Matéria - 1ª Frequência Teórica Flashcards

1
Q

Mutualismo

A

relação facultativa, em que dois indivíduos de espécies diferentes são beneficiários

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2
Q

Simbiose

A

relação obrigatória, que beneficia ambos os indivíduos em questão (de espécies diferentes).

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3
Q

Comensalismo

A

relação em que um dos envolvidos beneficia, sendo que o outro não é prejudicado

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4
Q

Neutralismo

A

indivíduo revela-se indiferente perante um outro

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5
Q

Amensalismo

A

ambas as partes são prejudicadas com a relação; há uma tendência para este tipo de relações não existirem.

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6
Q

Parasitismo

A

é uma associação heterotípica negativa, temporária ou permanente, externa ou interna, entre uma espécie, o parasita, normalmente mais pequena, menos organizada ou de menor nível zoológico, e outra espécie, o hospedeiro, de maior tamanho e mais organizada.

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7
Q

Os parasitas podem ser:

A
Vírus
Bactérias (reinos Bacteria e Archaea)
Protozoários (reino Protozoa)
Reino Chromista (Chromalveolata)
Fungos (reino Fungi)
Plantas (reino Plantae)
Animais (reino Animalia)
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8
Q

Parasitas: segundo a sua natureza

A
  • zooparasitas – parasitas dos animais;

- fitoparasitas

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9
Q

Parasitas: segundo a sua localização

A
  • Ectoparasitas (externos - Ex: carraças, ixodídeos) - infestação
  • Endoparasitas (internos - Ex: lombrigas) - infeção
  • Erráticos (Não estão na sua localização habitual)
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10
Q

Parasitas: segundo o seu nº de hospedeiros

A
  • Homoxenos: 1 só hospedeiro; com ciclo evolutivo direto com fase externa (Ex: Ascaris
    lumbricoides - lombrigas)
  • Heteroxenos: mais do que 1 hospedeiro; com ciclo indireto (um hospedeiro definitivo e um outro intermediário) (Ex: Tenia solium)
  • Auto-heteroxenos: 1 só hospedeiro; com ciclo de vida nesse hospedeiro que serve como Hl e HD.
    (o parasita completa o seu desenvolvimento num só hospedeiro, mas para o ciclo de repetir têm de mudar de hospedeiro (principal forma de transmissão – através da alimentação))
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11
Q

Parasitas: segundo a sua especificidade

A
  • Monoxenos: 1 espécie hospedeira (Ex : Taenia saginata)
  • Oligoxenos: poucos hospedeiros (Ex: Trupanosoma evansi)
  • Polixenos: vários hospedeiros (Ex: Toxaplasma gondii)
  • Estoxenos (mais específico)
  • Eurixenos (menos específico)
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12
Q

Parasitas: segundo a sua exigência do parasitismo

A
  • Acidentais (Atual ocasionalmente) (hospedeiro pode ter imunidade afetada)
  • Facultativos/Oportunistas (Relacionado com condições que hospedeiro se encontra) (ex. ácaros),
  • Obrigatórios
  • Hemiparasitas (meios parasitas)
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13
Q

Parasitas: segundo o seu tempo de permanência

A
  • Temporários

- Estacionários

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14
Q

Parasitas: segundo as suas fases parasitárias

A
  • Periódicos (uma fase do ciclo no hospedeiro)

- Permanente (todas as fases do ciclo no hospedeiro)

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15
Q

Hospedeiro definitivo (H.D.):

A

aquele em que se encontra a forma adulta do parasita ou o seu estádio mais evoluído, geralmente o estádio que compreende reprodução sexuada.

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16
Q

Hospedeiro intermediário (H.I.)

A

o hospedeiro intermediário é vital no ciclo de vida do parasita, sendo que este desenvolve alguma ou todas as fases larvais ou juvenis no hospedeiro, com exceção da fase sexuada.

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17
Q

Hospedeiro paraténico (H.P.)

A

parasita tem acesso a este hospedeiro, contudo não se multiplica nem se desenvolve; p.e.: um roedor acumula parasitas e, caso este seja ingerido por um carnívoro, o mesmo ficaria exposto a uma elevada dose infetante – infeção do carnívoro é muito mais provável.

