Limites Ao Poder De Tributae Flashcards

1
Q

Quais os limites ao poder de tributar (direito do Estado de invadir o patrimônio das pessoas para obter dinheiro a fim de viabilizar suas atividades)?

A

Os princípios, as imunidades e as competências constitucionais.

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2
Q

Fale sobre o princípio da legalidade no direito tributário.

A

A lei é o fundamento de toda tributação, pois é ela que deve estabelecer todos os elementos da relação tributária. Art. 150, par. 6, CF- “qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas e contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima(…)”

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3
Q

Pode haver norma penal em branco no Direito Tributário?

A

Sim. Há casos em que a lei delega um elemento da hipótese de incidência ao Poder Executivo. Ex. SAT - alíquotas de 1 a 3 por cento a depender se a atividade preponderante da empresa é leve, média ou grave, cabendo ao Executivo definir o que seria atividade preponderante leve, média ou grave.

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4
Q

A regra geral é lei ordinária para regular matéria tributária, mas a CF reserva alguns assuntos para lei complementar, por serem temas sensíveis, que exigem maior representação (casos em que não é possível MP). Que casos são esses?

A

1) impostos sobre grandes fortunas, 2) empréstimo compulsório; 3) impostos residuais; 4) contribuições sociais previdenciárias residuais; 5) conflitos de competência em matéria tributária entre a União, os Estados e Municípios; 6) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 7) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos, fatos geradores, base de cálculo e contribuintes, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, tratamento tributário para cooperativas, microempresas e EPPs (questões tratadas no CTN, que foi recepcionado pela CF como lei complementar); 8) contribuinte e substituição tributária no ICMS; 9) ITCMD de doador com domicílio ou residência no exterior ou de de cujus com bens, domicílio, residência ou inventário no exterior; 10) alíquotas e exclusão de incidência de ISS para exportação de serviços ; 11) estabelece limite máximo para o caso de haver anistia ou remissão de débitos de contribuições sociais.

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5
Q

Há casos, em matéria tributária, que a CF determina a regulamentação por resolução do Senado. Que temas são esses?

A

OBRIGATÓRIO: 1) alíquotas interestaduais e de exportação do ICMS; 2) alíquotas mínimas para IPVA; FACULTATIVO: 3) alíquotas mínimas nas operações internas de ICMS; 4) alíquotas máximas nas operações de ICMS para resolver conflito de interesse de Estados.

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6
Q

Quais assuntos, em direito tributário, não precisam de lei, podendo ser tratado por decreto, portaria ou IN da Receita?

A

1) prazo para pagamento do tributo (vencimento); 2) obrigações acessórias (prestação positiva ou negativa no interesse da arrecadação e/ou fiscalização.obs: multa precisa de lei);3) atualização monetária da base de cálculo. Utilizado em IPTU e IPVA. Aumento acima da inflação exige lei; 4) substituição legal do índice de atualização monetária;

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7
Q

Como se estabelece o regime de apuração do ICMS?

A

Por lei específica estadual.

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8
Q

A base de cálculo de um imposto pode ser alterado por que instrumento normativo?

A

Lei.

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9
Q

A alíquota de um imposto pode ser alterado por que instrumento normativo?

A

Por lei. Apenas no caso de impostos extrafiscais pode ser alterado por qualquer ente do Executivo (II, IE, IOF).

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10
Q

A redução ou restabelecimento do CIDE Combustível e ICMS combustível/lubrificante monofásico pode ser feita através de que instrumento regulador?

A

De decisão do CONFAZ, por meio de convênio interestadual (não é por decreto estadual!).

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11
Q

Medida provisória pode instituir ou majorar apenas impostos?

A

Segundo o STF, MP pode instituir ou majorar qualquer TRIBUTO permitido à lei ordinária.

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12
Q

Todos os entes federados podem editar MP referentes a tributos?

A

Segundo o STF, sim (matérias reservadas à lei ordinária).

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13
Q

O artigo 246, CF criou um limitação à Medida Provisória. No que consiste?

