Morfologia Flashcards
Pronomes possessivos
Pronomes possessivos transmitem, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso.
Não sei onde pus minhas chaves.
Você pode me emprestar sua caneta, por favor?
Exemplos de pronomes possessivos: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.
Pronomes pessoais oblíquos
Podem ser tônicos ou átonos. Quando tônicos, são sempre precedidos de uma preposição e substituem um substantivo que tem função de objeto indireto. Quando átonos, não são precedidos de uma preposição e podem substituir um substantivo que tem função de objeto direto ou de objeto indireto.
Pedro gosto de mim.
Eu encontrei-o na praia.
Exemplos de pronomes pessoais oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Exemplos de pronomes pessoais oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
Pronomes pessoais do caso reto
São aqueles que substituem os substantivos e indicam as pessoas do discurso, assumindo maioritariamente a função de sujeito da oração.
Eu fui ao cinema.
Ele gosta de futebol.
Exemplos de pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.
Pronomes demonstrativos
Pronomes demonstrativos situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Estes pronomes contraem-se com as preposições a, em e de.
De quem é aquela mochila?
Veja esta reportagem.
Exemplos de pronomes demonstrativos: este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Exemplos de outras palavras que atuam como pronomes demonstrativos: o, a, os, as, mesmo, mesma, mesmos, mesmas, próprio, própria, próprios, próprias, tal, tais, semelhante, semelhantes.
Pronomes de tratamento
Pronomes de tratamento são formas mais corteses e reverentes de nos dirigirmos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando.
Vossa Excelência estará presente na cerimônia de abertura?
Sua Eminência estará presente no conclave?
Exemplos de pronomes de tratamento: você, senhor, senhora, senhorita, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Eminência, Vossa Santidade, Vossa Reverendíssima, Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Magnificência, Vossa Paternidade, Vossa Majestade Imperial, Vossa Onipotência.
Pronomes interrogativos
Pronomes interrogativos
Pronomes interrogativos referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical e são utilizados para interrogar, ou seja, para formular perguntas de modo direto ou indireto.
Quem chegou?
Diga-me, por favor,que horas são.
Exemplos de pronomes interrogativos: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas.
Pronomes relativos
Pronomes relativos relacionam-se sempre com o termo da oração que está antecedente, servindo de elo de subordinação das orações que iniciam.
Eu comprei o vestido azulqueestava na vitrine.
A casa onde cresci era enorme.
Exemplos de pronomes relativos: que, quem, onde, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Pronomes indefinidos
Pronomes indefinidos referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical, indicando que algo ou alguém é considerado de forma indeterminada e imprecisa.
Foi apresentada alguma justificativa para o atraso na entrega da mercadoria?
Ninguém se quer responsabilizar por esta tarefa.
Exemplos de pronomes indefinidos: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, algum, algumas, nenhuns, nenhuma, todo, todos, outra, outras, muito, muita, pouco, poucos, certo, certa, vários, várias, tanto, tantos, quanta, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes.
Pronomes adjetivos e substantivos
Conforme acompanham ou substituem os substantivos, os pronomes são classificados em pronomes adjetivos e pronomes substantivos.
Pronomes adjetivos acompanham os substantivos, como se fossem adjetivos, determinando e modificando o substantivo.
Minha irmã é bióloga.
Aqueles alunos são indisciplinados.
Veja também: Uso dos pronomes adjetivos.
Pronomes substantivos substituem o substantivo numa frase.
Esse é meu.
Ela viu-o.
Substantivo simples
Substantivos simples são aqueles que são formados por apenas um radical.
Exemplos:
amor, árvore, casa, chuveiro, dinheiro, felicidade, florista, livro, roupa
Substantivo composto
Substantivos compostos são aqueles que são formados por dois ou mais radicais. São formados a partir dos substantivos simples, havendo dois processos linguísticos de composição: a composição por justaposição e a composição por aglutinação.
Na composição por justaposição, ocorre a junção de dois ou mais radicais, sem que haja alteração desses elementos formadores. Na composição por aglutinação, ocorre a fusão de dois ou mais radicais, havendo alteração de um desses elementos formadores.
Exemplos de substantivos compostos por justaposição:
amor-perfeito, beija-flor, guarda-chuva, malmequer, passatempo, pontapé, fim de semana
Exemplo de substantivos compostos por aglutinação:
aguardente (água + ardente)
fidalgo (filho + de + algo)
planalto (plano + alto)
vinagre (vinho + acre)
Substantivo primitivo
Substantivos primitivos são substantivos cuja origem não reside em outras palavras da língua portuguesa, mas sim em palavras de outras línguas. A maior parte das palavras da língua portuguesa têm sua origem no latim, mas também existem palavras cuja origem são outras línguas estrangeiras, como o árabe, o grego, o francês, o inglês,… Encontramos ainda palavras de origem africana e de origem indígena, que foram influências deixadas pelos primeiros habitantes do Brasil. Os substantivos primitivos originam os substantivos derivados.
Exemplos de substantivos primitivos:
folha (do latim folia) chuva (do latim pluvial) flor (do latim flore) fogo (do latim focu) hipopótamo (do grego hippopótamos) quilo (do grego khylós) pedra (do grego pétra) algodão (do árabe al-qutun) alface (do árabe al-hassa) fuzil (do francês fusil) batom (do francês bâton) avião (do francês avion) futebol (do inglês football) xampu (do inglês shampoo) jiboia (do tupi iymbóia) cafuné (quimbundo kafundu) Quanto à origem, os substantivos podem ser classificados em substantivos primitivos e substantivos derivados.
Substantivos derivados
Substantivos derivados são substantivos cuja origem reside em outras palavras da língua portuguesa, ou seja, derivam de substantivos primitivos, sendo formados através de processos de derivação.
Exemplos de substantivos derivados:
território (do substantivo primitivo terra)
jardinagem (do substantivo primitivo jardim)
laranjada (do substantivo primitivo laranja)
livraria (do substantivo primitivo livro)
folhagem (do substantivo primitivo folha)
chuvada (do substantivo primitivo chuva)
açucareiro (do substantivo primitivo açúcar)
florista (do substantivo primitivo flor)
homenzarrão (do substantivo primitivo homem)
cachorrinho (do substantivo primitivo cachorro)
Tipos de derivação existentes no português
Derivação prefixal: É acrescentado um prefixo a uma palavra já existente, alterando o seu sentido, como em contramão (contra- + mão).
Derivação sufixal: É acrescentado um sufixo a uma palavra já existente, alterando o seu sentido, como em jornalista (jornal + -ista).
Derivação parassintética: São acrescentados um sufixo e um prefixo a uma palavra já existente, alterando o seu sentido, como em afilhado (a- + filho + -ado).
Derivação regressiva: As palavras não são formadas por acréscimo, mas sim por redução, como em boteco (derivação regressiva de botequim). Neste tipo de derivação, muitos substantivos derivam não de substantivos primitivos, mas de verbos primitivos, sendo chamados substantivos deverbais, como em dispensa (derivação regressiva de dispensar).
Derivação imprópria: Ocorre alteração do significado da palavra, sem que haja alterações na palavra primitiva, como em o jantar (derivação imprópria do verbo jantar).
Quanto à origem, os substantivos podem ser classificados em substantivos primitivos e substantivos derivados.
Substantivo concreto
Substantivos concretos são palavras que designam seres com existência própria, que existem independentemente de outros seres, como objetos, pessoas, animais, vegetais, minerais, lugares, … Designam seres existentes no mundo real ou seres fictícios e imaginários cujo conceito é do conhecimento comum, como fadas, bruxas e figuras folclóricas.
Exemplos de substantivos concretos:
Objetos: mesa, tapete, colher, televisão, celular, …
Pessoas: mãe, pai, homem, mulher, Paula, Rodrigo, médica, motorista,…
Animais: cachorro, gato, pássaro, cobra, tartaruga, peixe,…
Frutas: banana, uva, maracujá, goiaba, laranja, abacaxi,…
Plantas: samambaia, capim, ipê, girassol, macieira,…
Lugares: Brasil, Rio de Janeiro, Copacabana, África, Marte,…
Fenômenos: noite, dia, chuva, vento, brisa,…
Seres imaginários: fada, bruxa, diabo, duende, sereia, lobisomem, saci-pererê,…
Embora tradicionalmente os substantivos concretos sejam encarados como opostos de substantivos abstratos, atualmente é defendida a existência de diferentes graus de concretude e abstração, que substitui a anterior ideia de oposição. Assim, mediante o contexto frásico em que estão inseridos, os substantivos podem ser mais ou menos concretos ou abstratos.
Diferenciação entre substantivos concretos e abstratos:
Qual a imagem que você tem dela? (noção – abstrato)
A imagem do leão será emoldurada. (objeto – concreto)
Substantivo abstrato
Substantivos abstratos são palavras que designam seres sem existência própria, que dependem de outros seres para existirem. Designam conceitos, conceptualizações abstratas e realidades imateriais. Indicam qualidades, noções, estados, ações, sentimentos e sensações de outros seres.
Exemplos de substantivos abstratos:
Qualidades: honestidade, bondade, beleza, inveja,…
Noções: tamanho, peso, altura, cor,…
Estados: velhice, ilusão, pobreza, doença…
Ações: arrumação, viagem, crescimento, compra,…
Sentimentos: saudade, amor, alegria, tristeza,…
Sensações: fome, sede, calor, enjoo,…
Tradicionalmente, substantivos abstratos são encarados como opostos de substantivos concretos. Contudo, atualmente, a ideia de oposição está sendo substituída por uma visão que defende a existência de diferentes graus de concretude e abstração. Assim, alguns substantivos podem ser mais ou menos concretos ou abstratos, mediante o contexto da frase em que estão inseridos.
Diferenciação entre substantivos abstratos e concretos:
Qual a imagem que você tem dela? (noção – abstrato)
A imagem do leão será emoldurada. (objeto – concreto)
Substantivo comum
Substantivos comuns são palavras que designam genericamente, sem especificar, seres da mesma espécie, que partilham características comuns. São escritos com letra minúscula.
Exemplos de substantivos comuns:
Pessoas: menino, criança, pai, mãe, homem, mulher, tia, avô,…
Objetos: garfo, faca, computador, cama, mesa, porta, pregador,…
Animais: cachorro, gato, cobra, tatu, tucano, papagaio, urso,…
Plantas: girassol, malmequer, samambaia, capim, macieira,…
Frutas: banana, uva, maracujá, goiaba, laranja, abacaxi,…
Lugares: país, cidade, planeta, município, bairro, estado,…
Acidentes geográficos: rio, baía, montanha, serra, vulcão,…
Fenômenos: noite, dia, chuva, vento, brisa, tempestade, furacão,…
Seres imaginários: fada, bruxa, duende, sereia, lobisomem,…
Dentre os diversos tipos de substantivos, os substantivos comuns distinguem-se principalmente dos substantivos próprios. Estes designam os seres de forma específica, individualizando-os dentro de sua espécie.
Distinção entre substantivos comuns e substantivos próprios:
O Brasil é um país extremamente bonito! (comum: país / próprio: Brasil)
Saturno é um planeta fascinante. (comum: planeta / próprio: Saturno)
O rio Amazonas tem quase sete mil quilômetros de extensão. (comum: rio / próprio: Amazonas)
Substantivo próprio
Substantivos próprios são palavras que designam seres individuais e específicos, particularizando-os dentro de sua espécie e distinguindo-os dos restantes. São escritos com letra maiúscula.
