Leishmaniose (Visceral e cutânea) Flashcards
Nome da infecção causada pelo Leishmania sp.
Leishmaniose
Quais são os tipos de leishmaniose?
- Visceral ou kalasar
- Cutânea
Formas evolutivas do Leishmania sp.
- Amastigota (sem flagelo) (foto 1)
- forma intracelular
- estruturas infectantes para o Lutzomyia
- Promastigota metacíclico (foto 2)
- estruturas infectantes para o ser humano

Quais são as principais etiologias leishmaniose visceral?
- Leishmania donovani
- Leishmania infantum
- Leishmania chagasi
Qual é a principal etiologia de leishmaniose visceral no Brasil?
Leishmania chagasi

Quais são os reservatórios de Leishmaniose visceral?
- Cão
- Raposa

Qual é a estrutura infectante para de Leishimania sp. para o ser humano?
Promastigota metacíclica

Qual é o habitat de Leishimania sp. no ser humano
Células do sistema fagocitário mononuclear (monócitos e macrofagos) em orgãos linfóides:
- medula óssea
- baço
- figado
- linfonodos
Epidemiologia da Leishmaniose visceral no brasil
- Predomínio na região nordeste e MG
- Observa-se um aumento do Nº de casos nos últimos anos

Quais são os vetores de leishmaniose visceral no Brasil?
FLEBOTOMÍNEOS
- Lutzomyia longipalpis
- Lutzomyia cruzi
- mais encontrado no Mato Grosso do Sul
Ciclo biológico de Leishmania sp.
- L. longipalpis/L. cruzi infectado pica ser humano sadio
- Inoculação de promastigotas metacíclicos, presentes na saliva do vetor, no repasto sanguíneo
- Promastigotas metacíclicos fagocitados por macrófagos/monócitos
- Formação do fagolisossomo
- Promastigotas metacíclicos escapam das enzimas lisossomiais e diferenciam-se em amastigotas
- Multiplicação por divisão binária
- Rompimento da célula e liberação dos amastigotas
- Amastigotas liberados podem infectar outras células
- O vetor biológico se infecta ao ingerir sangue contendomacrofagos/monócitos infectados

Qual é o mecanismo de infecção do ser humano por Leishmania sp.?
- Vetor biológico (passivo-cutâneo)
- Transfusões sanguíneas
- Compartilhamento de seringas
Leishmaniose visceral - patogênese
- Disseminação de amastigotas pelo sistema linfático ( migração de monócitos)
- Invasão de vísceras/órgãos linfóides (baço fígado, medula óssea, linfonodos)
- Destruição de macrófagos/monócitos
- Recrutamento de linfócitos (hiperplasia de medula óssea)
Leishmaniose visceral - sinais e sintomas da forma oligossintomática
SINAIS E SINTÔMAS INESPECÍFICO

- Febrícula
- Tosse seca
- Adinamia
- Diarreia
- Sudorese
- Hepatomegalia discreta
Leishmaniose visceral - sinais e sintomas da forma aguda
- Febre alta
- Calafrios
- Diarreia (pode ser do tipo disenteria)
- Esplenomegalia (baço aumentado)

Leishmaniose visceral - sinais e sintomas da forma crônica (calazar clássico)
- Hepatoesplenomegalia de grande monta
- Febrícula prolongada
- Tosse seca
- Sintomas gastrointestinais
- anorexia
- diarreia/disenteria
- constipação
- Perda de peso
- pode chegar a caquexia

Leishmaniose visceral - populações sucetíveis a desenvolver a forma crônica (calazar clássico)
- Imunodeprimidos
- AIDS
- trasplantados
- tratamento prolongado com corticoides
- Desnutridos
- Crianças <10 anos
Leishmaniose visceral - achados no exame físico da forma crônica
- Palidez cutâneomucosa
- Cabelos quebradiços
- Abdome volumoso
- não ocorre em todos os casos
- Hepatoesplenomegalia de grande volume

Leishmaniose visceral - métodos diagnósticos
1) PARASITOLÓGICO
↳ pesquisa de amastígotas
- aspirado de medula óssea (exame direto ou cultura)
- punção esplênica (invasivo)
2) SOROLÓGICO
↳ ensaio imunoenzimático (ELISA)
↳ imunofluorescência indireta

