Mecanismo Do Parto Flashcards

1
Q

Em caso de distocia de ombros, qual a primeira manobra a ser realizada?

A

MANOBRA DE MCROBERTS

A conduta na distócia de ombros deve ser ativa, pois é uma emergência obstétrica; existe o risco de óbito do concepto caso não seja resolvida a tempo. A melhor conduta imediata é a realização da manobra de McRoberts, que consiste na hiperflexão e abdução das coxas sobre o abdome materno, a fim de aumentar o diâmetro anteroposterior da pelve e facilitar o desprendimento do ombro anterior do feto, que está impactado no púbis materno.

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2
Q

Qual a manobra que pode ser associada à manobra de McRoberts em caso de distocia de ombros?

A

Manobra de Rubin 1

Geralmente a manobra de McRoberts é associada à pressão supra-púbica (manobra de Rubin I). Essas manobras combinadas são capazes de resolver a grande maioria dos casos de distócia de ombros. Em caso de insucesso, procedemos às manobras de rotação interna e desprendimento do ombro posterior do feto.

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3
Q

(V OU F)?
Em caso de distocia de ombros, Não se deve aumentar a força de tração sobre a cabeça fetal pelo risco de lesão de plexo braquial e fraturas.

A

VERDADEIRO

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4
Q

RN nascido de parto vaginal, que apresentou distocia de espáduas, apresenta reflexo de Moro assimétrico no primeiro dia de vida, movimentação reduzida do braço esquerdo, que se encontra mantido em rotação interna, e antebraço estendido em pronação. Qual a principal hipótese diagnóstica?

A

Paralisia de Erb-Duchenne, devido à lesão do grupo superior de nervos principais do braço, especialmente as raízes C5 a C7.

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5
Q

Quais as indicações absolutas de cesariana ?

A
  • Desproporção cefalo pelvica absoluta
  • Plocento Prévia total
  • Herpes genital ativo
  • Apresentação córmuca e defletida 2’ grau
  • Cesárea clássica prévia (incisão corporal)
  • Condiloma (se obstrur canal)
  • VASA PRÉVIA

OBS: Cesárea a pedido (mãe não quer parto vagnal), pode só
> 39 semanas

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6
Q

(V ou F)?

A infecção materna pelo HIV permite a via de parto obstétrica em gestantes que apresentem carga viral com 34 semanas indetectável, ou pelo menos inferior a 1.000 cópicas/mL, em uso regular da terapia proposta. A prematuridade e ruptura prematura de membranas ovulares não constituem indicação de cesariana.

A

VERDADEIRO

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7
Q

Quais os principais fatores de risco para distócia de ombros?

A

Macrossomia fetal

Diabetes gestacional

Obesidade materna

Antecedentes de distocia de ombros

Termo tardio

Indução do parto

Trabalho de parto prolongado

Uso de ocitocina

Parto vaginal assistido (fórcipe)

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8
Q

Descreva o Movimento de Restituição presente no mecanismo do parto.

A

É a rotação externa depois do desprendimento do polo cefálico em que o RN roda para o mesmo lado em que ele estava insinuado.

O bebê insinua (atravessa o estreito superior da pelve e entra na pelve). Depois que insinua, ele começa a descer pela pelve num movimento de rotação interna - ele vai rodando para a posição occipito-pubica para descer na pelve. Depois que ocorre o desprendimento do polo cefalico, o bebê deflete e faz movimento de rotação externa para voltar a posição que ele insinuou na pelve (mais comum é insinuar na variedade d exposição esquerda anterior - occipital pro lado esquerdo da mãe).

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9
Q

Quais as 04 principais causas de hemorragia puerperal?

A

1: Atonia uterina (responsável por 80% dos casos)

2: Lacerações do trajeto

3: Retenção placentária

4: Coagulopatias

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10
Q

Quando ocorre a passagem do maior diâmetro fetal da apresentação pelo estreito superior da bacia, damos o nome de:

A

INSINUAÇÃO

O diâmetro bioarietal (quando bebe cefálico) passa pelo estreito superior (conjugata obstétrica), chama de insinuação. Na prática, no exame físico, você sabe que o bebê insinuou quando o topo da cabeça do bebê chega no estreito médio (que é as espinhas isquiaticas, o plano zero de De Lee).

