MED 2022 Flashcards
Vacina tríplice viral
- Indicações (idade)
- Esquema completo por faixa etária
É indicada de 1 ano até 59 anos
Precisa comprovar:
- 1 a 29 anos: 2 doses
- Profissionais da saúde: 2 doses
- 30 a 59 anos: 1 dose
SBP - Suplementação
- Ferro
- > 37semanas com peso adequado (AIG): olhar se tem fatores de risco, mas a dose sempre é 1mg/kg/dia
Com fatores de risco: 3 meses a 2 anos
Sem fatores de risco: 6 meses a 2 anos
- PMT ou baixo peso: 30 dias até 2 anos
< 2.500g: 2mg/kg/dia
< 1.500g: 3mg/kg/dia
< 1.000g: 4mg/kg/dia
—> O que varia é o primeiro ano! No segundo ano: 1mg/kg/dia para todos
- Vitamina D: iniciar com 1 semana até 2 anos
- De 1 semana até 1 ano: 400UI/dia
- No 2o ano: 600UI/dia
Infecções congênitas
- Quando transmitem para o RN?
- Conceitos chaves de cada uma?
- Sífilis / 2. Toxoplasmose (tríade de __) / 3. CMV (diagnóstico?) / 4. Rubéola / 5. Varicela
- Sífilis - pode transmitir a qualquer momento da gestação. Lembrar da pseudoparalisia de Parrot.
- Toxoplasmose - transmite se infecção aguda ou imunodeprimidas com reativação. Tríade de Sabin: calcificações difusas (todo o parênquima) + Coriorretinite + hidrocefalia
- CMV: pode transmitir na fase aguda ou reinfecção ou reativação (único!)
“Cê me vê, mas não me ouve” - Surdez neurossensorial + calcificações periventriculares (circunda meu ventrículo) + microcefalia.
- Lembrar que o diagnostico é feito na urina/saliva até 3 semanas de vida. - Rubéola: para ter a síndrome da rubeola congênita tem que ter adquirido a infecção no 1oT
- Catarata congênita + cardiopatias congênitas (PCA e estenose pulmonar) + Surdez
“Ele não te vê, não te ouve, isso corta o seu coração” - Varicela: para ter a síndrome da varicela congênita tem que ter adquirido na 1a metade.
- Lesões cicatriciais + hipoplasia de membros + doença neurológica.
Puberdade precoce central x periférica
- GnRH/ Causas / __ sexual / TTO + avaliação
Puberdade precoce central:
- GnRH dependente (puberdade verdadeira)
- Causas: mais comum na menina (idiopático) / no menino: tumor SNC - hemartoma hipotalâmico
- Sempre é ISOssexual (é uma puberdade verdadeira!!!)
- TTO: análogo do GnRH
Puberdade precoce periférica
- GnRH independente (pseudo-puberdade)
- Causas: doença da gônada ou da adrenal (hiperplasia adrenal congênita/ tumor de ovário ou testiculo)
- Pode ser ISO ou HETEROssexual
- CD: solicitar USG pélvica e de abdome
AVALIAÇÃO:
1. RX de mão e punho para ver se realmente existe avanço da idade óssea
2. Se IO = IC = IE = variante benigna / Se IO > IE > IC = pedir LH e FSH (se for isossexual)
3. Se LH/FSH > 1 = puberdade precoce central —> em meninos, mandatório RM de crânio
- Se houver sinais de virilização: pedir androgenios adrenais (HAC?). Os sinais de virilização no homem pode ser aumentos dos pelos com testiculo pequeno (eixo não foi ativado) / nas meninas uma puberdade heterossexual.
IG corrigida - cálculo
Subtrair de 40 a IG que a criança nasceu. O resultado retirar da idade atual
Ex: nasceu com 28s de IG e hoje tem 9 meses
40-28 = 12 semanas (3 meses)
IGC = 9-3 = 6 meses
DNPM - MOTOR
- RN
- 1 mês
- 2 meses
- 3 meses
- 4 meses
- 7 meses
- 10 meses
- 12 meses
RN - postura tônico clonica cervical
1 mês - eleva o queixo
2 meses - eleva a cabeça
3 meses - eleva o tronco
4 meses - SUSTENTA A CABEÇA NA LINHA MÉDIA + PERDE A POSIÇÃO TNC - CABEÇA CENTRALIZADA NA LINHA MÉDIA
7 meses - rola sobre seu eixo e senta-se com apoio
10 meses - senta sozinho sem apoio / engatinha
12 meses - levanta sozinho + anda com uma das mãos apoiadas
HIV - profilaxia da transmissão vertical
- No pré natal (esquema)
- No parto (CV > 1.000 ou desconhecida / CV < 1.000 / CV indetectável) - quando avaliar?
- No puerpério (RN AT / < 37s / < 34s) - começar em
Pré Natal - mesmo esquema da população geral (3TC + TDF + DTG) —> sempre genotipar!
No parto - avaliar com base na CV materna com 34 semanas de IG
- CV > 1.000 ou ? —> programar cesárea para 38 semanas + AZT EV
- CV < 1.000 —> parto por indicação obstétrica + AZT EV
- CV indetectável —> parto por indicação obstétrica (não precisa de profilaxia)
No puerpério: no mínimo AZT - começar no máximo em 48h (depois não tem beneficio)
- RN a termo: AZT + 3TC + RAL por 28 dias
- RN < 37 semanas + AZT + 3TC (28 dias) + NVP (14 dias)
- RN < 34 semanas: AZT 28 dias
Varicela - profilaxia pós contato
Vacinação de bloqueio até ___
Imunoglobulina - indicações (5)
Vacina pré exposição (diferenças PNI e SBP)
Vacinação de bloqueio até 5 dias (apenas para não vacinados ou que nunca tiveram varicela)
- Para > 9 meses sem contraindicações
- MS só oferece para hospitalizados e creches (mas é possível pagar)
IGHAVZ - até o 4o dia
- Indicações (5)
- Grávidas suscetíveis
- Imunodeprimidos
- RN PMT (< 28 semanas = sempre / ≥ 28 semanas = se a mãe não teve varicela)
- RN de mãe que apresentou varicela de 5 dias antes até 2 dias depois d parto.
- < 9 meses hospitalizados
—> A IGHAVZ é oferecida pelo CRIE apenas para essa população e não tem como pagar.
Vacinação
- PNI: 15 meses + 4 anos
- SBP: 12 meses + 2 dose entre 15m-4 anos.
Circulação fetal - função e quando fecha
- Ducto venoso
- Forame oval
- Canal arterial
- Ducto venoso
- Conecta a artéria umbilical a VCI (circulação placentária com fetal)
- Fecha poucas horas após o clampeamento do cordão - Forame oval:
- Conecta o AD com o AE
- Fecha completamente aos 3 meses - Canal arterial (ou ducto arterial)
- Conecta aorta com artéria pulmonar
- Fechamento funcional com 12h/ Fechamento total com 2-3 semanas
- O aumento da PaO2 e diminuição das prostaglandinas ajudam a fechar o CA
Cardiopatias congênitas cianóticas - quais são?
5 TS
- Tetralogia de Fallot
- Transposição de grandes vasos
Tetralogia de Fallot
- Cardiopatia congênita ___
- Componentes
- Tem __ pulmonar
- RX / ECG
- TTO crise hipercinética (5)
Cardiopatia congênita cianótica
- Componentes: CIV + estenose pulmonar + Dextroposição da aorta + hipertrofia de VD
- Tem hipofluxo pulmonar
- RX: sinal do tamanco holandês / da bota
- ECG: hipertrofia de VD
- TTO crise hipercinética: primeira coisa é colocar na posição genupeitoral —> se não der certo, tentar betabloqueadores, morfina, dar oxigênio, volume.
Transposição de grandes vasos
- Cardiopatia congênita ___ mais comum no __
- Cursa com ___pulmonar
- RX
- TTO
Cardiopatia congênita cianótica mais comum do RN - cianose progressiva
- Cursa com hiperfluxo pulmonar (aorta saindo do VD)
- RX: sinal do ovo deitado
- TTO: manter canal arterial aberto com prostaglandinas até fazer a Cirurgia de Jatan nas primeiras 3 semanas.
Cardiopatia congênita acianótica por aumento de pressão
- Leva a ___
- Tipos (3)
Leva a hipertrofia
- Tipos:
- Coarctação de aorta - mais comum: abaixo da emergencia da subclávia esquerda
- Diferença de pulso e saturação em MMSS e MMII
- Pode ser grave (vista no RN) ou o estreitamento pode ser leve e só se manifestar com intolerância ao exercício na vida adulta.
- Associada com: Sd. De Marfan/ Sd. De turner / Valvula aortica bicuspide - Estenose aortica - mais grave
- Estenose pulmonar - mais bem tolerada
Cardiopatias congênitas que dependentes do canal arterial patente (3)
- Transposição de grandes vasos
- Coarctação de aorta
- Atresia tricúspide
Cardiopatias congênitas acianóticas por aumento de volume
- Levam a __
- Causas (3)
- Clínica
- Complicação comum
Levam a dilatação. Ocorrem devido a um shunt E —> D
Clínica geral: ICC (por aumento do volume)
- CIV - mais comum! Todo mundo vê - CIV (cê vê)
- Sopro holossistólico em BEE inferior após a 1a semana de vida
- Hiperfonese de B2
- 80% fecha sozinho - CIA
- Desdobramento fixo de B2
- Mais comum: tipo ostium secundum - PCA - faz PIIIIUI - sopro em maquinária
- P de PMT e associado a Rubéola congênita
- Sopro em maquinaria + PA divergente
- Indometacina/Ibuprofeno
Complicação comum: Síndrome de EISENMENGER (exclusiva das acianoticas)
- Ocorre por inversão do shunt devido a hipertensao pulmonar - CD paliativa.
Hipertermia Maligna
- Antídoto?
- Fármacos desencadeadores? 2
Dantrolene sódico
- Succinil-colina e Halotano
Fraqueza Muscular
Marcos lesão do NMS x NMI x placa motora x musculo
NMS - força reduzida / hiperreflexia / espástico / hipotrofia / Babinski positivo
NMI - força reduzida/ hipo ou arreflexia/ flácido/ atrofia / miofasciculações
Placa motora - fraqueza varia com o movimento
Muscular - aumento CPK + levantar miopático
Tuberculose
Sistema de pontuação para < 10 anos
“CHILD”
Clínica (sintomas ≥ 2 semanas) - 15
História de contato nos últimos 2 anos - 10
Imagem (RX alterado por ≥ 2 semanas) - 15
Latente (PT ≥ 10mm) - 10
Destruição (percentil < 10) - 5
≥ 30 = pode tratar (critério médico)
≥ 40 = TRATAR!
Aleitamento materno
- Se mãe ausente: manter o leite por __h na geladeira ou __ no freezer
Na impossibilidade de leite materno:
- Ideal: ___ - diluição:
- Se não pode: ___ - diluição
- Se mãe ausente: manter o leite por 12h na geladeira ou 15d no freezer
Na impossibilidade de leite materno:
- Ideal: fórmula infantil - diluição: 1 medida : 30mL de água
- Se não pode: leite de vaca - diluição < 4 meses: 2 pts de leite: 1 de água + oleo / > 4m: não diluir e já pode introduzir alimentação complementar
Aleitamento Materno
Leite Materno x Leite de Vaca - diferenças
O leite materno tem mais:
- Lipídeos (colesterol e LC-PUFA)
- Lactose - deixa o pH intestinal mais alto: facilita absorção de cálcio
O leite materno tem menos:
- Proteínas - a principal é a alfa-lactoalbumina (do leite de vaca é a caseína e beta-lactoalbumina)
- Eletrólitos (sódio)
Ambos tem pouco ferro, mas a biodisponibilidade do LM é maior.
Fatores protetores LM:
- IgA
- Lisozima
- Lactoferrina
- Fator bífido
- Lactoperoxidase
OBS: isso é pro leite maduro (≥ 2 semanas). O colostro (3o ao 5o dia) tem mais proteínas, eletrólitos e vitamina A. Sempre pensar que o leite “mais tardio” tem mais gordura —> leite maduro, leite do final da mamada e leite do final do dia (pra criança ir dormir)
Hipotensão na Pediatria
RN
Lactentes
> 2 anos
RN: < 60
Lactentes: < 70
> 2 anos: < 70 + 2x idade
Síndrome de Barter x Síndrome de Gitelman
- Local do defeito
- Excreção urinaria de cálcio
- Nível sérico de Mg
- Produção de prostaglandina E2 renal
- Sintomas neuromusculares
Acidoses Tubulares Renais
- Tipo 1 ou (___): acometimento do (__). Problema: / Potássio?
