Medidores de radiação Flashcards

1
Q

Detetores de radiação:

A
  • Entre esses processos os mais utilizados são os que envolvem a geração de cargas elétricas, a geração de luz, a sensibilização de películas fotográficas, a criação de traços (buracos) no material, a geração de calor e alterações da dinâmica de certos processos químicos. Normalmente um detector de radiação é constituído de um elemento ou material sensível à radiação e um sistema que transforma esses efeitos em um valor relacionado a uma grandeza de medição dessa radiação.
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2
Q

Propriedades de um detetor:

A
  • Repetitividade, definida pelo grau de concordância dos resultados obtidos sob as mesmas condições de medição;
  • Reprodutibilidade, grau de concordância dos resultados obtidos em diferentes condições de medição;
  • Estabilidade, aptidão do instrumento conservar constantes suas características de medição ao longo do tempo;
  • Exatidão, grau de concordância dos resultados com o “valor verdadeiro” ou valor de referência a ser determinado;
  • Precisão, grau de concordância dos resultados entre si, normalmente expresso pelo desvio padrão em relação à média;
  • Sensibilidade, razão entre a variação da resposta de um instrumento e a correspondente variação do estímulo; e
  • Eficiência, capacidade de converter em sinais de medição os estímulos recebidos
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3
Q

Eficiência intrinseca:

A
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4
Q

Eficiência absoluta:

A
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5
Q

Detetores ativos:

A
  • medição instantânea da radiação
  • Detectores à gás para medição da taxa de dose, os cintilômetros, os detectores a semicondutor
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6
Q

Detetores passivos:

A
  • registram os eventos e podem ser processados posteriormente, como as emulsões fotográficas, os detectores de traço, os dosímetros termoluminescentes, lioluminescentes e citogenéticos.
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7
Q

Emulsões fotográficas:

A
  • são normalmente constituídas de cristais (grãos) de haletos de prata (normalmente brometo) dispersos em uma matriz de gelatina.
  • A avaliação da dose utilizando dosímetros fotográficos é feita comparando-se a densidade ótica do filme após a revelação com a densidade ótica de outros filmes que foram irradiados com doses conhecidas com feixes padronizados.
  • O equipamento utilizado é um densitômetro ótico, e consiste basicamente na medida da opacidade ótica do filme à transmissão da luz. A densidade ótica é uma medida da atenuação da luz transmitida pelo filme em relação à intensidade da luz incidente. Normalmente o monitor é substituído a cada mês. O filme substituído é então processado e a dose acumulada no período é avaliada.
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8
Q

Aplicações de emulsões fotográficas:

A
  • Uso em raio x diagnóstico: As emulsões fotográficas são utilizadas também para a obtenção de radiografias utilizadas em diagnósticos médicos.
  • Gamagrafia: feixes de raios γ são usados para avaliação de estruturas na construção civil, na siderurgia e metalurgia. A radiação é mais absorvida na matéria mais densa e com mais alto Z e permite verificar a existência de bolhas e falhas no interior de grandes estruturas metálicas e de concreto, sem a necessidade de destruí-las. Normalmente são utilizadas fontes de Co-60, de Cs-137 e de Ir-192. Podem ser utilizados também aparelhos de raios X de alta energia (acima de 400 keV)
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9
Q

Detetores termoluminscentes:

A
  • O volume sensível de um material termoluminescente consiste de uma massa pequena (aproximadamente 1 a 100 mg) de um material cristalino dielétrico contendo ativadores convenientes.
  • A radiação ionizante, ao interagir com os elétrons do material, cede energia aos mesmos pela ionização, que são aprisionados pelas armadilhas. Se o material é submetido a um aquecimento programado os elétrons aprisionados nas armadilhas são liberados, fazendo com que percam a energia nos centros de luminescência
  • A diferença de energia entre esses dois níveis é emitida através de um fóton na faixa da luz visível, da ordem de alguns eV
  • esses materiais são bastante convenientes para serem utilizados como dosímetros, principalmente pela sua característica de reutilização antes de apresentarem fadiga expressiva.
  • As principais substâncias utilizadas como materiais termoluminescentes para dosimetria são o CaSO4:Dy (sulfato de cálcio dopado com disprósio), o CaSO4:Mn (dopado com manganês); o LiF (fluoreto de lítio) e a CaF2 (fluorita). No Brasil, o CaSO4:Dy (produzido no IPEN/CNEN-SP) e o LiF, são os mais utilizados.
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10
Q

