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Obesidade na Infância Flashcards
Verdadeiro ou Falso?
A etiologia da obesidade na infância é multifatorial.
VERDADEIRO
Sendo a obesidade na infância de etiologia multifatorial, podemos então afirmar que ela pode depender de: (6)
- Fatores genéticos
- Fatores metabólicos
- Fatores nutricionais
- Fatores psicossociais
- Fatores ambientais
- ## Estilo de vida
Verdadeiro ou Falso?
A obesidade na infância é a maior epidemia de saúde pública mundial estando associada às DCNT’s.
VERDADEIRO
Etapas diagnósticas da obesidade na infância: (4)
- Anamnese
- Dados nutrológicos (anamnese alimentar)
- Exame Físico
- Exames complementares
Classificação do estado nutricional de acordo com IMC/IDADE por percentil e escore-Z.
Exames complementares (glicemia em jejum, glicemia casual e TTOG)
Exames complementares (perfil lipídico em jejum e Alanina aminotransferase ou ALT ou TGP)
O tratamento da obesidade infantil pode ser classificado em estágios, quantos estágios são???
4
De acordo com o estágio 1 devemos fazer:
Dieta e atividade física
Estágio 2 consiste em:
Estágio 3 consiste em:
Monitoramento profissional e envolvimento dos pais.
Estágio 4 consiste em:
Equipe multidisciplinar (especialistas). Cirurgia, medicamentos, dietas…
Dentro das Estratégias Comportamentais para o Tratamento da Obesidade na Infância e Adolescência, temos a ABORDAGEM DIETÉTICA (6) e a ATIVIDADE FÍSICA (4), as quais consistem em:
Quais as metas para:
p85 < IMC < p95
Quais as metas para:
IMC > p95
Verdadeiro ou Falso:
No Brasil NÃO existem fármacos antiobesidade aprovados para uso pediátrico.
VERDADEIRO
As possibilidades de farmacoterapia podem ser divididas em 2 grupos:
- Medicamentos Antiobesidade: sibutramina, orlistate, liraglutida.
- Medicamentos com ação indireta sobre a obesidade: ISRS, topiramato e ritalina (metilfenidato)
Exemplifique 5 inibidores seletivos de receptação de serotonina ISRS:
Exemplos de ISRS
Fluoxetina (Prozac)
Sertralina (Zoloft)
Paroxetina (Paxil)
Citalopram (Celexa)
Escitalopram (Lexapro)
Qual a classe e como funciona o topiramato? Exemplifique similares.
O topiramato pertence à classe dos anticonvulsivantes ou antiepilépticos. Além de tratar epilepsia, também é usado para a prevenção de enxaquecas e, ocasionalmente, para outras condições off-label como controle de peso e transtornos bipolares.
O topiramato possui vários mecanismos de ação que contribuem para sua eficácia:
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Bloqueio dos Canais de Sódio:
- Inibe os canais de sódio dependentes de voltagem, estabilizando as membranas neuronais e prevenindo disparos repetitivos.
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Potenciação do GABA:
- Aumenta a atividade do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inibitório, aumentando a inibição neuronal.
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Inibição dos Receptores de Glutamato:
- Bloqueia os receptores de glutamato (AMPA/kainato), que são neurotransmissores excitatórios, reduzindo a excitabilidade neuronal.
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Inibição da Anidrase Carbônica:
- Inibe a enzima anidrase carbônica, embora este efeito tenha menor contribuição para suas propriedades anticonvulsivantes.
Aqui estão alguns medicamentos semelhantes ao topiramato, que também são anticonvulsivantes e têm múltiplos usos:
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Lamotrigina (Lamictal):
- Mecanismo: Bloqueia canais de sódio e reduz a liberação de glutamato.
- Usos: Tratamento de epilepsia, transtorno bipolar, e prevenção de crises epilépticas.
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Levetiracetam (Keppra):
- Mecanismo: Modula a liberação de neurotransmissores ao se ligar à proteína SV2A nas vesículas sinápticas.
- Usos: Tratamento de várias formas de epilepsia.
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Valproato (Depakene, Depakote):
- Mecanismo: Aumenta a concentração de GABA no cérebro, inibe canais de sódio e influencia a atividade dos canais de cálcio.
- Usos: Epilepsia, transtorno bipolar, e prevenção de enxaquecas.
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Gabapentina (Neurontin):
- Mecanismo: Liga-se aos canais de cálcio, modulando a liberação de neurotransmissores excitatórios.