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18
Q

Vetores

A

Artrópodes hematófagos que transmitem agentes patogénicos entre hospedeiros. Podem ser biológicos ou mecânicos.

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19
Q

Diferença entre vetor biológico e vetor mecânico

A
  • Biológicos - Onde se desenvolve o parasita: pode ser HD, HI ou apenas um vetor
  • Mecânicos - Não há desenvolvimento do parasita
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20
Q

Ciclos biológicos:

A

Direto → não há um H.I.
Indireto → um ou mais H.I.

O ciclo biológico envolve a reprodução do parasita que pode ser assexuada ou sexuada.

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21
Q

Reprodução sexuada

A

engloba a gametogonia e a conjugação.

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22
Q

Reprodução assexuada

A

pode ser: cissiparidade; gemiparidade; partenogénese; esquizogonia (divisão múltipla); endogenia; esporogonia (esporulação).

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23
Q

Hiperparasita

A

parasita que infeta outra parasita; interesse biológico – alguns parasitas (p.e. fungos) podem ser usados para destruir outros parasitas

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24
Q

Pseudoparasita

A

semelhantes aos parasitas, mas não o são

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25
Q

Zoonose

A

doença causada por parasitas que se transmitem dos animais para os seres humanos e vice-versa

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26
Q

Transmissão horizontal

A

ocorre normalmente entre indivíduos da mesma geração, podendo também ocorrer de mãe para filho sendo que o processo de transmissão não ocorre no útero ou ovo

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27
Q

Transmissão vertical

A

ocorre de progenitores para as suas crias através do útero ou ovo.
Há ainda um tipo de transmissão efetuado pelo leite materno.

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28
Q

Vias de entrada dos parasitas no hospedeiro

A
Oral
Cutânea
Ocular
Via nasal
Genital
Placentária
Inoculativa (vetores)
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29
Q

Vias de saída das formas parasitárias

A
Intestinal
Urinária
Cutânea
Mamária
Ocular
Genital
Vetores
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30
Q

Os parasitas podem apresentar várias ações após invadirem o hospedeiro:

A
Ação espoliadora
Ação mecânica
Ação tóxica
Ação antigénica
Papel vetor
Ação favorecedora de infeções
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31
Q

Ação mecânica

A

parasitas podem causa obstrução, compressão, traumatismo e irritação

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32
Q

Ação antigénica

A

Estimulam o SI do hospedeiro através de antigénios somáticos ou antigénios metabólicos

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33
Q

Ação espoliadora

A

esta ação permite aos parasitas remover certas substâncias do corpo do hospedeiro, quer seja sangue (hematófagos), tecidos (histófagos) ou quimo intestinal (parasitas quimívoros) – sais minerais, vitaminas, glúcidos, entre outros.

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34
Q

Papel vetor

A

transporte de agentes patogénicos

35
Q

Ação favorecedora de infeções

A

_abcessos da parede intestinal e germinação de esporos de anaeróbios após migração de Fasciola hepaticano parênquima hepático

36
Q

A doença parasitária resulta de conflito entre:

A

o Ações patogênicas dos parasitas
o Reações do organismo (defesa)
o Mecanismos de Evasão

37
Q

Infeção Latente

A

combinação dos conflitos conduz a um estado de equilíbrio entre parasita e hospedeiro

Rutura → eliminação do parasita ou desenvolvimento da doença (PARASITOSE)

38
Q

Períodos clínicos =

A

período de incubação + período(s) de doença

39
Q

Períodos parasitológicos =

A

período pré-patente + período patente + período sub-patente

40
Q

Período de Incubação

A

desde infeção até sinais clínicos

→ Mais curto, menor valor do diagnostico

41
Q

Período Pré-Latente

A

desde infeção até aparecer formas infetáveis detetáveis / aparecimento de sinais clínicos

42
Q

Período Sub-patente

A

Desde a infeção até eliminação/deteção de formas parasitárias

43
Q

Família Entamoebidae

A

Reino Protozoa → Filo Amoebozoa → Classe Archamoeba → Ordem Amoebida → Família Entamoebidae

Género Indamoeba
Género Entamoeba
Género Endolimax

Trofozoíto com 1 núcleo

Estão presentes no trato digestivo e apresentam pseudópodes (estruturas de locomoção); surgem sob a forma de quistos

Estes protozoários têm um ciclo direto, sendo que apresentam uma fase exterior ao hospedeiro – trofozoítos. Estes trofozoítos podem iniciar uma nova infeção.