Exemplos de substantivos próprios:
Nomes de pessoas: Flávia, Ricardo, Felipe, Tiago,…
Nomes de animais: Rex, Bolinha, Fifi, Bidu,…
Nomes de cidades, países, continentes,…: Brasil, Londres, Europa, Curitiba,…
Nomes de rios: Amazonas, Tietê, Nilo, Sena,…
Nomes de acidentes geográficos: Cordilheira dos Andes, Baía de Guanabara, Serra da Mantiqueira,…
Nomes de festividades: Natal, Carnaval, Páscoa,…
Nomes de entidades: Organização das Nações Unidas, Ministério da Previdência Social, Organização do Tratado do Atlântico Norte, …
Dentre os diversos tipos de substantivos, os substantivos próprios distinguem-se principalmente dos substantivos comuns. Estes designam os seres de forma genérica, sem os especificar.
Distinção entre substantivos próprios e substantivos comuns:
Meu cachorro se chama Floquinhos. (próprio: Floquinhos / comum: cachorro)
Meu irmão Bruno vem me visitar amanhã. (próprio: Bruno / comum: irmão)
O Rio de Janeiro será sempre a cidade do meu coração! (próprio: Rio de Janeiro / comum: cidade)
Substantivos coletivos
Substantivos coletivos são palavras que, escritas no singular, indicam um conjunto ou um agrupamento de coisas e de seres da mesma espécie, transmitindo assim uma noção de multiplicidade.
Coletivos de animais conjunto de abelhas: colmeia ou enxame conjunto de animais de carga: récua conjunto de animais de uma região: fauna conjunto de aves: bando ou revoada conjunto de bactérias: colônia conjunto de bois: manada, junta, boiada ou armento conjunto de borboletas: panapaná conjunto de búfalos: manado ou armento conjunto de cabras: fato ou rebanho conjunto de cães: matilha conjunto de camelos: cáfila conjunto de caranguejos: cambada conjunto de cavalos: cavalaria, manada ou tropa conjunto de crias de animais: ninhada conjunto de dromedários: cáfila conjunto de elefantes: manada conjunto de gafanhotos: nuvem conjunto de insetos: colônia conjunto de insetos nocivos: praga conjunto de lobos: alcateia conjunto de marimbondos: enxame conjunto de mosquitos: nuvem conjunto de ovelhas: rebanho conjunto de peixes: cardume conjunto de porcos: vara conjunto de vespas: enxame Coletivos de plantas conjunto de alhos: réstia conjunto de árvores: arvoredo ou renque conjunto de árvores de fruto: pomar conjunto de bananas: cacho conjunto de canas: feixe conjunto de capim: feixe conjunto de cebolas: réstia conjunto de espigas de milho: atilho conjunto de flores: ramalhete conjunto de frutas: penca conjunto de palha: fardo conjunto de pinheiros: pinhal conjunto de plantas de uma região: flora conjunto de uvas: cacho conjunto de verduras: molho Coletivos relacionados com a Natureza conjunto de estrelas: constelação conjunto de ilhas: arquipélago conjunto de montanhas: cordilheira Coletivos de meios de transporte conjunto de aviões: esquadrilha conjunto de navios: frota conjunto de navios de guerra: armada ou esquadra conjunto de ônibus: frota Coletivos de noções temporais conjunto de nove dias: novena conjunto de doze meses: ano conjunto de dez anos: década conjunto de cem anos: século conjunto de mil anos: milênio Coletivos de pessoas, profissões e ofícios conjunto de acompanhantes: comitiva conjunto de amigos: turma ou galera conjunto de anjos: falange, coro ou legião conjunto de artistas: plêiade conjunto de atores: elenco conjunto de aventureiros: horda conjunto de aviadores: tripulação conjunto de bandidos: quadrilha ou horda conjunto de bispos: concílio conjunto de cantores: coro conjunto de cardeais: conclave ou colégio conjunto de cavaleiros: cavalgada conjunto de cidadãos: comunidade conjunto de ciganos: bando conjunto de cônegos: cabido conjunto de dançarinos em grupo: quadrilha conjunto de demônios: legião conjunto de desonestos: súcia conjunto de desordeiros: corja, caterva, malta, farândola ou horda conjunto de eleitores: colégio conjunto de especialistas: congresso conjunto de espectadores: plateia conjunto de estudantes: turma conjunto de examinadores: junta, banca ou bancada conjunto de imigrantes: colônia conjunto de invasores: horda conjunto de jogadores: time conjunto de jurados: júri conjunto de ladrões: corja conjunto de malandros: cambada ou choldra conjunto de malfeitores: bando, choldra ou caterva conjunto de maltrapilhos: farândola conjunto de marinheiros: companha, companhia, chusma ou tripulação conjunto de médicos: junta conjunto de membros de associações: assembleia conjunto de mercadores: caravana conjunto de músicos: banda ou orquestra conjunto de parlamentares: assembleia, congresso ou bancada conjunto de peregrinos: caravana conjunto de pescadores: colônia conjunto de pessoas: multidão, chusma, roda, tropa, magote ou grupo conjunto de pessoas em deslocação: leva conjunto de pessoas reunidas para um fim comum: ranho conjunto de poetas: plêiade conjunto de presos: leva conjunto de religiosos: congregação conjunto de sacerdotes: clero conjunto de selvagens: horda conjunto de soldados: batalhão, falange, legião, tropa ou exército conjunto de trabalhadores: turma conjunto de tratantes: corja conjunto de vadios: corja, farândola ou malta conjunto de velhacos: súcia ou corja conjunto de viajantes: caravana Coletivos de objetos e outros conjunto de acessórios para a casa: enxoval conjunto de armas: arsenal conjunto de autógrafos: álbum conjunto de bens de propriedade: acervo conjunto de canções e de poemas líricos: cancioneiro conjunto de canhões: bateria conjunto de chaves: molho ou penca conjunto de coisas: grupo conjunto de coisas agrupadas: molho conjunto de discos: discoteca conjunto de doze dúzias: grosa conjunto de faculdades: universidade conjunto de figurinhas: álbum conjunto de filmes: cinemateca conjunto de foguetes: girândola conjunto de fotografias: álbum conjunto de instrumentos de percussão: bateria conjunto de jornais e de revistas: hemeroteca conjunto de lenha: feixe ou talha conjunto de livros: biblioteca conjunto de mapas: atlas conjunto de munições: arsenal conjunto de músicas: antologia ou coletânea conjunto de obras de arte: acervo ou galeria conjunto de objetos de servir à mesa: baixela conjunto de objetos empilhados: pilha conjunto de pães: fornada conjunto de papéis: fardo ou resma conjunto de peças de teatro: repertório conjunto de perguntas: saraivada ou bateria conjunto de poemas narrativos: romanceiro conjunto de quadros: pinacoteca ou galeria conjunto de roupas: trouxa conjunto de selos: álbum conjunto de textos: antologia, coletânea ou seleta conjunto de tijolos: fornada conjunto de tiros: saraivada conjunto de vaias: saraivada Atenção! Quando o substantivo coletivo é específico de apenas um conjunto de coisas ou seres, não se deve fazer a enunciação dessa mesma coisa ou ser.
Exemplos:
A multidão andava pelas ruas em protesto.
Nevou na cordilheira.
O elenco desta novela está fantástico!
Quando o substantivo coletivo se refere a mais do que um conjunto de coisas ou seres, pode ser feita a enunciação dessa mesma coisa ou ser.
Exemplos:
Você precisa de ajuda para carregar esse cacho de bananas?
Uma manada de búfalos corria pela savana.
Posso ver seu álbum de fotografias?
Substantivos comum de dois gêneros
Substantivo comum de dois gêneros são os substantivos que apresentam uma só forma para o gênero masculino e o gênero feminino, sendo a distinção de gênero feita através dos artigos o, a, um, uma ou de outros determinantes.
Lista de substantivos comuns de dois gêneros o agente – a agente o anarquista – a anarquista o artista – a artista o camarada – a camarada o chefe – a chefe o cliente – a cliente o colega – a colega o colegial – a colegial o compatriota – a compatriota o dentista - a dentista o doente – a doente o estudante – a estudante o fã – a fã o gerente – a gerente o herege – a herege o imigrante – a imigrante o indígena – a indígena o intérprete – a intérprete o jornalista – a jornalista o jovem – a jovem o jurista – a jurista o mártir – a mártir o pianista – a pianista o policial – a policial o selvagem – a selvagem o servente - a servente o suicida – a suicida o taxista – a taxista Nota: Vários substantivos terminados em –ista são substantivos comuns de dois gêneros.
Exemplos:
O juiz condenou o jovem acusado de roubo.
O juiz condenou a jovem acusada de roubo.
O jornalista fez a cobertura dos acontecimentos.
A jornalista fez a cobertura dos acontecimentos.
A enfermeira está tratando do doente.
A enfermeira está tratando da doente.
Atenção!
Não confundir substantivos comuns de dois gêneros com substantivos sobrecomuns e epicenos.
Substantivos biformes
Substantivos biformes são substantivos que apresentam duas formas diferentes, uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino.
A principal regra de formação do feminino é a troca da vogal final -o para a vogal final -a.
o amigo - a amiga;
o estranho - a estranha;
o deputado - a deputada.
Existem, contudo, outras regras para a formação do feminino.
Regras para a formação do feminino
Com substantivos masculinos terminados em -or, o feminino é formado através da junção do artigo a.
De -or para -ora:
o embaixador - a embaixadora;
o professor - a professora;
o doutor - a doutora.
Com substantivos masculinos terminados em -ês, o feminino é formado através da junção do artigo a, sendo retirado o acento circunflexo.
De -ês para -esa:
o freguês - a freguesa;
o inglês - a inglesa;
o camponês - a camponesa.
Com substantivos masculinos terminados em -ão, o feminino é formado através da troca da terminação -ão por -oa, -ã ou -ona.
De -ão para -oa:
o pavão - a pavoa;
o melão - a meloa;
o patrão - a patroa.
De -ão para -ã:
o cidadão - a cidadã;
o campeão - a campeã;
o anão - a anã.
De -ão para -ona:
o comilão - a comilona;
o valentão - a valentona;
o solteirão - a solteirona.
Nota: Existem algumas exceções a estas regras, como é o caso das palavras: barão e baronesa, cão e cadela, ladrão e ladra,…
Com substantivos masculinos terminados em -dor ou -tor, o feminino é formado através da troca dessas terminações por -triz.
De -dor e -tor para -triz:
o embaixador - a embaixatriz;
o imperador - a imperatriz;
o ator - a atriz.
Alguns substantivos masculinos terminados em -e permitem que se forme o feminino através da troca da terminação -e por -a.
De -e para -a:
o presidente - a presidenta;
o governante - a governanta;
o mestre - a mestra.
Com alguns substantivos masculinos, o feminino é formado através da junção dos sufixos -esa, -essa e -isa, que são sufixos que transmitem uma noção de feminino.
Junção do sufixo -esa:
o cônsul - a consulesa;
o duque - a duquesa;
o barão - a baronesa.
Junção do sufixo -essa:
o abade - a abadessa;
o conde - a condessa;
o visconde - a viscondessa.
Junção do sufixo -isa:
o poeta - a poetisa;
o profeta - a profetisa;
o diácono - a diaconisa.
Com alguns substantivos masculinos, o feminino é feito a partir de uma palavra com radical diferente.
Exemplos com radical diferente:
o homem - a mulher;
o marido - a mulher;
o cavalo - a égua.
Com alguns substantivos masculinos, a formação do feminino não segue nenhuma regra específica.