ATR 1 ou DISTAL ocorre no Tubulo Coletor
- Problema: carreador de hidrogênio (1 da tabela periódica = tipo a)
- Potássio: HIPOCALEMIA (aldosterona age no TCD, como não consegue excretar H para reabsorver Na, ela joga fora o K toda hora).
Acidoses Tubulares Renais
Tipo 2 ou (__) - Problema está no (__) e ocorre (__)
- Potássio?
A ATR do tipo 2 ou PROXIMAL está no TCP
- Causa: bicarbonatúria (2 = B é a 2a letra do alfabeto)
- Potássio: HIPOCALEMIA. Se estou perdendo bicarbonato na urina, alguém positivo tem que ir junto pra urina ficar “neutra”, e esse alguém é o potássio!
Falha generalizada no TCP e principal causa
Síndrome de FANCONI
- Principal causa: Mieloma Múltiplo
Distúrbio Alça de Henle
- Causas (2)
- Problema no __
- Marcas (3)
A função da Alça de Henle é concentrar a medula. Sua porção ascendente é impermeável a água, com isso apenas solutos passam pra medula (fica concentrada). Isso é feito para que, ao chegar no Tubulo Coletor, o ADH consiga atuar (a ação do ADH é abrir canais de água, e a água passa do meio menos concentrado para o mais concentrado —> se a medula está concentrada, a água é reabsorvida e a urina fica concentrada).
- Distúrbio no carreador Na:K:2Cl —> o que acontece? O Na não consegue ser reabsorvido e continua seguindo seu caminho até chegar no Tubulo Coletor, onde irá atuar a aldosterona (vai reabsorver esse sódio em excesso e excretar K e H).
- Causas: Síndrome de Barter e Furosemida (Lasix) —> Bart e Lisa dos Simpsons
- Marcas: Poliúria + Hipocalemia + Alcalose
—> Explicação: se a alça não agiu, não concentrou a medula, e o ADH não atua: urina fica super diluída (poliúria). Quem vai resolver o excesso de sódio é a aldosterona (vai excretar potássio no lugar - hipocalemia e vai excretar hidrogênio - alcalose)
Distúrbio do TCD
- Problema __
- Causas (2)
- Marcas (3)
O TCD tem a função de reabsorver Na OU Cálcio.
- Problema: carreador de sódio
- Causas: Síndrome de Gitelman e Tiazidicos (GT)
- Marcas: Hipocalciúria + Hipocalemia + Alcalose
—> Se não reabsorver sódio, compensa reabsorvendo muito cálcio: sai menos cálcio na urina (hipocalciúria). Se não reabsorve sódio, chega muito sódio pra aldosterona reabsorver (vai trocar ele por potássio - hipocalemia e hidrogênio - alcalose)
Acidoses Tubulares Renais
ATR tipo 4 atua no __
- Causa:
- Potássio?
A AT4 atua no tubulo coletor
- Causa: hipoaldosteronismo
- Potássio: hipercalemia (se tem pouca aldosterona, vai ficar muito potássio)
Nefrite Intersticial Aguda (NIA)
- Causas (5)
- Tétrade
NIA - causas medicamentosas a SAABER
- Sulfas
- AINES
- Anticonvulsivantes
- Beta-lactâmicos (principal)
- Rifampicina
Tétrade:
- IRA oligúrica + dor lombar + febre + rash
- Lembrar de Eosinofilúria!!!
Necrose de Papila
- Clínica
- Exame
- Causas
- Clínica: parece um calculo renal (dor lombar + febre + hematuria)
- Exame: urografia excretora - achado: sombras em anel
- Causas - Necrose de papila é PHODA
Pielonefrite
Hemoglobinopatias (Anemia falciforme)
Obstrução do trato urinário
Diabetes
Analgésicos (abuso de)
Síndrome Nefrótica que tem queda do complemento
Mesangiocapilar “MesangioCAIpilar”
Síndrome Nefrótica - tipos e associações
- Lesão Mínima: Linfoma de Hodgkin e AINES
- GEFS: “o resto”
- Nefropatia membranosa: Neoplasias / Hepatite B / Captopril / Sais de Ouro / D-Penicilamina
- Mesangiocapilar: Hepatite C
Síndrome Nefrótica
Trombose de veia renal - causas (3)
- GN Membranosa (principal!!!!)
- GN MesangioCapilar
- Amiloidose
“As 2 ultimas + amiloidose”
GNPE
- Período de incubação
- Anticorpos para cada
Faringoamigdalite: 1-3 semanas —> ASLO (“Amigdala”)
Piodermite: 2-6 semanas —> Anti-DNAse (“Derme”)
GNPE - evolução natural da doença
- Oligúria
- Queda do C3
- Hematúria microscópica
- Proteinúria leve
- Oligúria: até 7 dias
- Queda de C3: até 8 semanas
- Hematúria microscópica: até 2 anos
- Proteinúria leve: até 5 anos
GNPE - indicação de biopsia
- Por > 4 semanas (4)
- Por > 8 semanas (1)
Se por > 4 semanas tiver:
1. Hematúria macro
2. Hipertensão
3. Proteinúria nefrótica
4. Função renal alterada
Se por > 8 semana tiver queda do complemento
—> Tem que fazer biopsia para diferenciar da GN mesangiocapilar (síndrome nefrótica que cursa com hematuria + queda do complemento)
GNPE - biopsia
- Achado MO
- Achado ME
- MO: lesão proliferativa difusa
- ME: GIBA ou HUMPS (depósitos subepiteliais de Imunocomplexos) —> patognomônico
GNPE - tratamento
Restrição hidrossalina + Furosemida + Vasodilatadores (hidralazina)
- Antibiótico apenas para erradicar a cepa de S. Pyogenes nefritogenico da comunidade —> Penicilina Cristalina
GNRP
- Biópsia com:
- Imunofluorescencia (3)
Biópsia mostra crescentes em > 50% dos glomérulos
Imunofluorescência:
- Tipo 1: padrão linear - anti-MB (Goodpasture)
- Tipo 2: padrão granular - LES
- Tipo 3: não agente - Vasculites pauci-imunes
Necrose Tubular Aguda - causas
Mnemônico “CARAI”
- Contraste iodado
- Aminoglicosídeos
- Rabdomiólise
- Anfotericina B
- Isquemia (choque)
Nefrologia
- Causas de Eosinofilúria (2)
- Ateroembolismo (História de exame)
- NIA (historia de uso de medicamento - SAABER)
Nefrologia - Ateroembolismo
- Sinal patognomônico?
- Biopsia - achado
Placas de colesterol na retina —> placa de HOLLENHORST
- Biopsia: fissuras biconvexas
Fases do Ensaio Clínico
Fase pré clínica: em animais
Fase clínica: humanos
- Fase 1: segurança - poucos indivíduos saudáveis voluntários
- Fase 2: dose - teste na população alvo (doente)
- Fase 3: ensaio clinico - compara a droga com placebo
- Fase 4: vigilância pós comercialização
Preventiva
Estudo x Análise
- Transversal
- Caso-Controle
- Coorte
- Ensaio Clínico
Transversal = prevalência (razão de prevalência)
Caso-ContROle = NÃO TEM - OR (razão de chances)
CooRRte = incidência - RR (IE/INE)
Ensaio Clínico = incidência - RR/ RRR/ RAR/ NNT
Ensaio Clínico - fórmulas
- RR
- RRR
- RAR
- NNT
- NNH (número necessário p/ causar dano)
- Risco atribuível na população
- Risco atribuível ao fator
- RR = Inc expostos / Inc não expostos
- RRR = 1-RR
- RAR = Maior - menor
- NNT = 1/RAR
- NNH = 1 / RT - RC (Rt = número de danos ocorridos no grupo tratado/ Rc = número de danos ocorridos no grupo controle)
- RAP = Inc na população - Inc nos não expostos / Inc na população
- RAF = Incidência nos expostos - incidência nos não expostos
Eficácia x Efetividade x Eficiência
Eficácia = efeitos em condição ideal (RRR)
Efetividade = efeitos em condição real (RAR)
Eficiência = custo-beneficio (NNT)
USP 2022: efetividade da vacina contra COVID = 63%. O que isso significa? Efetividade = RAR, se é 63% significa que a incidência de COVID é 63% menor nas pessoas vacinadas do que nas não vacinadas
- RAR = incidência nos expostos - incidência não expostos
DM prévio a gestação
- Única complicação microvascular que piora
Retinopatia diabética
Eutanásia x Ortotanásia x Distanásia x Mistanásia
Eutánasia: provocar a morte a pedido do paciente.
- Proibido no Brasil. “Eu = eu peço” - se não pede é assassinato.
Ortotanásia: morte boa, sem sofrimento (prevenção quaternária) - Pode no Brasil. Existe o documento “diretivas antecipadas de vontade” —> se tem o documento a pessoa não pode se opor a não ressuscitar etc. Diferente da doação de órgãos que a familia decide.
Distanásia: morte ruim, com sofrimento e obstinação terapêutica (ficar mantendo o paciente vivo a qualquer custo)
Mistanásia: morte MIserável e evitável (ex: ficar na fila do SUS pra cirugia e morrer) —> se tivesse $ não teria morrido.
Tumores Hepáticos Benignos
Hemangioma: + comum
- TC: captação periférica centrípeta
- CD: acompanhar
HNF: 2o + comum
- TC: cicatriz central (lesão em estrela)
- CD: acompanhar
Adenoma: relação com ACO!!!
- Pode complicar com ruptura e CA
- TC: hipercaptação heterogenea (sem washout)
- < 5cm: suspender ACO / > 5cm: cirurgia
Hemostasia secundária
- Via intrínseca
Alterações e valor de referencia
Fatores
Causas
Via intrínseca
- Alargamento do PTTa (VR < 30s) “PTTrinta”
- 8 - 9 - 11
- Hemofilias A, B e C e Drogas (ex: HNF)
Hemostasia secundaria
- Via extrínseca
Alterações e VR
Fatores
Causas
- Alargamento do TAP (RNI) — “TAPorfora”
VR: RNI ≤ 1,5 / TAP ≤ 10s (TAP é TOP, nota 10) - Fator: 7
- Causas: Relacionados a vitamina K (2, 7, 9 e 10) — ex: colestase e má absorção e CUMARÍNICOS (antagonistas da vitamina K)
Hemostasia secundaria
- Via comum
Alteração
Fatores (4)
Causas (3)
- Alteração: TAP (RNI) e PTTa alargados
- Fatores (VIIXI): 5, 2 (protrombina), 10, 1 (fibrinogênio)
- Causas: NOAC / doença hepática / CIVD
Tromboembolismo Pulmonar (TEP) - escore de Wells
Mnemônico: EMBOLIA
- Evento prévio de TVP/TEP — 1,5
- Malignidade (1 ponto)
- Batata inchada (clínica de TVP) — 3 pontos
- Outra causa (sem outra) — 3 pontos
- Lung blending (hemoptise) — 1 ponto
- Imobilização ou cirurgia recente — 1,5
- Alta FC > 100bpm — 1,5
Alta probabilidade: > 4
Baixa probabilidade: ≤ 4
Sepse - quick SOFA
≥ 2:
- Fr ≥ 22
- PAS ≤ 100
- ECG < 15
Ventilação mecânica
- VCV x PCV
Cicla por:
Limite:
VCV: Cicla por volume e é limitado por fluxo
PCV: Cicla por tempo (1-1,2 s) e é limitado a pressão
SDRA
1. Ventilação protetora - parâmetros
Baixo volume corrente: ≤ 6ml/kg predito
Driving pressure ≤ 15
Pressão de platô ≤ 30
PEEP supra fisiológica ≥ 5 (normalmente 10) — suficiente pra manter SatO2 > 90%
SDRA
- Parâmetros de ventilação inicial
FiO2 = 100%
Fr = 12-16 irpm
PEEP = 5
tudo fisiológico
Diverticulite Complicada
- HINCHEY
Acalásia
- Classificação de Mascarenhas
1 — < 4cm
2 — 4-7 cm
3 — 7-10cm
4 — > 10 cm (dolicomegaesôfago)
Acalasia
- Classificação de Resende
1 - Calibre normal
2 - Pequena a moderada dilatação + ondas terciárias
3 - Grande aumento de calibre
4 - Dolicomegaesofago (tortuoso)
Hérnia de Hiato - classificação
Tipo 1 ou por deslizamento: JEG e cárdia herniam para mediastino POSTERIOR + fundo gástrico normal
Tipo 2 ou por rolamento ou paraesofágica: JEG normal + fundo gástrico herniado
Tipo 3 ou mista: JEG e fundo herniados
Tipo 4: herniação de outros órgãos
- Cai saber que a do tipo 1 não precisa operar! As demais sim pelo risco de encarceramento.
