Otorrino Flashcards
Triagem auditiva neonatal
deve ser feito nas primeiras 24-28h de vida, até no máximo o primeiro mês
Emissões Otoacústicas
fazer quando RN não tem riscos de perda auditiva
Objetivo da triagem auditiva
- fazer até o 1ºmes
- confirmar até 3 meses
- intervenção máx até 6 meses
fatores de risco para perda auditivas em RN: fazer BERA
- AF de surdez
- UTI > 5dias
- Consanguinidade dos pais
- ventilação mecânica, circulação extra-corpórea, icterícia neonatal com exsanguineotransfusão
- anóxia neonatal grave
- infecções congênitas
- anomalias craniofaciais
perda auditiva condutiva
perda auditiva neurossensorial
condutiva: até a janela oval: para fora
GAP de pelo menos 15 dB entre via aérea e via óssea
neurossensorial: para dentro da janela oval- cóclea e nervo auditivo
não tem GAP
tto paralisia de Bell
dexametasona
aciclovir, se até 48h
cuidados com lubrificação ocular: colírio lubrificante e oclusão do olho para dormir
otite externa
início agudo: 48h
QC: otalgia intensa ao encostar, prurido,
etiologia> Pseudomonas, S. aureus, fungos
Fatores de risco: cerume, laceração, natação, dermatoses (coçadura)
tto: gotas otológicas- cipro+hidrocortisona
embeber curativo em hidrocortisona e colocar
OMA: otite média aguda
membrama timpanica opaca, abaulada e hiperemiada
pode ter otorreia mas não tem otite externa
agentes: pneumococo, hemofilos, moraxela, vírus
hemofilos não tipavel: não tem vacina
tto: amoxicilina 7-10 dias
se já usou: clavulin ou axcetilcefuroxima, claritro
se não tiver sinais de alarme e for >6 meses, pode observar e aguardar melhora completa em 48-72h
OMC: otite média crônica
membrana timpânica que não fecha em até 3 meses (se não fechou em 3 meses, não vai fechar sozinho)
episódios intermitentes de otorreia por IVAS ou contaminação por água
audiometria: perda auditiva condutiva leve
tto: evitar fatores desencadeantrs: proteção auricular + ATB tópico nas agudizações
timpanoplastia
tubo de ventilação
OMC com otorreia persistente mucoide ou mucopurulenta (OMC supurativa)
otorreia piora na IVAS
mucosa inflamada e espessada com tecido de granulação ou pólipos
perda auditiva condutiva mais importante e pode ter um componente neurossensorial
tto: timpanomastoidectomia
TC: velamento de mastóide
OMC colesteatomatosa
perfuração da MT com lesão cística de epitélio escamoso estratificado com produção exacerbada de queratina- tumor benigno
otorreia fétida crônica: cheiro de ninho de rato- refratária ao tto clínico
massa compacta, esbranquiçada e com uma matriz lisa, brilhante e perlácea
processo destrutivo e erosivo
perda auditiva acentuada com componente neurossensorial
tto: mastoidectomia- remover todo o tecido
TC: velamento de mastoide e orelha média com erosão
quais os critérios para pensar se amigdalite é bacteriana?
- ausência de tosse
- linfonodomegalia cervical anterior
- temperatura >38
- exsudato ou edema tonsilar
- idade:
3-14
15-44
>45
quais as complicações da amigdalite?
Supurativas: abscesso
não supurativas: febre reumática, glomerulonefrite, escarlatina
quais os sinais da escarlatina?
sinal de filatov: palidez perioral
língua em framboesa
exantema micropapular: em lixa
linhas de pastia: petéquias nas dobras
tto escarlatina:
amoxicilina por 10 dias
abscesso cervical: focos
foco: amigdalite, linfonodo, dentário, glandula salivar, cistos congênitos
tto abscesso cervical
internação
ATB com cef e clinda
analgesia
drenagem
riscos de abscesso cervical
obstrução de via aérea
mediastinite
exame para abscesso cervical
TC de pescoço com contraste
herpangina:
coxsackie
febre alta, mal-estar, irritabilidade, anorexia, nauseas, odinofagia
hiperemia e lesoes papulovesiculares que ulceram
tto: suporte
complicação: miocardite
cisto branquial e cisto tireoglosso
- cisto branquial: lateral
- cisto tireoglosso: linha média
formação cística e fibroelástica
pode ser assintomático e passar a incomodar depois de uma amigdalite
tto: correção cirurgica
qual a inervação das pregas vocais?
