LV Flashcards
Epidemiologia?
Endêmica no Brasil (nordeste= Maranhão, Piauí, Bahia), MG, MT; norte e leste da África, mediterrânio, Ásia, China Índia e Bangladesh.
Acomete mais as crianças no Brasil, 65% masculino;
Notificação compulsória;
Normalmente subnotificada;
Letalidade= 8 a 40% quando não diagnosticada.
Agente etiológico?
Leishmania chagasi = Brasil
Leishmania infantum= LV Mediterrâneo
Leishmania dolvani = Ásia e África
Diagnóstico diferencial?
Malária, febre tifoide, tuberculose disseminada, esquistossomose septicêmica prolongada e leucemia mieloide crônica.
Vetor?
Flebótomo Lutzomyia longipalpis
Reservatórios?
Cães, raposas, gambás, animais silvestres.
Podem ser tratados com miltefosina, mas também sacrificados.
Sintomas de HE megalia, alopecia, perda ponderal, unhas grandes.
Ciclo?
Infectante: promastigota metacícliclo, na glândula salivar do mosquito> promastigota invade a derme com a saliva do mosquito e adentra o sis reticuloendotelial> dentro do fagolisossomo com ATPase própria aumenta o pH que seria 4,5 para 6,5> perde o flagelo e se torna amastigota> amastigota se multiplica>ao sair do macrófago infecta outros, proliferando a doença> mosquito não infectado pica o humano e adquire amastigota> vai para o trato digestivo e vira promastigota prociclico> depois vira o infectante na gl salivar (promastigota metaciclico)
Padrão imunológico?
Muda o padrão para Th2, reduzindo a resposta dos macrófago, devido às IL-4 e IL-10 (supressora de macrófago) [parasita evade a defesa do macrófago]> diminuição do Th1 (não produz IFN-gama que ativa macrófago, nem IL-2).
Qual célula acomete?
Macrófago.
Como é fagocitado?
O promastigota metaciclico é tingido por várias c3b do sis complemento, mas consegue evitar a formação de MAC (complexo de ataque a membrana) - ainda fica repleto de c3b que é detectado pelos receptor CR1 de complemento dos macrófago > fagocitado.
Alteração de proteínas plasmáticas?
Hipoalbuminemia, hipergamaglobulinemia > devido à ativação policlonal de IgG na leishmaniose.
Quadro clínico?
Febre baixa recorrente - 2 a 3 picos diarios.
Visceralização- Esplenomegalia, devido ao acometimento do sis fagocitário mononuclear do baço densamente povoado por parasitas+ hepatomegalia = acometimento de células de kupffer
Disseminação hematológica ou linfática para MO, linfonodos, baço e fígado. Efeitos sistêmicos são vistos nos rins - proteinúria e hematúria.
Perda ponderal.
Imunidade comprometida- pode desenvolver infecções bacterianas associadas e SEPSE.
Pancitopenia (anemia, trombocitopenia e leucopenia).
Que locais são visualizados os parasitas?
Baço, fígado, linfonodo e medula óssea, além de parte do sangue periférico. Contudo a biópsia é mais no baço e MO.
Diagnóstico?
Ver caso clinico- hepatoesplenomegalia, procurar perda ponderal, pancitopenia, alteração de proteínas - hiloalbuminemia, hipergamaglobulinemia, transaminasss (2x o valor).
Associar com a epidemiologia (de onde veio o paciente).
Hemograma pode apresentar aumento de VHS.
Exame da atividade renal pode apresentar proteinúria e hematúria em casos mais avançados.
Com a constatação dos sintomas realizar biópsia esplênica ou de medula óssea com a pesquisa direta no microscópio ou cultura no meio NNN.
Pode ser utilizado diagnóstico sorológico por imunofluorescência indireta RIFI e ELISA - ensaio imunoenzimatico.
Teste rápido para antigeno- imunocromatografia do antígeno rK39. 91% sen 94% esp
Complicações?
Infecções bacterianas ( otites, ITU, piodermites)devido a imunidade alterada; SEPSE; HDA e icterícia.
Tratamento?
Glucantime (antigo); anfotericina B lipossomal (caro- por isso em alguns casos é de segunda escolha em relação ao glucantime); miltefosina.
Pac virgem de trat: supervisão ambulatorial- miltefosina VO 50mg
“ “ “: trat hospitalar - anfotericina B lipossomal IV 1 a 3 mg/kg
Pac falhou com miltefosina- anfotericina B lipossomal em âmbito hospitalar.
Pac falhou com glucantime- anfotericina B lipossomal em âmbito hospitalar ou paramomicina.
Pac falhou com anfotericina B lipossomal: paramomicina + antimonial pentavalente.
Glucantime= uso diário IV/20 dias
Pode haver uso de anfotericina B clássica + antimonial pentavalente para casos de difícil tratamento (pouco estudado)