A insinuação ou encaixamento é a passagem, pelo estreito superior, do maior plano perpendicular à linha da orientação. Nas apresentações cefálicas, corresponde à passagem do diâmetro biparietal e nas apresentações pélvicas, pela passagem do diâmetro bitrocanteriano pelo plano que passa ao nível das espinhas isquiáticas (plano O de De Lee). Aproveitando a questão para relembrar os tempos do mecanismo de parto, nas apresentações cefálicas, o feto realiza um movimento de flexão, a fim de diminuir ao máximo os diâmetros do polo cefálico para que se complete a insinuação. Logo após, inicia-se a descida, em que o polo cefálico roda em um movimento espiral, chamado de rotação interna. Em seguida, há o desprendimento do polo cefálico fetal, com deflexão (ou extensão) da cabeça. Por fim, ocorre a rotação externa, em que a apresentação roda para o lado em que estava no momento da insinuação (restituição).

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11
Q

O conhecimento da anatomia pélvica é fundamental na compreensão da fisiologia obstétrica e nas abordagens ginecológicas, diminuindo o risco de danos a vísceras e a estruturas nervosas e vasculares. Sobre a anatomia pélvica feminina, analise as afirmativas a seguir:

( ) A espinha isquiática é o ponto de referência importante para o bloquelo anestésico do nervo pudendo quando a solução anestésica é injetada medial e posteriormente a ela

( ) O formato ginecoide da pelve corresponde a cerca de 40% das pelves femininas e caracteriza-se pelo diâmetro anteroposterior maior em relação ao diametro transverso

A

V

F

As espinhas isquiaticas são importantes pontos de referência e representam o plano “O° de DeLe. Delas emergem os nervos pudendos que podem ser anestesiados pelo bloqueio do pudendo.

A bacia ginecoide corresponde, aproximadamente, a 50% das bacias femininas. Seu maior diâmetro é o transverso.

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12
Q

Descreva a manobra de versão cefálica externa.

A

A versão cefálica externa consiste em uma manobra na qual o feto sofre rotação da apresentação pélvica para cefálica por manipulação do abdome materno.

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13
Q

Quais as possíveis complicações da manobra de versão cefálica externa?

A

Seus eventos adversos mais comuns são:
1°) Desaceleração ou bradicardia;
2°) Sangramento;
3º) RPMO.

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14
Q

Qual Fenômeno plástico no polo cefálico NÃO é observado durante o mecanismo de parto normal?

A) Bossa serossanguinea

B) Cavalgamento ósseo

C) Cefalohematoma

D) Transudação entre a derme e o periósteo dos ossos do crâneo fetal

A

C)

Essa questão deseja saber qual alternativa é incorreta em relação ao fenômeno plástico observado no polo cefálico, durante o mecanismo de parto normal. Vamos a elas:
Letra A correta A bossa serossanguínea, também conhecida como caput succedaneum, é o acúmulo de líquido serosanguinolento na região subcutânea do couro cabeludo. Ela ocorre espontaneamente, por conta da pressão exercida pelo útero e canal de parto na cabeça do bebê.
Letra B: correta, O cavalgamento ósseo ocorre como forma de adaptação do polo cefálico ao canal do parto.
Letra C: incorreta. Cefalohematoma decorre de hemorragia sob o periósteo de algum dos ossos do crânio. Geralmente, as hemorragias são unilaterais e bem delimitadas, respeitando as linhas das suturas cranianas. O cefalohematoma não costuma ocorrer de maneira espontânea e pode surgir devido ao uso de fórceps durante o trabalho de parto ou pela assistência necessária ao parto com feto em apresentação pélvica. É uma condição com bom prognóstico, já que normalmente regride espontaneamente no período de 4 a 6 semanas, sem necessidade de intervenção médica, como punção do local.
Letra D. correta. Essa definição corresponde à bossa serossanguínea.