- laringeo recorrente (inferior)
- é um ramo do vago
qual a conduta na estenose de traqueia?
corticoide EV e VNI de imediato
- garantir via aérea para corrigir dependendo da causa e grau de obstrução
exames: broncoscopia, nasofibro, laringoscopia, TC de pescoço
IOT>10 dias: pensar em fazer traqueo
rinossinusite: QC, tto, como investigar
QC: 2/4
- obstrução nasal/ congestçao
- secreção nasal/ rinorreia
- dor / pressão facial / cefaleia
- distúrbio do olfato
se criança: pode ter tosse
vai ser aguda se <12 sem
tto: amoxi ou clavulin 10-14 dias + lavagem nasal + corticoide nasal + anagésico, antitérmico
ag. etiológicos: pneumococo, hemofilos, moraxela
geralmente em duplo pico de sintomas
pedir TC de seios da face com contraste se imunossuprimido, suspeita de complicação ou falha terapêutica
complicações da rinossinusite
orbitárias: pré-septal ou pós-septal (restrição de motricidade ocular)- celulite
intracranianas: abscesso, meningite, trombose de seio venoso
rinite: QC e tto
inflamação da mucosa nasal mediada por IgE
- obstrução nasal
- rinorreia
- espirros
- prurido nasal
tto: controle ambiental anti-histamínicos corticoide nasal antileucotrienos imunoterapia lavagem nasal
epistaxe
sangramento da mucosa nasal
anterior ou posterior
fatores: trauma, inflamação, desvio de septo, HAS, uso de anticoagulantes
CD: abaixar cabeça, comprimir e gelo
vasoconstrição tópica: algodão com adrenalina + lidocaina
No PS: cauterização
tampão anterior, tampão antero-posterior
ligadura da artéria esfenopalatina
embolização arterial
estabilizar hemodinamicamente e garantir via aérea
COVID-19 com anosmia
neurotropismo do vírus
melhora em 2-3 sem
quando investigar uma disfonia?
quando ela persistir por mais de 3 semanas
causa de papiloma de laringe
HPV
cuidados na disfonia
investigar papiloma na criança e tumor (CEC) no adulto
órgãos responsáveis pelo equilíbrio
- sáculo: movimentos verticais
- útriculo: movimentos horizontais
- canais semicirculares: movimentos angulares
Reflexo vestibulo-ocular
estabilizar o campo visual com a movimentação da cabeça
Testes de equilíbrio
- Romberg
Romberg vestibular: após curto período de latência, o paciente cai para o lado do labirinto hipoativo - Fukuda
- Estrela (Babinski)
sempre vira pro lado do labirinto afetado
Nistagmo vestibular
indica assimetria do tônus vestibular
na fase aguda, bate para o lado normal (hiperfuncionante)
VPPB
vertigem de curta duração, rotatória, desencadeada pelo movimento, tem período de latênica
fisiopat: otólitos que saem dos utrículos
associado a deficiência de vit D
Dx: Dix Hallpike
tto: Epley
neurite vestibular
é contínua desde que começou, desvio da marcha para um lado, nistagmo bate para lado bom inicialmente, VOR com sacadas para lado alterado
tto: corticoide, fisioterapia respiratória
tratar pelo menor tempo possível porque precisa compensar
Doença de Meniere
hidropsia endolinfática idiopática
QC: sintomas recorrentes de hipoacusia, zumbido, plenitude auricular, vertigem
dura pelo menos 20 min
tem perda auditiva durante a crise (confirmar com audiometria)
crises vão ficando cada vez pior com o tempo
tto: dieta hipossódica, sem açúcar, sem xantinas
hidratação intensa
sedativos labirínticos nas crises
betaistina: melhora microcirculaçao do ouvido interno- uso contínuo
- injeção intratimpânica de gentamicina se refratário (é ototóxico)
CD amigdalite
se pontuar 0-1: provavelmente viral- AINE e antitérmico
se pontuar 2-3: colher strep test e iniciar ATB se positivo. Se negativo, colher cultura de orofaringe
se pontuar 4-5: fazer strep test ou iniciar ATB
ATB: amoxicilina 7-10 dias
se já usou amoxi: clavulin ou axcetilcefuroxima ou clinda
lembrar que teste rápido tem muito falso negativo
Mononucleose infecciosa: Agentes, QC, DX, tto
Agentes: EBV, CMV, HIV, toxo, rubéola, sífilis, hepatites
QC: febre, linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia, eritema e pseudomembrana que poupa a úvula
DX: hemograma com linfocitose com linfócitos atípicos
sorologia anti-VCA
tto: hidratação e analgésicos. Repouso por 3 semanas por risco de rotura esplênica
quais as características faciais do respirador oral
maxila atrésica protrusão dos incisivos superiores mordida aberta e cruzada eversão do lábio inferior lábio superior pequeno narinas estreitas hipotonia da musculatura perioral
fatores de risco para cancer de laringe
etilismo + tabagismo (efeito sinérgico)
HPV
DRGE
qual o tipo histológico mais comum de ca de laringe?
