Medicina Perioperatoria - Avaliação pré anestésica Flashcards
No que consiste a avaliação pré-anestésica (APA)?
Estimar riscos + adotar medidas para reduzir o risco
Quais pacientes precisam de APA?
Deve ser realizada antes de qualquer anestesia, exceto em situações de urgência e emergência
Objetivos da APA
• Obtenção de informações pertinentes sobre história clínica atual e passada, além da avaliação das condições físicas e mentais.
• Otimização do quadro clínico (quando necessário).
• Avaliar necessidade de exames diagnósticos mais detalhados.
• Avaliação de risco no perioperatório (preparação até recuperação da cirúrgia).
• Orientar sobre a anestesia, cuidados perioperatórios e tratamento da dor.
• Reduzir o medo e a ansiedade do paciente.
• Consentimento esclarecido.
Anamnese - o que avalia?
-Comorbidades
-Data da última menstruação
-Anestesia e cirurgias anteriores
-História de alergias e HTF
-Hábitos (alcoolismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas e de meciamentos)
Alergia X reação adversa
-Alergia é uma resposta imunológica exagerada e não esperada a uma substância
-Reação adversa é qualquer resposta prejudicial ou indesejada a um medicamento, soro ou vacina
Tabagismo - carga tabágica
-Quantidade e duração: maços/ano -> número de maços (1 maço = 20 cigarros) no dia X número de anos que fuma -> carga tabágica
-Fumantes passivos estão sujeitos às mesmas complicações
Tabagismo - benefícios da suspensão semanas antes da cirúrgia
-Reduz os níveis de carboxihemoglobina (subs. que compromete a entrega de O2 aos tecidos) = aumenta dispolibilidade de O2.
-Abole os efeitos estimulantes da nicotina (aumento de FC e PA) no AVC.
-Melhora o transporte mucociliar, diminuindo o risco de infecções pulmonares.
Alcoolismo e relação com a dosagem do anestésico
-Alcoolismo crônico: tem uma indução enzimática por maior metabolismo hepático (o organismo fica mais resistente) = maior necessidade de anestésico.
-Alcoolismo agudo: efeito depressor do álcool no SNC = menor necessidade de anestésico.
Medicamentos e drogas
-Nome e posologia do medicamento em uso
-Fitoterápicos
-Cocaína: inibe recaptação da noradrenalina (arritmia, respostas exarcebadas a vasopressores). O uso agudo aumenta CAM (potência anestésica quantitativa) dos inalatórios.
-Maconha: indução enzimática.
-Opióides (uso crônico): tolerância, dependência física e síndrome de abstinência.
Relação da cocaína com a dosagem de anestésicos
Efeito inverso do álcool. Em fase crônica precisa de menos anestésico e em fase aguda precisa de mais.
ASA 1
-Nenhuma alteração orgânica, fisiológica, bioquímica ou psiquiátrica
-Sem hábitos de etilismo e tabagismo
-O processo patológico que indica a cirurgia é localizado e não sistêmico
ASA 2
-Alteração sistêmica leve ou moderada (mas sem causar limitação importante) causada pela doença cirúrgica ou por outro processo patológico
-HAS bem controlada
-Anemia
-DM controlada
-Idade < 1 ou > 70 anos
-História de asma
-Tabagismo (pode voltar ao ASA 1 se parar de fumar e não tiver DPOC)
-Obesidade leve
-Gestação (condição de estresse fisológico)
-Bebe aos fins de semana
ASA 3
-Alteração sistêmica grave por qualquer causa, mesmo que não seja possível definir o grau de incapacitação (mas que tenha alguma incapacidade, como DPOC descompensada, doença renal diastólica)
-Angina
-HAS mal controlada
-Status pós IAM
-Obesidade mórbida
ASA 4
-Indicativo de paciente com alterações sistêmicas graves causando perigo de vida, nem sempre corrigíveis pela cirurgia.
-Angina instável.
-Insuficiência respiratória.
-ICC.
-Falência hepato-renal.
ASA 5
-Paciente moribundo, com poucas chances de sobrevida, mas que é submetido a cirurgia em última instância. Ex: Paciente politraumatizado em choque hemorrágico