OTOLOGIA 2 Flashcards

1
Q

Quais as possíveis consequências da perda auditiva pra crianças, adultos e
idosos?

A

Na primeira infância pode causar prejuízo no desenvolvimento da linguagem e desenvolvimento global. Nas crianças e adolescentes causa alterações no aprendizado escolar.

Nos adultos pode ser causa de diminuição da capacidade produtiva no trabalho e em idosos está
relacionada a déficits neurológicos. Além disso, pode levar a problemas sociais e psicológicos em todas as faixas etárias. O não tratamento desta condição também ocasiona perda de qualidade de vida.

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2
Q

Quais cuidados devemos ter ao conversar com um paciente com perda auditiva, por exemplo durante uma anamnese?

A

Devemos privilegiar um local silencioso; falar pausadamente; ter boa articulação
das palavras; permitir a leitura labial; usar sinônimos; usar gestos e sempre se
certificar a respeito do entendimento da mensagem

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3
Q

Explique o que é a triagem auditiva neonatal e quais os seus objetivos (meta 1-3-6).

A

A triagem auditiva neonatal universal (TANU) é um conjunto de ações que visa o diagnóstico e a intervenção precoces da perda auditiva em todos os recémnascidos. Deve-se preconizar a meta da triagem auditiva até 1 mês; diagnóstico
até 3 meses e intervenção aos 6 meses.

Mais informações em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_triagem_auditiva_neonatal.pdf

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4
Q

Diante de um quadro de hipoacusia, quais as características da perda auditiva são importantes de serem analisadas?

A

Devemos investigar através da anamnese, exame físico e exames complementares características como:
- lateralidade (unilateral x bilateral)
- simetria (simétrica x assimétrica)
- o tipo de perda auditiva (neurossensorial x condutiva x mista)
- o grau da perda auditiva (leve x moderada x acentuada ou severa x profunda).
- Tempo de início dos sintomas, progressão e a possível etiologia também são importantes.

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5
Q

Cite os tipos de perda auditiva e quais regiões da orelha cada tipo de perda afeta.

A

A perda condutiva está relacionada com patologias que afetam a orelha externa e ou a orelha média. Já na perda auditiva neurossensorial temos o
comprometimento da orelha interna e ou vias auditivas periféricas ou centrais. A perda mista ocorre quando temos um somatório de perda condutiva com perda neurossensorial.

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6
Q

Para cada opção diga o provável tipo de perda auditiva
a) Lesão da cóclea em um acidente automobilístico
b) Otite externa com edema importante do conduto
c) Perfuração da membrana timpânica por cotonete
d) Lesão das células ciliadas por uso de medicamento
e) Acidente vascular encefálico com acometimento do córtex auditivo
f) Compressão do nervo auditivo por tumor cerebral
g) Tumor ósseo obstruindo o conduto auditivo externo
h) Doença óssea causando fixação do estribo e acometendo a cóclea

A

a) perda auditiva neurossensorial
b) perda auditiva condutiva
c) perda auditiva condutiva
d) perda auditiva neurossensorial
e) perda auditiva neurossensorial
f) perda auditiva neurossensorial
g) perda auditiva condutiva
h) perda auditiva mista

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7
Q

Descreva as características de cada tipo de perda auditiva no audiograma

A

No audiograma devemos avaliar os limiares de cada orelha (cor azul para orelha
esquerda e cor vermelha para orelha direita) obtidos por estimulação por via
aérea com fone de ouvido (“O” para orelha direita e “X” para orelha esquerda)
e os limiares obtidos por via óssea (“<” para orelha esquerda e “>” para orelha
esquerda) nas diferentes frequências e intensidades.