A

“É vedada a adoção de MP na regulamentação de artigo da CF cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 01/01/1995 até 11/09/2001”. Para fins tributários:?EC/98 alterou várias situações de contribuição previdenciária e EC 29/2000 criou o IPTU progressivo.

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14
Q

Conceitue princípio da anterioridade.

A

É o lapso temporal que deve haver entre a publicação da lei e a produção de seus efeitos concretos. Não se confunde com vigência da norma. Relaciona-se com a eficácia da norma. Segundo o STF, é direito fundamental (cláusula pétrea). O princípio da anterioridade se refere a tributos e não, penalidades.

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15
Q

Explique o princípio da anterioridade anual .

A

Não se pode cobrar o tributo no mesmo exercício financeiro em que foi instituído ou majorado (data da publicação da lei e não, da vigência).

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16
Q

Explique o princípio da anterioridade nonagesimal, mínima ou da carência.

A

O tributo não pode ser cobrado no intervalo dos primeiros 90 dias (e não 3 meses!) desde a PUBLICAÇÃO da lei que o institui ou majora (STF diz que quando a CF fala em modificação, se refere a majorar, porque o que se procura evitar é a surpresa).

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17
Q

Quanto à aplicação do princípio da anterioridade no direito tributário, qual é a regra?

A

A regra é que os tributos observem a anterioridade anual e nonagesimal. Assim, leis publicadas até 02/10 de um ano passam a ter eficácia em 01 de janeiro do ano seguinte. Leis publicadas de 03/10 a dezembro de um ano passam a ser eficazes 90 dias após a data de publicação. Exceções: situações de extrafiscalidade e emergência.

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18
Q

Lei ou MP que beneficie o contribuinte com a diminuição ou extinção do tributo sem observar os prazos da anterioridade anual e nonagesimal ofende o princípio da anterioridade?

A

Não.

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19
Q

Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária se sujeita ao princípio da anterioridade?

A

Não. Súmula vinculante 50 do STF: “norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade”.

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20
Q

Substituição legal do índice de atualização monetária de tributo se sujeita ao princípio da anterioridade?

A

Não.

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21
Q

Redução ou extinção de desconto para pagamento de tributo se sujeita ao princípio da anterioridade?

A

Não.

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22
Q

Prorrogação de prazo para vigorar alíquota temporária já vigente se sujeita ao princípio da anterioridade?

A

Não. Ex. Caso do ICMS que estava em 18 por cento e o retorno para 17 por cento foi prorrogado.

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23
Q

Quando a MP que institui ou majora IMPOSTO , com exceção do II, IE, IPI, IOF, IEG, produzirá efeitos em regra?

A

No exercício financeiro seguinte, se tiver sido convertida em lei até o último dia daquele ano em que foi editada. Para o STF, o prazo de 90 dias é contado da data de publicação da MP. Se houver alteração substancial do teor da MP quando de sua conversão em lei, o prazo se conta a partir da publicação da lei.

24
Q

O II, IE, IOF e IEG podem ter suas alíquotas alteradas por decreto, no entanto, se forem alteradas por MP, é necessário aguardar a conversão desta em lei para ter eficácia?

A

Não. Tem eficácia imediata.

25
Q

A alteração do IPI deve respeitar o princípio nonagesimal. Se tal alteração se der por MP, conta-se os 90 dias a partir de quando?

A

A partir da publicação da MP, não havendo necessidade de aguardar sua conversão em lei.

26
Q

A alteração do IR e da BASE DE CÁLCULO do IPTU e IPVA precisam respeitar apenas a anterioridade anual. Se tais alterações forem efetuadas através de MP, é preciso aguardar sua conversão em lei?

A

Sim. É preciso a conversão em lei da MP e respeitar a anterioridade anual.

27
Q

No caso dos impostos que seguem a regra geral de observância tanto do princípio da anterioridade anual quanto nonagesimal, se suas alterações ocorrerem por meio de MP, quando haverá eficácia?

