Origens Flashcards
1901
Criação e organização de um laboratório de análise clínica, no Hospital Real de S. José
• Esclarecer os problemas de diagnóstico e outros de investigação clínica, que lhe fossem apresentados pelos médicos e cirurgiões em exercício no serviço interno daquele hospital, e em todos os hospitais anexos
• Fazer as análises que fossem requisitadas pela inspeção de higiene hospitalar
Secções do laboratório geral (1901)
O laboratório geral estava organizado nas seguintes secções:
o Análise anatomo-patológica
o Análise bacteriológica
o Análise química, incluindo a análise dos alimentos
o Análise radioscópica, radiografia e fotografia
o Eletrodiagnóstico e electroterapia
O Lab. Geral possuía…
1901
Possuíam: 1 Diretor Geral, 1 Preparador e 1 Servente
Regulamento Geral (1901)
- Estabelecia horários de entrada para o pessoal
- Horário de atendimento aos doentes, para cada uma das secções
- Horário de receção de produtos e tempo de demora de resultados (TAT)
- Instruções quanto ao preenchimento correto das requisições;
- Definia as competências das diferentes categorias.
Funções dos preparadores (1901)
o A responsabilidade do material confiado à sua guarda;
o Executar as análises que lhe fossem confiadas pelo Diretor do laboratório;
o Distribuir serviço aos serventes dentro da sua secção.
Formação: A formação era feita em serviço
Qual o mérito da criação deste laboratório? (1901)
Foi o primeiro passo no histórico do atual Técnico de Análises Clínicas e Saúde Pública e Técnico de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica
Preparador como funcionário de pleno direito, com funções definidas, embora limitadas
1918 - Reorganização dos Hospitais Civis de Lisboa
Nova organização do laboratório, dividido em 2 grandes ramos:
• Serviços Laboratoriais (análises clínicas e análises anatomo- patológicas)
• Serviços de Agentes Físicos (radiologia e fisioterapia)
Este decreto menciona apenas duas categorias de funcionários:
» Pessoal superior
» Pessoal auxiliar
Fica então bem claro, o papel de auxiliar que era atribuído ao então preparador de análises.
1927 - Decreto nº 13297, de 18 de Março
Criação de laboratórios nos hospitais do Desterro, Arroios, Estefânia e Rego
(o que leva a uma expansão da profissão)
Formação
Continua a ser feita em serviço. Contudo, pela primeira vez é introduzido um dado novo na formação dos preparadores. Após um período de estágio estes teriam que efetuar um exame que os habilitava para o exercício de funções.
1953 - Portaria nº 14403 de 27 de Abril
Estabelece novos quadros e categorias para os Hospitais Civis de Lisboa
Problemas:
o Os diplomas dos pequenos cursos não eram reconhecidos fora dos serviços onde eram ministrados.
o Disparidade na formação dada ao pessoal, o que provocava dificuldades e prejuízos (para os serviços e profissionais) de mobilidade e de recrutamento
Como ultrapassar isto?
Para remediar esta situação foram regulamentados os cursos de preparadores de Técnicos Auxiliares de Análises dos Serviços Clínicos do Ministério da Saúde e Assistência, a ministrar nos Centros de Formação, a criar junto dos hospitais centrais.
Este diploma tinha validade nacional e era condição indispensável para admissão nos quadros de pessoal.
1961 - Portaria nº 18523 de 12 de Junho de 1961
Constituiu um marco importante na formação, não só do Técnico Superior de Análises Clínicas e Saúde Pública e do Técnico Superior de Anatomia Patológica Citológica e Tanatológica, mas também de outros profissionais, esboçando pela primeira vez um sistema de formação.
Esta portaria, que veio a ser regulamentada no ano seguinte, estabelecer uma relativa uniformidade nos processos de preparação para o exercício profissional, mas reenvia para a futura Escola Nacional de Saúde Pública, a competência de estabelecer um plano geral para o “ensino destes técnicos”.
1962 - Centros de formação de técnicos e auxiliares
Cria dois grupos:
• o dos técnicos (dietistas, preparadores de análises, técnicos de fisioterapia e técnicos de radiologia)
• o de técnicos auxiliares
Para o grupo técnico foram definidas pela 1ª vez as condições de admissão e a duração dos cursos:
• 2º Ciclo dos liceus ou equivalente
ou
• 5 anos de exercício de Auxiliar de Laboratório de Análises Clínicas e exame de admissão.
Duração do curso
Um ano escolar, seguido de 3 meses de estágio (exceção para os dietistas com 2 anos)
O acesso à actividade profissional na administração pública só era permitido a quem tinha esta formação.
Este facto constituiu o primeiro alicerce de uma regulamentação extensiva do exercício profissional.
A formação dada nos centros não era suficiente para satisfazer quantitativamente as necessidades dos serviços, o que levava a admitirem sem habilitações, o que deu origem a uma multiplicidade de situações anómalas, sobretudo em Análises Clínicas e Radiologia.
1971 - Criada a carreira dos Técnicos e Auxiliares dos Serviços Clínicos
Conseguiu-se uma carreira, mas não existiam referências a funções e competências atribuídas a cada categoria, o que deixou os profissionais desta área numa posição de subalternidade e dependência em relação a outros grupos profissionais.
1977 -
Com a criação do ensino superior de curta duração, chegou a estar prevista, por iniciativa do Ministério da Educação a criação das Escolas Superiores Técnicas na área da Saúde, mas não houve concordância do Ministério da Saúde, pelo que se mantiveram estas formações à margem do sistema educativo.
O governo limitou-se a publicar em dezembro a carreira de Técnico Auxiliar dos Serviços Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.
DECRETO REGULAMENTAR 87/77 DE 30 DE DEZEMBRO
o Alargou o leque das profissões e dos profissionais, alterando algumas designações, mas não a de Análises Clínicas (Preparadores de laboratório) enquadrados:
– Numa carreira de auxiliar
– Referenciado a uma formação técnico-profissional
o Criou uma maior exigência em matéria de:
– ingresso – curso geral dos liceus ou equivalente
– duração – 5 a 6 semestres (Escolas Técnicas dos Serviços de Saúde)
1979
O Ministério da Educação cria o Ensino Superior Politécnico e nos Institutos Superiores Politécnicos de Lisboa e Porto as Escolas Superiores de Saúde (nunca viriam a ser implementadas)
1980 - Reestruturados os Centros de Formação de Técnicos dos Serviços Complementares de Diagnóstico e Terapêutica de Coimbra, Lisboa e Porto
Continua a forma “casuística” das iniciativas de formação, que continuam a ser dos estabelecimentos directamente interessados.
Continua a inexistência de estruturas com a vocação para uma formação regular e sistemática, continua a não haver um corpo docente estável e activo, em matéria de desenvolvimento curricular e de construção e aperfeiçoamento de estratégias e recursos didácticos.
Cursos
a) Duração – 5 a 6 semestres.
b) Tronco comum – correspondente a 2 semestres (genérica + sectorial)
c) Acesso – 9º ano com preferência 11º ano.
d) Orientação pedagógica médica