Ortopedia Pediátrica Flashcards
Ossificação intramembranosa:
O tecido ósseo forma-se diretamente do periosteo que surge do esboço mesenquimal sem passar pela fase cartilainosa. Ex.: Porção diafisária da clavícula, maior parte dos ossos do crânio.
Nos ossos longos, a ossificaão começa na diáfise. V ou F?
V.
Ossificação endocondral:
É um tipo de formação óssea que necessita de um modelo cartilaginoso preexistente para ocorrer.
Inicia-se no centro de ossificação primário localizado na diáfise.
Nessa região, o pericôndrio se torna periósteo após a deposição de uma camada delgada de osso. Algumas células do periósteo vão se diferenciar em células hematopoéticas e em osteoblastos.
No nascimento, as diáfises estão ossificadas mas as epífises continuam cartilaginosas. Nos primeiros anos de vida, os centros de ossificação irão aparecer nas epífises e a sua ossificação terminará em torno dos 20 anos de idade quando as epífises se unem à diáfis - placa de crescimento/phisis/placa epifisária
Ex.: Ossos longos como fêmur e tíbia.
Definição da doença de Legg-Calvé-Perthes:
Necrose avascular idiopática da epífise femoral em crescimento.
A nutrição da epíifise do fêmur é feita pelas artérias metafisárias. V ou F?
F. Ela ocorre pelas ARTÉRIAS RETINACULARES (artétias ascendetes cervicais) - ramos das CIRCUNFLEXAS lateral e medial do fêmur.
No interior do ligamento redondo, a artéria acetaular dá uma pequena contribuição à nutrição epifisária.
Fases EVOLUITVAS da doença de Legg-Calvé-Perthes::
- Fase Precoce: isquemia e necrose óssea. Demais regiões crescendo normalmente, a acometida fica ligeiramente menor que as demais, inclusive em relação à sua articulação.
- Fragmentação: iniciam os sintomas (dor, claudicação e sinovite). Ocorre fratura subcondral (principalmente na região ântero-superior). Imagem EM CRESCENTE. Deposição mineral ossea nas trábeculas mortas gerando HIPERDENSIDADE do osso morto.
Deformidade do tipo ACHATAMENTO - Reossificação: Surge em 12-18 meses após a anterior e dura entre 1-3 anos e ainda há instabilidade com suscetibilidade a fraturas e deformidade.
- Deformidade residual: se não tratado, isto levará a uma doença degenerativa da cartilagem articular (osteoartrose do quadril) na vida adulta
precoce.
Diagnósticos diferenciais da doença de Legg-Calvé-Perthes:
- Sinovite transitória do quadril
- Anemia falciforme
- Hemoflia (hemartrose)
- Displasia epifisária múltipla
Incidência em Lauenstein:
Posição da rã
O principal fator prognóstico na doença de Legg-Calvé-Perthes é a idade, sendo que crianças que desenvolvem com MENOS de 6 anos, têm um prongóstico melhor. V ou F?
V.
Sinais de Risco na doença de Legg-Calvé-Perthes (Catteral):
- Subluxação lateral
- Reabsorção do pilar lateral da cabeça femoral
- Calcificação lateral
- Horizontalização da placa epifisária.
Indicações de terapia na doença de Legg-Calvé-Perthes :
- Idade > 6 anos (> 5 nas meninas)
- Reabsorção do pilar lateral
- Perda da contenção da epífise sobre o acetábulo (extrusão ou subluxação da cabeça femoral).
Classificação de Salter-Thompson para a doença de Legg-Calvé-Perthes:
(Extensão da fratura subcondral - sinal do crescente)
A: MENOS de 50% da superfície epifisária
B: MAIS de 50% da superfície
A classificação de Hering na doença de Leg-Calvé-Perthes leva em consideração a reabsorção do pilar lateral. V ou F?
V.
A: não há reabsorção. (excelente prognóstico)
B: menos de 50% reabsorvido
C: Mais de 50% reabsorvido (pior prognóstico)
Classificação residual de Stulberg (Doneça de Legg-Calvé-Perthes) - com base nas epífises:
Classe I: epífise esférica e congruente com o acetábulo;
Classe II: epífise esférica com coxa magna;
Classe III: epífise oval (coxa plana) e congruente;
Classe IV: epífise aplainada ou retangular levemente incongruente
Classe V: epífise aplainada ou retangular, totalmente incongruente
Definição de Epifisiólise do quadril:
Deslizamento da epífise (cabeça femoral) em relação ao colo do fêmur, pelo enfraquecimento da placa epifisária.