44
Q

Entamoeba hystolitica

A

Hospedeiros: humanos, outros primatas, caninos, felinos, roedores e suínos

Localização: Íleo e cólon, por vezes fígado, pulmão e raramente cérebro e baço

  • Forma QUISTOS
45
Q

Entamoeba gingivalis

A

não forma quistos e situa-se na cavidade bucal

46
Q

Família Acanthamoebidae

A

Reino Protozoa → Filo Amoebozoa → Classe Archamoeba → Ordem Amoebida → Família Acanthamoebidae → Género Acanthamoeba

Família de protozoários mais virulenta que a Entamoebidae, surgindo sob a forma de quistos ou trofozoítos.

Pode infetar os seres humanos através das vias: ocular, nasal, pele ulcerada, soluções de continuidade, entre outros. O seu aparecimento pode causar queratite (inflamação da córnea) no hospedeiro ou encefalite amebiana granulomatosa. Também pode provocar doenças isquémicas em indivíduos imunodeprimidos.

A espécie Balamuthia mandrillaris pode ser patogénica para indivíduos sem problemas no SI.

47
Q

Género Naegleria

A

Reino Protozoa → Filo Percolozoa → Classe Heterolobosea → Ordem Schizopyrenida → Família Vahlkampfidae → Género Naegleria

São protozoários microscópicos flagelados. Também recebe a designação de ameba.

48
Q

espécie Naegleria fowleri

A

Surge sob a forma de trofozoítos no fluido encéfalo-espinal e tecidos cerebrais, bem como as suas formas flageladas.

A infeção do hospedeiro está relacionada com águas de piscina e atividades aquáticas – parasita entra por via nasal. Eventualmente poderá haver formação de um quisto.

49
Q

Família Trypanosomatidae

A

Reino Protozoa → Filo Euglenozoa → Classe Kinetoplasta → Ordem Trypanosomatida → Família Trypanosomatidae

Género Trypanosoma
Género Leishmania

Estes protozoários flagelados pertencem à Classe Kinetoplasta, que é caracterizada pela existência de um cinetoplasto – corpúsculo do movimento (mitocôndrias que fornecem a energia para o movimento do flagelo).
A família Trypanosomatidae indica que estes parasitas possuem uma estrutura em forma de fuso.

Ciclo biológico:
Inicialmente são chamados de amastigotas, devido à sua forma esférica e ao facto de o seu flagelo não ser visível a microscopia ótica. Normalmente, estas formas amastigotas surgem dentro de macrófagos daí adquirirem uma forma esférica. Dependendo do parasita podem também existir nas células do miocárdio.
O amastigota evolui para a forma promastigota, com um flagelo já visível.
De seguida, temos a forma epimastigota onde começa a formação da membrana ondulante.
Por fim, a evolução do protozoário termina na forma tripomastigota onde o cinetoplasto migra para a extremidade posterior (na extremidade anterior está o flagelo).
Existem algumas formas intermediárias, porém são pouco relevantes.

50
Q

espécie Trypanosoma brucei

A

Vetor: Glossina spp. (moscas tsé-tsé) - vetores mecânicos
“nagana”: Equinos, ovinos, caprinos, etc.

Ciclo indireto: envolve um hospedeiro invertebrado ou vetor e um hospedeiro vertebrado (H.D.)

51
Q

espécie Trypanosoma cruzi

A

Ciclo indireto: H.I. os percevejos e H.D. canídeos, roedores e alguns animais selvagens.