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15
Q

Gestante G2P0A1 com idade gestacional de 41 semanas, hígida, interna por pós datismo para avaliar via de parto. Ao exame: BEG, AU 38 cm, dinâmica uterina ausente, feto com boa vitalidade
fetal,
TV com colo amolecido de posição
intermediária e 70% esvaecido, com 3 cm de dilatação, apresentação cefálica em -1 de DeLee.
Sobre este caso, é correto afirmar:

A) Necessário preparo de colo uterino com misoprostol

B) Ocitocina pode ser utilizada na dose de 1 a 8 mU/min para indução do trabalho de parto

C) Índice de Bishop de 6, portanto indicado condução com amniotomia

D) Uso de
Sonda de Foley para
amadurecimento cervical não deve ser utilizada por ser considerado violência
obstétrica

E) Indicado parto cesárea por suspeita de DCP

A

Estamos diante de gestante internada para avaliação de indução do parto por pós-datismo, uma vez que aparentemente não possui contraindicações para a
via vaginal, ou ainda indicações de interrupção
imediata por cesariana. Nesse sentido, antes do início da indução, a avaliação do colo uterino é um bom preditor do sucesso desse procedimento, o que é possível através do índice de BISHOP, utilizando variáveis específicas associadas a pontuações para
cada achado:

  • Dilatação: colo fechado O pts; 1 a 2 cm, 1 pt; 3 a 4 cm, 2 pts; a partir de 5 cm, 3 pts;
  • Apagamento: até 30%, 0 pts; entre 40 a 50%, 1 pt; 60 a 70%, 2 pts; a partir de 80%, 3 pts;
  • Altura da apresentação: -3, 0 pts; -2, 1 pt ; -1 a 0, 2 pts; a partir de 1, 3 pts;
  • Consistência: firme, O pts; média, 1 pt, mole, 2 pts;
  • Posição: posterior, O pts ; média, 1 pt ; anterior, 2 pts.

A paciente, então, possui índice BISHOP compatível com 9 pontos. Nesse contexto, considera-se como
colo maduro e favorável à indução com ocitócitos
quando esse índice for maior ou igual a 9 pontos.
Desse modo, pode ser iniciada infusão de ocitocina, com doses variando de acordo com cada protocolo,
podendo ser de 1 a 8 mU/min, não sendo necessário
preparo de colo com misoprostol. Cabe comentar
que o uso de sonda de Folley não é considerada violência obstétrica, sendo método utilizado para pacientes com colo desfavorável pelo BISHOP e
antecedente de cesariana, que é contraindicação ao
uso de misoprostol.

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16
Q

A insinuação é a passagem da maior circunferência da apresentação fetal
através do estreito superior da bacia.

A

VERDADEIRO

Cuidado com uma coisa. O conceito é O MAIOR DIÂMETRO PASSANDO PELO ESTREITO SUPERIOR. PORÉM, NA PRÁTICA, VOCÊ SABE QUE O MAIOR DIÂMETRO (O DIÂMETRO BIPARIETAL) TÁ PASSANDO PELO ESTREITO SUPERIOR A PARTIR DO MOMENTO EM QUE O VÉRTICE DA APRESENTAÇÃO (TOPO DA APRESENTAÇÃO) TÁ PASSANDO PELO ESTREITO MÉDIO.

Entao o diagnóstico é no estreito médio (através do exame fisico) e o conceito é no estreito superior.
O estreio médio é o plano das espinhas isquiaticas (plano zero de lee).

17
Q

Na apresentação fetal de vértice com a cabeça fetal fletida, o maior diâmetro é o subocipitofrontal.

A

FALSO

O maior diâmetro do polo cefálico
é o occipitomentoniano, medindo 13,5 cm.

18
Q

O estreito superior da bacia vai do promontório até a borda superior da sínfise púbica.

A

VERDADEIRO

19
Q

A DISTOCIA DO TRAJETO SE DEVE A:

A) À presença de anormalidades ósseas ou de partes moles, o que gera um estreitamento do canal de parto e dificulta ou até impede a evolução normal do trabalho de parto e a passagem do feto.