A

No exercício financeiro seguinte ao exercício em que ocorreu a conversão da MP em lei e observando os prazos da anterioridade anual e nonagesimal. Ex. ITR, IPVA, ITCMD.

28
Q

A alteração da taxa, contribuição de melhoria, contribuição profissional e de intervenção econômica por MP precisa aguardar sua conversão em lei para produzir efeitos?

A

Não, mas precisa cumprir a anterioridade anual e nonagesimal porque a CF só determina a conversão da MP em lei, como regra, para IMPOSTOS.

29
Q

A alteração da contribuição social previdenciária respeita apenas a anterioridade nonagesimal. Se tal alteração se der por MP, quando se inicia a contagem do prazo de 90 dias para produzir efeitos?

A

Da publicação da MP, não havendo necessidade de aguardar sua conversão em lei.

30
Q

A redução ou revogação de benefício fiscal produz efeitos imediatos ou se sujeita ao princípio da anterioridade?

A

Há uma decisão de uma turma do STF que considera que o ato normativo que revoga um benefício fiscal concedido configura aumento indireto do imposto, sujeito ao princípio da anterioridade. Art. 104, CTN- apenas para impostos sobre o patrimônio ou a renda a revogação ou redução da isenção teria eficácia no primeiro dia do exercício financeiro seguinte se de outro modo favorável a lei não dispuser.

31
Q

Explique o princípio da irretroatividade.

A

Quando se institui o fato gerador novo , a lei correspondente não retroage , ela abarca apenas fatos geradores futuros. É um refinamento da norma constitucional que diz que a lei não atingirá o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

32
Q

Há algum caso em que a lei é aplicada ato ou fato pretérito?

A

Conforme o art. 106, sim, 1) em qualquer caso, desde que a lei seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 2) tratando-se de ato não definitivamente julgado (judicial ou administrativo) : a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixa de trata-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento do tributo; 3) quando lhe comine pena menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática. Obs: no âmbito da Justiça , as fases de arrematação remissão e adjudicação são entendidas como “definitivamente julgado”.

33
Q

Confissão de dívida, com parcelamento dela, é ato definitivamente julgado?

A

Não. Se após o parcelamento vier lei mais benéfica, há o direito de incidência dessa lei. A lei mais benéfica pode ser conhecida inclusive de ofício pelo juiz,pois é fato novo. Obs. Trata-se aqui de infração. Uma isenção de tributos , por exemplo , não retroage.

34
Q

Por qual lei é regido lançamento tributário?

A

Pela lei vigente à época do fato gerador da obrigação. No entanto , aplica-se ao lançamento a legislação que , posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, institui novos critérios de apuração o processo de fiscalização , ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto ,neste último caso ,para efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiro.

35
Q

As autoridades e os agentes fiscais tributárias da União ,dos estados ,do Distrito Federal e dos municípios podem requisitar diretamente das instituições financeiras informações sobre as movimentações bancárias dos contribuintes?

A

Segundo informativo 815 do STF (repercussão geral), esta requisição é constitucional,no entanto , para os estados e municípios fazerem tal requerimento, devem ter regulamentado tal hipótese, como a união já fez no Decreto Federal 3724/2001. Além disso, deve haver : pertinência temática entre obtenção das informações bancárias e o tributo objeto de cobrança no procedimento administrativo instaurado; 2) prévia notificação do contribuinte quanto à instauração do processo e dos demais atos, garantindo o amplo acesso do contribuinte aos autos; 3) sujeição do pedido de acesso a um superior hierárquico; 4) existência de sistemas eletrônicos de segurança certificado e com controle de acesso; 5)estabelecimento de mecanismos efetivos de apuração e correção de desvios.

36
Q

Quem pode pedir diretamente às instituições financeiras as informações bancárias sem ser considerado quebra de sigilo bancário?

