ativação das enzimas digestivas -> pancreatite aguda)
163
Qual neoplasia cística pancreática tem comunicação com o ducto pancreático?
Neoplasia papilar intraductal mucinosa
164
Quais parametros são suficientes para o DD entre as neoplasias císticas do pâncreas?
Amilase e CEA