Exemplos de formação sem regra:
o avô - a avó;
o reú - a ré;
o grou - a grua.
Substantivo sobrecomum
Substantivos sobrecomuns são substantivos que apresentam um só gênero para o masculino e o feminino e nomeiam pessoas.
Lista de substantivos sobrecomuns o algoz o anjo o apóstolo o carrasco o cônjuge a criança a criatura o defunto o ente o gênio o ídolo o indivíduo o membro o monstro o neném a pessoa o ser a testemunha o verdugo a vítima Exemplos: Meu filho é um anjo! Minha filha é um anjo!
Aquele aluno é um gênio.
Aquela aluna é um gênio.
Para haver distinção de gênero, podem ser dadas indicações de pertencerem ao sexo masculino ou ao sexo feminino.
Exemplos:
A vítima foi uma criança do sexo masculino.
O cônjuge do sexo feminino deu início ao processo de divórcio.
Atenção!
Não confundir substantivos sobrecomuns com substantivos comuns de dois gêneros e epicenos.
Substantivo epiceno
Epicenos são substantivos que apresentam um só gênero para o masculino e para o feminino. Nomeiam animais.
Lista de epicenos o abutre; a águia; a andorinha; a aranha; a baleia; a barata; o beija-flor; o besouro; a borboleta; o boto; o camaleão; a capivara; o carapau; o cavalo-marinho; o chimpanzé; a cobra; o condor; o corvo; o crocodilo; o dromedário; o escorpião; o falcão; a foca; a formiga; a gaivota; o gavião; a girafa; o gorila; a hiena; o hipopótamo; o jacaré; a jiboia; a melga; a mosca; o mosquito; a onça; o panda; o peixe; o pinguim; o polvo; a pulga; o quati; o rinoceronte; o rouxinol; o sapo; a sardinha; a serpente; a tartaruga; o tatu; o tigre; a zebra; ... Nestes substantivo, havendo a necessidade de fazer distinção de gênero, deverão ser utilizadas as palavras macho e fêmea:
o jacaré macho; o jacaré fêmea; a formiga-macho; a formiga-fêmea; o macho da tartaruga; a fêmea da tartaruga. Exemplos com macho e fêmea:
Nasceu um tigre macho no jardim zoológico.
Nasceu um tigre fêmea no jardim zoológico.
A onça-macho está doente.
A onça-fêmea está doente.
Atenção!
Não confundir substantivos epicenos com substantivos comuns de dois gêneros e substantivos sobrecomuns.
Substantivo de dois números
Substantivos de dois números são substantivos que apresentam uma só forma para o singular e para o plural, sendo a distinção de número feita através dos artigos o, os, a, as, um, uns, uma, umas ou de outros determinantes.
Pertencem a esta categoria todos os substantivos terminados em –x e os substantivos proparoxítonos e paroxítonos terminados em –s.
Substantivos de dois números terminados em -s:
o alferes – os alferes o atlas – os atlas o bíceps – os bíceps o cais – os cais o lápis – os lápis o mil-folhas – os mil-folhas o ônibus – os ônibus o ourives – os ourives o pires – os pires a práxis – as práxis o vírus – os vírus Exemplos:
O atlas está na segunda prateleira. Os atlas estão na segunda prateleira. Você comprou o lápis que eu pedi? Você comprou os lápis que eu pedi? Substantivos de dois números terminados em -x:
o cálix – os cálix o clímax – os clímax o códex – os códex a fênix – as fênix o índex – os índex o látex – os látex o ônix – os ônix o tórax – os tórax o xérox – os xérox Exemplos:
A fênix é uma ave mitológica que renasce de suas próprias cinzas.
As fênix são aves mitológicas que renascem de suas próprias cinzas.
O médico examinou o tórax do paciente.
O médico examinou os tórax dos pacientes.
Artigo definido
Os artigos definidos são o, a, os, as.
Os artigos definidos determinam os substantivos de forma particular, objetiva e precisa, individualizando seres e objetos.
Exemplos com artigos definidos:
Eu vi o professor de português. (aquele professor específico)
Eu vi a professora de matemática. (aquela professora específica)
Eu vi os professores do meu irmão. (aqueles professores específicos)
Eu vi as professoras da catequese. (aquelas professoras específicas)
Artigos são palavras que acompanham os substantivos, indicando o número (singular ou plural) e o gênero (masculino ou feminino) desses substantivos.
O: artigo definido indicativo do masculino singular: o amigo.
Os: artigo definido indicativo do masculino plural: os amigos.
A: artigo definido indicativo do feminino singular: a amiga.
As: artigo definido indicativo do feminino plural: as amigas.
Contração de artigos com preposições
Os artigos definidos contraem-se com as preposições a, em, de e por.
Artigos definidos contraídos com a preposição a:
a + o = ao a + os = aos a + a = à a + as = às Artigos definidos contraídos com a preposição em:
em + o = no em + os = nos em + a = na em + as = nas Artigos definidos contraídos com a preposição de:
de + o = do de + os = dos de + a = da de + as = das Artigos definidos contraídos com a preposição por:
por + o = pelo por + os = pelos por + a = pela por + as = pelas Exemplos de contração de preposições com artigos:
Não sei se quero ir à praia ou ao parque.
Eu moro na cidade e minha irmã mora no campo.
Você gostou mais dos reis ou das rainhas?
Vamos pela estrada principal ou pelo atalho?
Emprego dos artigos definidos
Os artigos definidos são usados:
Nos nomes de algumas cidades, estados e países - o Chile.
Nos nomes das estações do ano - o inverno.
Nos nomes dos pontos cardeais - o sul.
Nos nomes dos feriados e datas comemorativas - o Natal.
Nos cognomes e títulos - o presidente.
Nos nomes próprios, transmitindo conhecimento e familiaridade - a Mariana.
Com pronomes possessivos - a minha avó.
Com a palavra todos, para indicar uma totalidade - todos os alunos.
Após o numeral ambos - ambos os responsáveis.
Na substantivação de outras classes gramaticais - o jantar.
Na distinção entre substantivos homônimos - o cabeça e a cabeça.
Exemplos de uso de artigos definidos:
O Carnaval já passou e o verão já está acabando também.
Semana que vem o Paulo e a Milena vão para o Canadá.
Estamos apenas vendo o nascer do dia.
A minha bússola estragou e já não indica o norte.
Artigo indefinido
Os artigos indefinidos são um, uma, uns, umas.
Os artigos indefinidos indeterminam os substantivos, caracterizando-os de forma vaga, imprecisa e generalizada, sem particularizar e individualizar seres e objetos.
Exemplos com artigos indefinidos:
Estou procurando um professor de português. (um professor qualquer)
Estou procurando uma professora de matemática. (uma professora qualquer)
O colégio vai contratar uns professores novos. (uns professores quaisquer)
O colégio vai contratar umas professoras novas. (umas professoras quaisquer)
Artigos são palavras que acompanham os substantivos, indicando o número (singular ou plural) e o gênero (masculino ou feminino) desses substantivos.
Um: artigo indefinido indicativo do masculino singular: um amigo.
Uns: artigo indefinido indicativo do masculino plural: uns amigos.
Uma: artigo indefinido indicativo do feminino singular: uma amiga.
Umas: artigo indefinido indicativo do feminino plural: umas amigas.
Contração de artigos com preposições
Os artigos indefinidos contraem-se com as preposições em e de.
Artigos indefinidos contraídos com a preposição em:
em + um = num em + uns = nuns em + uma = numa em + umas = numas Artigos indefinidos contraídos com a preposição de:
de + um = dum de + uns = duns de + uma = duma de + umas = dumas Exemplos de contração de preposições com artigos:
Estou precisando dum dia tranquilo e duma bela noite de sono.
Isso apenas seria possível num mundo perfeito ou numa outra dimensão.
Emprego dos artigos indefinidos
Os artigos indefinidos são usados:
Com números, quando indica aproximação numérica - uns trinta.
Para enfatizar - um doce de pessoa.
Para comparar alguém com uma figura conhecida - um Dom Juan.
Para referir obras de um artista - um Rembrandt.
Para indicar uma pessoa de uma família - um Silva.
Na substantivação de outras classes gramaticais - um andar desengonçado;
Na distinção entre substantivos homônimos - uma capital e um capital.
Exemplos de uso dos artigos indefinidos:
Estou sentido uma dor de cabeça enorme! Acho que ele já tem uns quarenta anos... Não se vê logo que ele é um Brandão? Artigos indefinidos e artigos definidos Além dos artigos indefinidos, os artigos podem também ser classificados como artigos definidos. Essa classificação em artigos definidos e artigos indefinidos tem como base a capacidade de determinação ou indeterminação dos substantivos.
Artigo indefinido: indetermina o substantivo - um presidente.
Artigo definido: determina o substantivo - o presidente.
Adjetivo
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Os adjetivos variam em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural) conforme o substantivo que caracterizam. Os adjetivos flexionam-se também em grau (normal, comparativo e superlativo).
Exemplos:
casa velha (o adjetivo velha caracteriza o substantivo casa);
prédio antigo (o adjetivo antigo caracteriza o substantivo prédio);
casas velhas (o adjetivo velhas caracteriza o substantivo casas);
prédios antigos (o adjetivo antigos caracteriza o substantivo prédios).
Os adjetivos podem ser simples, sendo formados por apenas um radical, ou compostos, sendo formados por dois ou mais radicais.
Adjetivos simples
Exemplos de adjetivos simples:
A maçã é vermelha.
O menino é muito bonito.
Minha mãe está zangada.
Exemplos de adjetivos compostos:
Meu vestido verde-escuro está estragado.
Meu pai é franco-brasileiro.
Que menino mal-educado!
Sintaticamente, exercem funções de adjunto adnominal, predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.
Exemplos:
Adjunto adnominal: Uma dor intensa atingiu o paciente moribundo.
Predicativo do sujeito: Mariana parece ansiosa.
Predicativo do objeto: Ele a viu sorridente.
Gênero dos adjetivos
Relativamente ao gênero, os adjetivos podem ser biformes ou uniformes.
Adjetivos biformes ou uniformes
Os adjetivos biformes apresentam duas formas, uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino.
Exemplos:
Helena é uma menina simpática. Paulo é um menino simpático. A blusa é vermelha. O casado é vermelho. Os adjetivos uniformes apresentam sempre a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino. Normalmente, os adjetivos terminados em -e, -z, -m e -l são adjetivos uniformes.
Exemplos:
Helena é uma menina feliz. Paulo é um menino feliz. A blusa é azul. O casado é azul. Número dos adjetivos Para a formação do plural dos adjetivos simples, são utilizadas as mesmas regras de formação do plural dos substantivos, sendo a principal regra acrescentar a letra s no final da palavra.
Exemplos:
A pera madura. As peras maduras. O homem resmungão. Os homens resmungões. Para a formação do plural dos adjetivos compostos, a regra indica que apenas o último elemento varia em número, indo para o plural:
Exemplos:
Minha tia é afro-brasileira. Minhas tias são afro-brasileiras. Este aluno é mal-educado! Estes alunos são mal-educados! Contudo, o adjetivo composto se mantém invariável se for formado por um substantivo no último elemento.
Exemplos:
A parede é amarelo-canário.
As paredes são amarelo-canário.
O tecido é vermelho-sangue.
Os tecidos são vermelho-sangue.
Grau do adjetivo
O grau de um adjetivo pode ser flexionado em três níveis: normal, comparativo e superlativo.
Grau normal
No grau normal, o adjetivo caracteriza um ou mais seres, sem indicar intensidade.