2 subespécies

  • Vetor: Triatoma infestans → Família Reduvidae → Subfamília Triatominae:
  • Género Triatoma
  • Género Rhodnius
  • Género Panstrongyl

Doença de Chagas: S. humanos (mamíferos) - reduvídeos (Reduvidae)

52
Q

O género Trypanosoma pode-se dividir em duas secções:

A

Secção Salivaria

Secção Stercoraria

53
Q

Espécies de Trypanosoma Salivaria

A

formas infetantes da secção Salivaria são transmitidas pela saliva

  • Trypanosoma b. brucei – afeta equinos, ovinos, caprinos e ruminantes selvagens
  • Trypanosoma congolense – afeta equinos, ovinos e caprinos (bem como ruminantes selvagens)
  • Trypanosoma vivax – afeta bovinos, ovinos e caprinos, mamíferos selvagens
  • Trypanosoma b. evansi – afeta cavalos, camelos e outros mamíferos selvagens
  • Trypanosoma b. equinum – afeta equinos e mamíferos selvagens
54
Q

Espécies de Trypanosoma Stercoraria

A

os parasitas da secção Stercoraria (Trypanosoma cruzi) são transmitidos através das fezes. Estes parasitas podem infetar humanos e são transmitidos através de reduvídeos

55
Q

Género Leishmania

A

Ciclo indireto: com a possibilidade de transmissão artificial como p.e. no caso das transfusões sanguíneas.

Afeta nomeadamente o cão, gato e ser humano.

Nos vetores de Leishmania do novo mundo, apenas as fêmeas são hematófagas.
A Leishmania infantu é a espécie de Leishmania zoonótica, e a espécie Leishmania donovani é antroponótica – vetores picam humanos.

56
Q

Género Toxoplasma

A

Reino Protozoa → Filo Apicomplexa → Classe Conoidasida → Ordem Eucoccidiorida → Subordem Eimeriorina → Família Sarcocystiidae → Subfamília Toxoplasmatinae → Género Toxoplasma

Os parasitas pertencentes à Filo Apicomplexa possuem uma estrutura denominada de complexo apical. Este complexo é constituído por organelos, importantes para a invasão celular e sobrevivência do parasita no interior da célula (estes protozoários são intracelulares obrigatórios, ou seja, só se multiplicam no interior das células do hospedeiro; se não estiverem dentro das células ficam em estase).

O facto de pertencerem à Classe Conoidasida indica que apresentam um conoide também na zona apical, importante para a penetração da célula hospedeira. A sua ordem indica que surgem sob a forma de coccídeos.

A sua família indica que, numa fase do ciclo de vida, estes parasitas formam quistos na musculatura do hospedeiro.

Oocisto:

  • Não Esporulado (excretado): única célula (esporonte granular)
  • Esporulado (infetante): dois esporocisto com 4 esporozoítos
Outras formas infetantes:
* Taquizoíto
— "rápido"
— Núcleo central
— Fracamente positivos pelo PAS
— Responsáveis pela multiplicação do protozoário no sangue e disseminação do agente
— Em Hospedeiro Imunocompetentes, a sua atividade baixa e para se proteger forma parede e transformam-se
em Bradizoítos (quistos)
  • Bradizoíto
    — Núcleo mais próximo da extremidade posterior
    — PAS positivos (têm grânulos de amilopectina)
    — Quistos tecidulares: célula rebenta e libertam-se taquizoítos para irem infetar outras.

Endodiogenia: 1 célula mãe → 2 células filhas em PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS

57
Q

Toxoplasma gondii

A

única espécie descrita de protozoários deste género

HD: Felidae
Fase Entero-Epitelial
(Esporogonia e Gametogonia)

Hl: todos os animais
Fase Extra-Intestinal (Esquizogonia)

Ocorre sempre excreção quando contacta com agente pela primeira vez

Grau de infestação de Bradizoítos é mais elevado.

Apresenta carácter zoonótico e afeta nomeadamente grávidas (tendo graves implicações do feto em desenvolvimento). Em indivíduos imunocompetentes, a toxoplasmose não causa o surgimento de sinais clínicos.
Apresentam uma forma de arco, alongada dai a sua denominação.