SDRA - critérios de Berlim
Mnemônico SDRA
- Sete dias de duração (menos que)
- Descartar outras causas (choque cardiogênico e hipovolêmico)
- Radiografia mostrando opacidade bilateral (excluindo nódulo, atelectasia e derrame)
- Alteração na relação PaO2/FiO2 (< 300 = leve / < 200 = moderada / < 100 = grave)
Hipertermia Maligna
- Fármacos desencadeadores
- Antídoto?
- Succinilcolina e halotanos (anestésicos voláteis)
- DANTROLENE sódico
Retinopatia hipertensiva - graus
Grau 1 - estreitamento arteriolar
Grau 2 - cruzamento AV patológico
Grau 3 - Manchas algodonosas / hemorragias em chama de vela
Grau 4 - Papiledema
Sendo: 1 e 2 crônicos
3 e 4 agudos (emergencia hipertensiva
HAS
- Melhor combinação de drogas para prevenção primária e secundária de paciente com AVEi
IECA + diurético tiazidico
O que é um teste PRECISO?
É a capacidade de um teste de DAR SEMPRE O MESMO RESULTADO, independente de certo ou errado e de quantas vezes for repetido, DESDE QUE FEITO NA MESMA AMOSTRA.
Ex: um pesquisador está testando a quantidade de impurezas em uma amostra. Ele repetiu o teste 100x, obtendo sempre o resultado de 7%. Acontece que o verdadeiro percentual é de 18%. Qual a característica? O TESTE É PRECISO - deu sempre o mesmo resultado na mesma amostra, mesmo errando
O que é um teste CONFIÁVEL?
- Capacidade de um teste de dar sempre o mesmo resultado, independente de certo ou errado, de quantas vezes for repetido e de onde for feito.
- Ou seja, mesmo em amostras diferentes o teste será o mesmo.
Ex: um teste realizado na Universidade K é repetido na Universidade N. Resultados quase idênticos são obtidos em cada instituição — esse teste é confiável
- O teste tem o mesmo resultado, independente de certo ou errado, em amostras diferentes.
“Qual a probabilidade de um teste + indicar que um paciente tem a doença?”
- O que essa pergunta quer saber? Qual a formula?
VPP: verdadeiro-positivo entre os positivos do TESTE
- Fórmula: a / a+b ou VP / VP + FP
Razão de verossimilhança
Sensibilidade sempre em cima!!
Positiva = S/1-E
Negativa: 1-S/E
Tumores ovarianos
- Investigação de massa anexial é feita com __
- Achados de malignidade (8)
USG TV com Doppler
Mnemônico SUSPEITA:
- Sólida (principal)
- USG com baixa resistencia < 0,4 (alto fluxo)
- Septada
- Projeção papilar (> 4)
- Espessamento da parede
- Irregular
- Tamanho > 8cm
- Antes ou após menacme / Ascite
Síndrome da Fragilidade - Critérios
≥ 3 critérios: 5Fs
- Fadiga (autorreferida)
- Fatless (perda de peso ≥ 5% no último ano)
- Fraqueza - mensurar pela preensão palmar
- Atividade Física (baixo gasto calórico semanal)
- Função motora (marcha lentificada)
Vacina Pneumo-23
- Esquema preconizado?
- Quem recebe?
Esquema: 1 dose e reforço em 5 anos
Quem recebe: asilos / idosos institucionalizados / casos de repouso.
Vacinas preconizadas a partir dos 60 anos? 6
- Influenza
- Pneumo-23
- Febre Amarela
- dT
- Hepatite B
- Herpes Zoster
Rastreio CA de pulmão
- Indicações (3)
Os 3 seguintes devem estar presentes:
1. Idade ≥ 50 anos
2. Carga ≥ 20 maços/ano
3. Tabagismo ativo ou interrompido nos últimos 15 anos
Cirurgias em que a antibioticoprofilaxia está classicamente não indicada? 2
Colecistectomia VL e hernioplastia SEM tela
Coeficiente de Mortalidade Materna
- Causas
Hipertensão > hemorragia > infecção
Coeficiente de Mortalidade Infantil
- Perinatal
Natimortos (> 22sem) + < 7 dias / numero de nascidos vivos (vivos + mortos)
Coeficiente de Mortalidade Infantil
- Natimortos
Natimortos (> 22 semanas) / numero de nascidos (vivos + mortos)
Qual o coeficiente de mortalidade infantil no Brasil em 2021?
12 para cada 1.000 NV
Coeficiente de Mortalidade Infantil
- Causas: neonatal precoce
- Causas: neonatal tardio
Neonatal precoce (< 7 dias)
- 1o: afecções perinatais > malformações congênitas
Neonatal tardio (> 7 dias):
- Inverte: malformações congênitas > afecções perinatais
Coeficiente de Mortalidade Geral
- Causas
Circulatórias > Neoplasias > Respiratórias > Externas
“Cir-Ca-Resp-Cex”
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
- 3 dimensões e como calcular
- Renda — PIB per capitã
- Educação — anos de escola
- Saúde — expectativa de vida ao nascer (número médio de anos de vida esperados para um RN). No Brasil hoje a EVN é de 75 anos
Índice de Vulnerabilidade Social
- 3 componentes
- Escala vai de __ a __
Componentes:
- IVS Infraestrutura Urbana
- IVS Capital Humano
- IVS Renda e trabalho
Cada indicador tem o mesmo peso e vai de uma escala de 0 a 1.
- 0 = condição ideal / 1 = pior situação
Síndrome do Intestino Irritável
- Critérios ROMA IV
A. Excluir Doença Orgânica
B. Dor abdominal recorrente, pelo menos um dia por semana nos últimos 3 meses associada com 2 ou mais dos seguintes:
- Relação com a defecação
- Mudança na frequência da defecação
- Mudança na consistência das fezes
— Os sintomas devem ter começado a pelo menos 6 meses.
Câncer de Pulmão Não Pequenas Células
- Epidermoide
Localização:
Diagnóstico:
Síndromes paraneoplásicas: 3
Localização: central (mais associado ao tabagismo e é o que mais cavita)
Diagnóstico: citologia de escarro / biópsia por broncoscopia / USG EDA (melhor)
Síndromes paraneoplásicas:
1. Síndrome de Horner (ptose, miose)
2. Síndrome de Pancoast (dor no ombro, lesão nervo ulnar)
3. Hipercalcemia (PTH-like) — EPTHermoide
Também é o que MAIS CAVIDADE (EPITHERMOLE), mole = cavita
Câncer de Pulmão Não Pequenas Células
- Adenocarcinoma (mais comum!!!!)
Localização
Diagnóstico
Associação (2)
Localização: periférica
Diagnóstico: punção transtorácica ou Bx cirúrgica (melhor)
Associação:
- Derrame pleural (ADERRAMEcarcinoma)
- Osteoartropatia hipertrófica (baqueteamento digital + periostite hipertrofica nas extremidades + artrite periférica assimétrica)
Câncer de Pulmão Pequenas Células (Oat Cell)
- Localização
- Diagnóstico
- Associação (4)
- Localização: central. Tem origem de células neuroendócrinas.
- Diagnóstico: citologia do escarro ou Bx por broncoscopia ou USG EDA (melhor)
- Associação: é o mais relacionado com síndromes paraneoplásicas!!!
1. Síndrome da Veia Cava Superior
2. Síndrome de Cushing (ACTH ectopico) - OACTH-Cells
3. SIADH
4. Síndrome de Eaton-Lambert
Câncer de Pulmão Não Pequenas Células
- Tumor irressecável?
T4: > 7cm ou invade estruturas irressecáveis como coração, traqueia e esofago
N3: linfonodos contralaterais ou supraclaviculares
M1: metástases a distância
SUS
Leis Orgânicas de Saúde
- Quais são? O que estabelecem?
Lei 8.080: objetivos e atribuições do SUS (princípios / competências / descentralização)
Lei 8.142: participação popular e gastos com transferência regular e automática + estabeleceu os conselhos e conferências
Conselhos e Conferências de Saúde
- Divisão
- Características
Divisão dos Conselhos e Conferências:
- 50% usuários do SUS
- 50% o “resto”: 25% profissionais da saúde + 12,5% prestadores de serviços + 12,5% representantes do governo
Conselho de Saúde
- Frequência
- Objetivos
- Frequência: mensal
- Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução de saúde — fiscalizam GASTOS e EXECUÇÃO de saúde
- Caráter permanente e deliberativo (existem sempre, ninguém precisa convocar e mandam)
Conferências de Saúde
- Frequência
- Caráter
- Objetivos
- Quem convoca?
- Ocorrem de 4 em 4 anos
- Caráter CONSULTIVO
- Avalia a situação de saúde e propõe diretrizes
- Convocadas pelo Poder Executivo (em caráter excepcional os Conselhos podem convocar)
Lei 8.080
- Atribuições esfera Nacional (3) /Estadual (2)/ Municipal (1). Quem é o gestor de cada?
Nacional:
- Definir, criar e formular políticas e normas. Também executa a vigilância de portos, aeroportos e fronteiras.
- Gestor: Ministério da Saúde
Estados:
- Coordenar e controlar — coordena as ações e, em caráter complementar, executa ações e serviços junto com o município
- Gestor: Secretarias Estaduais de Saúde
Município
- Executar
- Gestor: Secretarias Municipais de Saúde
Princípios do SUS
- Éticos/doutrinários (3)
- Operacionais/organizacionais (6)
Éticos/doutrinários = vogais
- Universalização: acesso
- Integralidade: prevenção + cura + reabilitação
- Equidade: situações desiguais merecem tratamento desigual
Operacionais/organizacionais
“Dois Ratos Roeram o Perfume de Carolina Herrera”
- Descentralização: com municipalização (forma ascendente do poder local até o federal). Divisão dos poderes.
- Regionalização: municipalização / distritos
- Resolubilidade: resolver os problemas
- Participação social: por meio de conselhos e conferencias
- Complementariedade: contratar o privado
- Hierarquização: organizar em níveis de complexidade crescente
Decreto 7.508 - Regionalização
- Regiões de saúde devem conter no mínimo (6)
- Atenção Primária
- Urgencia e Emergencia
- Atenção psicossocial
- Atenção ambulatorial especializada
- Atenção hospitalar
- Vigilância em saúde
Financiamento do SUS
- EC 29
- EC 95
EC 29 do ano 2.000: dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados (tripártide: união + estados + municípios)
- Municípios: 15% (“mun1CINCO”)
- Estados: 12%
- União: valor aplicado ao ano anterior ajustado pelo PIB
EC 95 do ano de 2.016: mudou a união
- Municípios: 15%
- Estados: 12%
- União: $ do ano anterior + correção pelo IPCA (inflação segundo IBGE)
Atenção Primária
- Atributos essenciais (4)
- Derivados (3)
Atributos essenciais ou nucleares - PLINcípios PLINCipais
- Primeiro contato/acessibilidade: a UBS é a porta de entrada preferencial ao serviço de saúde
- Longitudinalidade
- Integralidade
- Coordenação do cuidado (referência + contrarreferência)
Derivados:
1. Competência cultural
2. Enfoque familiar
3. Orientação comunitária
PNAB - Princípios e Diretrizes da Atenção Básica (9)
CCRRALOPT
- Coordenação do cuidado
- Cuidado centrado na pessoa
- Resolubilidade
- Regionalização e hierarquização
- Adscrição da clientela
- Longitudinalidade
- Ordenação da rede
- Participação da comunidade
- Territorialização
Atenção Básica - Territorialização
- Território (4 subtipos, explique)
Território: espaço delimitado político-administrativamente por ação de um grupo social.
- Território-distrito: delimitação político-administrativa
- Território-área: delimitação da área de abrangência da UBS. Exemplo: se a UBS abrange 4 bairros.
- Território-microárea: delimitada com a lógica da homogeneidade socioeconômica e sanitária (corresponde ao território de responsabilidade do ACS) — se tenho 6 ACS, são 6 microáreas.
