MÚSCULOS DA REGIÃO AXIAL: M. HIPOAXIAIS (VENTRAIS) Flashcards
MÚSCULOS HIPOAXIAIS
Flexores da cabeça
Inervados pelos ramos ventrais dos nervos espinhais
Grupo pré-vertebral: • M reto ventral da cabeça • M reto lateral da cabeça • M longo da cabeça • M longo do pescoço
Grupo lateral:
• M escalenos
Grupo hioideu: M longos do hioide (m infrahioideus) • M esternohioideu • M esternotiroideu • M omohioideu M especiais do hioide • M tirohioideu (extrínseco da laringe) • M mandibulares superficiais ◦M milohioideu ◦M geniohioideu
• M RETO VENTRAL DA CABEÇA
O: arco ventral do atlas
I: Tubérculos musculares do basioccipital (porção basilar do
occipital)
F: fletir a cabeça (fletindo a articulação atlantoccipital)
N: ramo ventral de C1
Músculo fraco, a sua ação requer a ajuda de outros músculos.
• M RETO LATERAL DA CABEÇA
O: arco ventral do atlas e ventralmente asa do atlas
I: apófise paracondilar do occipital
N: ramo ventral de C1
F: fletir a cabeça (fletindo a articulação atlantoccipital), fletir a cabeça obliquamente se contrair unilateralmente
Músculo fraco, a sua ação requer a ajuda de outros músculos.
• M LONGO DA CABEÇA
O: apófises transversas entre C2 e C6
I: tubérculos musculares na porção basilar do occipital, entre o basioccipital e o basiesfenóide
N: ramos ventrais dos nervos cervicais correspondentes
F: deprimir e lateralizar a porção cranial do pescoço e cabeça
Vai relacionar-se com várias estruturas importantes: ocupa o espaço visceral do pescoço, onde temos a traqueia, esófago e carótida.
M LONGO DO PESCOÇO
Apresenta duas porções:
• Porção cervical
O: apófises transversas das vértebras cervicais
I: corpos das vértebras cervicais e tubérculo ventral do atlas
Relaciona-se com a carótida, com a traqueia. Quando se acede aos espaços intervertebrais das vértebras
cervicais no caso de hérnias discais tem que se desviar este músculo.
• Porção torácica
O: corpos das vértebras entre T1 e T5-T6
I: apófises transversas e corpo das vértebras de C6 e C7
Relaciona-se com vários vasos: costocervical, ducto torácico, tronco vagosimpático
F: importante flexor do pescoço
Continuação do m. Longo da cabeça
M ESCALENO
Vai preencher o triângulo que existe entre as últimas
vértebras cervicais e as primeiras costelas.
Constituído por 3 porções:
• Escaleno dorsal (ausente em equino)
O: tubérculos dorsais das apófises transversas entre
C3 e C5
I: bordo lateral das costelas até à 3ª-4ª costela; nos
carnívoros apresenta uma aponevrose que vai até à
8ª-9ª costela (temos de ter cuidado com ele quando
fazemos acessos ao tórax).
N: ramos ventrais dos últimos nervos cervicais e primeiro torácico
• Escaleno médio
O: últimas apófises transversas das vértebras
cervicais
I: bordo cranial/porção proximal da primeira
costela
N: ramos ventrais dos nervos cervicais
• Escaleno ventral Mais desenvolvido em ungulados O: apófise transversa de C3 a C6 I: bordo cranial da porção média da primeira costela N: ramos ventrais dos nervos cervicais
F: flete lateralmente o pesoço, ajuda a fletir
ventralmente o pescoço, tem funções de auxílio na
inspiração
Normalmente o plexo braquial vai estar a sair entre os escalenos.
M ESTERNOCEFÁLICO
Estão divididos em braquio e esternocefálico.
F: flecte ventral e lateralmente o pescoço e cabeça
N: nervo acessório (XI par craniano)
• Porção mastóide
O: manúbrio esternal
I: apófise mastóide do osso temporal
Em carnívoros, suínos e ruminantes. Ausente no equino
• Porção occipital
O: manúbrio esternal
I: crista nucal do osso occipital
Só existe em carnívoros
• Porção manibular
O: manúbrio esternal (em bovinos também da primeira costela)
I: corpo da mandíbula ou ângulo da mandíbula, fáscia massetérica. Nos caprinos chega inclusivamente ao arco
zigomático.
F: para além das funções comuns às restantes porções, vai ter uma função na deglutição ao deprimir a
mandíbula
Existe nos bovinos, caprinos e equinos.
Nota: a veia jugular externa passa
junto ao externocefálico (mais superficial que a carótida)
O esternocefálico relaciona-se com
a jugular externa, com a glândula salivar mandibular, a glândula
parótida e os linfonodos
mandibulares.
M ESTERNOHIOIDEU
O: manúbrio esternal
I: caudalmente no basihióide
F: retrai caudalmente o basihioide e, com ele, a
língua - participa na deglutição
N: ansa ou alça cervical (formada pelo nervo
hipoglosso (XII par craniano) e pelo ramo ventral de C1)
M ESTERNOTIROIDEU
O: manúbrio esternal
I: cartilagem tiróide da laringe
N: ansa ou alça cervical (formada pelo nervo
hipoglosso (XII par craniano) e pelo ramo ventral de C1)
F: desloca caudalmente a laringe, hióide e língua. Fixa a laringe e o hioide
Estes dois músculos estão na linha média ventral e são muito finos e estreitos, podendo até estar fundidos entre
si.
M TIROHIOIDEU (músculo extrínseco da laringe)
O: cartilagem tiróide
I: tirohióide
F: quando o hióide está fixo puxa caudalmente a laringe. Importante no movimento de deglutição e sobretudo
para beber líquidos. Permite uma boa coordenação entre entrada de ar e entrada de alimentos
M MILOHIOIDEU
O: linha milohioideia (na parte interna da mandíbula)
I: rafe média ventral e basihioide
N: nervo milohioideu (ramo do nervo mandibular, ramo do trigémio - 5º par craniano)
F: depressor da mandíbula e elevador da língua
É o mais superficial de todos, e fininho. Rebatemos para os
lados para ver os outros.
M GENIOHIOIDEU
O: porção incisiva da mandíbula
I: basihioide e, em equinos e ruminantes, um pouco da apófise lingual (só existe em equinos e ruminantes)
F: antagonista dos anteriores - puxa rostralmente o aparelho
hioide e língua. Vai ser importante para a manutenção de uma
via aérea patente enquanto o animal está a deglutir
N: hipoglosso (XII par craniano)
M OMOHIOIDEU
(só em equinos e ruminantes)
O: fáscia subescapular (equinos) ou fáscia cervical (ruminantes)
I: porção caudal do basihioide e um pouco da apófise lingual
N: C1 + (ocasionalmente) hipoglosso
Ao início parece pouco consistente, confundindo-se com a fáscia cervical, mas conseguimos distingui-lo bem na sua porção final junto ao esternohioideu e ao esternotiroideu
Vai dividir a jugular da carótida (passa obliquamente por baixo da veia jugular externa e por cima da carótida) e
formar uma lâmina por cima da carótida que a protege nestes animais.
É mais desenvolvido no equino. Não existe em carnívoros.