Minha mãe é bonita. O vestido é preto. Eles são bagunceiros. Grau comparativo No grau comparativo é feita a comparação da mesma característica em dois ou mais seres ou de duas ou mais características do mesmo ser.
Grau comparativo de inferioridade
Grau comparativo de inferioridade = menos (adjetivo) que/do que
Alice é menos preguiçosa que João.
A revista é menos pesada do que o livro.
Grau comparativo de igualdade
Grau comparativo de igualdade = tão (adjetivo) quanto/ como/ quão
Cláudia é tão educada como Patrícia.
Matemática é tão importante quanto português.
Ele é tão decidido quão teimoso.
Grau comparativo de superioridade
Grau comparativo de superioridade = mais (adjetivo) que/ do que
Igor é mais atento que Rodrigo.
O lápis é mais comprido do que a borracha.
GRAU COMPARATIVO DE SUPERIORIDADE IRREGULAR
Alguns adjetivos formam o grau comparativo de superioridade de modo irregular, com formas sintéticas.
(mais) bom = melhor
(mais) mau = pior
(mais) grande = maior
(mais ) pequeno = menor
Grau superlativo
No grau superlativo é feita a caracterização de um ou mais seres, atribuindo qualidades em grau muito elevado ou em maior ou menor grau que os demais seres.
Grau superlativo relativo
O grau superlativo relativo caracteriza um ou mais seres em maior ou menor grau que os demais seres.
GRAU SUPERLATIVO RELATIVO DE INFERIORIDADE
Grau superlativo relativo de inferioridade = o menos (adjetivo)
Pedro é o menos inteligente da turma.
Ana é a menos faladora das amigas.
GRAU SUPERLATIVO RELATIVO DE SUPERIORIDADE
Grau superlativo relativo de superioridade = o mais (adjetivo)
Ela é a pessoa mais educada deste mundo!
Meu irmão é o mais rápido dos corredores.
Grau superlativo absoluto
O grau superlativo absoluto caracteriza um ou mais seres, atribuindo qualidades em grau muito elevado.
GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO ANALÍTICO
Grau superlativo absoluto analítico = palavra intensificadora (muito; extremamente; excessivamente; imensamente) + adjetivo
A sobremesa é muito doce. O teste foi extremamente fácil. O professor é imensamente sábio. GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO Grau superlativo absoluto sintético = adjetivo + sufixo (-íssimo; -imo; - ílimo; -érrimo)
A sobremesa é dulcíssima.
O teste foi facílimo.
O professor é sapientíssimo.
Locução adjetiva
Locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo, caracterizando um substantivo. As locuções adjetivas são formadas maioritariamente pela preposição de mais um substantivo: de criança, de pai, de mãe, de morte, de leite,…
A utilização de locuções adjetivas permite uma maior diversidade vocabular e enriquecimento textual.
Exemplos:
Qual é o seu escalão de idade? (locução adjetiva)
Qual é o seu escalão etário? (adjetivo)
Está sendo feito o tratamento de águas da chuva. (locução adjetiva)
Está sendo feito o tratamento de águas pluviais. (adjetivo)
A higiene da boca é muito importante. (locução adjetiva)
A higiene bucal é muito importante. (adjetivo)
Exemplos de locuções adjetivas e adjetivos correspondentes:
de abdômen - abdominal de abelha - apícola de aluno - discente de anjo - angelical de ano - anual de astro - sideral de audição - ótico de bispo - episcopal de boca - bucal ou oral de boi - bovino de cabeça - cefálico de cabelo - capilar de cabra - caprino de campo - campestre ou rural de circo - circensernal de irmão - fraterno de junho - junino de lado - lateral de lago - lacustre de lágrima - lacrimalstre ou terreno de tórax - torácico de velho - senil de vento - eólico de vidro - vítreo ou hialino de virgem - virginal de visão - óptico ou ótico de voz – vocal Nota: Algumas locuções adjetivas se encontram diretamente relacionadas com um adjetivo, outras não. Assim, em alguns casos é possível a substituição da locução adjetiva por um adjetivo, em outros não.
Adjetivos pátrios
Adjetivos pátrios ou gentílicos são palavras que nomeiam as pessoas conforme o local onde nascem ou vivem. Devem ser escritos com letra minúscula.
Adjetivos pátrios dos estados brasileiros
Acre – acriano
Alagoas – alagoano ou alagoense
Amapá – amapaense
Amazonas – amazonense
Bahia – baiano ou baiense
Ceará – cearense
Distrito Federal – brasiliense
Espírito Santo – espírito-santense ou capixaba
Goiás – goiano
Maranhão – maranhense ou maranhão
Mato Grosso – mato-grossense
Mato Grosso do Sul – mato-grossense-do-sul ou sul-mato-grossense
Minas Gerais – mineiro ou geralista
Pará – paraense, paroara ou parauara
Paraíba – paraibano
Paraná – paranaense, paranista ou tingui
Pernambuco – pernambucano
Piauí – piauiense ou piauizeiro
Rio de Janeiro – fluminense
Rio Grande do Norte – rio-grandense-do-norte, norte-rio-grandense ou potiguar
Rio Grande do Sul – rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense ou gaúcho
Rondônia – rondoniense ou rondoniano
Roraima – roraimense
Santa Catarina – catarinense, santa-catarinense, catarineta ou barriga-verde
São Paulo – paulista ou bandeirante
Sergipe – sergipano ou sergipense
Tocantins – tocantinense
Adjetivos pátrios das capitais brasileiras
Aracaju (Sergipe) – aracajuano ou aracajuense
Belém (Pará) – belenense
Belo Horizonte (Minas Gerais) – belo-horizontino
Boa Vista (Roraima) – boa-vistense
Brasília (Distrito Federal) – brasiliense ou candango
Campo Grande (Mato Grosso do Sul) – campo-grandense
Cuiabá (Mato Grosso) – cuiabano
Curitiba (Paraná) – curitibano
Florianópolis (Santa Catarina) – florianopolitano
Fortaleza (Ceará) – fortalezense
Goiânia (Goiás) – goianiense
João Pessoa (Paraíba) – pessoense
Macapá (Amapá) – macapaense
Maceió (Alagoas) – maceioense
Manaus (Amazonas) – manauense, manauara ou baré
Natal (Rio Grande do Norte) – natalense ou papa-jerimum
Palmas (Tocantins) – palmense
Porto Alegre (Rio Grande do Sul) – porto-alegrense
Porto Velho (Rondônia) – porto-velhense
Recife (Pernambuco) – recifense
Rio Branco (Acre) – rio-branquense
Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) – carioca
Salvador (Bahia) – soteropolitano ou salvadorense
São Luís (Maranhão) – são-luisense ou ludovicense
São Paulo (São Paulo) – paulistano
Teresina (Piauí) – teresinense
Vitória (Espírito Santo) – vitoriense
Números ordinais
Os numerais ordinais indicam o número de ordem, posição ou lugar ocupado em uma série. São flexionados em gênero (masculino: primeiro; feminino: primeira) e número (singular: primeiro; plural: primeiros).
São usados maioritariamente de forma abreviada, para que a escrita seja mais funcional, uma vez que sua representação por extenso é complexa e pouco prática. Os numerais ordinais são abreviados com número + ponto abreviativo que indica que houve eliminação de letras + terminação º ou ª que indica se o numeral é masculino ou feminino, como: 1.º, 1.ª, 78.º, 78.ª, 134.º, 134.ª, … Por vezes, a vogal indicadora do gênero aparece sublinhada. Contudo, este sublinhado não é obrigatório, sendo uma opção de natureza gráfica. Além disso, o hífen não deverá ser utilizado nos numerais ordinais compostos, como décimo terceiro, vigésimo quinto, septuagésima oitava, …
Os numerais ordinais são usados para indicar séculos, artigos de leis e decretos, folhas e capítulos de uma obra, soberanos, papas, o primeiro dia do mês, entre outros. Normalmente, o numeral ordinal é utilizado até ao décimo, sendo substituídos depois por numerais cardinais (vinte e três, cinquenta e sete,…).
Lista de numerais ordinais:
1.º – primeiro
2.º – segundo
3.º – terceiro
4.º – quarto
5.º – quinto
6.º – sexto
7.º – sétimo
8.º – oitavo
9.º – nono
10.º – décimo
11.º – décimo primeiro ou undécimo
12.º – décimo segundo ou duodécimo
13.º – décimo terceiro
14.º – décimo quarto
15.º – décimo quinto
16.º – décimo sexto
17.º – décimo sétimo
18.º – décimo oitavo
19.º – décimo nono
20.º – vigésimo
21.º – vigésimo primeiro
22.º – vigésimo segundo
23.º – vigésimo terceiro
24.º – vigésimo quarto
25.º – vigésimo quinto
26.º – vigésimo sexto
27.º – vigésimo sétimo
28.º – vigésimo oitavo
29.º – vigésimo nono
30.º – trigésimo
40.º – quadragésimo
50.º – quinquagésimo
60.º – sexagésimo
70.º – septuagésimo ou setuagésimo
80.º – octogésimo
90.º – nonagésimo
100.º – centésimo
200.º – ducentésimo
300.º - trecentésimo ou tricentésimo
400.º – quadringentésimo
500.º – quingentésimo
600.º - sexcentésimo ou seiscentésimo
700.º – septingentésimo ou setingentésimo
800.º – octingentésimo
900.º – noningentésimo ou nongentésimo
1.000.º – milésimo
10.000.º – décimo milésimo
100.000.º – centésimo milésimo
1.000.000.º – milionésimo
1.000.000.000.º – bilionésimo
1.000.000.000.000.º - trilionésimo
Exemplos de leitura de numerais ordinais:
75.º = septuagésimo quinto
93.ª = nonagésima terceira
432.º = quadringentésimo trigésimo segundo
819.ª = octingentésima décima nona
4.907.º = quarto milésimo, nongentésimo sétimo
73.421.ª = septuagésima terceira milésima quadringentésima vigésima primeira
Atenção!
Tradicionalmente, a partir do 2.000.º, o numeral ordinal deveria ser lido sendo iniciado por um numeral cardinal, como em dois milésimos, centésimo décimo quarto (2.114.º). Contudo, com a evolução da língua e para evitar confusões com as milésimas dos números decimais, tem sido privilegiada a leitura iniciada igualmente com numeral ordinal, como em segundo milésimo, centésimo décimo quarto (2.114.º).
Números coletivos
Numerais coletivos se referem aos numerais que, no singular, se referem ao conjunto de algo, indicando o número exato de seres que compõem esse conjunto. Não são flexionados em gênero, mas são flexionados em número.
Exemplos:
Uma dúzia. Quatro dúzias. Uma novena. Nove novenas. Lista de numerais coletivos referentes a dias:
Bíduo – conjunto de dois dias Tríduo – conjunto de três dias Semana – conjunto de sete dias Novena – conjunto de nove dias Trezena – conjunto de treze dias Quinzena – conjunto de quinze dias Quarentena – conjunto de quarenta dias Lista de numerais coletivos referentes a meses:
Bimestre – conjunto de dois meses Trimestre – conjunto de três meses Semestre – conjunto de seis meses Ano – conjunto de doze meses Lista de numerais coletivos referentes a anos:
Biênio – conjunto de dois anos
Triênio – conjunto de três anos
Quatriênio – conjunto de quatro anos
Quinquênio ou lustro – conjunto de cinco anos
Sexênio – conjunto de seis anos
Septênio – conjunto de sete anos
Década ou decênio – conjunto de dez anos
Centenário, centúria ou século – conjunto de cem anos
Milênio – conjunto de mil anos
Lista de numerais coletivos referentes a quantidades:
Par – conjunto de duas unidades
Trinca – conjunto de três elementos iguais
Dezena – conjunto de dez unidades
Dúzia – conjunto de doze unidades
Vintena – conjunto de vinte unidades
Quarteirão – conjunto de vinte e cinco unidades
Centena ou cento – conjunto de cem unidades
Grosa – conjunto de cento e quarenta e quatro unidades
Milhar ou milheiro – conjunto de mil unidades
Lista de numerais coletivos referentes a versos:
Dístico – conjunto de dois versos
Terceto – conjunto de três versos
Sextilha – conjunto de seis versos
Exemplos:
Minha avó precisa de duas dúzias de ovos para fazer o pudim.