- Território-moradia: lugar de residência da família
Estratégia de Saúde da Família
- Deve cobrir __ % da população cadastrada
- Máximo de __ pessoas por ACS
- Máximo de equipes: população / ___
- 100%
- 750 pessoas por ACS
- Máximo de equipes: população / 2.000 (cada eSF é responsável por 2.000 a 3.500 pessoas, considerando o grau de vulnerabilidade)
Atenção Primária - MCCP componentes
MCCP:
- Explorando a doença e a experiencia da pessoa (SIFE - Sentimentos/ Ideias/ eFeitos / Expectativas)
- Entendendo a pessoa como um todo
- Elaborando um projeto comum de manejo entre médico e paciente (não é entre familiares)
- Fortalecendo a relação médico-pessoa
Financiamento da Atenção Básica
- Programa previne Brasil
- Fim do PAB (levava em conta apenas o número de habitantes — feria a equidade)
Pilares: CPI da atenção básica
1. Capitação ponderada
2. Pagamento por desempenho
3. Incentivo por ações estratégicas
NOB
- 91
- 93
- 96
NOAS
NOB 91: “A lei sem noção”
- Atuou no fluxo contrário a descentralização
NOB 93: municipalização (3 virado = M)
- Comissão Intergestora bipartide (Estadual): Estados + municípios (CONASEMS)
- Comissão Intergestora tripártide (Nacional): Federal (MS) + CONASS (Estado) + CONASEMS
NOB 96: Gestão plena (6 = G)
- Poder pleno do município, que pode optar pela forma de gestão plena da Atenção Básica (município responsável pela AB) ou do Sistema Municipal (município responsável por toda AB + média e alta complexidade)
- Criou o PAB (Piso de Atenção Básica): fixo (proporcional ao número de habitantes + vulnerabilidade) / variável de acordo com os serviços oferecidos
NOAS: “ROAS” — Criou a regionalização organizada
- Poder ao estado para organizar seu território em regiões, visando a descentralização plena
- Plano Diretor de Regionalização
CA de mama - tratamento
- Cirurgia conservadora (4 CI)
Sempre deve ser associada a RT adjuvante!
Ideal: tumor < 20% da mama, pequeno, concêntrico e não multicentrico.
- Contraindicações:
1. Microcalcificações extensas e difusas
2. Relação tumor/mama > 20% (na prova: > 4cm)
3. Impossibilidade de RT pós operatória
4. Gravidez
— Na prova um tumor > 4cm impede a cirurgia conservadora. Tem que fazer QT neoadjuvante pra reduzir o tamanho.
CA de mama - pesquisa de Linfonodo Sentinela (BLS)
- Indicação
- O que fazer se BLS +?
- Complicação clássica do esvaziamento axilar
- Se CA invasor e axila clinicamente NEGATIVA
- Se BLS + ou T avançado: esvaziamento axilar completo
- Escapula alada por lesão do nervo torácico longo, que inerva o músculo serrátil anterior
—> Obs: apenas 2 linfonodos positivos pode evitar esvaziamento radical
CA de Mama
- Indicações RT adjuvante (3) - objetivo?
- Indicações QT adjuvante (6) - objetivo?
RT adjuvante - diminui taxas de recidiva
1. Após cirurgia conservadora
2. Tumores > 4cm
3. Na presença de ≥ 4 linfonodos axilares acometidos
QT adjuvante - auxilia no controle regional e controle de metástases a distancia
É indicada na presença de fatores de mau prognóstico:
1. Idade < 35 anos
2. Tumores > 1cm
3. Linfonodo positivo (≥ N1)
4. Expressão de HER 2
5. Receptores hormonais negativos
6. Metástases
—> Sempre QT primeiro e depois RT (a QT deixa as celulas ávidas ao radiofármaco)
CA de ovário de origem epitelial (3)
- CRESCIMENTO ___
- Marcador
- Achados
Origem epitelial tem crescimento LENTO
1. Adenocarcinoma seroso (+ comum)
- Marcador: CA 15
- Típica da pós menopausa
- Achado bx: corpos psamomatosos
- Adenocarcinoma mucinoso
- Marcador: CA 19-9
- Achado: pseudomixoma - Células claras (pior prognóstico)
CA de ovário origem germinativa
- Crescimento __
- Marcadores e tipos (5)
Possuem crescimento rápido — dor pélvica subaguda por conta da distensão da capsula / hemorragia / necrose
- Disgerminoma (+ comum)
- Marcador: LDH
- Infância (pedir cariotipo) - Teratoma imaturo
- Tecidos pouco diferenciados (diferente do maduro) - Tumor de seio endodérmico
- Marcador: AFP - Carcinoma embrionário
- Marcador: AFP + hCG - Coriocarcinoma
- Marcador: hCG
Demências - Hidrocefalia Normobárica
1. Tríade
2. TC
3. Diagnóstico
4. TTO
- Incontinência urinaria + demência + ataxia de marcha
- Dilatação ventricular SEM atrofia
- Diagnóstico: clínica + TC/RM + TAP test (PL repetida)
- TTO: DVP (é uma causa reversível!!!)
Demências
- Corpúsculos de Lewy (tríade/ diagnóstico/ TTO)
- Frontotermporal ou (X)
- Doença de Creutzfeldt-Jakob ou (X)
Corpúsculos de LeVI
- Alucinações visuais + demencia + flutuação do nível de consciência. Pode ter alteração do sono REM.
- Diagnóstico: Corpúsculos de Lewy PÁS + não restritos a substancia negra (ddx Parkinson)
- Tratamento: anti-psicóticos (podem piorar o quadro no inicio)
Doença de Pick
- Alteração no comportamento (disnibição sexual). Pode evoluir com sintomas Parkisonianos com memória poupada.
- Diagnóstico: atrofia frontotemporal
Doença da Vaca Louca:
- Demencia rapidamente progressiva + MIOCLONIA
- O mais comum é ser esporádico (e não pela carne)
Citologia ASC-US: conduta?
Repetir a citologia
- < 25 anos: em 3 anos
- 25-29 anos: em 1 ano
- ≥ 30 anos: em 6 meses
LSIL - conduta?
Repetir citologia
- < 25 anos: em 3 anos
- ≥ 30 anos: em 6 meses
AGUS - conduta?
Colposcopia avaliando canal cervical por escavado ou curetagem + USG TV se > 35 anos
Laceração perineal - Classificação e conduta
1o grau: pega apenas PELE e TECIDO SC
2o grau: pega FÁSCIA E MUSCULATURA DO PERÍNEO, sem lesar esfíncter anal
—> CD: anestesia local ou bloqueio do nervo pudendo + reparo por planos anatômicos
3o grau: envolve a CAMADA MUSCULAR DO ESFÍNCTER ANAL
4o grau: envolve esfíncter anal INTERNO + EXTERNO e MUCOSA RETAL
—> CD: ATB em DU + anestesia geral e bloqueio bilateral do nervo pudendo + iniciar o reparo com aproximação da mucosa retal
Cardiotocografia (CTG)
- Quais os 4 parâmetros avaliados?
- BCF
- Variabilidade
- Aceleração
- Desacelerações
Cardiotocografia (CTG)
- Linha de base BCF é:
- Variabilidade: o que é?
- Aceleração: o que é? Qual o conceito de feto ativo?
- Desacelerações: tipos?
- Linha de base: BCF de 110-160bpm
- Variabilidade: diferença entra o maior e menor BCF
> 25: aumentada ou saltatória
6-25: moderada (ideal)
≤ 5: mínima (pode ser sono, drogas)
0: ausente - Aceleração: aumento de 15bpm por 15 segundos.
Fato ativo: 2 acelerações em 20 minutos - Desacelerações:
DIP 1 ou cefálica ou precoce: compressão do polo cefálico (normal)
DIP 2 ou tardia: tudo mal! DIP após a contração
DIP 3 ou variável ou umbilical: compressão do cordão. Preocupar se: recuperação lenta / sem retorno a linha de base / bifásica (W)
Cardiotocografia (CTG) - classificação e conduta
- Categorias (3)
Categoria 1 (normal):
- Linha de base entre 110-160bpm
- Variabilidade normal (6-25)
- Sem DIP 2 ou 3
- Aceleração pode estar presente ou ausente!!!
—> CD: Acompanhar
Categoria 2 (indeterminado)
—> CD: Complementar com PBF, nova CTG ou Doppler.
Categoria 3 (anormal):
- Sem variabilidade
- DIP 2 ou 3 recorrente
- Bradicardia
—> CD: O2 + DLE + suspender ocitocina + corrigir queda de PA. Se não melhorar: parto pela via mais rápida
Cariótipo?
- Síndrome de Rokitansky
- Síndrome de Morris
- Síndrome de Turner
- Síndrome de Kallmann
- SD. Rokitansky: não possui alteração! 46 XX
- SD. Morris: 46XY (por insensibilidade androgênica a genitalia externa fica feminina)
- SD. Turner: 45 X0
- Sd. Kallmann: mais comum em mulheres, mas também pode ocorrer em homens (não muda cariótipo)
Índice de Bishop - parâmetros (5)
Pontuação?
- Altura da apresentação fetal (DeLee)
- Dilatação cervical (cm)
- Apagamento cervical (em %)
- Consistência do colo uterino (firme, médio ou amolecido)
- Posição do colo uterino (posterior, central, anterior)
Cada um pontua de 0 a 3
- ≥ 9: colo maduro e favorável a indução com ocitocina
- Entre 7 e 8: intermediário
- ≤ 6: desfavorável
Cálculo período fértil no ciclo irregular
Ciclo mais curto - 18
Ciclo mais longo - 11
Acidose Metabólica com AG aumentado
- Principais causas?
“SALUD”
- Salicilato (AAS)
- Álcool (metanol, etilenoglicol)
- Lactato (choque, doença hepatica)
- Uremia
- Diabetes (CAD)
Acidose Metabólica com AG aumentado
- Indicações de HCO3? 3
- Intoxicação (alcalinizar a urina facilita a eliminação do ácido)
- Uremia com pH < 7,2
- CAD com pH < 6,9
Hiponatremia
- Indicação para repor sódio
- Como fazer?
Indicação:
- HipoNa aguda (< 48h) e sintomática
- Com Salina Hipertônica (NaCl 3%)
Fórmula: déficit de sódio
- Máximo de variação de sódio em 24h?
- Qual o risco de corrigir a HipoNa muito rápido?
Déficit de sódio = 0,6 (H) ou 0,5 (M) x Peso x Variação de sódio
- Variação de sódio: deve ser de 8-12mEq em 24h.
- Boa parte pode ser feita nas 1as 3h = aumento de 3mEq em 3h.
Risco de desmielinização osmótica.
Hipernatremia
- Cálculo do déficit de água
- Quanto pode cair em 24h?
- Risco de qual complicação?
Déficit de água:
0,5 (H) ou 0,4 (M) x {Na atual - Na desejado} - 1
- Pode cair em até 10mEq em 24h
- Risco: edema cerebral
Cirurgia - hérnias
- Lichtenstein:
Usada para corrigir hérnias __
Tela de __
Fixada onde? - McVay
Para hérnias ___
Utiliza o ___ - Shouldice
Para ___
- Lichtenstein: usada para hérnias inguinais.
- Tela de POLIPROPILENO (macroporosa, inabsorvivel). É tension free.
- Ligamento inguinal ou tendão conjunto - McVay: hérnias femorais
- SEM TELA. Usa o Ligamento de Cooper (pectíneo) - Shouldice:
Imbricação dos músculos em 4 camadas
- Escolha se necrose/ contaminação (não pode usar tela!)
Injúria Renal Aguda - KDIGO
Defina a fase ativa do trabalho de parto
Presença de pelo menos 2 contrações com duração superior a 20 segundos a cada 10 minutos, suficientes para promover a dilatação do colo (> 3-5 cm)
Menor diâmetro do cabeça fetal?
- Qual deflexão?
Suboccipitobregmático
- Cefálica fletida (mede 9,5 cm)
Obstetrícia - deflexão. Ponto de referência
- Fletida
- Defletidas 1o, 2o e 3o grau.
Fletida: lambda — suboccipitobregmático (9,5 cm)
Defletida de 1o grau: bregma — occipitofrontal (12)
Defletida de 2o grau: glabela — occipitomentoniano (13,5)
Defletida de 3o grau: mento — submentobregmático (9,5 cm)
Sífilis Congênita
Mãe adequadamente tratada - definição (5 critérios)
— Lembrar de falar queda nas diluições
- Feito com Penicilina Benzatina
- Adequado para a fase (em doses e intervalos)
- Inicio do tratamento até 30 dias antes do parto
- Avaliação quanto ao risco de reinfecção
- Documentação da queda dos títulos do VDRL:
- Pelo menos 2 diluições em 3 meses ou
- 4 diluições em 6 meses
Sífilis Congênita
- RN de mãe inadequadamente tratada: fluxograma
- Notificar sífilis congênita
- Solicitar todos os exames: VDRL, hemograma, RX de ossos longos, LCR, perfil hepático e eletrólitos, RX de tórax, avaliação oftalmológica e audiológica
- Tratar TODOS!
— LCR alterado (neurosífilis - VDRL + ou proteína > 150 ou celularidade > 25): Penicilina Cristalina EV 10 dias (Potássica)
— LCR normal + qualquer outra alteração: Penicilina Cristalina EV por 10 dias OU Penicilina Procaína IM por 10 dias (preferência podes-me pode ir de alta)
— TUDO NORMAL (inclusive VDRL negativo): Penicilina Benzatina em DU
Obs: na indisponibilidade de Penicilina Cristalina pra. Neurossifilis —> segunda escolha é a Procaína. Se não tiver, Ceftriaxone (10 a 14 dias, CI se aumento de bilirrubina)
Sífilis Congênita - mãe adequadamente tratada.