58
Q

Características dos vários estádios de Toxoplasma: oocistos

A

Grande resistência ambiental

Resistentes a ácidos, produtos alcalinos e desinfetantes comuns

Ingestão: Solo, frutas ou legumes crus não lavados, água

59
Q

Características dos vários estádios de Toxoplasma: taquizoítos

A

Sensíveis às influências ambientais adversas e às enzimas gástricas proteolíticas → raras infecções por via oral

Ingestão: Carne ou vísceras cruas ou mal passadas de ovino, caprino e suíno e algumas de bovino (maior resistência), leite cru e seus derivados

60
Q

Características dos vários estádios de Toxoplasma: bradizoítos

A

Pouco resistentes aos fatores ambientais

Mais resistentes às enzimas proteolíticas — infecção oral

Sobrevivem durante anos em quistos nos Hl

Perda rápida e significativa de viabilidade

Ingestão: Carne ou vísceras cruas ou mal passadas de ovino, caprino e suíno e algumas de bovino (maior resistência), leite cru e seus derivados

61
Q

Toxoplasma: Vias de transmissão aos Hl e HD:

A
  • Horizontal: ingestão de oocistos esporulados ou de bradizoítos
  • Vertical: transmissão placentária, transmissão galactófora
    → Galactófora mais comum nos gatos
    → Período pós-natal: infeção mais comum por carnivorismo
    → Pequenos roedores e aves: importantes reservatórios (HI) para a infeção
    → Placentária: causa lesões no feto
    →→ Probabilidade de transmissão ao feto e gravidade da doença fetal inversamente proporcionais
    →→ Infeção antes da gestação: risco mínimo ou ausente para o feto

Outras vias de infeção:

  • Transplante de órgãos
  • Transfusões (sangue, plaquetas, eritrócitos, leucócitos)
  • Fluidos corporais (saliva, espectoração, urina, lágrimas, sémen)
  • Soluções de continuidade
  • Artrópode
62
Q

Ciclo biológico Toxoplasma

A

1) Fase crónica com formação de quistos no H.I.
2) H.D. ingere musculatura com os quistos, infetando-se
3) Início da fase assexuada do parasita no intestino do H.D. – esquizogonia com formação dos esquizontes
4) Esquizontes libertam os seus merozoítos
5) Início da gametogonia
6) Formação do oocisto
7) Oocisto excretado pelas fezes, e sofre esporulação no meio ambiente com formação de 2 esporocistos e 4 esporozoítos
8) Disseminação ambiental com posterior infeção dos restantes hospedeiros (infeção aguda, com transmissão dos taquizoítos)

63
Q

Oocistos de toxoplasma

A

Grande resistência ambiental. São resistentes a ácidos, produtos alcalinos e desinfetantes comuns

64
Q

Taquizoítos de toxoplasma

A

Sensíveis às influências ambientais adversas e às enzimas gástricas proteolíticas → raras infeções por via oral

Importantes nas infeções placentárias e galactóforas

65
Q

Bradizoítos de toxoplasma

A

Pouco resistentes aos fatores ambientais; mais resistentes às enzimas proteolíticas → infeção oral.
Sobrevivem durante anos em quistos nos H.I.
Perda rápida e significativa de viabilidade: >67ºC ou <12ºC

66
Q

Família Trichomonadidae

A

Reino Protozoa → Filo Parabasalia → Classe Trichomonadea → Ordem Trichomonadida → Família Trichomonadidae

Género Tritrichomonas
Género Trichomonas
Género Tetratrichomonas
Género Trichomitus
Género Pentatrichomonas
Género Cochlosoma
67
Q

Tricomonadídeos

A

Os tricomonadídeos são protozoários do filo Parabasalia que se caracterizam por ter um formato piriforme, com único núcleo, além de um axóstilo semelhante a um bastão que percorre toda extensão do corpo fazendo saliência no polo posterior.
Possuem de três a cinco flagelos anteriores e uma membrana ondulante com um flagelo recorrente que corre ao longo de sua borda livre.

Estes protozoários não apresentam a fase de quisto envolvida na sua transmissão entre hospedeiros.

Parasitam a cavidade oral de diversos hospedeiros e tendem a se multiplicar quando há piorreia, assim como os parasitas intestinais pertencentes a esse género que se multiplicam na presença de diarreia.

68
Q

Algumas espécies da família Trichomonadidae mais comuns:

A

Trichomonas vaginalis – HD: seres humanos, e instala-se nos órgãos genitais

Trichomonas gallinae – pombos, perus, galinhas, aves de rapina, gaivotas, psitacídeos, entre outros; parasitas atacam trato digestivo superior.

Tritrichomonas foetus – bovinos, afetando a sua região genital e está relacionado com abortos; Também já foi confirmado que pode surgir no intestino de gatos, causando diarreia.

Tetratrichomonas gallinarum – galinhas, perus, pintadas, faisões, codornizes e perdizes; surgem nos cecos (e fígado)

69
Q

Ciclo de vida de Trichomonas vaginalis:

A

Protozoário flagelado que apresenta como forma infetante os trofozoítos. Estes estão na secreção vaginal e seminal (próstata e uretra do macho), multiplicando-se por divisão binária.
A transmissão é feita através de relação sexual. Causa vaginite, alargamento protático e inflamação

70
Q

Género Histomonas

A

Reino Protozoa → Filo Parabasalia → Classe Trichomonadea → Ordem Trichomonadida → Família Dientamoebidae → Género Histomonas

Os parasitas deste género têm como parasita preferencial as aves (H.D.); habitam sobretudo os seus cecos e fígado. São mais patogénicos nos perus.

71
Q

Histomonas meleagridis

A
  • forma aflagelada ou vegetativa: fígado e mucosa cecal
  • forma flagelada ou trofozoito (1, 2 ou 4 flagelos): lúmen cecal
  • HP: minhocas
  • HI: Heterakis gallinarum
  • HD: Perus
72
Q

Género Dientamoeba

A

Reino Protozoa → Filo Parabasalia → Classe Trichomonadea → Ordem Trichomonadida → Família Monocercomonadidae → Género Dientamoeba

73
Q

Dientamoeba fragilis

A

Surge sob a forma de trofozoítos nas fezes do H.D. Estes mesmos trofozoítos podem invadir ovos de vermes que parasitam seres humanos (porção terminal do intestino) – Enterobius. Dá-se então uma transmissão fecal ou oral direta sob a forma de quisto ou possível contaminação através dos ovos de enterobius. Este parasita pode provocar diarreia em crianças.

74
Q

Género Giardia

A

Reino Protozoa → Filo Metamonada → Classe Trepomanadea → Ordem Giardiida → Família Giardiidae → Género Giardia

Protozoário de ciclo direto (4-5 dias), com potencial zoonótico. Causa infeção intestinal persistente, muito frequente em cães, gatos e ruminantes (podendo também afetar silváticos e aves). Moscas e mosquitos podem ser vetores mecânicos.

75
Q

Giardia duodenalis

A
  • Parasitas de ciclo direto (4-5 dias)
  • Cosmopolitas (zonas tropicais e subtropical)
  • Infeção intestinal
  • Mamíferos domésticos e silváticos e Aves
  • Frequente em cães e gatos / Ruminantes
  • Moscas e mosquitos — podem ser v. mecânicos
  • Potencial zoonótico
76
Q

Género Eimeria

A

Reino Protozoa → Filo Apicomplexa → Classe Conoidasida → Ordem Eucoccidiorida → Família Eimeriidae → Género Eimeria

espécies são parasitas gastrintestinais de uma ampla variedade de vertebrados

Se o animal não se reinfectar, o ciclo tende para a extinção

Ex. Espécies:

  • Eimeria spp.
  • Eimeria tenella (afeta cecos das aves)
  • Eimeria bovis

Micropilo: abertura nos oocistos em Eimeria.

77
Q

Género Isospora

A

Reino Protozoa → Filo Apicomplexa → Classe Conoidasida → Ordem Eucoccidiorida → Família Eimeriidae → Género Isospora = Cystisospora = Cystoisospora

No caso de Cystoisospora, o esporonte desenvolve-se em dois esporoblastos com dois esporocistos resultantes, os quais contêm, cada um, quatro esporozoítos.

Um gato pode-se infetar com Cystoisospora felis pela ingestão tanto de oocisto esporulado quanto por esporozoítos presentes em tecidos de roedores infetados (a esporulação ocorre no meio ambiente). Nestes casos, o roedor pode funcionar como um hospedeiro paraténico facultativo para Cystoisospora felis.

Quando se dá o desenquistamento, ocorre a merogonia seguida da gametogonia. No H.D. o parasita habita o intestino delgado.

Ex. Espécies:
*Isospora belli

78
Q

Género Cyclospora

A

Reino Protozoa → Filo Apicomplexa → Classe Conoidasida → Ordem Eucoccidiorida → Família Eimeriidae → Género Cyclospora

Ciclo direto, onde o oocisto não esporulado é excretado pelo individuo infetado para o meio ambiente. Sofre a esporulação gerando 2 esporocistos com 4 esporozoítos.