Nas perdas condutivas os limiares por via óssea estarão dentro da faixa de
normalidade e os limiares por via aérea estarão anormais. Logo teremos um
espaço no audiograma que é chamado de “GAP aéreo-ósseo” (setas vermelhas
na figura abaixo). Estes achados mostram que a orelha interna está funcionando
perfeitamente (via óssea) enquanto existe um problema para o som chegar à
orelha interna, ou seja, um problema na orelha externa e/ou média

Nas perdas neurossensoriais tanto os limiares por via aérea quanto por via óssea
encontram-se anormais sem GAP entre os limiares. Isso ocorre pois o som
consegue passar normalmente pela orelha externa e orelha média e então
encontra uma orelha interna ou vias auditivas doentes( tanto a via óssea quanto
a via aérea são IGUALMENTE alteradas).
Já nas perdas mistas temos tanto uma orelha interna anormal somado a uma
orelha externa e/ou média também doente. O que vai gerar um GAP aéreo ósseo
como na perda condutiva, mas com a diferença de que os limiares de via óssea
estão alterados, pois neste caso a cóclea também esta doente.

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8
Q

Descreva as características clínicas e audiométricas da otosclerose e suas
opções de tratamento.

A

A otosclerose é uma distrofia do ossotemporal que cursa com uma primeira fase de otospongiose aonde predomina a reabsorção óssea e uma fase mais tradia de otosclerose aonde predomina o depósito de osso.

Essa maior ossificação geralmente causa a fixação do estribo em sua articulação com a cóclea causando uma perda condutiva.

No entanto a doença pode acometer também a cóclea, gerando uma perda mista ou acometer exclusivamente a cóclea causando uma
perda neurossensorial.

A otosclerose geralmente acomete mais mulheres e em idade jovem e tem como principal apresentação clínica uma perda condutiva com otoscopia normal.

Podendo se uni ou bilateral. È comum na história clínica a piora da audição durante a gestação.

Os tratamentos para o otosclerose podem ser o uso de AASI ou a cirurgia de
estapedotomia

video estapedotomia

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9
Q

Descreva as características da presbiacusia

A

A presbiacusia é definida como a perda auditivarelacionada ao envelhecimento.
É a perda auditiva mais comum em adultos e se apresenta como uma perda auditiva do tipo neurossensorial bilateral simétrica e com uma conformação de rampa no audiograma pela maior perda auditiva para os sons agudos

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10
Q

Descreva as características da perda auditiva induzida por níveis de pressão
sonora elevados (PAINPSE)

A

A PAINPSE é a perda auditiva relacionada à exposição sonora elevada.

Devemos estar sempre atentos a relação entre tempo de exposição e níveis de pressão
sonora que são inversamente proporcionais (figura a seguir). A perda auditiva é sempre do tipo neurossensorial, geralmente simétrica, não atinge níveis profundos, não progride quando afastada a exposição e tem um audiograma típico com entalhe em 6.000 Hz.

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11
Q

Marque (V) Verdadeiro ou (F) Falso
( ) O exame de otoemissões acústicas (teste da orelhinha) avalia apenas a
cóclea
( ) O BERA não depende da resposta do paciente
( ) A audiometria infantil não gera resultados confiáveis
( ) O BERA triagem deve ser realizado em todas as crianças com fatores de
risco na Triagem Auditiva Neonatal Universal ao invés do teste da orelhinha

A

( F ) a ausência de otoemissões acústicas pode ser causada por problemas na orelha externa ou orelha média.

( V ) as respostas auditivas não dependem do paciente, mas vale lembrar que o BERA para ser bem realizado depende da colaboração do paciente. Caso o paciente não fique parado durante o exame o aparelho pode ter dificuldade em captar as respostas eletrofisiológicas das vias auditivas, logo em alguns caso é necessário sedar o paciente como nas crianças.

( F ) a avaliação da audição na criança é um grande desafio e as audiometrias ajudam e muito na conclusão do diagnóstico de perda auditiva (vídeos de audiometria infantil)