- Fluxograma
- Solicitar VDRL de sangue periférico em todos os casos.
- Se VDRL ≥ materno em 2 diluições: notificar sífilis congênita + solicitar todos os exames + tratar com Penicilina Cristalina (se Neurossífilis) ou Procaína
- Se RN com VDRL < materno ou negativo: olhar o exame físico.
—> Assintomático: acompanhar
—> Sintomático: checar o VDRL. Se VDRL +, é sífilis congênita. Se VDRL -, procure outra causa.
Paracoccidioidomicose
- TBC ___
- Quadro clínico
- Radiografia
- Diagnóstico
- Tratamento
TBC rural
Quadro Clínico:
- Agudo: Mononucleose like
- Crônico: sintomas respiratórios + lesões cutâneas pleomórficas + estomatite moriforme (palato)
Raio X: “em asa de morcego”
Bx: roda de leme
Tratamento: duração de 6-24 meses
- Itraconazol (escolha) ou Sulfametoxazol-TMP
- Graves: Anfo B
Histoplasmose
- TBC ___
- Quadro Clínico
- RX de tórax
- Diagnóstico
- Tratamento
TBC das cavernas (e galinheiros)
Quadro clínico
- Mais comum em pneumopatas
- Agudo: sindrome gripal
- Crônico: tosse arrastada + febre baixa (na forma definidora de AIDS há pancitopenia + hepatoespleno + lesões cutâneas)
RX: igual TBC
Diagnóstico: cultura do escarro / bx / sorologia
TTO: Itraconazol ou Variconazol por 12 meses ou Anfo B (graves)
Criptococose
- Quadro clínico (3 formas)
- Diagnóstico
- Tratamento
Doença do pombo!
- Forma pulmonar: pode ter nódulos únicos ou múltiplos (maioria assintomático)
- Forma extrapulmonar (SNC): mais comum!! Meningoencefalite subaguda e crônica
- Forma disseminada: envolve vários órgãos (retina, miocardite, hepatite)
Diagnóstico: todos devem receber PL!!!
- Achados ao LCR: LMN / aumento de pteinas. / diminuição discreta da glicose
TTO:
- Fluconazol (leve)
- Doença disseminada ou acomete SNC: Anfo B + Fluconazol
Aspergilose
- Fatores de risco
- Diagnóstico (2)
- Complicação da TBC primária
- Tratamento
Fator de risco: imunossupressão!! É a micose mais comum em imunodeprimidos.
Diagnóstico:
- Exames bioquímicos: galactomanana
- Coleta de material pela broncoscopia para cultura e dosagem de galactomanana
Complicação: Aspergiloma
- Sintoma mais comum: hemoptise.
- TC: sinal da lua crescente
Tratamento:
- Formas leves é expectante
- Formas graves: ressecção cirúrgica +/- angioembolização da artéria brônquica
—> Não adianta dar anti-fúngico porque não penetra na caverna.
Fios cirúrgicos absorvíveis ORGÂNICOS (2)
- CATEGUTE simples: perde tensão em 7-10 dias
- CATEGUTE cromado: perde em 15-21 dias
—> Evitar em aponeurose
São feitos da mucosa intestinal de ovino e bovino
Fios absorvíveis SINTÉTICOS (4)
- Poliglactina (VICRYL): perde tensão em 4 semanas (evitar em aponeurose)
- Ácido poliglicólico (Dexon): idem
- POLIDIOXANONA (PDS): força tensil duradoura
- Poligliconato (Mason): fio absorvível com maior força, sendo inclusive indicado para aponeurose
Fios inabsorvíveis ORGÂNICOS (2)
Seda e algodão
- Ambos MULTIfilamentares, baixo custo, com biodegradação em torno de 2 anos.
Fios inabsorvíveis SINTÉTICOS (3)
- Poliamida (Nylon): pode ser multi ou monofilamentar. Praticamente INERTE (mínima reação tecidual). Muito usado.
- Polipropileno (PROLENE): pode ser multi ou monofilamentar. Força tensil IMUTÁVEL ao longo dos anos.
- Poliéster (Dácron): multifilamentar. Tirando o fio de aço, é o mais forte de todos.
“Nylon de forma INadvertida SINTetizou Polipropileno e poliéster”
Trauma contuso
- Cirúrgico?
- Não cirúrgico - abordagem
Cirúrgico: peritonite, retro ou pneumoperitoneo (ou lesão óbvia - ex: sangue no toque retal)
Não cirúrgico:
Trauma Penetrante
- Cirúrgico
- Não cirúrgico - abordagem
- Cirúrgico: choque, peritonite, evisceração
- Não cirúrgico:
Bactérias ESBL
- Tratamento?
ESBL: beta-lactamases de espectro estendido
- CD: Carbapenêmicos (Ertapenem etc)
CIUR
- Alterações ao Doppler e Conduta
Artéria uterina: incisura bilateral presente com > 26 semanas (indica alto risco de CIUR pois significa alta resistencia)
Artéria umbilical:
- Aumento da resistência
- Diástole 0: conduta pedir ducto venoso (como o coração do feto está?)
- Diástole reversa: parto
Artéria Cerebral Média:
S/D umbilical / S/D cerebral ≥ 1 ou IP ≥ 1 indica centralização
- < 34s: ducto venoso
- > 34s: parto
Ducto venoso:
- Onda A negativa ou IP ≥ 1,5 = parto.
Acidentes ofídicos
- BOTRÓPICO
Exemplo e descrição da cobra.
Manifestações Clínicas (2)
É o acidente ofídico mais comum no Brasil e que causa mais sequelas.
Exemplo: Jararaca (Bothrops jararaca) —> possuem manchas em formato de “Joystick” e cauda lisa.
Clínica
- Ação proteolítica — manifestações LOCAIS EXUBERANTES PRECOCES com dor, edema, sangramento, bolhas, necrose, risco de SÍNDROME COMPARTIMENTAL.
- Ação coagulante + hemorrágica: GENGIVORRAVIA, EPISTAXE, HEMATÊMESE, HEMATÚRIA.
- Exame de escolha para acompanhar a evolução: tempo de coagulação!
ÚNICO OFÍDICO QUE NÃO CAUSA SINTOMAS NEUROLÓGICOS!!!
Acidentes ofídicos — CROTÁLICO
- Exemplo e descrição da cobra
- Manifestações clínicas (4)
É o acidente ofídico MAIS LETAL.
Exemplo: Cascavel (Cortalus durissus)
- Encontrado em campos abertos e áreas secas.
- Manchas em formato de diamante e cauda em chocalho.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
- Manifestações locais pouco evidentes (sensação apenas de formigamento, as vezes nem achamos o ponto de inoculação)
- Ação miotoxica: RABDOMIÓLISE + IRA aguda por NTA
- Ação neurotóxica: a neurotoxina age na região pré-sinaptica impedindo a liberação de Ach e causando bloqueio neuromuscular — FÁSCIE MIASTÊNICA (ptose palpebral + flacidez dos músculos da face + oftalmoplegia), diplopia. Pode ocorrer insuficiência respiratória por paralisia dos músculos.
- Ação coagulante (pouco intensa)
Acidentes ofídicos — LAQUÉTICO
- Exemplo e detalhes da cobra
- Clínica (3)
Exemplos: SURUCUCU (Lachesis muta)
- Só é encontrada na região NORTE do país (áreas de floresta)
Clínica: locais + hiperestimulação vagal (é uma mistura da crotálica e botrópica)
- Ação proteolítica: manifestações locais exuberantes
- Ação coagulante e hemorrágica
- Sintomas neurológicos: quadro de estimulação vagal, que cursa com hipotensão, bradicardia, tontura, turvação visual…
Acidentes ofídicos — ELAPÍDICO
- Exemplo e características
- Clínica (2)
- TTO específico
Exemplo: Coral verdadeira (Micrurus corallinos)
- Diferente das outras cobras, não possui fosseta loreal nem incisivos bem desenvolvidos
—> Sempre é considerada grave!!
Clínica: fácies miastênica
- Locais: frustas
- Ação neurotóxica: possui neurotoxina de ação pré e pós sináptica, que impedem ação da Ach
TTO: Além do soro, há beneficio no uso de ATROPINA + ANTICOLINESTERÁSICOS (NEOSTIGMINA) que prologam a vida média da Ach.
Acidente brotrópico:
- CD de acordo com gravidade
Leve (sem nada, apenas história): 4 ampolas
Moderado (sintomas locais): 8 ampolas
Grave (local + sistêmico): 12 ampolas.
—> No acidente brotrópico costuma ser necessária fasciotomia e desbridamento pela síndrome compartimental.
HDA
- EDA: em quantas horas?
Em 24 horas se não varicoso
Em 12 horas se varicoso (alto risco de ressangramento)
Preventiva - Estudos Epidemiológicos
Estudo Ecológico
- Erro:
- Série temporal
Agregado / Observacional / Transversal
- Pega dados secundários, que já existem (você pode fazer hoje acessando dados do IBGE). Gera suspeitas, mas não confirma.
- Erro: falácia ecológica (tentar individualizar algo que foi olhado de maneira agregada).
SÉRIE TEMPORAL:
- Estudo ecológico feito ano após ano (não é acompanhando. Pega dados de 2010 e depois de 2012, e compara).
Preventiva - Estudos Epidemiológicos
- INQUÉRITO ou SECCIONAL ou TRANSVERSAL
Problema?
Individuado / Observacional / Transversal
- Ótimo pra ver a PREVALÊNCIA (avalia de pessoa a pessoa).
- Problema: avalio o desfecho e fator no mesmo momento (“quem veio antes?”) — conceito de CAUSALIDADE REVERSA
Preventiva - Estudos Epidemiológicos
COORTE
—> Coorte retrospectiva ou histórica
Individuado / Observacional / Longitudinal
- Longitudinal não significa que acompanhou, mas sim que o fator e o desfecho foram analisados em momentos diferentes!
- Parte do FR para a doença.
- Consegue DEFINIR O RISCO, porque teve acompanhamento!
COORTE HISTÓRICA:
- Ir no arquivo de um hospital e comparar pessoas que fumava em 1990 com pessoas que não fumavam em 1990 e ir acompanhando por anotações o surgimento de CA de esôfago.
Preventiva - Estudos Epidemiológicos
CASO CONTROLE
- Viés
Individuado / Observacional / Longitudinal
- Parte da doença e procura o FR no passado!
- NÃO DEFINE O RISCO! APENAS ESTIMA! Porque partiu da doença!
Susceptível a erros:
- Viés de memória
Preventiva - Estudos Epidemiológicos
- ENSAIO CLÍNICO
Interferências (efeitos)
Individuado / Intervencionista / Longitudinal
- Efeito hawthorne e efeito placebo.
Preventiva - Estudos Epidemiológicos
- ENSAIO CLÍNICO
Como minimizar o viés de:
- Intervenção
- Aferição
- Seleção e confusão
- Viés de intervenção: estudo controlado!
- Viés de aferição (informação): variáveis medidas de formas diferentes entre os grupos — mascaramento dos pacientes
- Viés de seleção: população escolhida não é representativa da população exposta ao risco. — randomização
- Viés de confundimento: fatores que confundem e estão presentes em ambos os grupos. — randomização
Um estudo com poucos erros aleatorios é considerado (X)
Um estudo com poucos erros sistemáticos é considerado (Y)
X: PRECISO ou CONFIÁVEL (é preciso confiar nos Amigos)
Y: ACURADO ou válido
Profilaxia da raiva
—> Atualização: o que mudou?
Não existe profilaxia com 2 doses mais!
Pneumocistose
- Conceito matador
- Agente
- Quadro clínico
- RX de tórax
- Diagnóstico
- TTO
- Profilaxia primária
É uma doença definidora de AIDS: paciente HIV + com dispneia progressiva e ausculta normal.
- Agente: Pneumocystis jirovecii —> fungo que atrapalha a troca gasosa (HIPOXEMIA)
- Quadro clínico: tosse seca + DISPNEIA ARRASTADA COM AUSCULTA NORMAL.
- RX de tórax: infiltrado bilateral peri-hilar que poupa o ápice SEM ADENOPATIA HILAR OU DERRAME PLEURAL
- Diagnóstico: aumento do LDH falava a favor
Isolamento do fungo por escarro ou lavado (não cresce em cultura!) - TTO: SMX + TMP por 21 dias + corticoide se PaO2 ≤ 70 ou SatO2 ≤ 92%
- Profilaxia primária: SMT + TMP se CD4 < 200 ou candida oral ou febre
Pneumocistose
- Indicação de profilaxia primária?
- Indicação de adicionar corticoide ao TTO?