A

1) A Secretaria da Receita Federal do Brasil; 2) o fisco federal ou estadual (desde q haja decreto regulamentar, pertinência temática com o tributo objeto da fiscalização, prévia notificação do contribuinte quanto à instauração do processo, sujeição do pedido a um superior hierárquico, sistema de segurança eletrônico certificado e com registro de acesso, mecanismos efetivos de apuração e correção de desvios); 3) CPI federal ou estadual . Obs: CPI municipal não pode; TCU- apenas para as operações de crédito originárias de recursos públicos; 4) Ministério Público - para contas de órgãos e instituições públicas , com o fim de proteger o patrimônio público.

37
Q

O que são fatos geradores pendentes? qual lei é aplicada a eles?

A

É aquele formado por um conjunto de atos que se dão em momentos diferentes. Ex. contribuição sobre o lucro líquido será calculado apurado em períodos. súmula 584 do STF - ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano base aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada declaração.

38
Q

Cite exemplos de observância ao princípio da isonomia no direito tributário.

A

Tratamento diferenciado e favorecido para as micro empresas e empresas de pequeno porte, simples Nacional , tributação de fato gerador lícito ou ilícito, válido ou inválido , anulável ou nulo.

39
Q

Pode incidir IPTU sobre a área que é de preservação permanente e que tem proibição administrativa de edificar?

A

Segundo STJ, sim. A hipótese de incidência do tributo é a Propriedade e esta existe, logo , será tributado, não interessando se sobre ela há restrições. o fato gerador não é o uso e a existência da propriedade.

40
Q

Defina o princípio da capacidade contributiva.

A

É uma forma de instrumentalizar o princípio da isonomia. É limite ao poder de tributar, pois o tributo não pode incidir sobre o mínimo necessário à sobrevivência do indivíduo.

41
Q

De acordo com a Constituição Federal, “sempre que possível os impostos devem ter um caráter pessoal e serão graduados Segundo a capacidade econômica do contribuinte ,facultado à administração tributária ,especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio ,os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Como a constrição Federal fala em impostos ,o princípio da capacidade contributivo só deve ser observado em relação a eles?

A

Não. A CF diz , em relação à contribuição previdenciária , que ela poderá ter alíquotas ou base de cálculo diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. Taxa - certidão de nascimento e óbito são de graça para quem não pode pagar. O STF aplicou o princípio da capacidade contributiva para taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários e para taxa judiciária.

42
Q

Todo tributo permite aplicação do princípio da capacidade contributiva?

A

Nem todo tributo permite tal aplicação , porém , sendo possível , é imperativo , não há discricionariedade.

43
Q

Quais são as formas de se aplicar o princípio da capacidade contributiva?

A

1) progressividade (progressividade fiscal - quanto mais se ganha, mais se paga e extra fiscal - estimular ou inibir certas condutas); 2) proporcionalidade e 3) seletividade.

44
Q

O ITBI pode ter caráter progressivo?

A

De acordo com a súmula 656 do STF, não, pois é um imposto real que não se coaduna com a técnica da progressividade.obs: o ITCMD (imposto que incide sobre transferência de bens e direitos a título gratuito) e o IPTU , embora sejam impostos reais, são compatíveis com a técnica da progressividade.

45
Q

Se o legislador conceder isenção a uma categoria, o poder judiciário pode estender tal isenção a outra categoria que entenda estar na mesma situação?

A

Não. O poder judiciário pode, no máximo, declarar a lei inconstitucional, devido à isonomia.

46
Q

Explique o princípio da vedação do confisco.

A

Não pode haver tributo sobre o mínimo existencial .se houver , estaremos diante de um confisco . se houver perda da propriedade, também haverá confisco. segundo STF , para configurar confisco deve-se analisar a carga tributária global. Tal análise deve se limitar a um período e a carga tributária analisada deve ser fruto de uma mesma pessoa política.

47
Q

A situações em que se permite o confisco?

A

Sim. exemplos: glebas utilizadas para plantação de psicotrópicos enseja a perda da propriedade. Segundo o STJ, dá ensejo à pena de perda do veículo a conduta dolosa do transportador que utiliza veículo próprio para conduzir ao território nacional mercadoria estrangeira sujeita pena de perdimento, independentemente de o valor do veículo ser desproporcional ao valor das mercadorias apreendidas. essa punição severa tem o objetivo de coibir o descaminho e o contrabando.