Já não o vejo há mais de uma década.
Apenas falta um semestre para meu filho se formar.
O poema é formado por vários dísticos.
Numerais multiplicativos
Numerais multiplicativos se referem ao número de vezes que uma determinada quantidade foi multiplicada, indicando um aumento proporcional dessa mesma quantidade. Podem assumir a função de um substantivo ou de um adjetivo. São invariáveis quando atuam como substantivos mas, quando atuam como adjetivos, são flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular).
Exemplos com função substantiva:
Aquele atleta apresenta o triplo da dedicação que você apresenta.
Aquele atleta apresenta o triplo do esforço que você apresenta.
Exemplos com função adjetiva:
Estou ficando cansada de desempenhar esta dupla função na empresa.
Estou ficando cansada de desempenhar este duplo papel na empresa.
Lista de numerais multiplicativos:
2 – dobro duplo, dúplex ou dúplice 3 – triplo ou tríplice 4 – quádruplo 5 – quíntuplo 6 – sêxtuplo 7 – sétuplo 8 – óctuplo 9 – nônuplo 10 – décuplo 11 – undécuplo 12 – duodécuplo 100 – cêntuplo Os numerais multiplicativos são utilizados maioritariamente no âmbito matemático.
Exemplos:
Quanto é o quíntuplo de cento e trinta?
O sétuplo de sete é quarenta e nove.
Apenas os numerais multiplicativos dobro, duplo e triplo são utilizados no dia a dia pelos falantes da língua. É rara a utilização dos mesmos fora de um âmbito matemático. Em linguagem corrente, podemos verificar uma preferência pela utilização das expressões: seis vezes, sete vezes, oito vezes, nove vezes,…
Exemplos com linguagem corrente:
Ele ganha seis vezes o que eu e mesmo assim vive reclamando!
Eu ainda comia dez vezes essa quantidade de brigadeiros.
Exemplos com utilização de números multiplicativos:
Ele ganha o sêxtuplo do que eu e mesmo assim vive reclamando!
Eu ainda comia o décuplo dessa quantidade de brigadeiros.
Advérbios
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). Em algumas situações podem modificar toda a oração, vindo, nesses casos, destacado por vírgulas no início ou no fim da mesma.
Classificação dos advérbios
Podem ser classificados em:
Advérbio de lugar: aqui, ali, atrás, longe, perto, embaixo,…
Advérbio de tempo: hoje, amanhã, nunca, cedo, tarde, antes,…
Advérbio de modo: bem, mal, rapidamente, devagar, calmamente, pior,…
Advérbio de afirmação: sim, certamente, certo, decididamente,…
Advérbio de negação: não, nunca, jamais, nem, tampouco,…
Advérbio de dúvida: talvez, quiçá, possivelmente, provavelmente, porventura,…
Advérbio de intensidade: muito, pouco, tão, bastante, menos, quanto,…
Advérbio de exclusão: salvo, senão, somente, só, unicamente, apenas,…
Advérbio de inclusão: inclusivamente, também, mesmo, ainda,…
Advérbio de ordem: primeiramente, ultimamente, depois,…
Exemplos:
O bebê nasceu aqui. O bebê nasceu ontem. O bebê nasceu de manhã. O bebê nasceu rapidamente. Primeiramente, o bebê nasceu. Possivelmente, o bebê nasceu. Alguns advérbios podem ainda ser classificados em advérbios interrogativos, sendo utilizados nas interrogações diretas e indiretas, indicando circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. São os advérbios por que? (indicando causa), onde? (indicando lugar), como? (indicando modo) e quando? (indicando tempo).
Exemplos:
Onde está sua carteira?
Perguntei onde estava sua carteira.
Graus dos advérbios
Os advérbios são palavras invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Contudo, alguns advérbios podem ser flexionados em grau (comparativo e superlativo), sendo similares aos graus dos adjetivos.
Grau comparativo de inferioridade = menos (advérbio) que/do que
Exemplo: Ele come menos lentamente do que eu.
Grau comparativo de igualdade = tão (advérbio) quanto/ como/ quão
Exemplo: Ele come tão lentamente como eu.
Grau comparativo de superioridade = mais (advérbio) que/ do que
Exemplo: Ele come mais lentamente do que eu.
Grau superlativo absoluto analítico = acompanhado de outro advérbio (muito + advérbio).
Exemplo: Aquele estudante escreve muito bem.
Nota: É comum a utilização de formas diminutivas em alguns advérbios, como pertinho, longinho, pouquinho, cedinho,… Esta forma diminutiva do advérbio transmite a noção de muito perto, muito longe, muito pouco, muito cedo,…
Grau superlativo absoluto sintético = advérbio + sufixo (normalmente sufixo -íssimo).
Exemplo: O avião chegou cedíssimo ao aeroporto.
Atenção!
Os advérbios bem, mal, muito e pouco, assumem formas irregulares nos graus comparativo e superlativo.
Exemplos:
Advérbio bem
comparativo: melhor, mais bem
superlativo: otimamente, muito bem
Advérbio mal
comparativo: pior, mais mal
superlativo: pessimamente, muito mal
Advérbio muito
comparativo: mais
superlativo: muitíssimo, o mais
Advérbio pouco
comparativo: menos
superlativo: pouquíssimo, o menos
Locução adverbial
Locução adverbial é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um advérbio, alterando o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. A maior parte das locuções adverbiais são iniciadas por uma preposição. Além da preposição, são normalmente formadas também por um substantivo, adjetivo ou advérbio.
Exemplos:
Preposição + substantivo = com certeza
Preposição + adjetivo = em breve
Preposição + advérbio = por ali
Exemplos:
Eles virão com certeza. Eles virão em breve. Eles virão por ali. Classificação das locuções adverbiais As locuções adverbiais podem ser classificadas em:
Locução adverbial de lugar: à esquerda, à frente, ao lado, em cima, por perto,…
Locução adverbial de tempo: pela manhã, de noite, à tarde, em breve, …
Locução adverbial de modo: em silêncio, de cor, ao contrário, às pressas,…
Locução adverbial de afirmação: por certo, com certeza, sem dúvida,…
Locução adverbial de negação: de modo algum, de forma alguma,…
Locução adverbial de intensidade: de muito, de pouco, de todo, em excesso,…
Locução adverbial de dúvida: com certeza, quem sabe,…
Exemplos:
O livro está à esquerda do computador.
Meu pai foi caminhar na praia pela manhã.
Em silêncio, os alunos prosseguiram seus estudos.
Tudo, sem dúvida, se resolverá!
De modo algum você poderá contar com minha participação.
Ele comeu em excesso.
Quem sabe se tudo não acabará bem.
Preposição
De, a , com, por, para, em, até e sobre são preposições, ou seja, são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos de uma oração. As preposições são indispensáveis para a construção e compreensão dos textos, conferindo-lhes coesão e estrutura.
As preposições relacionam dois termos: um antecedente e um consequente. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente).
Sinto dor de barriga.
termo antecedente: dor
preposição: de
termo consequente: barriga
Tipos de preposições
As preposições podem ser classificadas em preposições essenciais, preposições acidentais e locuções prepositivas.
Preposições essenciais são palavras que funcionam puramente como preposição: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, perante, sem, sob, sobre, trás.
Preposições acidentais são palavras que possuem outras classes gramaticais, mas que também funcionam como preposições: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, feito, fora, mediante, menos, salvo, segundo, senão, tirante, visto,…
Locuções prepositivas são duas ou mais palavras em que a última é uma preposição: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, além de, antes de, ao invés de, ao lado de, a par de, apesar de, a respeito de, atrás de, através de, de acordo com, debaixo de, de cima de, dentro de, depois de, diante de, em frente de, em lugar de, em vez de, graças a, perto de, por causa de, por entre,…
Uso de preposições essenciais
Quero uma coxinha de frango com catupiry.
Eu espero por você em casa!
O meu muito obrigado a todos!
Uso de preposições acidentais
Durante o dia estou no escritório.
Segundo as instruções, não devemos molhar este equipamento.
A encomenda apenas será entregue mediante pagamento.
Uso de locuções prepositivas
Em vez de irmos ao cinema, que tal irmos à praia?
Graças a Deus está tudo bem!
De acordo com o relatório, a empresa está com uma enorme dívida financeira.
Contração e combinação de preposições
Preposições são palavras invariáveis, não sendo flexionadas em gênero, número e grau. Podem, contudo, aparecer contraídas ou combinadas com palavras variáveis, como artigos e pronomes, que estabelecem concordância de gênero e número com os termos da oração.
Ocorre contração quando há alterações na estrutura da preposição.
Ocorre combinação quando a preposição se mantém inalterada.
Contração de preposições: a + a = à a + aquele = àquele de + o = do de + uma = duma de + isto = disto em + as = nas em + um = num em + essa = nessa por + o = pelo por + as = pelas
Combinação de preposições:
a + o = ao
a + os = aos
a + onde = aonde
Emprego de preposições
As preposições são normalmente utilizadas na introdução de complementos verbais ou nominais, de locuções adjetivas ou adverbiais e de orações reduzidas.
Algumas preposições transmitem a noção de movimento, sendo dinâmicas, outras de situação, sendo estáticas.
Preposições de movimento:
Eu vou a Copacabana.
Vou sair de sua casa.
Preposições de situação:
Tenho medo de aranhas.
Estamos sem dinheiro.
As preposições podem se referir ao espaço e ao tempo ou estabelecer relações diversas:
Assunto: A conferência será sobre a importância da vacinação infantil.
Autoria: Este quadro de Picasso é arrebatador.
Causa: Minha barriga dói de fome.
Companhia: Ontem fui passear com meu filho.
Conteúdo: Tire da geladeira a panela com feijão preto.
Destino: Os deputados estão indo para Brasília.
Distância: A próxima cidade fica a 53 km daqui.
Especialidade: Ele é perito em mecânica.
Fim ou finalidade: Comprei estas decorações para enfeitar a festa.
Instrumento: O jardineiro cortou a grama com uma tesoura.
Lugar: Eles estiveram em Porto Seguro.
Matéria: Minha cama é de ferro.
Meio: Nós iremos percorrer o litoral brasileiro de bicicleta.
Modo ou conformidade: A decisão será tomada por votação.
Oposição: Os manifestantes são contra a legalização do aborto.
Origem: Esta encomenda veio de Lisboa.
Posse: Estes livros são do meu pai.
Preço: A passagem de avião fica por R$ 400.
Tempo: Meu irmão chegará em uma hora.
Conjunções
Conjunções são palavras que atuam como elementos de ligação entre termos semelhantes de uma oração ou entre duas orações, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação.
As conjunções são invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Exemplo de conjunção ligando termos de uma oração:
Vi sua mãe e seu pai na feira.
Exemplo de conjunção ligando orações:
Estudei muito e aprendi a matéria.