( V ) Segundo as Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal do Ministério da Saúde são considerados fatores de risco para perda auditiva em recém-nascidos:
* Preocupação dos pais com o desenvolvimento da criança, da audição, fala
ou linguagem.
* Antecedente familiar de surdez permanente, com início desde a infância,
sendo assim considerado como risco de hereditariedade. Os casos de
consanguinidade devem ser incluídos neste item.
* Permanência na UTI por mais de cinco dias, ou a ocorrência de qualquer
uma das seguintes condições, independente do tempo de permanência
na UTI: ventilação extracorpórea; ventilação assistida; exposição a
drogas ototóxicas como antibióticos aminoglicosídeos e/ou diuréticos de
alça; hiperbilirrubinemia; anóxia peri- natal grave; Apgar Neonatal de 0
a 4 no primeiro minuto, ou 0 a 6 no quinto minuto; peso ao nascer inferior
a 1.500 gramas.
* Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citome- galovírus, herpes,
sífilis, HIV).
* Anomalias craniofaciais envolvendo orelha e osso temporal.
* Síndromes genéticas que usualmente expressam deficiência auditiva
(como Waardenburg, Alport, Pendred, entre outras).
* Distúrbios neurodegenerativos (ataxia de Friedreich, síndrome de
Charcot-Marie-Tooth).
* Infecções bacterianas ou virais pós-natais como citomegalovírus, herpes,
sarampo, varicela e meningite.
* Traumatismo craniano.
* Quimioterapia.

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12
Q

Cite os sistemas que controlam o equilíbrio

A

O equilíbrio corporal é realizado pelo sistema vestibular, os olhos, a
propriocepção de músculos e articulações e o sistema nervoso central. Os três
primeiros funcionam como sensores aferentes do corpo enquanto o sistema
nervo central recebe estas informações e responde com vias eferentes para os
olhos (reflexo ocular) e musculatura (reflexo espinhal).

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13
Q

Qual a função do labirinto vestibular?

A

O labirinto vestibular é responsável por enviar ao sistema nervoso central
informações sobre o movimento da cabeça. Os canis semicirculares são
responsáveis por captar os movimentos angulares da cabeça e o vestíbulo os
movimentos lineares (UTRICULO: para frente ou para trás (ex: carro, avião);
SÁCULO: para cima e para baixo (ex: elevador)).

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14
Q

Cite as características da tontura que devem ser pesquisadas em um paciente
com alteração do equilíbrio

A

Durante a anamnese deve-se tentar caracterizar o tipo de tontura pois pode ajudar no diagnóstico. Por exemplo, afastar causas cardiovasculares como hipotensão ortostática, desidratação, efeitos colaterais de medicações, pré-síncopes ou síncopes, e arritmias.

Pesquisar também sintomas neurológicos que possam direcionar o raciocínio clínico para uma causa centra de tontura.

Além disso procurar por fatores desencadeantes, tempo de duração dos sintomas, sintomas auditivos, entre outros

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15
Q

Qual a importância do exame físico no paciente com vertigem? Comente sobre
o exame HINTS

A

O exame físico deve ser realizado primeiramente para diferenciar causas centrais e periféricas de tontura.

Realização de exame neurológico completo e o
acrônimo **HINTS (Head Impulse test, Nystagmus e Test of Skew ). **

**O head impulse test **quando alterado fala a favor de uma lesão periférica.

O nistagmo deve ser pesquisado se existem características de origem central ou periférica e o Teste de Skew quando alterado fala a favor de uma lesão central.

O exame físico pode ainda ajudar em manobras específicas como a Dix Hallpike no diagnóstico da VPPB.

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16
Q

Diferencie as características do nistagmo periférico e central

A

O Nistagmo periférico geralmente é horizontal ou horizontal-rotacional, apresenta latência, é fatigável, é unidirecional (será sempre na mesma direção toda vez que for pesquisado), apresenta inibição pela fixação ocular (ao olhar um
ponto fixo) e tem relação direta com a vertigem (quanto maior o nistagmo mais sintoma de vertigem). O nistagmo periférico pode ainda seguir a Lei de Alexander, aonde o nistagmo aumenta a velocidade quando o paciente desvia o olhar na direção da fase rápida e diminui a velocidade quando o paciente olha na direção da fase lenta.

Já o nistagmo central pode ser vertical (bater para cima ou para baixo) ou puramente rotacional, sem latência, sem fadiga, multidirecional (muda de direção), sem inibição pela fixação ocular e não tem relação com a vertigem (nistagmos intensos com pouco sintoma de vertigem)

17
Q

Cite as características clínicas das principais labirintopatias

A