B) A anormalidades no formato, no tamanho ou nas angulações da pelve, o que torna difícil ou até impede o parto por via vaginal.

C) À hiperatividade sem obstrução, onde a hiperatividade é intrínseca, levando a um parto rápido, ao que se conceitua um parto em 3 horas ou menos - desde o início do trabalho de parto até a expulsão do produto conceptual e da placenta e suas membranas.

A

A)

Muitas alterações do canal do parto podem dificultar
a evolução do mesmo. São as distocias do trajeto, que podem ocorrer no arcabouço ósseo da pelve
(distocia do trajeto duro - vícios pélvicos) ou nas
partes moles (distocia do trajeto mole). O trajeto duro compreende os ossos ilíacos, sacro e cóccix
com suas articulações. A pelve viciada apresenta
acentuada redução de um ou mais de seus
diâmetros, ou modificação apreciável de forma, mas não em suas angulações. Já o trajeto mole
compreende o segmento inferior do útero, colo
uterino, vagina e a região vulvoperineal. Podem haver rigidez, distopias,
edema,
septos, cistos

OU
tumorações que dificultam a passagem do feto através dessas porções do canal do parto.

O parto
rápido ou precipitado é o que ocorre em até 4 horas e
não é um tipo de distócia de trajeto. Os elementos da
contração uterina acima do normal caracterizam uma distócia por hiperatividade uterina e não uma
distócia de trajeto.

20
Q

A insinuação, nas apresentações cefálicas fletidas, é a passagem do diâmetro biparietal pelo estreito superior da bacia.

A

VERDADEIRO!!!!

A insinuação consiste na passagem do diâmetro biparletal, que é o maior diâmetro transverso da apresentação cefálica, pelo estreito superior da pelve materna.

Conforme visto acima, insinuação é passagem do diâmetro biparietal, pelo estreito superior da pelve materna. Na prática, o examinador faz o diagnóstico da insinuação fetal quando, a partir do toque vaginal, percebe que o
vértice da apresentação alcança o estreito médio da bacia, na altura das espinhas isquiáticas.

Para a insinuação fetal, o diâmetro biparietal encontra-se no estreito superior da bacia materna, enquanto que o vértice da apresentação está ao nível do estreito médio, na altura das espinhas isquiáticas. Assim, o biparietal, na insinuação, não está no nível das espinhas isquiáticas.

21
Q

A vantagem da flexão cefálica durante a insinuação é que você reduz o diâmetro de Occipito-frontal para Suboccipto-bregmatica, que é um diâmetro menor. Isso facilita a insinuação.

A

VERDADEIRO

22
Q

Conhecer o mecanismo de trabalho de parto é muito importante para conduzir o parto de forma adequada e poder diagnosticar alterações a tempo e evitar resoluções desfavoráveis. Esse mecanismo pode ser dividido em movimentos que representam a passagem do feto pelo canal de parto. Para um feto em apresentação cefálica fletida, qual alternativa apresenta a sequência correta desses movimentos durante o trabalho de parto?

A) Insinuação (encaixamento), flexão, descida, rotação, desprendimento do polo cefálico e desprendimento das espáduas.

B) Insinuação (encaixamento), flexão, descida, rotação interna, desprendimento do polo cefálico, rotação externa e desprendimento das espáduas.

A

B)

Questão sobre os tempos envolvidos no mecanismo de parto. Os tempos do mecanismo de parto são divididos em tempo principal e tempo acessório. Os tempos principais incluem insinuação, descida, desprendimento e restituição (rotação externa). Já os tempos acessórios são constituídos por flexão, rotação interna, deflexão e desprendimento dos ambros. A insinuação consiste na passagem do diâmetro biparietal, que é o maior diâmetro transverso da apresentação cefálica, pela estreito superior. Para acomodar-se ao estreito superior da bacia, a cabeça executa o movimento de flexão, no sentido de reduzir o diâmetro da apresentação, Durante a descida, a cabeça fetal realiza a rotação interna, com o objetivo de afastar a cabeça fetal do eixo transverso. Durante a expulsão, o desprendimento do polo cefálico é acompanhado da deflexão. Após a saída da cabeça, ocorre o movimento de rotação externa ou restituição, seguido do desprendimento dos ombros.

