Localize os focos cardíacos. Flashcards
Localize os focos cardíacos.
FA: 2º EIC linha paraesternal direita
FP: 2º EIC linha paraesternal esquerda
FA acessório: 3º EIC linha paraesternal esquerda
FT: 5º EIC linha paraesternal direita
FM: 5 EIC linha hemiclavicular esquerda, geralmente coincide com o mamilo
Defina B1 e B2.
B1: fechamento das valvas AV (tricúspide e mitral)
B2: fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar)
Defina B3 e B4.
B3: é resultado de uma sobrecarga de VOLUME em virtude de uma falência ventricular associada ao enchimento rápido ventricular.
B4: ocorre durante a sístole atrial em uma contração atrial vigorosa contra um ventrículo com perda de complacência, sendo uma sobrecarga de PRESSÃO. Causas principais: hipertrofia ou fibrose ventricular
Fale sobre o sinal de Levine.
A presença do punho cerrado sobre o tórax, ao se queixar de dor torácica, é o sinal de Levine, característico de isquemia miocárdica (IAM).
Cite achados clínicos típicos de hipercolesterolemia.
arco senil antes dos 40 anos, xantamos (nódulos e/ou tubérculos levemente amarelados e duros ) e xantelasmas (placas periorbitárias amareladas)
cite achados clínicos sugestivos de endocardite infecciosa.
petéquias palatais, unhas com hemorragias subungueiais, nódulos de Osler (lesões eritematosas elevadas e dolorosas nas palmas e plantas) manchas de Janeway (lesões não dolorosas eritematosas e hemorrágicas também nas palmas e plantas).
cite um sinal indicativo de doença coronariana, porém de baixo valor.
sinal de Linchstein (pregas transversais no lóbulo auricular)
Qual é a localização normal do ictus cordis?
No 4º e 5º EIC entre a linha paraesternal e a intermamilar
Diferencie os pulsos VENOSO e ARTERIAL.
VENOSO (ex: jugular interno): Mais visível do que palpável, composto de duas ondas ascendentes, composto por múltiplas ondas, é móvel, reduz ou some com digitopressão abaixo do pulso, diminui sua altura com Riviero Carvallo (desloca o pulso em direção ao coração, ou seja, à base do pescoço em virtude do aumento do retorno venoso), elevação do ângulo da cabeceira diminui a altura do pulso
ARTERIAL: mais palpável que visível, composto por uma única onda e não se altera com digitopressão, Riviero Carvallo ou alteração do ângulo da cabeceira
O que a PVC reflete?
A PVC é a pressão de enchimento do átrio direito e, na ausência de estenose tricúspide, reflete o funcionamento do átrio direito. Quanto maior a PVC, maior será a turgência jugular, e maior deverá ser a inclinação do leito para que o pulso desça até metade do pescoço.
Causas de elevação da PVC:
Insuficiência ventricular direita
Insuficiência cardíaca congestiva (direita e esquerda)
Tamponamento cardíaco
Como estimar a PVC à beira do leito?
Com a cabeceira do leito elevada a 30º traça-se uma reta passando pelo cume do pulso jugular, paralela ao chão
Mede-se a distância entre essa reta e a inflexão esternal (ângulo de Louis)
Soma-se 5cm à essa medida (distância média entre o ângulo esternal e o átrio direito). O resultado é uma estimativa da PVC em cmH20
Deve-se converter a medida para mmHg –> 1,36 cmH20= 1mmHg
PVC normal: 0 a 8 mmHg a 11cmH20
Como é feita a avaliação de refluxo hepato-jugular (abdomino-jugular)?
Aplica-se uma suave compressão sobre o hipocôndrio direito por cerca de 30 segundos (mínimo 10 seg) e se observa a altura do pulso venoso
Em indivíduos normais, há intensificação das ondas nos batimentos subsequentes ao início da pressão e depois esse efeito desaparece
Na presença do refluxo, a elevação da altura do pulso de mantém por todo o período de compressão
Primeiro você olha e marca com uma caneta a altura do pulso jugular. Depois, com o paciente na mesma posição, pressiona e vai elevar, marca aonde elevou. Solta e marca 15 segundos no relógio. Se continuar 3 cm acima durante 15 segundos ou se não abaixar é
refluxo abdomino-jugular positivo.
O que significa refluxo hepato-jugular positivo? Qual é a principal conduta em um paciente com esse achado associado à PVC alta e IC?
reflexo hepato-jugular positivo: pressão capilar pulmonar aumentada
conduta: diuréticos
Quais são as causas mais comuns de refluxo hepato-jugular?
Falência ventricular direita
Pericardite constritiva
Estenose tricúspide (aumenta pressão no AD e gera refluxo)
Casos onde há congestão hepática (cirrose hepática que pode cursar com hipertensão
portal e gerar refluxo)
O que é o sinal de Kusmaull? Em que situações ele é descrito?
quando o pulso venoso é indiferente à inspiração ou mesmo eleva-se em altura. O normal seria o pulso abaixar após Riviero Carvallo. Entretanto, ele continua parado ou levanta em altura, pois quando aumenta o retorno venoso e o coração está comprimido, obstruído, há um reflexo justamente ao contrário do normal. É uma espécie deaumento paradoxal do pulso venoso. Ele tinha que diminuir, mas acaba elevando.
Como se analisa as ondas do pulso venoso?
Posiciona-se o paciente com a cabeça levemente desviada para esquerda. Uma lanterna auxilia no exame, com
feixe de luz incidindo tangencialmente às ondas.
Descreva sucintamente as ondas do pulso venoso.
onda A: contração atrial onda X: relaxamento do AD onda C: fechamento da válvula tricúspide e também segundo alguns autores a transmissão do pulso carotídeo em direção a jugular. onda V: enchimento atrial direito onda Y: enchimento do VD
OBS: Paciente com fibrilação atrial não tem onda A. Se o átrio está fibrilando, não tem contração.
Pode ocorrer diversas alterações de pulso venoso. Cite e caracterize sucintamente as principais alterações.
ONDA A GIGANTE: Tudo que aumenta muito a obstrução do fluxo de sangue ou a pressão no átrio direito (estenose tricúspide provoca uma onda A elevada, porque para vencer essa pressão tem que fazer uma contração muito intensa, produzindo uma onda A gigante
ONDA V GIGANTE ou proeminente: sinal indicativo de insuficiência tricúspide. Tem que voltar sangue para o átrio pra aumentar a onda V. Na hora que o ventrículo contrai, se o sangue voltar para o átrio gera onda V gigante
Ausência de deflexão X: o pulso venoso passa a ter apenas uma deflexão, o que ocorre na fibrilação atrial. Isso demonstra que a deflexão x tem origem no relaxamento atrial
Deflexão y profunda: reflete súbito colapso diastólico do pulso venoso, como se a corrente sanguínea fosse aspirada de modo violento para dentro do tórax. Ocorre todas as vezes em que há pressão venosa muito elevada, como no derrame pericárdico e na pericardite
constritiva. Existe um sinal chamado “sinal da raiz quadrada”.
Como deve ser realizada a palpação do pulso carotídeo?
Palpar na altura da junção dos terços inferior e médio do pescoço desviando-se do ECOM lateralmente
Evitar palpar no ângulo da mandíbula – manobra vagal
Palpar sempre um de cada vez
Observar inicialmente a amplitude do pulso
Caracterize o pulso PARVUS TARDUS ou anacrótico.
amplitude diminuída e com pico mais tardio. Ocorre nas obstruções severas de valva aórtica, estenose aórtica. Também encontra-se pulso diminuído na IC importante, na falência de VE. é um pulso que se arrasta, demora para sentir o pico do pulso porque na hora que o coração contrai a valva está estenosada e o sangue sai aos poucos, até atingir pico demora mais.
OBS: pulso da IM não é parvus tardus porque continua rápido (ascensão e descida rápidas).
Caracterize o pulso em MARTELO D’ÁGUA.
amplitude aumentada, com subida e descida bruscas,
insuficiência cardíaca (ex: insuficiência aórtica)
Caracterize o pulso DICRÓTICO ou BISFERIENS.
pulso que tem duplo pico, também encontrado na
insuficiência aórtica importante, na dupla lesão aórtica, tamponamento cardíaco, choque, insuficiência ventricular esquerda severa. Como se o coração tivesse que contrair duas vezes, produz dois picos. Contrai uma vez para esvaziar o sangue e depois contrai de novo para esvaziar o resto
Caracterize o pulso ALTERNANTE.
alternância de pulsos com maior e menor amplitude – falência de VE.
Caracterize o pulso PARADOXAL.
redução da amplitude do pulso na inspiração. Encontrado no tamponamento cardíaco, DPOC e pericardite constritiva, choque hemorrágico, gestantes
saudáveis.
Como é realizada a palpação de ictus cordis? O que fazer para facilitar a palpação de ictus?
Paciente em decúbito dorsal com cabeceira à 30º, no 5 EIC na linha hemiclavicular esquerda, em tórax exposto e membros não cruzados. Palpa-se primeiro com a mão espalmada e depois sensibiliza com a ponta dos dedos. Para facilitar coloca-se o paciente em DLE, aproximando o ápice do coração da caixa torácica.
OBS: em pacientes musculosos, obesos ou portadores de DPOC é mais difícil palpar o ictus.
O que se deve caracterizar no ictus cordis?
Localização: normal é estar no 4º ou 5º EIC, sendo desviado em casos de aumento de VE ou de VD. Em casos de situs inversus totalis (todos os órgãos desviados) ou dextrocardias (ictus estará no hemitórax direito)
Extensão: quando ocupa 2 ou mais EICs o ictus está aumentado, indicando dilatação de VE
Amplitude: propulsivo (indicativo de HVE) ou não propulsivo
Duração: critério subjetivo ao examinador
Bulhas extras: pequeno impulso antes do impulso sistólico do ictus, chamada onda pré-sistólica (B4). Dupli impulso após a descida do ictus (B3).
Mobilidade: em indivíduos saudáveis em DLE o ictus se lateraliza em aproximadamente 3cm. Redução da mobilidade sugere pericardite constritiva.
Quais são as 4 formas de palpação de VD (impulso de VD)?
PUNHOS CERRADOS
MÃO ABERTA,
REGIÃO TENAR DA MÃO exercendo leve pressão
MÃO DE FORMA ESPALMADA abaixo do apêndice xifóide na região epigástrica (inspirações facilitam a palpação)
OBS: B1 é palpada no ápice cardíaco durante a sístole. B3 e B4 também são palpadas no ápice cardíaco, porém na diástole. B2 é palpada na base cardíaca durante a diástole.
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O que são os frêmitos? O que deve ser caracterizado neles?
frêmitos são sopros palpáveis
Deve-se caracterizar: localização, momento no ciclo cardíaco (sístole ou diástole), intensidade e irradiação
Na base: sugere insuficiência valvar (regurgitação) quando diastólico, e estenose quando sistólico. já no ápice é o contrário
correlacione as IAo e a EM com as irradiações de seus frêmitos.
IAo: frêmito irradia para o pescoço (carótidas) e fúrcula esternal
EM: frêmito irradia para a axila esquerda
Descreva as possíveis denominações dos eventos auscultados no ciclo cardíaco.
holo (todo), proto (início), meso (meio), tele (final): diastólicos ou sistólicos.
Em que é dividida B2? Qual a sua correlação?
B2 é dividida em A2 e P2, sendo que P2 sucede A2.
Defina a tríade de Beck? qual a sua principal causa?
hipotensão arterial, hipofonese de bulhas e turgência juguar. Principal causa: tamponamento cardíaco.
O que é o desdobramento FISIOLÓGICO? ACENTUAÇÃO DO FISIOLÓGICO? desdobramento PARADOXAL? desdobramento FIXO?
Desdobramento fisiológico: Na inspiração a válvula pulmonar se fecha de maneira tardia, ascultando-se assim B2 desdobrada em A2 e P2. Na expiração B2 permanece como um único som
Acentuação do fisiológico: A2 e P2 ficam desdobradas tanto na inspiração, quanto na expiração
Paradoxal: dessa vez A2 quem se atrasa e assim tem-se B2 como um som duplo na ausculta.
Fixo: B2 apresentará som duplo tanto na inspiração quanto na expiração, sendo diferenciada do desdobramento fisiológico pelos intervalos iguais tanto na inspiração quanto na expiração.
Fale sucintamente sobre o estalido de abertura (EA) e o clique de ejeção (CE).
EA: é o estalido de abertura das valvas AV que ocorre após B2 (fechamento das semilunares) sendo ouvido devido à tipicamente uma estenose mlitral (podendo ser também devido à estenose tricúspide).
CE: é o clique de ejeção devido à abertura das valvas semilunares, sendo ouvido após B1 (fechamento das valvas AV),devido à tipicamente estenose pulmonar, dilatação do tronco da artéria pulmonar, válvula aórtica bicúspide etc.
O que são os sopros e o que deve ser classificado neles?
É a manifestação sonora do turbilhonamento do sangue. Podem ser decorrentes de lesões valvares, hiperfluxo ou simplesmente redução da viscosidade do sangue.
Área em que ocorre: focos cardíacos
Momento no ciclo cardíaco: sístole, diástole ou ambos (contínuo)
Intensidade: classificação de Levine (1+ a 6+)
Duração: holo (todo), proto (início), meso (meio) ou tele (final), sistólico ou diastólico
Timbre: metálico, suave, rude, ejetivo, regurgitativo, aspirativo etc
Frequência: alta ou baixa frequência
Irradiações: axila (ex: EM), pescoço (ex: IAo), dorso etc
Manobras: que o modificam
OBS: O frêmito é um elemento crucial para classificar o sopro. Sempre que houver frêmito o sopro possui no mínimo quatro cruzes.
Descreva a classificação de Levine para a intensidade dos sopros (1+ a 6+).
1+: difícil de auscultar,gera dúvida
2+: torna-se mais evidente, não gera dúvida
3+: é de alta intensidade
4+: auscultado com todo o estetoscópio encostado na pele, com frêmito
5+: ausculta com o estetoscópio a 45ºgraus da pele, com frêmito
6+: auscultado com o estetoscópio apenas próximo da pele (sem tocá-la), com frêmito
Diferencie sopro FUNCIONAL de sopro ORGÂNICO.
FUNCIONAL: não estão relacionados com lesões, são sempre SISTÓLICOS, pancardíacos, não irradiam e não possuem frêmito (no máximo 3+/6+), são ejetivos, reduzem de intensidade com o paciente sentado
ORGÂNICO: predominam em algum foco (diferença), podem ter frêmito, possuem alterações estruturais (valvares ou não), podendo ser sistólicos ou diastólicos, podem irradiar
Fale sucintamente sobre o atrito pericárdico.
Possui três fases: uma sistólica e duas diastólicas, sendo uma correspondente a fase de enchimento rápido e outra a contração atrial. Posições que aproximam o VD (porção anterior do coração) da caixa torácica o exacerbam. Para isso pede-se ao paciente sentado para reclinar-se para frente ou para que em decúbito ventral se apoie sobre seus cotovelos e joelhos