Classificação das conjunções
As conjunções estabelecem relações de coordenação ou subordinação, sendo assim classificadas em conjunções coordenativas e conjunções subordinativas.
Conjunções coordenativas
As conjunções são classificadas como coordenativas quando ligam orações com sentido completo, que têm existência independente.
Conjunções coordenativas aditivas
Transmitem uma ideia de adição:
e; nem; também; bem como; não só...mas também; … Exemplo: Eu vou para Teresópolis e a Heloísa vai comigo.
Conjunções coordenativas adversativas
Transmitem uma ideia de oposição:
mas; porém; contudo; todavia; entretanto; no entanto; não obstante; … Exemplo: Eu esperei por você, mas você não veio.
Conjunções coordenativas alternativas
Transmitem uma ideia de alternância:
ou; ou...ou; já…já; ora...ora; quer...quer; seja...seja; … Exemplo: Já chega de televisão: leia um livro ou jogue um jogo.
Conjunções coordenativas conclusivas
Transmitem uma ideia de conclusão:
logo; pois; portanto; assim; por isso; por consequência; por conseguinte; … Exemplo: Já fiz todas as tarefas, por isso vou descansar.
Conjunções coordenativas explicativas
Transmitem uma ideia de explicação:
que; porque; porquanto; pois; isto é; … Exemplo: Não posso ir à praia porque estou com uma alergia na pele.
Conjunções subordinativas
As conjunções são classificadas como subordinativas quando ligam orações que dependem uma da outra para ter sentido completo, não tendo existência independente. Podem ser integrantes, introduzindo orações substantivas, ou adverbiais, introduzindo orações adverbiais.
Conjunções subordinativas integrantes
Introduzem uma oração que atua como sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo, entre outros, e que completa o sentido da oração principal:
que;
se.
Exemplo: Espero que meu pai chegue rápido.
Conjunções subordinativas adverbiais causais
Introduzem uma oração que apresenta a causa do acontecimento da oração principal:
porque; que; porquanto; visto que; uma vez que já que; pois que; como; … Exemplo: Ela não esperou por mim porque já estava atrasada.
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas
Introduzem uma oração que apresenta a consequência do acontecimento da oração principal:
que; tanto que; tão que; tal que; tamanho que; de forma que; de modo que; de sorte que; de tal forma que; … Exemplo: Meu filho correu tanto que ficou cheio de dores nas pernas.
Conjunções subordinativas adverbiais finais
Introduzem uma oração que apresenta o fim ou finalidade do acontecimento da oração principal:
a fim de que; para que; que; … Exemplo: Li muitas vezes a receita para que não houvesse erros.
Conjunções subordinativas adverbiais temporais
Introduzem uma oração que apresenta uma circunstância de tempo ao acontecimento da oração principal:
quando; enquanto; agora que; logo que; desde que; assim que; tanto que; apenas; … Exemplo: Assim que saí de casa, começou a chover.
Conjunções subordinativas adverbiais condicionais
Introduzem uma oração que apresenta uma condição para a realização ou não do acontecimento da oração principal:
se; caso; desde; salvo se; desde que; exceto se; contando que; … Exemplo: Se você comer tudo, você poderá comer sobremesa.
Conjunções subordinativas adverbiais concessivas
Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de contraste e contradição do acontecimento da oração principal:
embora; conquanto; ainda que; mesmo que; se bem que; posto que; … Exemplo: Embora não concorde, cumprirei com minha parte do plano.
Conjunções subordinativas adverbiais comparativas
Introduzem uma oração que apresenta uma comparação com o acontecimento da oração principal:
como; assim como; tal; qual; tanto como; … Exemplo: Já não quero estudar piano, como já não quero estudar viola.
Conjunções subordinativas adverbiais conformativas
Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de conformidade em relação ao acontecimento da oração principal:
conforme; como; consoante; segundo; … Exemplo: Nunca soube dividir conforme aprendi na escola.
Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais
Introduzem uma oração que apresenta uma ideia de proporcionalidade com o acontecimento da oração principal:
à proporção que; à medida que; ao passo que; quanto mais… mais; … Exemplo: À medida que o tempo ia passando, ela ia envelhecendo rapidamente.
Conjunções e locuções conjuntivas
Locuções conjuntivas são um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como uma conjunção, ligando orações.
A maior parte das locuções conjuntivas terminam em que:
visto que; dado que; posto que; sem que; até que; antes que; já que; desde que; ainda que; por mais que; à medida que; à proporção que; logo que; a fim de que; se bem que; contanto que; ...
Interjeições
Através de interjeições é possível exprimir emoções, sensações, estados de espírito,… O sentido da interjeição depende do contexto onde ela é utilizada, bem como da entonação do falante. São utilizadas maioritariamente em frases exclamativas e apelativas.
As interjeições são estruturas linguística simples que não possuem função sintática e podem ser compreendidas isoladamente. São invariáveis e podem ser formadas por sons vocálicos, palavras ou conjuntos de palavras, sendo denominadas assim de locuções interjetivas.
Exemplos de interjeições:
Sons vocálicos: Ui!, Ah!, Oh!,…
Palavras: Credo!, Cruzes!, Atenção!,…
Locuções interjetivas: Nossa Senhora!, Valha-me Deus!, Que pena!,…
Classificação das interjeições
As interjeições não possuem uma classificação rígida, visto serem polissêmicas, ou seja, uma interjeição possui diversos significados, expressando diversos sentimentos e sensações, conforme o contexto em que ocorre.
Podem ser classificadas em:
Interjeições de alegria: Oh!, Ah!, Oba!, Viva!, Opa!,…
Interjeições de estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Ânimo!, Adiante!,…
Interjeições de aprovação: Apoiado!, Boa!, Bravo!,…
Interjeições de desejo: Oh!, Tomara!, Oxalá!,…
Interjeições de dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!,…
Interjeições de surpresa: Nossa!, Cruz!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!,…
Interjeições de impaciência: Diabo!, Puxa!, Pô!, Raios!, Ora!,…
Interjeições de silêncio: Psiu!, Silêncio!,…
Interjeições de alívio: Uf!, Ufa! Ah!,…
Interjeições de medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!,…
Interjeições de advertência: Cuidado!, Atenção!, Olha!, Alerta!, Sentido!,…
Interjeições de concordância: Claro!, Tá!, Hã-hã!,…
Interjeições de desaprovação: Credo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!,…
Interjeições de incredulidade: Hum!, Epa!, Ora!, Qual!,…
Interjeições de socorro: Socorro!, Aqui!, Piedade!, Ajuda!,…
Interjeições de cumprimentos: Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Adeus!,…
Interjeições de afastamento: Rua!, Xô!, Fora!, Passa!,…
Classificação dos verbos
Existem vários tipos de classificação verbal.
Verbos regulares
Verbos regulares são verbos que se encaixam nos modelos fixos de conjugação verbal, não provocando alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados.
Exemplos: cantar, amar, vender, prender, partir, abrir,…
Eu abro a porta.
Eu canto muito mal!
Verbos irregulares
Verbos irregulares são verbos que não se encaixam nos modelos fixos de conjugação verbal, possuindo alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados
Exemplos: medir, fazer, ouvir, haver, poder, crer,…
Eu meço 1,53 m.
Eu posso experimentar?
Verbos anômalos
Verbos anômalos são verbos que apresentam diferentes radicais quando conjugados.
Exemplos: ser (eu sou, eu fui, eu era,…) e ir (eu vou, eu fui, eu irei,…).
Eu sou adulta.
Eu fui criança.
Verbos defectivos
Verbos defectivos são verbos que não apresentam conjugações completas. Não são conjugados em todas as pessoas verbais, devido a fatores morfológicos, semânticos ou fonéticos.
Exemplos: falir, banir, reaver, colorir, demolir, adequar,…
Nós banimos os refrigerantes de nossa alimentação. A máquina demole o edifício. Verbo reaver – presente do indicativo: Eu --- Tu --- Ele --- Nós reavemos Vós reaveis Eles ---
Verbo demolir – presente do indicativo: Eu --- Tu demoles Ele demole Nós demolimos Vós demolis Eles demolem
Verbos impessoais
Verbos impessoais são verbos que não apresentam sujeito, sendo conjugados sempre na 3.ª pessoa do singular.
Exemplos: verbo haver (com sentido de existir), verbo fazer (indicando tempo
decorrido) e verbos que indicam fenômenos atmosférico e da natureza (chover, nevar, ventar, anoitecer, escurecer,…).
Havia várias crianças correndo no parque.
Faz duas horas que estou esperando você!
Todos os dias chove no fim da tarde.
Verbos unipessoais
Verbos unipessoais são verbos que apresentam sujeito, mas que são conjugados apenas na 3.ª pessoa do singular e na 3.ª pessoa do plural.
Exemplos: verbos relacionados com as vozes dos animais (latir, miar, cacarejar, mugir,…), verbos que, na 3.ª pessoa do singular, se relacionam com um sujeito representado por uma oração (convir, custar, acontecer,…).
O cachorro latia sem parar.
Os gatos miaram durante a noite.
Custa ir trabalhar depois do fim de semana.
Verbos abundantes
Verbos abundantes são verbos que possuem duas formas equivalentes no particípio, ou seja, particípio duplo com uma forma regular e outra irregular.
Exemplos:
Infinitivo: aceitar, ganhar, pagar, morrer, extinguir,…
Particípio regular: aceitado, ganhado, pagado, morrido, extinguido,…
Particípio irregular: aceito, ganho, pago, morto, extinto,…
Eu pensei que ele já tinha ganhado juízo.
Este jogo já está ganho!
Verbos pronominais
Verbos pronominais são verbos conjugados com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se. Existem dois tipos de verbos pronominais: essenciais e acidentais.
Verbos pronominais essenciais: Verbos cujo radical já transmite uma ideia de reflexibilidade, havendo apenas reforço dessa reflexibilidade através do uso dos pronomes oblíquos átonos. A ação reflexiva recai sempre sobre o próprio.
Exemplos: arrepender-se, suicidar-se, zangar-se, queixar-se, abster-se, dignar-se,…
O pai se arrependeu de não ter ido ao jogo de futebol do filho.
Eu me queixei da má atitude da funcionária daquela loja.
Verbos pronominais acidentais: Verbos cujo radical não transmite uma ideia de reflexibilidade. A reflexibilidade do verbo é transmitida através do uso dos pronomes oblíquos átonos, apenas em alguns contextos, podendo o verbo ser usado sem os pronomes oblíquos átonos. Além disso, a ação reflexiva pode recair sobre o próprio ou sobre outra pessoa.
Exemplos: pentear/pentear-se, sentar/sentar-se, enganar/enganar-se, debater/debater-se,…
Minha mãe se sentou na cadeira. Minha mãe me sentou na cadeira. Minha mãe sentou o bebê na cadeira. Verbos auxiliares Verbos auxiliares são verbos que se juntam às formas nominais de um verbo principal, indicando o tempo, o modo, o número e a pessoa da ação verbal. São usados nos tempos compostos e nas locuções verbais.
Exemplos: ser, estar, ter, haver, ir,…
Já estou chegando! Desculpe, mas hei de chegar atrasada. Àquela hora ele já tinha chegado. Verbos principais Verbos principais são verbos que, sozinhos, transmitem a totalidade da ação verbal.
Exemplos: comer, dançar, saltar, escorregar, sorrir, rir,…
O bebê sorriu pela primeira vez.
Ontem dancei muito!