- Usos: Epilepsia, neuropatia periférica, e síndrome das pernas inquietas.
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Pregabalina (Lyrica):
- Mecanismo: Liga-se aos canais de cálcio, similar à gabapentina, reduzindo a liberação de neurotransmissores excitatórios.
- Usos: Epilepsia, dor neuropática, fibromialgia, e transtorno de ansiedade generalizada.
Como funciona a sibutramina?
A sibutramina é um medicamento utilizado principalmente para o tratamento da obesidade. Aqui está uma descrição detalhada de seu funcionamento, indicações, e considerações importantes:
A sibutramina atua como um inibidor da recaptação de neurotransmissores, especificamente serotonina, noradrenalina e, em menor grau, dopamina.
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Inibição da Recaptação de Neurotransmissores:
- Serotonina: Aumenta os níveis de serotonina no cérebro, que ajuda a melhorar o humor e a sensação de saciedade.
- Noradrenalina: Aumenta os níveis de noradrenalina, que pode aumentar a termogênese (produção de calor pelo corpo) e reduzir o apetite.
- Dopamina: Em menor grau, também aumenta os níveis de dopamina, contribuindo para a sensação de bem-estar e controle do apetite.
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Efeitos no Apetite e Saciedade:
- Aumenta a sensação de saciedade após a ingestão de alimentos, o que ajuda a reduzir a quantidade total de calorias consumidas.
- Diminui o apetite, tornando mais fácil aderir a uma dieta hipocalórica.
A sibutramina é indicada para:
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Tratamento da Obesidade:
- Pacientes com um índice de massa corporal (IMC) de 30 kg/m² ou mais.
- Pacientes com um IMC de 27 kg/m² ou mais que tenham outras condições relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2 ou dislipidemia.
A sibutramina pode causar uma variedade de efeitos colaterais. Os mais comuns incluem:
- Boca seca
- Insônia
- Prisão de ventre
- Aumento da frequência cardíaca
- Aumento da pressão arterial
- Dor de cabeça
- Tontura
A sibutramina não deve ser usada em pacientes com:
- Doença cardiovascular preexistente
- Hipertensão arterial não controlada
- Histórico de distúrbios alimentares (anorexia ou bulimia)
- Uso concomitante de outros medicamentos que afetam a serotonina, como antidepressivos inibidores da MAO, ISRSs, e outros
- Gravidez e lactação
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Monitoramento:
- Pacientes em uso de sibutramina devem ser monitorados regularmente para possíveis aumentos na pressão arterial e frequência cardíaca.
- O uso prolongado deve ser avaliado cuidadosamente devido ao risco de efeitos adversos cardiovasculares.
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Abordagem Combinada:
- A sibutramina é mais eficaz quando utilizada como parte de um programa abrangente de perda de peso que inclui dieta, exercício físico, e mudanças comportamentais.
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Descontinuação:
- Se a perda de peso adequada (pelo menos 5% do peso corporal inicial) não for alcançada nas primeiras 12 semanas, a continuação do tratamento deve ser reavaliada.
A sibutramina é um medicamento que ajuda na perda de peso através da inibição da recaptação de serotonina, noradrenalina, e dopamina, aumentando a sensação de saciedade e reduzindo o apetite. Seu uso deve ser monitorado devido aos possíveis efeitos colaterais, especialmente os cardiovasculares, e deve fazer parte de um programa integrado de perda de peso.
Como funciona a liraglutida?
A liraglutida é um medicamento usado no tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade. É um análogo do GLP-1 (glucagon-like peptide-1), um hormônio incretina que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue e a controlar o apetite.
A liraglutida imita a ação do GLP-1, produzindo vários efeitos benéficos:
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Estimulação da Secreção de Insulina:
- A liraglutida aumenta a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas em resposta a refeições, ajudando a baixar os níveis de glicose no sangue.
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Inibição da Secreção de Glucagon:
- Diminui a liberação de glucagon pelas células alfa do pâncreas, o que reduz a produção de glicose pelo fígado.
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Retardo do Esvaziamento Gástrico:
- Retarda o esvaziamento do estômago, o que ajuda a prolongar a sensação de saciedade e reduzir a ingestão de alimentos.
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Redução do Apetite:
- Age no sistema nervoso central para suprimir o apetite, auxiliando na perda de peso.