Profilaxia primária:
- CD4 < 200 ou candida oral ou febre
Corticoide:
- PaO2 ≤ 70 ou Sat < 92%
História do SUS
- CAPS: criados no período (X)
- IAPS:
- INPS
- INAMPS
- SUS foi criado graças a um movimento, que é a (X) — que culminou na (X).
CAPS (República Velha, Lei Eloy Chaves) — IAPS (Era Vargas) — INPS (Ditadura Militar - década de 70) — INAMPS (tentou salvar INPS).
O SUS só foi criado graças a REFORMA SANITÁRIA (movimento civil), que evoluiu e culminou na VIII Conferência Nacional de Saúde (1986). Em 1988 veio a Constituição, com a real criação do SUS.
A constituição não explicou o funcionamento do SUS: leis orgânicas de saúde.
Derrame Pleural Complicado - critérios (5)
- Conduta?
Pelo menos 1:
- pH < 7,2
- Glicose < 40
- LDH > 1.000
- Bacterioscopia positiva
- Pus (empiema)
Conduta: antibiótico + drenagem em selo d’água (= toracostomia = pleuroscopia)
PAC - Tratamento empírico no ambulatório
Paciente hígido:
- Amoxicilina OU Macrolídeo OU Doxiciclina
Paciente com comorbidades / uso de ATB nos últimos 3 meses / regiões de alta prevalência de pneumococo resistente a Macrolideos:
- Macrolídeo + Beta-lactâmico (Amoxicilina, Amox-Clav) OU Fluoroquinolonas respiratórias
PAC - Tratamento empírico na ENFERMARIA
Macrolídeo + Beta-lactamico (Ceftriaxona)
OU
Fluoroquinolona respiratória
PAC - Tratamento empírico na UTI
- Mínimo recomendado
- Se risco de MRSA
- Se risco de MDR (Pseudomonas)
Mínimo recomendado:
- Betalactamico + Azitromicina (Macrolídeo) OU
- Betalactamico + Fluoroquinolona
—> Ex de beta-lactâmicos: Cefotaxima / Ceftriaxone / Ampi-Sulbactam / Ceftazidima / Ceftarolina
—> Alérgicos a Penicilina: Aztreonam + Fluoroquinolona
Se risco de MRSA: adicionar Vancomicina ou Linezolida
Se risco de MDR:
- Cobrir Pseudomonas: Pipe-tazo ou Cefepime ou Imipenem ou Meropenem +++ Quinolona respiratória
Pneumonia - Derrame Pleural
Critérios de LIGHT
Pelo menos 1 indica exsudato (culpa da PNM):
- Proteína pleural/sérica > 0,5
- LDH pleural/sérico > 0,6
- LDH pleural > 2/3 LS do soro (> 200)
—> Pegadinha clássica: apenas dois parâmetros são usados: LDH e proteína. Glicose não entra!
Derrame pleural - conduta
- Simples ou não complicado:
- Complicado (3 fases)
Simples ou não complicado (é estéril): manter ATB
Complicado (lembrar 5 critérios) — 3 fases, sendo que em todas será necessária drenagem em selo d’água:
1. Fase aguda ou exsudativa: ATB + drenagem em selo d’água
2. Fase subaguda ou fibrinopurulenta: são criadas traves de fibrose: ATB + VATS ou quebra química com fibrinolíticos (tPA / DNAse pleural / adicionar um novo dreno). Depois que as traves estiverem quebradas, prosseguir com a drenagem em selo d’água.
3. Fase crônica ou de organização: “decorticação pulmonar” — ATB + pleurostomia + decorticação
PAC - CURB65
Confusão mental
Ureia ≥ 43
Respiração (FR ≥ 30)
Baixa PA (PAs ≤ 90 ou PAD ≤ 60)
65 anos ou mais
0-1: ambulatorial
≥ 2 pontos: hospital
≥ 3 pontos: UTI
Se não tem ureia: CRB-65. ≥ 1 = internação
PAC - IDSA/ATS
Critérios maiores (2)
Critérios menores (6)
1 maior ou 3 menores = UTI
Critérios maiores: óbvio que vai pra UTI
- VM
- Choque séptico
Critérios menores:
1. C/U/R/B (por isso que se ≥ 3 no CURB-65 já é UTI, porque já preenche 3 critérios do IDSA)
2. TAx < 36
3. Relação P/F ≤ 250
4. Acometimento multilobar
5. Leucócitos < 4.000
6. Plaquetas < 100.000
PAC - Agentes típicos (5)
- Pneumococo (diplococo gram positivo)
— Mais comum! Exceto em: RN (GBS), DPOC (H. Influenzae), Fibrose Cística (Pseudomonas) - H. Influenzae (Cocobacilo gram negativo)
- Klebsiella (bastonete gram negativo)
— Pensar se: etilista, diabético
— Pode dar PNM do lobo pesado - S. Aureus (cocos gram positivos em cachos)
- Pseudomonas (bacilo gram negativo)
— Pensar se doença de base pulmonar
PAC - agentes atípicos (3)
- Mycoplasma Pneumoniae
— Síndrome gripal que não melhora em > 5 anos + manifestações extra-pulmonares - Chlamydophila Pneumoniae
— Quadro leve de tosse e febre + sintomas de VAS (faringite, laringite, sinusite) - Legionella
— Bactéria atipica que gera quadro típico.
— Associada a Sinal de Faget, SIADH, sintomas GI, aumento de transaminases…
“Um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
- Trecho retirado da Lei 8.080 que define (X)
A vigilância epidemiológica
“Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou previnir riscos a saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interessa da saúde, abrangendo o controle dos bens de consumo e da prestação de serviços”
— Trecho retirado da Lei 8080 que define:
A vigilância sanitária
Em um território com 17.000 habitantes, quantas eSF no mínimo terei que ter?
A população adscrita numa eAB deve ir de 2.000 a 3.500 pessoas. Então 17.000 / 3.500 = 4,85 = no mínimo 5 eAB
Descreva o SOAP para uma paciente com queixa de frequência urinaria aumentada, urgência e disuria. Possui URC positiva e no EF dor leve na palpacao do hipogástrio. O médico inicia Fosfomicina 3g DU.
S: Subjetivo — frequência urinária aumentada, urgência e disúria (é o que o paciente relata)
O: Objetivo — dor em hipogástrio e URC positiva (são os dados do exame físico + resultados de exame)
A: Avaliação — é a hipótese diagnóstica
—> Caso não haja elementos para elaborar uma HD, podem ser reproduzidos os sinais/sintomas mais pertinentes na linha de raciocínio. Nada pode ser interrogado!
P: Plano — Antibiótico.
—> Deve conter também exames solicitados, orientações, encaminhamentos e pendências.
Sentinela de risco
- Quais os niveis de risco familiar de acordo com a pontuação?
0 a 4: sem risco
5 a 6: risco menor (R1)
7 a 8: risco médio (R2)
≥ 9: risco máximo (R3)
Classificação de CHILD-PUGH
BEATA
- Bilirrubina
- Encefalopatia
- Ascite
- TAP (RNI)
- Albumina
De 5 a 6 pontos: CHILD A (sobrevida 100-85%)
De 7 a 9 pontos: CHILD B (sobrevida de 80-60%)
≥ 10 pontos: CHILD C (sobrevida de 45-35%)
—> Sobrevidas em 1 e 2 anos.
Dengue
- Sinais de alarme (8)
- Dor abdominal intensa (referida ou a palpação) e contínua
- Vômitos persistentes
- Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico)
- Hipotensão postural e/ou lipotimia
- Hepatomegalia > 2cm
- Letargia e/ou irritabilidade
- Aumento progressivo do Ht
- Sangramento de mucosa
—> Paciente com sinal de alarme é grupo C
Dengue - “dengue grave”
Classificados no grupo D
- Choque hipovolêmico (3P)
- Diminuição da PA
- Pulso fino e rápido (filiforme)
- Periférica: extremidades frias, TEC > 2s +
- Oligúria (< 1,5ml/kg/h)
Falência orgânica
- Encefalite
- Miocardite
- Hepatite
Sangramento grave:
- TGI ou SNC
Dengue - TTO conforme grupos
Grupo A (“dengue e mais nada”):
- Ambulatorial: vai pra casa e ingere 60ml/kg/d de água sendo 1/3 SRO + 2/3 líquidos livres.
Grupo B (meio termo): entram direto aqui os < 2 anos ou > 50 anos, prova do laço positiva, grávidas, comorbidades, risco social
- Pedir hemograma para avaliar Ht (Ht normal: grupo A/ Ht aumentado: grupo C)
Grupo C (“pelo menos 1 sinal de alarme”)
- Leito de enfermaria: 20ml/kg em 2h (pode repetir até 3x). Se não melhorar após 3 tentativas: grupo D
Grupo D (sinal de gravidade)
- Internar em UTI: 20ml/kg em 20 minutos. Se não melhorar pode tentar Nora / albumina (medida salvadora)
Dislipidemia
- Formula de Friedwald
LDL = CT - HDL - Tg/5
—> Confiável apenas se Tg < 400
DPOC
- Estadiamento
— Olhar VEF1
1. DPOC leve: ≥ 80%
2. DPOC moderada: ≥ 50%
3. DPOC grave: ≥ 30%
4. DPOC muito grave: < 30%
DPOC grupos A-D e TTO
Grupo A: qualquer broncodilatador (LABA ou LAMA)
Grupo B: LABA ou LAMA + reabilitação respiratória
Grupo C: LAMA (Tiotrópio) + reabilitação respiratória
“Grupo C dou antiColinérgico”
Grupo D: LABA + LAMA + reabilitação respiratória + corticoide inalatório se eos > 300
DPOC descompensada
- Sinais cardinais (3)
- Tratamento
- Indicações de ATB
Sinais cardinais:
1. Piora da dispneia
2. Aumento da quantidade de secreção
3. Secreção purulenta
TTO: “ABCD”
- Antibiótico se: 1. 3 sintomas cardinais / 2. 2 sintomas sendo um alteração do escarro / 2. Necessidade de VM
- Broncodilatadores inalatorios de curta duração
- Corticoide VO
- Dar O2: alvo 88-92%
Fibrilação Atrial
CHADS-VASC
Congestive heart failure (IC) - 1 pontos
Hipertensão - 1 ponto
Age (≥ 75 anos) - 2 pontos
Diabetes - 1 ponto
Stroke (AVE ou AIT prévio, TVP) - 2 pontos
Vasc: doença vascular - 1 ponto
Age: ≥ 65 anos - 1 ponto
Sexo feminino - 1 ponto
Cálculo osmolaridade plasmática
2x Na + Gli/18 + Ur/6
- VR: 285-295
Clearance de creatinina (Cockroft-Gault)
(140 - idade) x peso / Cr x 72
- Se mulher: x 0,85
Melanoma
- Classificação de Clark
Nível 1: in situ (intraepidérmico)
Nível 2: derme papilar superior
Nível 3: derme papilar
Nível 4: derme reticular
Nível 5: hipoderme
Melanoma - Índice de Breslow
Espessura do tumor
≤ 1mm
> 1-2mm
> 2-4mm
> 4mm
Insuficiência cardíaca - KILLIP
Killip 1 (sem IVE): sem estertores ou B3
Killip 2 (IVE leve a moderada): estertores pulmonares e/ou B3
Killip 3 (EAP): estertores além da metade dos hemitórax, franca dispenia e ortopneia
Killip 4 (choque cardiogênico): PAs < 90, sinais de hipoperfusão, sinais de congestão pulmonar
Hemorragia subaracnoide
- Escala de FISHER
1: sem sangue, diagnóstico pela PL
2: laminas verticais < 1mm
3: coleção de sangue > 3mm ou lâminas > 1mm
4: hemoventrículo
Fratura de femur
- Tempo para operar
Fratura de colo de fêmur: primeiras 12h
Fratura intertrocantérica: primeiras 48h
IOT em sequencia rápida
“Qual você FES?”
- Fentanil (analgesia)
- Etomidato (hipnótico com estabilidade CV) — mas causa dor, por isso o Fentanil vem antes.
- Succinilcolina (bloqueador neuromuscular) - é despolarizante. EC: rabdomiolise (CI se hiperK) e hipertermia maligna
Melhor hipnótico na IOT em contexto de choque?
- Vantagens?
- EC?
Quetamina
— Causa também sedoanalgesia, vasoconstrição e broncodilatação (por isso é melhor no choque)
— EC: não usar em hipertensos (faz vasoconstrição) / taquicardia / efeitos psicotrópicos
Bloqueadores neuromusculares
- Despolarizantes x Não despolarizantes
Despolarizantes: Succinilcolina
- EC: rabdomiólise (hiperK) / hipertermia maligna
- Inicio de ação em 20seg, e duração média em dose única de 8-10 minutos
— Bloqueiam de forma irreversível os receptores da Ach. Num primeiro momento o paciente contrai (isso gera a rabdomiólise). Depois, relaxa — não tem antídoto porque é irreversível (mas é rápido)
Não despolarizantes:
- Competem com o receptor da Ach, por isso tem antídoto: Neostigmina + Atropina (dou mais Ach para ganhar a competição). A Atropina é pra freiar a bradicardia que a Neostigmina dá!