Verbos de ligação
Verbos de ligação são verbos que ligam uma característica ao sujeito, indicando um estado. Não são significativos, nem indicam uma ação realizada, não sendo o núcleo do predicado. São também chamados de verbos não nocionais ou copulativos.
Exemplos: ser, estar, parecer, ficar, tornar-se, continuar, andar e permanecer.
Eu sou estudiosa.
Mariana parece ansiosa.
Verbos significativos
Verbos significativos são verbos que indicam uma ação, sendo o núcleo de um predicado verbal. Podem ser intransitivos ou transitivos (transitivo direto, transitivo indireto ou transitivo direto e indireto).
Exemplos:
verbos intransitivos: morrer, nascer, viver, voltar, chegar,…
verbos transitivos diretos: perder, cortar, causar, querer, quebrar,…
verbos transitivos indiretos: necessitar, lembrar, concordar, responder, acreditar,…
verbos transitivos diretos e indiretos: agradecer, emprestar, dar, devolver, oferecer,…
O peixinho morreu.
O aluno perdeu a mochila.
O pintor necessita de ajuda.
Eu agradeci o presente ao meu marido
Verbo transitivo
A transitividade verbal se refere ao tipo de relação que um verbo transitivo estabelece com um complemento aquando da predicação verbal.
Verbos transitivos
Um verbo transitivo é um verbo que apresenta um sentido incompleto sem a presença dos complementos verbais - o objeto direto e o objeto indireto. Assim, um verbo transitivo necessita, obrigatoriamente, de complementos verbais que completem o seu significado.
Os verbos transitivos subdividem-se em: verbos transitivos diretos, verbos transitivos indiretos e verbos transitivos diretos e indiretos.
Os verbos transitivos diretos necessitam de um objeto direto.
Os verbos transitivos indiretos necessitam de um objeto indireto.
Os verbos transitivos diretos e indiretos necessitam tanto de um objeto direto como de um objeto indireto.
Essa classificação verbal deverá ser feita conforme o contexto em que ocorre o verbo, uma vez que o mesmo verbo pode apresentar diferente transitividade, conforme o significado expresso.
Verbos transitivos diretos
Num verbo transitivo direto, o objeto direto completa o significado do verbo respondendo, principalmente, às perguntas o quê? e quem?. Habitualmente, não são utilizadas preposições antes de um objeto direto.
Exemplos de verbos transitivos diretos
Verbo fazer: Fazer o quê? Fazer um bolo, exercícios, os deveres,…
Verbo começar: Começar o quê? Começar o jogo, a história, o trabalho,…
Verbo cortar: Cortar o quê? Cortar o papel, a árvore, o cabelo,…
Verbo querer: Querer o quê? Querer uma vida melhor, um vestido novo, um amigo,…
Verbo abraçar: Abraçar quem? Abraçar a mãe, o filho, o irmão,…
Verbo conhecer: Conhecer quem? Conhecer o professor novo, o vizinho, o senhor,…
Análise sintática de frases com verbos transitivos diretos
O lenhador cortou a árvore.
Sujeito: o lenhador
Predicado: cortou a árvore
Verbo transitivo direto: cortou (o quê?)
Objeto direto: a árvore
A máquina destruiu os documentos. Sujeito: a máquina Predicado: destruiu os documentos Verbo transitivo direto: destruiu (o quê?) Objeto direto: os documentos
A mão ouviu o filho. Sujeito: a mãe Predicado: ouviu o filho Verbo transitivo direto: ouviu (quem?) Objeto direto: o filho
Verbos transitivos indiretos
Num verbo transitivo indireto, o objeto indireto completa o significado do verbo respondendo, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem? em quem?. Habitualmente, são utilizadas preposições antes de um objeto indireto.
Exemplos de verbos transitivos indiretos
Verbo precisar: Precisar de quê? Precisar de dinheiro, de ajuda, de uma ideia,…
Verbo concordar: Concordar com o quê? Concordar com a opinião, com isso, com tudo,…
Verbo obedecer: Obedecer a quê? Obedecer às regras, às ordens, aos ensinamentos,…
Verbo acreditar: Acreditar em quem? Acreditar em você, em Deus, em ninguém,…
Verbo simpatizar: Simpatizar com quem? Simpatizar com ela, com o Caio, com você,…
Verbo duvidar: Duvidar de quê? Duvidar dessa história, de tudo, do que você disse,…
Análise sintática de frases com verbos transitivos indiretos
O filho desobedeceu ao pai.
Sujeito: o filho
Predicado: desobedeceu ao pai
Verbo transitivo indireto: desobedeceu (a quem?)
Objeto indireto: ao pai
Eu necessito de ajuda imediata. Sujeito: eu Predicado: necessito de ajuda imediata. Verbo transitivo indireto: necessito (de quê?) Objeto indireto: de ajuda imediata
A diretora conversou com o cliente. Sujeito: a diretora Predicado: conversou com o cliente Verbo transitivo indireto: conversou (com quem?) Objeto indireto: com o cliente
Verbos transitivos diretos e indiretos
Num verbo transitivo direto e indireto, tanto objeto direto como o objeto indireto completam o significado do verbo. Habitualmente, o objeto direto indica coisas e responde à pergunta o quê?, sem o auxílio de uma preposição, e o objeto indireto indica pessoas, respondendo às perguntas a quem? de quem? para quem? em quem?, com o auxílio de uma preposição.
Os verbos transitivos diretos e indiretos são também chamados de verbos bitransitivos.
Exemplos de verbos transitivos diretos e indiretos
Verbo emprestar: Emprestar o quê? A quem? Emprestar o vestido à irmã, o livro ao amigo, o carro ao filho,…
Verbo comunicar: Comunicar o quê? A quem? Comunicar o despedimento ao funcionário, o falecimento à família, a notícia a todos,…
Verbo agradecer: Agradecer o quê? A quem? Agradecer o presente ao pai, a ajuda ao professor, a simpatia à funcionária,…
Verbo perdoar: Perdoar o quê? A quem? Perdoar os pecados aos fiéis, os erros ao filho, a má educação ao irmão,…
Análise sintática de frases com verbos transitivos diretos e indiretos
Você já pagou a conta ao funcionário?
Sujeito: você
Predicado: pagou a conta ao funcionário
Verbo transitivo direto e indireto: pagou (o quê? a quem?)
Objeto direto: a conta
Objeto indireto: ao funcionário
Ontem emprestei minha saia preferida à minha irmã.
Sujeito: eu (implícito)
Predicado: emprestei minha saia preferida à minha irmã.
Verbo transitivo direto e indireto: emprestei (o quê? a quem?)
Objeto direto: minha saia preferida
Objeto indireto: à minha irmã
Eles agradeceram a atenção à secretária.
Sujeito: eles
Predicado: agradeceram a atenção à secretária.
Verbo transitivo direto e indireto: agradeceram (o quê? a quem?)
Objeto direto: a atenção
Objeto indireto: à secretária
Verbos transitivos e verbos intransitivos
Além dos verbos transitivos, existem verbos que não requerem a presença de complementos verbais dado apresentarem significados completos, como o verbo viver, nascer, morrer, casar,… Esses verbos são chamados de verbos intransitivos.
Verbo intransitivo
Um verbo intransitivo é um verbo que, sozinho, apresenta o sentido completo de uma ação.
As ações transmitidas por verbos intransitivos começam e terminam no próprio sujeito, não necessitando de complementos verbais que completem o seu significado. Assim, verbos intransitivos não estabelecem transitividade verbal com um objeto direto e um objeto indireto.
Exemplos de verbos intransitivos Verbo nascer: Minha filha nasceu! Verbo morrer: Seu avô morreu? Verbo viver: Minha bisavó ainda vive. Verbo chegar: Ainda não cheguei. Verbo voltar: Ele ainda não voltou. Verbo proceder: As reclamações procederam. Verbo casar: Meu irmão casa amanhã. Verbo levantar: O tempo levantou. Verbo cair: Minha avó caiu. Verbo sofrer: Chega de sofrer! Verbo chorar: Aquele bebê só chora! Verbo dormir: Vou dormir. Um verbo classificado como intransitivo pode apresentar essa intransitividade apenas num determinado contexto. Com outro sentido, pode ser um verbo transitivo, que necessite de complementos verbais. Assim, a classificação deverá ser feita mediante o contexto frásico.
Verbo dormir como intransitivo: A criança ainda não dormiu.
Verbo dormir como transitivo indireto: A criança dormiu com a mãe.
Verbo dormir como transitivo direto: A criança dormiu um sono agitado.
Adjuntos adverbiais e verbos intransitivos
Apesar de não transitar o seu sentido para um complemento verbal, é possível acrescentar informações a um verbo intransitivo através do uso de adjuntos adverbiais.
Os adjuntos adverbiais são termos acessórios da oração. Têm como função indicar uma circunstância, que pode ser de afirmação, negação, dúvida, tempo, lugar, intensidade, modo,…
Os adjuntos adverbiais não são necessários para a total compreensão do verbo, podendo ser retirados da oração. Apenas contribuem para o enriquecimento do verbo e não para a sua compreensão.
Exemplos verbos intransitivos com adjuntos adverbiais
Verbo nascer
O bebê nasceu de tarde. (tempo)
O bebê nasceu rapidamente. (modo)
O bebê nasceu no hospital. (lugar)
Verbo chorar
Eu chorei muito. (intensidade)
Eu chorei lentamente. (modo)
Eu chorei todos os dias. (frequência)
Verbo casar
Ela com certeza casará. (afirmação)
Ela nunca casará. (negação)
Ela casará em breve. (tempo)
Ela casará aqui. (lugar)
Modos verbais e formas nominais
Os verbos podem ser flexionados em modos verbais e formas nominais.
Modos verbais
O modo verbal indica de que diferentes maneiras os verbos podem ser utilizados, conforme a posição do falante em relação à ação verbal e conforme a significação que se pretende transmitir.
Existem três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo.
Modo indicativo
O modo indicativo é usado para exprimir uma ação certa e real:
Eu aprendi a patinar na praça.
Eu vou ao supermercado agora.
Tempos verbais do modo indicativo:
Presente do indicativo;
Pretérito imperfeito do indicativo;
Pretérito perfeito do indicativo;
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo;
Futuro do presente do indicativo;
Futuro do pretérito do indicativo;
Pretérito perfeito composto do indicativo;
Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo;
Futuro do presente composto do indicativo;
Futuro do pretérito composto do indicativo.
Modo subjuntivo
O modo subjuntivo é usado para exprimir uma ação possível, que ainda não foi realizada e que muitas vezes está dependente de outra:
E se eu aprendesse a patinar na praça?
Você quer que eu vá ao supermercado agora?
Tempos verbais do modo subjuntivo:
Presente do subjuntivo;
Pretérito imperfeito do subjuntivo;
Futuro do subjuntivo;
Pretérito perfeito composto do subjuntivo;
Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo;
Futuro composto do subjuntivo.
Modo imperativo
O modo imperativo é usado para exprimir uma ordem, um pedido, uma exortação ou um conselho:
Aprende a patinar na praça. Vai ao supermercado agora. Tempos verbais do modo imperativo: Imperativo afirmativo; Imperativo negativo.
Saiba mais sobre os diferentes tempos verbais.
Formas nominais
As formas nominais, quando sozinhas, não estão relacionadas com nenhum tempo e modo verbal. Chamam-se nominais porque podem desempenhar funções exercidas por nomes, como substantivos, adjetivos e advérbios.
As formas nominais são: o gerúndio, o particípio e o infinitivo.
Gerúndio
O gerúndio é usado para indicar uma ação ainda não terminada, bem como um prolongamento da ação no tempo:
Você está ouvindo o que eu estou falando?