Leishmaniose cutânea - etiologia
- Leishmania (leishmania) amazonensis
- Leishmania (Viannia) guyanensis
- Leishmania (Viannia) brasiliensis
Leishmaniose cutânea - vetor
Flebotomíneos do gênero Lutzomyia

Leishmaniose cutânea - reservatórios
MAMIFEROS
- Cão
- Roedores
- Cavalos
- Ser humano
Leishmaniose cutânea - período de incubação
1 a 3 meses
Leishmaniose cutânea - características da lesão na área de inoculação
Eritema

Leishmaniose cutânea - fases da evolução da lesão
- Lesão inicial
- Lesão ulcerada
- Lesão vegetante
- Lesão mucosa
Leishmaniose cutânea - características da lesões inicial
Formação de pápula eritematosa evolui rapidamente para uma lesão:
- papulocrostosa
- papulovesiculosa
- papulopustulosa

Quais são as características da lesão ulcerada presente na leishmaniose cutânea?
- Aspecto ulceroso
- bordos elevados e bem definidos (“úlcera em moldura de quadro”)
- centro granulado, de cor vermelho-viva e com secreção serosa
- Indolor

Leishmaniose cutânea - características da lesão vegetativa
- Cicatrização espontânea das úlceras ou formação de placas vegetantes / verrucosas
- Lesões cronificam e crescem lentamente.

Leishmaniose cutânea - características da lesão mucosa
- Comumente surgem de 1 a 2 anos após o surgimento da pápupula de inoculação
- Evolução:
- Eritema
- Edema
- Discreta infiltração na mucosa
- maior infiltração e lesão ulcerovegetante

Leishmaniose cutânea - Locais acometidos pelas lesões mucosas
- Nariz (septo, asas)
- Lábios
- Palato
- Gengiva
- Lábios
- Faringe
- Laringe
- Pavilhão auricular (assimetricamente)

Leishmaniose cutânea - como Leishmania sp. sai do sítio de infecção e chega ao local da lesão mucosa?
Por disseminação hematológica do parasito
- migração de monócitos infectados
Quais as consequências da evolução das lesões cutâneas na leishmaniose cutânea
- Destruição de cartilagens
- desabamento do nariz

Leishmaniose cutânea - o que é leishmaniose cutânea difusa
- Forma rara de leishmaniose cutânea
- Formação de múltiplos nódulos não ulcerados

O mesmo indivíduo pode apresentar __1__ ou mais lesões cutâneas em estágios evolutivos diferentes
1) uma
O mesmo indivíduo pode apresentar ou uma ou __2__ lesões cutâneas em estágios evolutivos diferentes
2) mais
O mesmo indivíduo pode apresentar ou uma ou mais lesões cutâneas em __3__
3) estágios evolutivos diferentes
Leishmaniose cutânea -métodos diagnóstico
- Exame direto
- Histopatologia
- Cultura
- Sorologia
- Teste intradérmico de Montenegro
Leishmaniose cutânea - qual é a amostra coletada e o que é pesquisado no exame direto
- Raspado das bordas das lesões cutâneas
- Procura de formas amastigotas no interior dos mononucleares (macrofagos e monócitos) ao microscópio

Leishmaniose cutânea - qual é a amostra coletada e o que é pesquisado na histopatologia
- Biópsia da borda da lesão cutânea
- um pedaço da lesão é retirado
- Procura de amastigotas intracelulares em lesões recentes e demonstração de granuloma linfo-histiocitário

Leishmaniose cutânea - testes sorologicos utilizados
- imunofluorescência indireta
- ELISA
OBS: sensibilidade ≅ 75%
- pode ter reação cruzada com leishmanioses anteriores e com a doença de Chagas.

Leishmaniose cutânea - Teste intradérmico de Montenegro
- Inoculação de solução de promastigotas mortas no antebraço
- Baseado na memória imunológica dependente de linfócitos Th1
- Sensibilidade de aproximadamente 100%
- Usado no diagnóstico e acompanhamento de leishimaniose cutânea, exceto na leishmaniose cutânea difusa
Teste intradérmico de Montenegro tem boa sensibilidade para detecção de leishmaniose visceral e cutânea.
V ou F
F
- Só da leishmaniose cutânea
L. cutânea e visceral - profilaxia
- Tratar doentes
- Eliminar reservatórios
- Combater vetores
- Informar a população
- Usar repelentes ao entrar em matas endêmicas
- Usar mosquiteiros em áreas endêmicas