- Exemplos: Rocurônio (antídoto especifico: Sugammadex) / Vecurônio etc
Vacina BCG — efeitos adversos não esperados (3)
— Conduta?
- Ulceração > 1cm por > 12 semanas
- Abcesso subcutâneo sem sinais flogísticos (abcesso FRIO)
- Linfadenite regional supurada
— Conduta?
Notificar e tratar com Isoniazida até regressão completa da lesão + manter acompanhamento por 3 meses após suspender a medicação
Vacina VORH
- Idade limite
- Contraindicações (3)
Idade limite:
- 1a dose: até 3m15 dias
- 2a dose: até 7m29d
Contraindicações
- Imunodeprimidos
- Mal formação intestinal não corrigida
- Invaginação prévia
** Não dar em ambiente hospitalar pois pode ser eliminada nas fezes
Vacina da Febre Amarela
- Indicação
- Contraindicações específicas (4)
Indicação: dos 9 meses aos 59 anos em todos os estados.
Contraindicações:
1. Anafilaxia a ovo
2. < 6 meses
3. Gestantes (exceto em contexto de surto)
4. HIV se CD4 < 200
** Mulheres amamentando crianças com < 6 meses: suspender o aleitamento por 10 dias.
Hanseníase
Quadro cutâneo
Acometimento neurológico
BAAR
Mitsuda
—> Como está cada um desses na forma indeterminada / tuberculoide / dimorfa / Virchowiana
A reação intradérmica de Mitsuda equivale ao PPD da TBC. Ou seja, não faz diagnóstico — apenas avalia a presença de imunidade celular contra o M. Leprae. Por isso é positiva no polo tuberculoide!
Já o BAAR indica quantos MO eu tenho naquela região. Ele vai ser positivo na Virchowiana porque essas pessoas não tem imunidade celular contra o bacilo (que é o que “mata”ele), ou seja, terei muitos MO para serem encontrados ao BAAR.
Ertapenem
- Pode ser usado para Pseudomonas? E para ESBL?
Para Pseudomonas NÃO! Os outros cabapenemicos podem.
Mas para ESBL SIM!
Insuficiência Venosa Crônica
- Classificação quanto a clínica
Dica para memorizar:
- Decore o C3 (veias varicosas + edema) e vai tirando. C2 é só veia, C1 só telangiectasia, C0 é nada.
- Decore o C6 (úlcera ativa) - antes da ativa vem a cicatrizada (C5), antes a lipodermatoesclerose (C4B) e antes a hiperpigmentação ou eczema (C4A)
Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) - seguimento USG
Dilatação:
< 3: repetir a cada 5 anos
< 3,5: repetir a cada 3 anos
< 4,5: repetir a cada 12 meses
< 5,5: repetir a cada 6 meses
≥ 5,5: cirurgia eletiva
Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA)
- Indicações de cirugia eletiva (5)
- Diâmetro transverso ≥ 5,5
- Crescimento considerável (> 0,5 cm em 6 meses ou > 1cm em 1 ano)
- Aneurisma sintomático
- Presença de complicações: infecção, embolização periferica
- Aneurisma secular
Fístula peri-anal
Regra de Goodsall-Salmon
Orifício externo anterior: trajeto retilíneo e entra na cripta mais próxima
Orifício externo posterior: trajeto curvilíneo e entra na linha média posterior
— Fístulas longas (> 3-5 cm) sempre é curvilíneo (e entra na linha média posterior)
Doença de Hirschsprung
“RN com Sd de Down e atraso na eliminação de mecônio”
— É a causa mais frequente de obstrução intestinal baixa em neonatos
- Ocorre por ausência de células ganglionares no cólon
- Investigar com enema contrastado (dilatação da porção não acometida, ou seja, com invervação preservada) + manometria retal (ausência do reflexo inibitório anorretal)
- Confirma: bx retal
Crises Febril Simples - defina (3)
Crises tônico clônicas generalizadas
Duram até 15 minutos
Não recorrem em 24h
Hemorragia pós parto — conduta
Mnemônico: “MORREU”
Massagem uterina + Manobra de Hamilton
Ocitocina EV + Ácido tranexamico (a qualquer momento)
- Outros uterotônicos: Ergotamina IM (CI se HÁS) / Misoprostol retal
Ráfia de B-Lynch
Ráfia vascular (artérias uterinas ou hipogástricas)
Embolização
Último caso: histerectomia
Doença Trofoblástica Gestacional
Mola Completa x Parcial
- Material genético?
- Risco de malignização?
- CI absoluta ao..
- CD: acompanhamento
Mola completa:
- Material genético: 46XX
- Risco de 20%
Mola parcial
- Material genético: 69XXY
- Risco de 5%
MOLA É CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA AO USO DE MISOPROSTOL (pode dar embolia pulmonar)
Conduta:
- Esvaziamento uterino com vácuo-aspiração + biópsia (Se > 40 anos com prole definida: histerectomia)
Acompanhamento: beta-HCG seriado
- Semanal até 3 negativos — mensal — 6 meses negativo — cura
Doença Trofoblástica Gestacional
- Critérios de malignização (4)
- 2 semanas em ascensão (3 dias - 1, 7 e 14)
- 3 semanas em platô (4 dias: 1, 7, 14 e 21)
- beta-HCG positivo por 6 meses
- Metástases (principal pulmonar — doença estágio 3)
Doença Inflamatória Pélvica
MONIF - conduta
MONIF 1 (DIP não complicada) — ambulatorial
- Critérios de internação em MONIF 1: emergências cirúrgicas / GRAVIDEZ / ausência de melhora após 72h / NÁUSEAS, VÔMITOS OU FEBRE > 39 / HIV positivo ou IS / Intolerância ou baixa adesão ao TTO
MONIF > 1 — hospitalar
- MONIF 2: peritonite
- MONIF 3: oclusão tubária ou ATO integro
- MONIF 4: ATO > 10cm ou roto, com secreção purulenta na cavidade
Doença Inflamatória Pélvica
- Drogas no TTO ambulatorial x internação
- Tempo de TTO
AMBULATORIAL: por 14 dias
- Ceftriaxona IM 500mg
- Metronidazol 400-500mg 12 em 12h VO
- Doxiciclina 100mg 12 em 12h VO
INTERNAÇÃO:
- Ceftriaxona 1g EV
- Metronidazol 400mg EV 12/12h
- Doxiciclina 100mg 12 em 12h VO
— Suspender uso parenteral após 24h sem sintomas, passando para via oral.
Opção: Clinda + Genta
Antídotos
- Paracetamol
- Benzodiazepínicos
- Opioides
- Metanol
- ADT
- Betabloqueadores
- CUMARÍNICOS
- N-Acetilcisteína
- Flumazenil
- Naloxona
- Etanol
- Bicarbonato de sódio
- GLUCAGON
- Vitamina K
CRITÉRIOS DE CAUSALIDADE DE HILL (9)
- SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA (TEMPORALIDADE): mais importante! O FR deve vir antes do desfecho.
- Força de associação (incidência maior nos expostos) — medida pelo RR (melhor estudo: Coorte)
- Relação dose resposta ou gradiente biológico (quanto mais aumenta a dose, pior)
- Consistência da associação (diferentes estudos falam a mesma coisa)
- Plausibilidade da associação
- Analogia com outras situações
- Especificidade da associação: se eu tirar o FR, o desfecho some.
- Coerência
- Evidencia experimental
AVE hemorrágico — hemorragia subaracnoide
1. Causa e artéria
2. Tríade
3. Diagnóstico
4. Complicações
5. Tratamento (neuroproteção e meta da PA)
- Ruptura de aneurisma sacular no Polígono de Wills
- Principal artéria: comunicante anterior
- Se houver par craniano acometido: comunicante posterior - Cefaleia pior da vida + redução do nivel de consciência + rigidez de nuca (tardio)
- TC sem contraste.
- Se normal: pedir LCR (xantelasma)
- Após confirmar com TC: angiografia / angioTC - Ressangramento (1-7 dias) / Vasoespasmo (3-14d) / Hidrocefalia / Hiponatremia
- Intervenção precoce (até 3o dia ou > 14 dias)
- Nimodipina 60mg de 4 em 4h por 14-21 dias
- PAS < 160
Crise Febril
- Fatores de risco para recorrência (4)
- < 1 ano
- < 24h de febre
3, Crise com febre baixa - História familiar de crise febril
Crise Febril
- Fatores de risco para Epilepsia (3)
- HF de epilepsia
- Crises atípicas (complexas)
- Alteração neurológica
Miastenia Gravis
- Conceito matador:
- Anticorpos (2)
- Pensar se (2)
- Relação com o movimento
- Tratamento
- TTO crise miastênica
É um distúrbio da placa motora PÓS SINÁPTICA
- Mulher jovem com fraqueza + fadiga + alterações visuais
- Anti acetilcolina (Anti-MUSK e Anti-AChR)
- Forma ocular (paralisia músculos extrínsecos — diplopia) + timoma
- Piora com o movimento
- Anticolinesterásicos / Timectomia
- Imunoglobulina ou Plasmaférese
Esclerose Múltipla
- Conceito chave
- Fisiopatologia
- Clínica (2 sinais importantes!)
- Diagnóstico
- Diagnóstico diferencial
“Mulher jovem com quadro neurológico em surto remissão”
- Doença desmielinizante do SNC (NMS)
- Clínica: NEURITE ÓPTICA + sintomas sensitivos + sindrome do NMS
—> Sinais de Lhemitte (choque) e Urhtoff (piora com calor) - Diagnóstico: RM
- DDX: Neuromielite óptica (neurite óptica + mielite transversa) — anticorpo anti-aquaporina 4
Ciclo Menstrual
- GnRH liberação
Primeira fase: alta frequência e baixa amplitude: estimulo para aumentar o FSH
Segunda fase: baixa frequência e alta amplitude: estimulo para aumentar o LH
Ciclo menstrual - ovulação
- Ocorre (X) horas após inicio do aumento do LH e (Y) horas após seu pico máximo.
32-36h após inicio do aumento
10-12h após pico máximo
Fistulas vaginais
- Vesicovaginal x ureterovaginal
— Como diferenciar pela clínica?
— E pelo algodão?
VESICOVAGINAL
- Perda contínua de urina e duradoura
- CORA O ALGODÃO
URETEROVAGINAL
- Perda contínua de urina com micção preservada!!!
- NÃO CORA O ALGODÃO
Componentes do diafragma pélvico
- Músculo levantador do ânus (ileococcígea + Pubococcígea + Puborretal)
- Músculo isquiococcigeo
— Obs: no tratamento da incontinência de esforço é indicado exercícios perineais (Kegek) que executam o PUBO-COCCÍGEO
Profilaxia TEV Pós operatória
- 3 cirurgias nas quais é recomendado manter profilaxia no pós operatório / por quanto tempo?
- Artoplastia total de joelho (maior risco)
- Artoplastia total de quadril
- Grandes cirurgias oncológicas abdominais ou pélvicas
— Estender a profilaxia por 4-6 semanas
IBS ideal numa Anestesia Geral
IBS: escala usada para monitorar a profundidade da anestesia
Ideal: entre 40 a 60
— ≥ 60 (sedação): chance de despertar
Índice de risco cardíaco revisado (IRCR) — Índice de Lee
- Parâmetros (6)
- Quando pode liberar cirugia?
- Coronariopatia
- Insuficiência cardíaca
- DRC com Cr > 2
- DM insulinodependente
- Doença cerebrovascular (AVC ou AIT)
- Grande cirurgia (torácica, abdominal ou vascular)
— Se < 2 fatores: liberar cirurgia
— Se ≥ 2 fatores: avaliar capacidade funcional (METS)
Testes para:
- Sindrome do manguito rotador
- Síndrome do Túnel do Carpo
- Tendinite de De Quervain
- Teste de impacto de Neer
- Manobras de Tinel e Phanel
- Manobra de Finkelstein
Alterações organismo materno — respiratórias (4)
- DHE?
- Hiperventilação sem aumentar a FR
- Volume corrente aumenta (relação ventilação/minuto)
- Volume residual diminui
- Aumento do tempo expiratório
- Na gestante existe uma sensação de “dispneia fisiológica” justamente porque ela hiperventila. A hiperventilação leva a um aumento do volume corrente (entra mais ar), mas o volume residual diminui (o útero está comprimindo o diafragma).
- Pela hiperventilação, mais CO2 é eliminado (diminui PaO2) e gera uma alcalose respiratória. Para compensar, o rim aumenta a excreção de bicarbonato — DHE: ALCALOSE RESPIRATÓRIA COMPENSADA.