CEC
quais os sintomas de paralisia de pregas vocais?
se paralisia da adução: dispneia
se paralisia da abdução: disfonia e disfagia
Qual o QC da SAOS no adulto?
- roncos e episódios de apneia
- sonolência diurna excessiva
- sono não reparador
- fadiga
- cefaleia matinal, alterações cognitivas e de memória
- obstrução nasal, rinorreia, espirros
Qual o QC da SAOS na criança?
- déficit de atenção e hiperatividade
- distúrbios do aprendizado
- agressividade
- enurese
- alterações de crescimento
Como investigar SAOS?
- escala de sonolência de Epworth
- Exame físico: circunferência cervical, IMC, Mallampati, rinoscopia
- polissonografia
Qual o tto de SAOS?
- higiene do sono
- perda de peso
- tratar DRGE, obstrução nasal e hipótireoidismo
- aparelho intra-oral
- CPAP
Síndrome de Ramsay-Hunt
paralisia facial causada pelo Herpes Zoster. Fazer otoscopia e ver lesões herpéticas no conduto auditivo
tto: aciclovir
Quais as complicações da OMA?
- mastoidite coalescente
- abscessos mastoideos
- labirintite infecciosa
- paralisia facial
- meningite
- tromboflebite de seio sigmoide
- abscessos intracranianos
Qual a CD na suspeita de complicação por OMA?
- solicitar TC de mastóides e crânio com contraste
- internar
- ATB EV: cef + Clinda
- timpanocentese
- drenagem de abscesso se tiver
- avaliação da neurocirurgia se complicação intracraniana
Como é feita a drenagem dos seios paranasais?
- meato médio drena seio maxilar, etmoide anterior e frontal
- recesso esfenoetmoidal drena seio esfenoide e etmoide posterior
quando pensar que rinossinusite é bacteriana?
- secreção mucopurulenta posterior
- dor facial local
- febre
- aumento de PCR
- duplo pico de sintomas: piora dos sintomas 5 dias após melhora ou persistência maior que 10 dias
qual o QC de trombose de seio cavernoso?
- proptose acentuada
- quemose
- oftalmoplegia
- dor orbital
- diminuição da acuidade visual
- sinais meníngeos
rinossinusite crônica: QC, investigação
duração >12 semanas
- obstrução/congestão nasal
- secreção nasal/rinorreia anterior ou posterior
- dor / pressão facial/ cefaleia
- distúrbio do olfato
Investigar
- endoscopia nasal ou TC: inflamação de seios paranasais
- pus saindo dos seios paranasais ou complexo ostiomeatal
diferenciar se é com polipose ou sem polipose
Doença respiratória exacerbada pela aspirina
reação de hipersensibilidade não alérgica desencadeada pela inibição do COX-1
início de sintomas na vida adulta
QC:
- asma
- rinossinusite crônica eosinofílica hipertrófica
- poipose nasossinusal recidivante
- intolerância a AAS ou AINEs
Dx: teste de provocação
tto: dessensibilizar ao AAS
quais os locais de sangramento da epistaxe?
- anterior: plexo de Kisselbach (95% das epistaxes)
- posterior: artéria esfenopalatina
etiologia da epistaxe
- hemangioma
- nasoangiofibroma
- granuloma piogênico
- CEC
qual a CD na epistaxe leve?
inclinar para frente
respirar pela boca
comprimir nariz
colocar gelo
qual a CD na epistaxe no PS?
- garantir via aérea e estabilização hemodinâmica
- ver se sangramento é localizado ou difuso
- se localizado: cauterização
- se difuso: tamponamento anterior com: gelatina, rayon, dedo de luva
- se não melhorou: tamponamento anteroposterior
- se não melhorou: ligadura da artéria esfenopalatina (cirurgia)
- dar ácido tranexâmico EV para ajudar a parar o sangramento
como se faz um tamponamento anteroposterior?
- internação
- ATB: amoxi+clavulanato
- repouso com compressas frias
- analgesia e antieméticos
- passar uma sonda folley preenchida com água destilada
- desinsulflar balão em 48h e remover tampão em 72h se não tiver sangramento
JAMAIS fazer se suspeita de fratura de base de crânio
como é a síndrome de Churg-Strauss?
crises de broncoespasmo recorrentes e progressivas associada a rinite crônica com polipose nasal recorrente e parestesia progressiva nos membros inferiores e hemograma com eosinofilia