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Diabetes Tipo 2:
- Utilizada para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes tipo 2, em combinação com dieta e exercício. Pode ser usada isoladamente ou em combinação com outros antidiabéticos.
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Obesidade:
- Indicada para controle crônico de peso em adultos com um índice de massa corporal (IMC) ≥ 30 kg/m² ou ≥ 27 kg/m² em pacientes com pelo menos uma condição relacionada ao peso (como hipertensão, diabetes tipo 2 ou dislipidemia).
Os efeitos colaterais mais comuns da liraglutida incluem:
- Náusea: Comum no início do tratamento, geralmente diminui com o tempo.
- Vômitos
- Diarreia
- Constipação
- Dor abdominal
Efeitos colaterais mais graves, embora raros, podem incluir:
- Pancreatite
- Função renal alterada
- Reações alérgicas graves
A liraglutida não é recomendada para pacientes com:
- Histórico de pancreatite
- Histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular da tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN 2)
- Gravidez e lactação
A liraglutida é administrada por injeção subcutânea. É geralmente aplicada uma vez ao dia, independentemente das refeições, na coxa, abdômen ou parte superior do braço.
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Monitoramento:
- É importante monitorar regularmente os níveis de glicose no sangue, função renal e sinais de pancreatite.
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Ajuste de Dose:
- A dose é geralmente iniciada baixa e aumentada gradualmente para minimizar efeitos colaterais gastrointestinais.
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Estilo de Vida:
- Para perda de peso, a liraglutida deve ser usada em combinação com uma dieta reduzida em calorias e aumento da atividade física.
A liraglutida é um análogo do GLP-1 que ajuda a controlar o diabetes tipo 2 e a promover a perda de peso ao aumentar a secreção de insulina, reduzir a produção de glucagon, retardar o esvaziamento gástrico e diminuir o apetite. Seu uso requer monitoramento médico cuidadoso devido aos possíveis efeitos colaterais e contraindicações.
Como funciona o orlistate?
O orlistate é um medicamento utilizado para ajudar na perda de peso e no controle da obesidade. Seu mecanismo de ação é único em comparação com outros medicamentos para emagrecimento, pois atua diretamente no sistema digestivo.
O orlistate é um inibidor das lipases gastrointestinais, enzimas responsáveis pela quebra das gorduras ingeridas na dieta:
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Inibição das Lipases:
- Quando o orlistate é administrado, ele se liga irreversivelmente às lipases no estômago e no intestino delgado.
- Estas enzimas são necessárias para a hidrólise (quebra) dos triglicerídeos alimentares em ácidos graxos livres e monoglicerídeos, que podem ser absorvidos pelo intestino.
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Redução da Absorção de Gorduras:
- Com as lipases inativadas, aproximadamente 30% da gordura ingerida na dieta não é digerida e, consequentemente, não é absorvida pelo corpo.
- Esta gordura não digerida é eliminada nas fezes.
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Déficit Calórico:
- A redução na absorção de gordura leva a uma diminuição na ingestão calórica total, promovendo a perda de peso.
O orlistate é indicado para:
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Tratamento da Obesidade:
- Em adultos com um índice de massa corporal (IMC) de 30 kg/m² ou mais.
- Em adultos com um IMC de 27 kg/m² ou mais que têm fatores de risco adicionais como hipertensão, diabetes tipo 2 ou dislipidemia.
Os efeitos colaterais do orlistate são principalmente gastrointestinais e estão relacionados à eliminação das gorduras não absorvidas:
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Efeitos Gastrointestinais:
- Esteatorreia (fezes oleosas)
- Flatulência com descarga oleosa
- Urgência fecal
- Aumento da frequência de evacuações
- Incontinência fecal
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Outros Efeitos:
- Pode interferir na absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), portanto, é recomendado tomar suplementos vitamínicos.
- Em raros casos, pode causar lesão hepática severa.
O orlistate não deve ser usado em pacientes com:
- Síndrome de má absorção crônica
- Colestase (redução ou parada do fluxo biliar)
- Hipersensibilidade ao orlistate ou a qualquer componente da formulação
- Gravidez e lactação
O orlistate é administrado oralmente, normalmente com cada refeição principal que contenha gordura (durante ou até uma hora após a refeição):
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Dose Recomendada:
- A dose típica é de 120 mg três vezes ao dia.