- Para proteger a criança de uma acidose, o tempo expiratório aumenta.
Modificações do organismo materno
- Hemodinâmicas
O DC aumenta em cerca de (X) e atinge seu máximo com (X)
Fc (X)
PA (X) — principalmente a (PA__)
Aumento do DC em 40-50%, máximo em torno de 24 semanas (2o trimestre). Isso ocorre pela diminuição da RVP (a placenta é uma fistula)
Fc aumenta em 10-15bpm
PA diminui, principalmente a PAD (10 a 15mmHg), principalmente no 2o trimestre.
Pré Natal
- DPP (Regra de Nagele)
+ 7 no dia / + 9 no mês (ou -3)
Pré Natal
- IG (Regra de McDonald)
IG = Fundo uterino x 8 / 7
Pré Natal
- Ganho de peso esperado
Baixo peso (IMC < 18) — + 12,5 a 18kg
Peso adequado (IMC < 25) — + 11 a 16kg
Sobrepeso (IMC < 30) — + 7 a 11,5 kg
Obesidade (IMC ≥ 30) — + 5 a 9kg
Pré Natal — Ultrassonografia
- Primeiro trimestre e segundo trimestre
— Qual é melhor se tiver que escolher um?
— Com qual IG realizar?
USG de 1o trimestre (11-14 semanas)
- Avalia IG
- Avalia TN / osso nasal / ducto venoso
——- Obs: TN normal é < 2,5 (< p95): varia com IG e CCN
USG de 2o trimestre (20-24 semanas)
- “Morfológico”
- Se tiver que escolher um, escolher esse.
Segundo o MS se disponível o USG deve ser feito, mas NÃO REDUZ MORTALIDADE.
Avaliação Inicial da Gravidez
— Sinais de certeza (3)
— Ausculta BCF, qual período e método?
- Sinal de Puzos (rechaço fetal): após 14 semanas
- Movimentação fetal (percebida pelo médico): após 18-20 semanas (útero na cicatriz umbilical)
- Ausculta
— Sonar: 10/12 semanas
— Pinard (copinho): 18/20 semanas (aparece junto com a movimentação fetal)
Dissecção de Aorta
- Classificação de Stanford e DeBaker
Stanford - A: ascendente / B: amBas
DeBaker: 1: pega ela Inteira (I): ascendente + descendente / 2: apenas ascendente / 3: apenas descendente
IAM - critérios de reperfusão após trombolítico (4)
— Conduta?
- Redução do Supra ST ≥ 50%
- Melhora da dor
- Pico esperado dos marcadores de necrose deslocado precocemente
- Arritmias de reperfusão (RIVA)
—> Conduta:
- Preencheu critério: CAT em até 24h
- Não preencheu (deu errado): Angioplastia de resgate
Cardiologia — Parede Anterior
- Derivações no ECG
- Artéria culpada
V1-V4
Descendente anterior (DA)
Cardiologia — Parede Laterall
- Derivações no ECG
- Artéria culpada
V5 + V6 (parede lateral baixa)
D1 e aVL (parede lateral alta)
- Circunflexa (Cx)
Cardiologia — Parede Anterior Extensa
- Derivações no ECG
- Artéria culpada
V1-V6 + D1 + aVL
- Tronco da coronária esquerda (TCE) ou DA + Cx
—> Só lembrar: anterior extensa é lateral + anterior. Quem irriga a lateral é a Cx, quem irriga a anterior é a DA. Ou pegou as duas ou foi antes (no tronco que origina as duas)
Cardiologia — Parede Inferior
- Derivações no ECG
- Artéria culpada
- D2 + D3 + aVF
- Quem irriga a parede inferior é a descendente posterior, que pode vir da CD ou da Cx.
- Em 70% dos casos é a coronária direita. A CD também irriga o VD (lembrar de pedir V3R e V4R).
- Em 30% dos casos é Cx — irriga também a parede lateral.
IAM - Dupla antiagregação plaquetária
- Classes
AAS: inibidor da COX 1
Clopidogrel: inibidor receptor P2Y12 da ADP
Profilaxia secundária da Febre Reumática
- Para quem?
- Com o que?
- A cada quanto tempo?
DHE e AB
- Vômitos
- Diarreia
Vômitos: alcalose metabolica com hipocalemia
- Perde HCl - perde H - alcalose metabólica.
- Alcalose metabólica faz o rim pegar H+ pra ele, jogando fora K — hipocalemia
Diarreia: acidose metabólica com hiponatremia e hipocalemia
- Perde HCO3 nas fezes — acidose metabolica
- Hipovolemia leva a ativação do SRAA: hipocalemia, mas também estimula o ADH: hiponatremia
Leishmaniose visceral ou Calazar
- Agente/ vetor / reservatório
- Quadro clínico
- Laboratório
- Diagnóstico (parasitologico e sorológico e reação de Montenegro)
Cai todo ano na SCMBH!
- O agente é a Leishmania Chagasi (parasita intracelular obrigatório) pelo vetor Lutzomyia longipalis (mosquito-palha). Reservatório: cães.
- Quadro clínico: “febrão com um bação por um tempão”
— Tem baixa patogenicidade, a maioria não adoece! Quem adoece está com a imunidade CELULAR prejudicada (principal FR: desnutrição) - Laboratório:
— Invasão da relação albumina:globulina (hipergamaglobulinemia POLICLONAL. Explicação: a imunidade humoral tenta defender o organismo aumentando a produção de anticorpos (globulinas). Ao mesmo tempo, a albumina está baixa (pela desnutrição)
— Pancitopenia (parasita fica no macrófago e acompanha ele pelo sistema reticuloendotelial — inclusiva MO) - Diagnóstico:
PARASITOLÓGICO: Aspirado de MO (preferência) ou punção esplenica (maior sensibilidade, mas maior risco de sangramento). Vemos formas amastigotas dentro do macrófago. Se aspirado de MO negativo não exclui: pedir punção esplenica.
SOROLÓGICO: Imunofluorescencia ou ELISA rK39 (avalia grau de doença). Problema: não distingue entre infecção nova ou recidiva.
MONTENEGRO: busca imunidade celular. Ou seja, se positiva é sinal de bom prognostico!
Leishmaniose visceral ou Calazar
- Tratamento (indicações para AnfoB)
- Acompanhamento
Tratamento:
1a escolha: Glucantime (anticorpo pentavalente)
— EC: aumenta iQT (predispõe Torsades).
— Ambulatorial por 20-30 dias
2a escolha: Anfotericina B para casos graves (Gs e Is)
- Graves (desnutridos)
- Gestantes
- Imunossuprimidos
- Insuficiências
- IDADE < 1 ANO OU > 50 ANOS
- Intolerantes
Acompanhamento: é uma doença crônica - reavaliar com 3, 6 e 12 meses. Ou seja, demora 1 ano para dizer que está CURADO.
— Suspeita de recidiva: mielograma (rK39 não adianta!!!!)
— Tratar com a mesma droga inicial por maior período.
PBF - ordem dos parâmetros que se alteram na hipoxia (5)
- Cardiotocografia (BCF)
- Movimentos respiratórios
- Movimentos corporais
- Tônus fetal
- Líquido amniótico (é uma alteração CRÔNICA)
—> Os parâmetros que surgem primeiro são os mais resistentes a hipoxia, e os que surgem por último os mais sensíveis. O 1o parametro é o tônus (mais resistente) e o último o controle da Fc a partir do SNC (CTG).
Defina Oligodramnio e Polidrâmnio pelo:
- ILA
- Maior bolsão
Oligo:
- ILA < 5 cm ou
- Maior bolsão < 2 cm
— Cuidado com as pegadinhas em mm!!!
Poli:
- ILA > 24 cm
- Maior bolsão ≥ 8cm
Leucemia Mieloide Aguda
- Quadro Clínico com especificidades
Quadro clínico geral: anemia, leucopenia e plaquetopenia (pancitopenia)
Quadro clínico específico:
- Cloromas
- Subtipo M3 (Promielocítica Aguda): CIVD — melhor prognostico porque tem TTO (ATRA)
- Hiperplasia gengival (M4 e M5)
Leucemia Mieloide Aguda
- Diagnóstico (4)
≥ 20 % de blastos na MO
- Bastonetes de Auer
- CD 34-33-13-14
- Citogenética: t (8,21), t(15,17), inv (16)
Leucemia Mieloide Aguda
- Tratamento M3
- Complicação
QT / transplante
- Subtipo M3: ATRA
- Síndrome retinoide (é derivado da vitamina A): 10 dias após o TTO com sintomas respiratórios
Leucemia Linfoide Aguda (LLC)
- Quadro clínico geral
- Quadro clínico especifico
- Geral: pancitopenia na criança
- Específico: dor óssea / adenomegalia / pode esconder no SNC e testiculo
Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
- Diagnóstico (linfócitos B e D)
≥ 20% blastos na MO
- Linfócito B: CD 10, 19, 20, 22 (Bom de bola é camisa 10) -
- Linfócito T: CD 2, 3, 5, 7
Leucemia Mieloide Crônica
- Laboratório
“Infecção letal” — leucocitose granulocítica com desvio para esquerda
- Eosinofilia e BASOFILIA
- Fosfatase leucocitária BAIXA (diferente da infecção!)
Leucemia Mieloide Crônica
- Clínica
- Diagnóstico
- TTO
Clínica: anemia + esplenomegalia + síndrome da leucostase
Diagnóstico: cromossomo Philadelphia - t (9,22) — gene BRC-ABL
Tratamento: Imatinibe (inibidor da tirosina quinase)
— O gene BRC-ABL ativa a tirosina quinase, que hiperestimulado os granulócitos levando a “infecção letal”. Tratar todos.
Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento - indicações
Clínica:
- Adenomegalia + esplenomegalia + INFECÇÕES DE REPETIÇÃO por bactérias encapsuladas
Diagnóstico:
- ≥ 5.000 linfócitos B CD5, CD19, CD20, CD23 — não precisa ir na MO!!
Tratar apenas os sintomáticos (QT)
- RAI 3 (anemia) / RAI 4 (plaquetopenia) / BINET C (anemia ou plaquetopenia)
Neutropenia Febril
- Definição
- Tratamento (baixo x alto risco)
- Indicações para iniciar Vancomicina (4)
- Anti-fungico se?
< 500 neutrofilos + febre (pico isolado ≥ 38,3 ou ≥ 38 mantido por 1h)
TTO:
- Baixo risco (MASCC ≥ 21 pontos): domiciliar com Amoxicilina com Clavulanato + Cipro oral, após 1a dose no hospital e observação por no mínimo 4h.
- Alto risco:
Internar + ATB anti-Pseudomonas (CEFEPIME)
Se risco de MRSA/ infecção cateter/ MUCOSITE (S. Viridans) / infeccao de pele ou partes moles (S. Epidermis) — adicionar Vancomicina
Se mantiver febre por 4-7 dias: anti-fúngico
Linfonodomegalia - indicações de biopsia
- Clássicas (5)
- Na pediatria (5)
Clássicas:
1. ≥ 2cm sem sinais flogisticos
2. Supraclavicular ou escalenico
3. Persistência por > 4-6 semanas
4. Ausência de redução com mais de 2 semanas de ATB
5. Sintomas B (neoplasia?)
Na Ped:
1. Generalizada (em ≥ 2 cadeias)
2. > 1cm em RN sem sinais infecciosos
3. Febre por > 1 semana
4. Epitroclear > 0,5 cm
5. Inguinal > 1,5 cm
Linfoma de Hodgkin
- Achado na biópsia
- Clínica
- Comportamento
- Prurido?
- Classificação (4)
- Célula de RS (olhos de coruja) com pano de fundo reacional
- Febre de Pel-Ebsein (irregular) + dor após ingerir bebida alcoólica
- Centralizado (mediastino)
- Prurido intratável
- Esclerose Nodular > Celularidade mista (HIV>) > rico em linfócitos (melhor) > depleção linfocitária
Linfoma Não Hodgkin
- Clínica
- Localização
- Subtipos
- Mais comum ter sintomas B
- É periférico, dissemina por via hematogenica
- Linfoma agressivo (difuso de grandes células B) > Linfoma indolente (folicular) > Linfoma altamente agressivo (pré-T e Burkkit)
Linfomas - Estadiamento (4) Ann-Arbor e CD
Doença Localizada:
- Estágio 1: 1 cadeia ou estrutura linfoide
- Estágio 2: ≥ 2 cadeias do mesmo lado do diafragma
—> CD: QT + RT
Doença avançada:
- Estágio 3: ambos os lados do diafragma
- Estágio 4: extranodal (metástase)
—> CD: apenas QT
Linfoma - Sintomas B (3)
- Febre
- Sudorese noturna
- Perda ponderal > 10% em 6 meses