48
Q

Para saber se o imposto respeita o princípio do confisco, devemos verificar a alíquota. Há exceções?

A

Sim. 1) Os impostos extrafiscais (II, IE, IPI, IOF) - regulam a economia; 2) Os impostos de progressividade extra fiscal (IPTU e ITR) - se relacionam com a função social da propriedade; 3) imposto seletivos (IPI e ICMS); 4) impostos em estado de guerra (IEG e empréstimo compulsório, q não é imposto) - situação é atípica e exige maior sacrifício de todos.

49
Q

Como se verifica se a taxa e a contribuição de melhoria estão de acordo com princípio do não confisco?

A

Devemos focar na base de cálculo . A taxa e a contribuição de melhoria são uma contra prestação de um serviço estatal , logo, o valor cobrado não pode ser superior ao custo da atividade.

50
Q

Fale sobre o princípio do não confisco e a multa.

A

A multa de mora ou punitiva pretende que o comportamento do contribuinte não se repita, assim há de ser elevada. por outro lado, ela deve ser proporcional e ,por isso , é possível que seja confiscatória. ex. multa de 300% sobre o valor do bem , ainda que se pague o tributo mas não apresente a nota fiscal: STJ entendeu como confiscatória.

51
Q

Explique o princípio da não limitação ao tráfico de pessoas e bens.

A

A hipótese de incidência do tributo não deve ser entrar ou sair de município ou estado. Trata-se de princípio ligado à liberdade de locomoção e liberdade de comércio. exceções: taxa de turismo (só se a finalidade for a melhoria ou preservação do meio ambiente) , pedágio (fim é a conservação da estrada) e ICMS (é o fato gerador do tributo).

52
Q

Explique o princípio da uniformidade geográfica.

A

A instituição de tributo deve ser uniforme em todo território nacional, para que não haja distinção ou preferência em relação estados, distrito federal e município em detrimento de outro. única exceção possível - concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio eu desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões.

53
Q

Explique o princípio da não discriminação baseada em procedência ou destino.

A

É uma decorrência do princípio da uniformidade geográfica. De acordo com ele , é vedado aos estados , Distrito Federal e municípios estabelecerem diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza em razão de sua procedência ou destino. ele evita guerra fiscal e serve para qualquer tipo de cobrança, isenção ou redução.

54
Q

Explique o princípio da isonômica tributação da renda nos títulos da dívida pública e vencimentos dos servidores públicos.

A

A união tem que cobrar os mesmos tributos e nas mesmas alíquotas tanto para servidores públicos dela , quanto para funcionários de estados e municípios. Da mesma forma também serão tributados os juros dos títulos da dívida pública da união, estados e municípios. Trata-se de uma decorrência do princípio da igualdade.

55
Q

Explique o princípio da publicidade ou da transparência no direito tributário.

A

Os consumidores têm direito de saber quais impostos incidem nas mercadorias e serviços que consomem.não é vedada a divulgação de representações fiscais para fins penais , inscrições na dívida ativa da Fazenda Pública e parcelamento ou moratória. Exceção: A fazenda pública não pode divulgar a informação obtida em razão do ofício sobre situação econômico-financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.

56
Q

Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, não é vedada a divulgação por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado do seus negócios ou atividades. Há exceções a essa regra?

A

Sim: 1) requisição de autoridade judiciária do interesse da justiça ; 2) solicitações de autoridade administrativa no interesse da administração pública , desde que seja comprovada instauração regular do processo administrativo no órgão ou da entidade respectiva com objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a infração , por prática de infração administrativa; 3) A Fazenda Pública da União e dos estados do Distrito Federal e dos municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para fiscalização de tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida por lei o convênio. A Fazenda Pública da União ,na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios poderá permutar informações com estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos.