Líquor (LCR) Flashcards

1
Q

Líquor - aspecto

A
  • Fluido corporal estéril;
  • Aparência clara quase transparente, que ocupa o espaço subaracnóideo
  • É uma solução muito pura;
  • Pobre em proteínas (para não ter subsídio para a proliferação de microrganismos);
  • Poucas células;
  • Tem ação de amortecimento para o córtex cerebral e a medula espinhal, absorvendo o impacto;
  • É constantemente secretado e retirado.
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2
Q

Volume secretado

A

secretado aproximadamente de 430 a 450 ml por dia para mantenha as propriedades de baixa proteína e auxilia em casos de proliferação de algum invasor.

Todo o líquido é renovado em aproximadamente 7 horas, desempenha um papel mecânico de sustentação e atua em certos processos bioquímicos do tecido nervoso levando glicose.

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3
Q

Volume de líquor baixo:

A

Se existe uma pequena quantidade de líquor, a pressão vai estar baixa, e o médico mede essa pressão na hora da coleta, porque se estiver baixa ele não pode colher.

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4
Q

Maior significado clínico

A

É um líquido nobre, que envolve as meninges, logo, qualquer problema detectado nele pode ser indicativo de: Meningite (virais, bacterianas e fungos).

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5
Q

Coleta - Procedimento

A

Introduz agulha entre a 3 ou 4 vertera pois é uma região com menos possibilidade de lesão. Faz a medida da pressão, se estiver adequada ele realiza a coleta. Se não tiver vol suficiente, a retirada de liquor faz com que o encéfalo encoste na caixa craniana, causando um desconforto e dor de cabeça ao paciente

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6
Q

Coleta - Tubos

A

Se for colhido apenas 1 tubo, primeiro ele vai para a microbiologia fazer cultura, depois para a citopatologia, pois algumas neoplasias podem apresentar células alteradas nesse material.

Tubo 1 – bioquímica
Tubo 2 - microbiologia
Tubo 3 - citologia
Tubo 4 – análise microbiológica (sorologia) opcional

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7
Q

Tempo para análise

A

Tempo para analise do liquor → As células degeneram muito rápido.

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8
Q

Análise física - cor normal

A

Cor: A aparência deve ser límpida e incolor. Compara-se o líquor a um tubo idêntico contendo água destilada contra um fundo branco contrastante.

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9
Q

Análise física - aparência anormal

A

Aparências anormais são descritas como:

  • Turvo;
  • Leitoso;
  • Xantocrômico (amarelado);
  • Coloração: rosada, laranja ou amarela, sanguinolento, pode indicar um processo hemorrágico
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10
Q

Significado da xantocromia

A

A xantocromia causada pela presença de produtos de degradação dos eritrócitos. Presença de bilirrubina, caroteno, proteínas em grande quantidade, pigmento de melanoma.

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11
Q

Retículo de Mya

A

Na meningite tuberculosa, pode formar-se no líquor deixado em repouso uma fina película semelhante a uma teia (retículo de Mya), sendo isso um sugestivo de tuberculose

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12
Q

Onde fazer a contagem das células na citologia?

A

Contam-se as células presentes por milímetro cúbico com uso da câmara de Fuchs-Rosenthal, um quadrado único dividido em 16 quadrados, subdivididos em mais 16 quadrados, da qual deve-se ser lida por inteira.

Na sua ausência pode ser usada a câmara de Neubauer.

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13
Q

Diluição da amostra

A

A diluição não é necessária, a menos que seja observada celularidade muito elevada.

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14
Q

Contagem em lamina fixada e corada - objetivo:

A

Uma porção do líquor deve ser reservada para análise em uma lâmina fixada e corada, obtida através de uma citocentrífuga ou câmara de Suta, para fazer a contagem diferencial das células, para saber ver se tem predomínio de linfócitos ou predomínio de neutrófilo que pode sugerir um processo bacteriano (neutrófilos) ou um processo viral (linfócitos).

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15
Q

Tipos de infecções

A

Bacteriano → tratamento imediato (iniciar terapia com ATB o mais rápido possível).
Viral → tratamento sintomático (porque é menos agressiva e autolimitada).
Fungica

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16
Q

Contagem na câmara de Fucs Rosental

A

Contar todas as células (hemácias e leucócitos) na câmara e dividir por 3 resultado em mm3 / μl.

17
Q

Células epiteliais

A

Não contamos células epiteliais pois são contaminantes, no líquor não tem células epiteliais.

18
Q

O que fazer quando tem uma grande quantidade de He?

A

He não são relevantes porque no processo de coleta pode ter ruptura de vaso.

Quando tem uma quantidade grande de He:
 Centrifugar o líquor → se o sobrenadante ficar transparente e formar um pellet (he ao fundo), isso pode indicar que são he de uma hemorragia recente.
 Quando centrifuga e líquor fica rosado → hemorragia a um tempo, podendo indicar uma lesão.

19
Q

Células aumentadas no Líquor - Presença de células mononucleares aumentadas:

A
  • Plasmócito: linfócito B ativado;
  • Linfócito;
  • Monócito: última achegar no processo inflamatório, então sugere uma resolução da inflamação.
20
Q

Células aumentadas no Líquor - Pode ser sugestivo de:

A
  • Esclerose múltipla;
  • Meningite viral;
  • Meningite crônica (tuberculosa, fúngica, sifilítica);
  • Tumores encefálicos do tipo: Linfoma maligno ou leucemia
21
Q

Células aumentadas - Eosinófilo no LCR

A
  • Cisticercose
  • Esquistossomose
  • Toxoplasmose
  • Amebíase: passa pela mucosa onde o S.I. tenta combater, mas acabar atacando o cérebro também.
  • Meningites eosinofílica idiopática (sem procedência idenfiada).
  • Após hemorragia subaracnóide.
22
Q

Exames complementares - Bioquímica

A
  • Proteínas: em uma infecção bacteriana vão estar aumentadas
  • Glicose: bactérias consomem glicose → glicose baixa;
  • Cloretos (alterado nas tuberculoses);
  • Glutamina (determinação de lesões);
  • Desidrogenase láctica DHL (determinação de lesões);
  • Creatinoquinase CK (determinação de lesões).
23
Q

Glicose

A

A concentração de glicose varia em torno de 60 a 70% (2/3) da glicemia. Sua elevação resulta sempre de elevações plasmáticas, ao passo que sua redução é indício de meningite bacteriana.

24
Q

Lactato

A

O lactato pode ser dosado no líquor, sendo seu aumento indicativo de infecções bacterianas; é de valor prognóstico (rápida queda associada ao êxito terapêutico).

25
Q

Cloretos

A

Outras análises eventualmente realizadas são a dosagem de Cloretos, sua diminuição se associa à meningite tuberculosa.

26
Q

CK

A

A presença de isoenzimas da creatino-quinase (notadamente a CK-BB) é de valor diagnóstico em doenças desmielinizantes, convulsões e acidente Vascular Encefálico (AVE) e lesões cranianas; é de valor prognóstico em pacientes com lesão cerebral isquêmica ou por anóxia.

27
Q

Exame microbiológico (primordial) - Gram

A

 A análise microbiológica inclui obrigatoriamente a coloração de Gram e a cultura para germes piogênicos.

28
Q

Exame microbiológico (primordial) - Ziehl-Nielsen

A

Na suspeita de meningite tuberculosa, a coloração de Ziehl-Nielsen e cultura em meio específico, para pesquisar o bacilo de coque.

29
Q

Exame microbiológico (primordial) - Tinta da China

A

A Tinta da China é usada no diagnóstico da Criptococose, pois é uma infecção muito frequente no líquor, do qual adquirimos pela inalação.

30
Q

Exame microbiológico (primordial) - teste rápido

A

Testes rápidos de detecção do antígeno criptocócico utilizando aglutinação em látex.

31
Q

Exame microbiológico (primordial) - PCR

A

Alguns microrganismos, como o Mycobacterium tuberculosis, podem ser detectados por técnicas de biologia molecular (PCR).

32
Q

Coloração de gram diplococos

A

Células vermelhas com vários fragmentos nucleares, da qual podemos observar estruturas intracitoplasmáticas → diplococos.

  • Presença de neutrófilo → infecção bacteriana.
  • Presença de diplococos intracitoplasmáticos → Neisseria meningitides. Meningite fulminante. Resultado: presença de diplococos intracitoplasmáticos → sugestivos de Neisseria meningitides.
33
Q

Tinta da china ou Nakin - Cryptococcus

A

No Cryptococcus, é formado um halo ao redor, do qual não é formado pela tinta d china, pare um céu estrelado.

Pode aparecer em círculos duplos (gemulação), sendo importante contar quando Cryptococcus e quantas gemulações, pois no acompanhamento do tratamento o ATB está funcionando quando tem uma queda da gemulação.