Detetores a gás:

A
  • A probabilidade de interação da radiação com o gás, resultando na formação de pares de íons, varia com o campo elétrico aplicado (ou diferença de potencial aplicada) ao gás dentro do volume sensível.
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11
Q

Região não-proporcional:

A
  • Nessa região, os pares de íons são formados, mas como o campo elétrico é muito fraco, ocorre um processo de recombinação dos íons e somente parte das cargas geradas é coletada. À medida que a diferença de potencial cresce, os íons são atraídos para os polos elétricos e não têm condições de se recombinar. Nessa região é gerada uma carga, mas a amplitude do pulso pode variar sem proporcionalidade com a quantidade ou a energia da radiação incidente. Essa região não é conveniente para a operação de detectores.
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12
Q

Região de saturação de íons:

A
  • Após um determinado valor do campo elétrico todos os íons formados são coletados, e o sinal é então proporcional à energia da radiação incidente. O valor do sinal permanece o mesmo para um intervalo de variação do campo elétrico, em que a coleta das cargas não traz nenhum processo adicional. Nessa região de campo elétrico é que operam os detectores tipo câmara de ionização.
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13
Q

Região proporcional:

A
  • Com o aumento do campo elétrico, os elétrons acelerados têm energia suficiente para arrancar elétrons de outros átomos e, dessa forma, criar novos pares de íons. Ocorre então uma multiplicação, que é linearmente proporcional ao número de pares de íons gerados pela radiação primária.
  • Essa região é também chamada de região de proporcionalidade verdadeira, onde operam os detectores proporcionais. O sinal inicial é multiplicado por um fator de 102 a 104 vezes, dependendo do gás e da tensão aplicada.
  • O sinal coletado na maioria das vezes precisa ser pouco amplificado, o que facilita seu processamento.
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14
Q

Região de proporcionalidade limitada:

A
  • Continuando a aumentar o campo elétrico, a multiplicação do gás passa a sofrer efeitos não-lineares, não guardando mais a relação de proporcionalidade com o número de pares de íons gerados inicialmente.
  • Nessa região os detectores não operam.
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15
Q

Região do Geiger-Muller:

A
  • Se a voltagem aplicada for suficientemente alta, a carga espacial criada pelos íons positivos passa a ser tão grande que a perturbação que cria no campo elétrico interrompe o processo de multiplicação. Nesse caso o número de pares de íons criados passará a ser sempre da mesma ordem, independentemente do número de pares criados originalmente e, portanto o sinal será independente da energia da radiação.
  • Esta região é utilizada para operar os detectores do tipo Geiger-Müller
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16
Q

Região de descarga contínua:

A
  • Um aumento ainda maior no valor do campo elétrico irá ocasionar o surgimento de centelhas, não havendo mais relação com o número de íons formados. Nessa região não operam os detectores e, se operados nessa região, podem ser danificados.
17
Q

Câmara de ionização:

A
  • As câmaras de ionização trabalham normalmente no modo corrente e se convenientemente construídas, utilizando o ar como elemento gasoso, são capazes de medir diretamente a grandeza exposição.
  • Em função de sua grande estabilidade ao longo do tempo (da ordem de 0,1 % de variação ao longo de muitos anos), as câmaras de ionização são muito utilizadas também como instrumentos de referência para calibração, pois eliminam a necessidade de recalibrações frequentes
18
Q

Tipos de câmaras de ionização:

A
  • Câmara de ionização de ar livre (free air chambre): Consiste de uma estrutura convenientemente montada e aberta de forma que a interação com radiação é medida diretamente no ar, ou seja, o volume sensível do detector é menor que o do recipiente em que está contido. A camada de ar entre o volume sensível e as paredes da câmara faz com que o volume sensível não sofra influência da interação da radiação com as paredes.
  • Caneta dosimétrica: Muito utilizada em monitoração pessoal, consiste em uma câmara de ionização onde um fio de quartzo serve como cursor para indicar a exposição (ou dose) acumulada.
  • Câmara de ionização portátil: É uma câmara de ionização a ar ou gás sob pressão, destinada a medições de taxas de exposição, taxa de dose e dose acumulada, para radiações X e gama e, às vezes, beta. É construída de material de baixo Z ou tecido-equivalente. É um equipamento destinado à medida da exposição ou taxa de exposição, bem como dose absorvida no ar. Com o uso de uma capa de material tecido-equivalente adicional de build up, esta câmara permite determinar a dose absorvida no tecido ou mesmo a dose efetiva, dependendo da escal
  • Câmara de ionização tipo poço: A câmara de ionização é montada de forma que a fonte radioativa a ser medida possa ser introduzida no poço criando uma condição de eficiência de praticamente 100 %. É muito utilizada na medição de atividade de fontes radioativas, na guarda dos fatores de calibração num laboratório nacional de calibração de radionuclídeos e na determinação da atividade de radiofármacos em clínicas de medicina nuclear.
  • Câmara de extrapolação: Câmara de ionização equipada com um micrômetro que permite variar a distância entre os eletrodos, que é denominada de profundidade da câmara, utilizada principalmente pelos laboratórios de calibração para calibrar fontes emissoras de radiação beta, utilizando a técnica de extrapolação
  • Câmara tipo dedal: É uma câmara cilíndrica muito utilizada em radioterapia para medições de dose absorvida a ser aplicada em pacientes, sendo constituída de um pequeno volume de ar ou gás, encerrado num cilindro de paredes finas e ponta arredondada, feito de material tecido equivalente, e com um eletrodo central
19
Q

Detetores proporcionais:

A
  • Operam quase sempre no modo pulso e se baseiam no fenômeno de multiplicação de íons no gás para amplificar o número de íons originais criados pela radiação incidente
  • uma das aplicações importantes de detectores proporcionais, é a detecção e espectroscopia de raios X, elétrons de baixa energia e radiação alfa. Contadores proporcionais são também largamente aplicados na detecção de nêutrons, utilizando reações nucleares tipo (n,p), (n,α). O material que reage com os nêutrons é colocado dentro do proporcional, podendo ser o próprio gás de preenchimento.
20
Q
A
21
Q

Detetores Geiger-Muller:

A
  • em função de sua simplicidade, baixo custo, facilidade de operação e manutenção, são utilizados até hoje. Como apresenta o pulso de saída de igual amplitude, independentemente do número de íons iniciais, o detector G-M funciona como um contador, não sendo capaz de discriminar energias.
  • Assim, a amplitude do pulso de saída formado no detector é da ordem de volt, o que permite simplificar a construção do detector, eliminando a necessidade de um pré-amplificador
  • podem ser utilizados para estimar grandezas como dose e exposição, ou suas taxas, utilizando artifícios de instrumentação e metrologia. Nesse caso, são normalmente calibrados para uma energia determinada (por exemplo, a do 60Co) e os valores dessas grandezas são calculados através da fluência.
  • Detector Geiger, tipo pancake, para medição de contaminação superficial com janela de mylar aluminizado, para radiação alfa, beta e gama.
22
Q

Detetores a cintilação:

A
  • Algumas das características ideais de um bom material cintilador são que:
    • transforme toda energia cinética da radiação incidente ou dos produtos da interação em luz detectável;
    • a luz produzida seja proporcional à energia depositada;
    • seja transparente ao comprimento de onda da luz visível que produz;
    • tenha boa qualidade ótica, com índice de refração próximo ao do vidro (aprox. 1,5);
    • seja disponível em peças suficientemente grandes para servir para construção de detectores; e
    • seja facilmente moldável e/ou usinável para construir geometrias adequadas de detectores.
  • Embora seja difícil encontrar um material que reúna todas essas condições ideais, alguns materiais apresentam boas características para sua utilização.
23
Q

Válvula fotomultiplicadora:

A
  • transforma os sinais luminosos produzidos pela radiação, usualmente muito fracos, em sinais elétricos com intensidade conveniente para serem processados em um sistema de contagem ou de espectroscopia
24
Q

Materiais cintiladores:

A
  • Iodeto de sódio: O iodeto de sódio ativado com o tálio - NaI(Tl) - é um dos materiais mais utilizados, pelas suas características de resposta à radiação, pela facilidade de obtenção do cristal em peças grandes e de se obter o cristal dopado com tálio
  • Iodeto de césio: O iodeto de césio ativado com tálio ou com sódio [CsI(Tl) e CsI(Na)] é outro material bastante utilizado como detector de cintilação. Sua principal qualidade em relação ao iodeto de sódio é seu maior coeficiente de absorção em relação à radiação gama, permitindo a construção de detectores mais compactos. Além disso, tem grande resistência a choques e a vibrações, em função de ser pouco quebradiço.
  • Germanato de bismuto: O detector de germanato de bismuto ou BGO – Bi4Ge3O12. A principal vantagem do BGO é sua alta densidade (7,3 g/cm3 ) e o elevado número atômico do bismuto, o que faz dele o detector com maior probabilidade de interação por volume entre os mais comumente utilizados. Outra característica do BGO é ser um cintilador inorgânico puro, isto é, não necessita de um ativador para promover o processo de cintilação. boas propriedades mecânicas e de resistência à umidade. As principais desvantagens do cristal de BGO são: sua baixa produção de luz, aproximadamente 10 a 20% daquela produzida em iguais condições pelo iodeto de sódio e seu custo, que é duas a três vezes o deste último
  • Sulfeto de Zinco ativado: O sulfeto de zinco ativado - ZnS(Ag) - é um dos cintiladores inorgânicos mais antigos. Tem alta eficiência de cintilação, comparável à do NaI(Tl), mas só é disponível como pó policristalino, sendo seu uso limitado a telas finas, por ser opaco à luz, utilizadas principalmente para partículas α e íons pesados
25
Q

Materiais cintiladores orgânicos:

A
  • Somente dois materiais alcançaram grande popularidade como cintiladores cristalinos orgânicos: o antraceno e o estilbeno. O antraceno é um dos materiais orgânicos mais antigos utilizados para cintilação e tem a característica de ter a maior eficiência de cintilação entre os materiais orgânicos
26
Q

Detetores semicondutores:

A
  • Detetores de diodo de silício: Os detectores de diodo de silício constituem o principal tipo utilizado para partículas carregadas pesadas, como prótons, alfas e fragmentos de fissão. As principais vantagens dos detectores de diodo de silício são a resolução excepcional, a boa estabilidade, o excelente tempo de coleta de carga, a possibilidade de janelas extremamente finas e a simplicidade de operação
  • Detetores de Germano: Os detectores de germânio dopado com lítio - Ge(Li) - foram largamente utilizados, por sua resolução na espectroscopia gama, mas têm sido rapidamente substituídos, principalmente por causa das dificuldades operacionais, exigindo que sejam mantidos em refrigeração à temperatura do nitrogênio líquido (770 K), mesmo quando não estão em funcionamento, para evitar danos em sua estrutura com a migração do lítio no material. Vem sendo substituídos pelos HPGe (Germânio hiper puro), por não necessitar de refrigeração quando não estão em uso.
  • Detetor de barreira de superfície: Uma das utilizações do silício é na construção dos detectores de barreira de superfície que são caracterizados pela camada morta muito fina e são utilizados principalmente para a detecção de partículas α e β
  • Detetores de silício-lítio: convenientes para a espectrometria de raios X de baixa energia e para detecção e espectrometria de elétrons.
  • Telureto de Cádmio: O telureto de cádmio (CdTe) combina pesos atômicos relativamente altos (48 e 52) com uma banda de energia suficientemente grande para permitir operar à temperatura ambiente. Para energias típicas de raios γ, a probabilidade de absorção fotoelétrica por unidade de caminho percorrido é da ordem de 4 a 5 vezes maior que no germânio e 100 vezes maior que no silício. Normalmente este detector tem grande utilidade para situações em que se deseja grande eficiência de detecção para raios γ por unidade de volume.
  • Detetor de Telureto de Zinco e Cádmio: capaz de medir a dose absorvida, identificar o radionuclídeo emissor gama e determinar a direção de incidência da radiação.