23
Q

Visando detectar possível dificuldade durante o acompanhamento do trabalho de parto de uma primigesta a termo, um médico residente do plantão optou por avaliar os estreitos da bacia com toque vaginal. Assim, em seu toque, mensurou o estreito superior. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta a medida por meio da qual a mensuração foi realizada.

A) Da conjugada anatômica, com inferência posterior da conjugada obstétrica

B) Da conjugada diagonal, com posterior aplicação da relação de Smellie.

A

B)

A avaliação do estreito superior realizada pela pelvimetria clínica pode ser obtida com a mensuração da conjugata diagonalis. definida pela linha que une o promontório e a borda inferior do osso púbico. A conjugata obstétrica não pode ser medida diretamente e, em geral, o seu diâmetro é 1,5 cm menor do que a conjugata diagonalis, que mede em torno de 12 cm. Ista é chamado de relação de Smellie e a resposta está na letra E. A conjugata anatômica também não pode ser medida diretamente e vai da borda superior da sínfise púbica até o promontório, enquanto a conjugata exitus está no estreito inferior.

24
Q

EXPLIQUE A DIFERENÇA ENTRE SITUAÇÃO FETAL, POSIÇÃO FETAL, APRESENTAÇÃO FETAL E VARIEDADE DE POSIÇÃO FETAL.

A

A variedade de posição compreende a relação entre o ponto de referência da apresentação fetal e o ponto de referência da pelve materna. Consiste basicamente em descrever o posicionamento do feto dentro da bacia da gestante. A primeira letra refere-se ao feto e as demais ao ponto de referência materno. Assim, a variedade de posição OET significa que a apresentação é cefálica fletida, com o “O” referindo-se ao occipital, cujo ponto de referência é o lambda, e este está em correspondência com o estreito superior da bacia à esquerda, de forma transversa.
A apresentação fetal é a região do feto que se relaciona com o estreito superior da bacia, onde se insinua; a posição corresponde à relação entre o dorso fetal e o lado do abdome materno; e a situação é a relação entre os eixos longitudinais do feto e do útero, sendo possível longitudinal, transversa ou oblíqua.

25
Q

Gestante com 36 semanas de gestação, com curso e desenvolvimento fetal dentro da normalidade, solicita realização de cesariana de forma eletiva com 37 semanas. É correto afirmar:

A) Aguardar as 37 semanas de gestação para realizar a cesariana sem indicação médica, respeitando o direito à autonomia, mesmo que o médico não concorde com o procedimento.

B) Aguardar completar 39 semanas de gestação para realizar a cesariana sem indicação médica, caso o médico assistente concorde com o procedimento.

C) Não realizar a cesariana sem indicação médica devidos aos riscos inerentes à cirurgia. Deve-se orientar que a paciente aguarde o trabalho de parto até 40 semanas.

A

B)

Questão bastante direta, Segundo a resolução do Conselho Federal de Medicina, de 22 de outubro de 2020:
Art. 1° É direito da gestante, nas situações eletivas, optar pela realização de cesariana, garantida por sua autonomia, desde que tenha recebido todas as informações de forma pormenorizada sobre o parto vaginal e o cesariano, seus respectivos benefícios e riscos.
Parágrafo único. A decisão deve ser registrada em termo de consentimento livre e esclarecido, elaborado em linguagem de fácil compreensão, respeitando as características socioculturais da gestante.
Art. 2° Para garantir a segurança do feto, a cesariana a pedido da gestante, nas situações de risco habitual, somente poderá ser realizada a partir de 39 semanas completas de gestação (273 dias), devendo haver o registro em prontuário.
Art. 3° É ético o médico realizar a cesariana a pedido e, se houver discordância entre a decisão médica e a vontade da gestante, o médico poderá alegar o seu direito de autonomia profissional e, nesses casos, encaminhar a gestante a outro profissional”.