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Adesão à Dieta:
- Para maximizar a eficácia e minimizar os efeitos colaterais gastrointestinais, é importante seguir uma dieta hipocalórica e equilibrada, com cerca de 30% das calorias provenientes de gordura.
- A ingestão diária de gordura, carboidratos e proteínas deve ser distribuída uniformemente entre as três refeições principais.
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Suplementação de Vitaminas:
- Recomenda-se a suplementação diária de multivitaminas contendo vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) para prevenir deficiências, tomada pelo menos duas horas antes ou depois do orlistate.
O orlistate é um medicamento eficaz para a perda de peso que atua no trato gastrointestinal, inibindo a absorção de gorduras da dieta. Seu uso deve ser acompanhado de uma dieta equilibrada e hipocalórica, e a suplementação vitamínica pode ser necessária para evitar deficiências nutricionais. É importante monitorar os possíveis efeitos colaterais, principalmente os gastrointestinais, e seguir as recomendações médicas para maximizar os benefícios do tratamento.
Como funciona a ritalina?
A Ritalina, cujo princípio ativo é o metilfenidato, é um medicamento amplamente utilizado para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia.
O metilfenidato atua no sistema nervoso central como um estimulante, aumentando a disponibilidade de neurotransmissores específicos que são essenciais para a função cognitiva e o controle do comportamento.
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Inibição da Recaptação de Neurotransmissores:
- O metilfenidato bloqueia a recaptação de dopamina e noradrenalina nos neurônios pré-sinápticos, aumentando a concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica.
- A dopamina está associada à atenção, motivação e recompensa, enquanto a noradrenalina está relacionada à vigilância e controle dos impulsos.
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Estimulação do Sistema Nervoso Central:
- Ao aumentar os níveis de dopamina e noradrenalina, o metilfenidato melhora a atenção, concentração e capacidade de focar em tarefas, além de reduzir a impulsividade e hiperatividade.
A Ritalina é indicada principalmente para:
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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH):
- Em crianças, adolescentes e adultos, ajuda a melhorar a capacidade de atenção e concentração, bem como a reduzir comportamentos impulsivos e hiperativos.
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Narcolepsia:
- Utilizada para controlar os sintomas da narcolepsia, como episódios de sono incontrolável durante o dia e ataques de sono.
Os efeitos colaterais mais comuns da Ritalina podem incluir:
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Problemas de Sono:
- Insônia
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Perda de Apetite:
- Pode levar à perda de peso
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Sintomas Gastrointestinais:
- Náusea, dor de estômago
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Efeitos Psicológicos:
- Ansiedade, nervosismo
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Outros Efeitos:
- Dor de cabeça, tontura, aumento da pressão arterial e frequência cardíaca
A Ritalina não deve ser utilizada em pacientes com:
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Histórico de Transtornos Cardiovasculares:
- Como hipertensão grave, arritmias, insuficiência cardíaca
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Problemas Psiquiátricos Graves:
- Como ansiedade severa, psicose
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Uso de Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO):
- Pelo risco de crise hipertensiva
- Hipertireoidismo
- Glaucoma
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Histórico de Abuso de Drogas:
- Devido ao potencial de dependência
A Ritalina está disponível em várias formas e dosagens, incluindo comprimidos de liberação imediata e de liberação prolongada. A dosagem específica e o esquema de administração dependem das necessidades individuais do paciente e são ajustados pelo médico.
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Monitoramento:
- É importante o monitoramento regular do crescimento em crianças (altura e peso), pressão arterial, e frequência cardíaca.
- A saúde mental também deve ser monitorada devido ao potencial de aumento de ansiedade e outros efeitos psicológicos.
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Abuso e Dependência:
- Como um estimulante, a Ritalina tem potencial de abuso e dependência. Deve ser usada conforme prescrição médica e acompanhada de perto.
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Interrupção Gradual:
- A interrupção do uso do metilfenidato deve ser feita gradualmente sob supervisão médica para evitar sintomas de abstinência.
A Ritalina (metilfenidato) é um medicamento eficaz para o tratamento do TDAH e narcolepsia, atuando através do aumento da disponibilidade de dopamina e noradrenalina no cérebro. Apesar de seus benefícios, o uso da Ritalina deve ser cuidadosamente monitorado devido aos possíveis efeitos colaterais e ao risco de dependência.
Tabela de fármacos que, embora com restrições, podem ser usados para tratamento da obesidade infantojuvenil.
Tabela de prevenção da obesidade infantojuvenil.