Ele está estudando há duas horas.
Pode também assumir a função de um advérbio ou de um adjetivo:
Esquecendo suas tarefas, ficou em casa descansando. Saindo de casa, escorregou nos degraus. Exemplos de verbos no gerúndio: brincando (verbo brincar); gostando (verbo gostar); esquecendo (verbo esquecer); entendendo (verbo entender); sentindo (verbo sentir); sorrindo (verbo sorrir).
Particípio
O particípio permite a formação de tempos verbais compostos e transmite a noção da conclusão da ação verbal, ou seja, o estado da ação depois de terminada:
Quando cheguei eles já tinham estudado tudo.
Este artigo já foi revisado?
Pode também assumir a função de um adjetivo:
Meu filho é pouco esforçado nos estudos.
Eu ando desiludido com essa situação.
Existem particípios regulares (terminados em -ado ou -ido) e particípios irregulares (maioritariamente terminados em -to ou -so).
Exemplos de verbos com particípio regular:
estudado (verbo estudar);
crescido (verbo crescer);
dividido (verbo dividir).
Exemplos de verbos com particípio irregular:
dito (verbo dizer);
posto (verbo pôr);
feito (verbo fazer).
Exemplos de verbos com particípios regulares e irregulares:
aceitado e aceito (verbo aceitar);
entregado e entregue (verbo entregar);
extinguido e extinto (verbo extinguir).
Infinitivo
O infinitivo divide-se em infinitivo impessoal (não flexionado) e infinitivo pessoal (flexionado).
O infinitivo impessoal deverá ser usado: quando não houver um sujeito definido, quando o verbo tiver regência de uma preposição, com sentido imperativo, quando o sujeito da segunda oração for igual, em locuções verbais e com alguns verbos que não formam locução verbal (ver, sentir, mandar,…):
Meus irmãos gostam de tocar piano.
Eles não conseguiram entender o problema apresentado.
O infinitivo pessoal deverá ser usado: sempre que há um sujeito definido, quando se quiser definir o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e para indicar uma ação recíproca:
Esta tarefa é para vocês fazerem.
É essencial sabermos isso.
O infinitivo pode assumir também a função de um substantivo:
Você ouviu o cantar do galo? Não sei de onde é esse falar. Exemplos com o infinitivo impessoal: falar (verbo falar); ler (verbo ler); partir (verbo partir).
Exemplo com infinitivo pessoal:
falar, falares, falar, falarmos, falardes, falarem (verbo falar);
ler, leres, ler, lermos, lerdes, lerem (verbo esquecer);
partir, partires, partir, partirmos, partirdes, partirem (verbo partir).
Locuções verbais
Ocorre uma locução verbal quando dois verbos aparecem juntos na frase, desempenhando o papel de um único verbo, ou seja, transmitindo apenas uma ação verbal.
As locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar mais um verbo principal.
O verbo auxiliar é flexionado, indicando o tempo, o modo, o número e a pessoa da ação verbal. O verbo principal aparece numa das formas nominais: gerúndio, infinitivo ou particípio.
Exemplos de locuções verbais com verbo principal no gerúndio:
Estou esperando minha vizinha.
Meu marido está andando no calçadão.
Vou correndo comprar mais comida.
Exemplos de locuções verbais com verbo principal no infinitivo:
Quero descansar um pouco.
Pode acontecer alguma coisa inesperada.
Começamos a estudar russo.
Exemplos de locuções verbais com verbo principal no particípio:
Eu tenho estudado para o vestibular.
Me avise quando você tiver comprado o presente.
Ela já me tinha dito isso.
Locuções verbais e os tempos compostos
As locuções verbais formadas com os verbos auxiliares ter, haver ou ser, mais o verbo principal no particípio constituem os tempos compostos.
Tempos compostos do modo indicativo
Pretérito perfeito composto do indicativo: tenho falado
Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo: tinha falado
Futuro do presente composto do indicativo: terei falado
Futuro do pretérito composto do indicativo: teria falado
Tempos compostos do modo subjuntivo
Pretérito perfeito composto do subjuntivo: tenha falado
Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo: tivesse falado
Futuro composto do subjuntivo: tiver falado
Formas nominais compostas
Infinitivo composto: ter falado
Gerúndio composto: tendo falado
Exemplos de conjugações de tempos verbais compostos Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo: Eu tinha estudado Tu tinhas estudado Ele tinha estudado Nós tínhamos estudado Vós tínheis estudado Eles tinham estudado
Pretérito perfeito composto do subjuntivo: Que eu tenha estudado Que tu tenhas estudado Que ele tenha estudado Que nós tenhamos estudado Que vós tenhais estudado Que eles tenham estudado
Locuções verbais e a conjugação perifrástica
As locuções verbais formadas com verbos auxiliares mais o verbo principal no infinitivo ou gerúndio são também chamadas de conjugação perifrástica.
Os principais verbos auxiliares são: ser, estar, ter, haver e ir. Contudo, nestas locuções verbais, diversos verbos podem desempenhar a função de verbo auxiliar, como poder, dever, querer, começar a, deixar de, voltar a, continuar a, entre outros.
A flexão do verbo auxiliar dá origem aos aspectos verbais, fazendo uma referência à duração da ação verbal e ao ponto de vista pelo qual a ação é perspectivada.
Vozes verbais
A voz verbal indica se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação expressa pelo verbo. Existem três vozes do verbo ou vozes verbais no português: a voz ativa, a voz passiva e a voz reflexiva.
Voz ativa
O verbo está na voz ativa quando o sujeito gramatical é o agente da ação, ou seja, quando o sujeito gramatical pratica a ação verbal.
Exemplos:
Mariana leu o livro.
A avó fez o almoço.
O professor corrigiu as provas dos alunos.
Voz passiva
O verbo está na voz passiva quando o sujeito gramatical é o paciente da ação, ou seja, quando o sujeito gramatical sofre a ação verbal, praticada pelo agente da passiva.
Exemplos:
O livro foi lido por Mariana.
Leu-se o livro.
O almoço foi feito pela avó.
Fez-se o almoço.
As provas dos alunos foram corrigidas pelo professor.
Corrigiram-se as provas.
Existem dois processos distintos de formação da voz passiva: o analítico e o sintético.
Voz passiva analítica
É formada por um verbo auxiliar (normalmente o verbo ser), mais o particípio de um verbo transitivo, seguindo quase sempre a estrutura: sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da passiva.
Exemplos:
A dança foi coreografada por ela.
As capas dos cadernos foram enfeitadas pelas crianças.
Os pacientes serão atendidos pelo médico logo que possível.
Exemplo de conjugação na voz passiva analítica:
Verbo vender no pretérito perfeito do Indicativo:
(Eu) fui vendido
(Tu) foste vendido
(Ele) foi vendido
(Nós) fomos vendidos
(Vós) fostes vendidos
(Eles) foram vendidos
Notas:
Além do verbo ser, existem outros verbos auxiliares que, embora menos frequentes, podem formar a voz passiva analítica, como os verbos estar, ficar, andar, viver,…
Normalmente é utilizada a preposição por, ou suas formas contraídas (pelo, pela, pelos, pelas), para a formação da voz passiva analítica.
Voz passiva sintética
É formada por um verbo transitivo conjugado na 3.ª pessoa do singular ou do plural mais o pronome apassivador se, seguindo quase sempre a estrutura: verbo transitivo + pronome se + sujeito paciente.
Exemplos:
Vendem-se limões. Cantam-se canções. Finalizou-se o acordo. Voz reflexiva O verbo está na voz reflexiva quando o sujeito gramatical é ao mesmo tempo agente e paciente da ação, ou seja, quando o sujeito gramatical pratica e sofre a ação verbal. É formada por um verbo na voz ativa mais um pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos, se), atuando como objeto. A voz reflexiva pode ser recíproca, ou seja, quando há dois sujeitos que praticam a ação um no outro.
Exemplos:
A menina penteia-se todos os dias. O cozinheiro feriu-se com a faca. Nós olhamo-nos no espelho. Eles olharam-se longamente antes de se abraçarem. Pedro e Bianca amam-se muito. Exemplo de conjugação reflexiva: Verbo sentar no presente do Indicativo: (Eu) sento-me (Tu) sentas-te (Ele) senta-se (Nós) sentamo-nos (Vós) sentai-vos (Eles) sentam-se
Passagem da voz ativa para a voz passiva analítica
Voz ativa: O arquiteto desenhou o esboço do edifício.
Voz passiva analítica: O esboço do edifício foi desenhado pelo arquiteto.
Voz ativa:
Sujeito da ativa: o arquiteto
Verbo transitivo: desenhou
Objeto direto: o esboço do edifício
Voz passiva analítica:
Sujeito da passiva: o esboço do edifício
Locução verbal: foi desenhado
Agente da passiva: o arquiteto
Mudanças que ocorrem:
O sujeito da voz ativa se transforma em agente da passiva.
O objeto direto da voz ativa se transforma no sujeito da passiva.
O verbo transitivo da voz ativa se transforma em locução verbal (verbo auxiliar ser + particípio do verbo principal).
Passagem da voz ativa para a voz passiva sintética
Voz ativa: O arquiteto desenhou o esboço do edifício.
Voz passiva sintética: Desenhou-se o esboço do edifício.
Voz ativa:
Sujeito da ativa: o arquiteto
Verbo transitivo: desenhou
Objeto direto: o esboço do edifício
Voz passiva sintética:
Sujeito da passiva: o esboço do edifício
Verbo transitivo: desenhou
Partícula apassivadora: se
Mudanças que ocorrem:
O objeto direto da voz ativa se transforma no sujeito da passiva.
O sujeito da voz ativa se transforma na partícula apassivadora se, não havendo agente da passiva.
Aspecto verbal
O aspecto verbal se refere à duração da ação verbal. Refere-se ao ponto de vista pelo qual a ação é perspectivada.
Sendo uma ação verbal concluída, poderá haver análise do seu resultado.
Sendo uma ação verbal não concluída, poderá haver análise da sua duração e repetição.
Assim, o aspecto verbal pode incidir sobre o começo (sentido incoativo), sobre o desenvolvimento (sentido cursivo) ou sobre a conclusão da ação (sentido conclusivo).
Aspecto perfectivo x Aspecto imperfectivo
Aspecto perfectivo: A ação é apresentada na sua totalidade, com começo, meio e fim.
Exemplo: Mariana leu o livro naquela tarde.
Aspecto imperfectivo: A ação está incompleta, não havendo enfoque no começo, meio e fim do processo.
Exemplo: Mariana lia o livro quando tinha tempo.
Aspecto pontual x Aspecto durativo
Aspecto pontual: Exprime uma ação momentânea.
Exemplo: Helena caiu no buraco.
Aspecto durativo: Exprime uma ação contínua ou repetitiva.
Exemplo: Helena estudou durante duas horas.
Aspecto inceptivo x Aspecto cursivo x Aspecto terminativo
Aspecto inceptivo: Tem sua ênfase no início da ação.
Exemplo: Começou o filme.
Aspecto cursivo: Tem sua ênfase no desenvolvimento da ação.
Exemplo: Está passando um filme.
Aspecto terminativo: Tem sua ênfase no fim da ação.
Exemplo:Terminou o filme.
Aspecto contínuo x Aspecto descontínuo
Aspecto contínuo: Exprime uma ação continuada.
Exemplo: Estou correndo todos dos dias.
Aspecto descontínuo: Exprime o reinício de uma ação interrompida.
Exemplo: Voltei a correr todos os dias.