A conduta do médico deverá ser, portanto, aguardar 39 semanas de gestação completas para realizar a cesariana indicação médica, caso concorde com o procedimento.

26
Q

Durante o trabalho de parto, as linhas de orientação são importantes para delimitar melhor o posicionamento fetal, em relação ao diâmetro materno de insinuação. Nas apresentações defletidas de bregma, fronte e face, têm-se como linhas de orientação, respectivamente:

A

SUTURA SAGITOMETOPICA;
LINHA METOPICA;
LINHA FACIAL;

Questão sobre estática fetal. Vamos aproveitar a questão para fazer uma revisão:
Na apresentação cefálica fletida, a linha de orientação é a sutura sagital e o ponto de referência é o lambda.
Na apresentação cefálica defletida de primeiro grau, a linha de orientação é a sutura sagitometópica e o ponto de referência é o bregma.
Na apresentação cefálica defletida de segundo grau, ou apresentação de fronte, a linha de orientação é a linha metópica e o ponto de referência é a glabela ou raiz do nariz.
Já na apresentação de face, ou cefálica defletida de terceiro grau, a linha de orientação é a linha facial e o ponto de referência é o mento.

27
Q

Uma gestante em trabalho de parto espontâneo se encontra com dilatação cervical de 6cm, feto em apresentação cefálica e dinâmica uterina de 6 contrações em um intervalo de 10 minutos. Qual dos termos a seguir adequadamente descreve essa situação?

A) Contratilidade normal

B) Hipersistolia

C) Taquissistolia

A

C)

Contratilidade normal é aquela no qual há 5 ou menos contrações em 10 minutos.

Taquissistolia ocorre quando a frequência das contrações é superior a cinco contrações em 10 minutos.
Como 6 é superior a 5, estamos diante de taquissistolia.

28
Q

Esta manobra realizada durante o parto pélvico corresponde a manobra de:

A

BRACHT

Questão simples e conceitual
Trata-se de uma imagem clássica da Manobra de Bracht utilizada para liberação do ombro ou da cabeça derradeira no parto pélvico.
O examinador “prende” os polegares nas coxas do bebê, segurando as costas do bebe com o resto dos dedos e o dorso do bebê é orientado em direção ao ventre materna para que a cabeca do bebê consiga sair.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A
Vale lembrar que Piper é fórcipe utilizado na cabeça derradeira do parto pélvico. A manobra de Rojas é feita para liberar os ombros no parto pélvico. A manobra de Mauriceau é feita colocando a mão na boca do bebê e flexionando para liberar a cabeça.

29
Q

No mecanismo de parto em apresentação cefálica, analise:

Insinuação: a passagem do diâmetro biparietal pelo estreito superior.

A

VERDADEIRO

A insinuação consiste na passagem do diâmetro biparietal, que é o maior diâmetro transverso da apresentação cefálica, pelo estreito superior.

30
Q

Quais as contraindicação para indução de parto vaginal?

A

São as seguintes as contraindicações para a indução do parto:
- Gestação múltipla;
- Desproporção cefalopélvica;
- Apresentação fetal anômala;
- Útero com histerotomia prévia (cesariana ou miomectomia);
- Placenta prévia ou vasa prévia;
- Obstrução do canal de parto;
- Macrossomia fetal;
- Sofrimento fetal;
- Infecção ativa pelo herpes genital
- Carcinoma cervical invasivo;
- Malformações uterinas;
- Sorologia para HIV positiva

Obs: CESÁREA PREVIAO NÃO CONTRAINDICA INDUÇÃO A PARTO VAGINAL. MAS NÃO PODE USAR MISOPROSTOL!!!! TEM QUE TER ESSE CUIDADO. CUCATRIZ UTERINA PRÉVIA CONTRAINDICA O USO DE MISOPROSTOL!

31
Q

Os tempos do parto incluem: insinuação (com flexão), descida (com rotação interna), desprendimento (com deflexão) e restituição (rotação externa).

A

VERDADEIRO