A espécie Cyclospora cayetaninsis é libertada sob a forma oocisto não esporulado para o meio ambiente, contaminando água e alimentos (framboesas, manjericão, coentros), que serão mais tarde ingeridos.

79
Q

Género Cryptosporidium

A

Reino Protozoa → Filo Apicomplexa → Classe Conoidasida → Ordem Eucoccidiorida → Família Cryptosporidiidae → Género Cryptosporidium

completamente monoxeno, isto é, com transmissão sempre entre membros de um tipo de hospedeiro, sem quaisquer hospedeiros paraténicos ou intermediários, e quase todos os estágios vistos em corte histológico ocorrem dentro do epitélio do trato gastrintestinal ou raramente na vesícula biliar.

Ex. Espécies:

  • Cryptosporidium parvum - bezerros com menos de 30 dias de idade
  • Cryptosporidium bovis -bezerros mais velhos e bovinos adultos,
  • Cryptosporidium suis -suínos
  • Cryptosporidium canis - cães
  • Cryptosporidium felis - gatos
  • Cryptosporidium meleagridis e Cryptosporidium bayleyi -aves
  • Cryptosporidium wrairi -cobaias.
  • Cryptosporidium hominis - seres humanos
80
Q

Cryptosporidium parvum

A

2 tipos de oocisto:

  • Parede Grossa (resistem cá fora)
  • Parede Fina (auto-infetantes no hospedeiro pois esporulam no seu interior)

Vive numa posição Extra-citoplasmática
Superfície das células epiteliais ou BE

Esquizontes - 8 merozoítos - 2 gerações

Microgametócitos — 16 microgâmetas

Oovistos - 4 esporozoitos (sem esporocistos)

Autoinfeção- 20% dos oocistos rompem-se e
reiniciam o ciclo, sem fase no exterior

81
Q

Género Neospora

A

Reino Protozoa → Filo Apicomplexa → Classe Conoidasida → Ordem Eucoccidiorida → Subordem Eimeriorina → Família Sarcocystiidae → Subfamília Toxoplasmatinae → Género Neospora

Estes protozoários são muito semelhantes a toxoplasmas, inclusive no seu ciclo de vida. São coccídeos.

As duas espécies descritas são: Neospora caninum e Neospora hughesi.

Morfologia:

  • Taquizoíto (células nervosas, musculares, dérmicas, endoteliais, macrófagos, fibrocitos, hepatócitos)
  • Bradizoíto: quisto ovais a redondos
  • Esporulação dos oocistos: meio ambiente (até 24h)

MUITO SEMELHANTE A T. gondii EXCETO características ultraestruturais: Quistos com PAREDE GROSSA, principalmente no SNC

82
Q

Hospedeiros de Neospora

A

HD: cão, coiote, dingo, lobo-cinzento (canídeos) - (eliminação de oocistos)
HI: bovino, ovinos, caprino, veado, cavalo, cão (aves e mamíferos)

83
Q

Transmissão de de Neospora

A

Vertical:

  • Placentária - taquizoítos (ABORTO EM BOVINOS)
  • Galaetófora - taquizoítos

Horizontal:

  • Carnivorismo: quistos contendo bradizoítos
  • Água e alimentos: oocistos esporulados
84
Q

Género Sarcocystis

A

Reino Protozoa → Filo Apicomplexa → Classe Conoidasida → Ordem Eucoccidiorida → Subordem Eimeriorina → Família Sarcocystiidae → Subfamília Sarcocystinae → Género Sarcocystis

Estes parasitas surgem sob a forma de quistos na musculatura do H.I., com bradizoítos no seu interior. As paredes destes quistos são espessas, mas diferem das de Neospora: a partir da parede do quisto de Sarcocystis são emitidas trabéculas para o interior do quisto (visíveis apenas a microscopia eletrónica).

H.D. → cão, gato, outros carnívoros e Homem
H.I. → Ungulados, coelhos e aves

Todos os Sarcocystis atuam ao nível do musculo no HI, exceto o Sarcooystis neurona, que atua no cavalo ao nível do cérebro e medula espinhal
- Saroooystis neurona= HD é o gambá