Leishmaniose Visceral Flashcards

1
Q

Leishmaniose, definição clínico anatomopatológica:

A

Protozoose crônica grave caracterizada por infestação do protozoário em órgãos ricos em células do sistema fagocítico mononuclear como baço e fígado

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2
Q

Manifestações clínicas:

A

Febre irregular e de longa duração, desnutrição, comprometimento do estado geral e hepatoesplenomegalia grave

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3
Q

Agente etiológico:

A

Leishmania infantum chagasi

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4
Q

Estagios de vida do Agente etiologico:

A

Promastigota e Amastigota

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5
Q

Descreva os estágios de vida do AE:

A

Promastigota: Forma flagelada, alongada e móvel, com vida extracelular. É como se encontra no inseto vetor e sua forma infectante se chama metacíclica ou estacionaria. Tem LPG e glicoproteina para aderir nas células.
Amastigota: Arredondada, é a forma como se encontra dentro do hospedeiro definitivo. Multiplicam-se nos macrófagos até mata-los, quando ficam no sangue disponível para atacar outro macrófago ou para ser sugado pelo vetor

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6
Q

Vetor:

A

Lutzomyia longipalpis, um flebotomínio. Apenas as fêmeas são hematófagas e se contaminam ao sugar sangue de canídeos

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7
Q

É uma doença mais rural mas devido a expansão desordenada da urbanização tem sido frequente nas áreas urbanas. V ou F?

A

V

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8
Q

Leishmaniose e Aids:

A

Associação dessas doenças foi verificada em vários países. A causa pode ser tanto a reativação quanto uma forma alternativa de transmissão por compartilhamento de seringa no uso de drogas.

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9
Q

V ou F: Polimorfonucleares são menos eficazes que mononucleares no combate a leishmania .

A

Falso, em mononucleares, o protozoário se multiplica no interior da célula

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10
Q

Padrão de interleucinas na resposta Th1:

A

IFN-Y, lL-12, TNF alfa e IL-2)

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11
Q

Padrão de interleucinas na resposta Th2:

A

IL-4 e IL- 10

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12
Q

Qual resposta e melhor contra a Leishmaniose(Th1 ou Th2)?

A

A resposta Th1. a Th2 permite sobrevivencia do protozoário.

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13
Q

Em órgãos como pulmão, rim e intestino, pode haver infiltrado inflamatório. V ou F:

A

V

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14
Q

Achado histopatológico no baço e glânglios linfáticos:

A

depleção de linfócitos nas áreas T-dependentes do baço e de gânglios linfáticos

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15
Q

Quais padrões hepáticos podem ser encontrados?

A

Padrão típico ( hipertrofia de células de kupfer)
Nodular ou involutivo ( em oligossintomáticos ou tratados)
Fibrogênico ( ampliação do espaço de Disse)
Cirrótico

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16
Q

Pulmões:

A

Pode-se encontrar pneumonia intersticial e focos de fibrose septal

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17
Q

Rins:

A

Comprometimento glomerular discreto. Glomerulite com deposito de igG, igM, complemento e fibrinogênio.

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18
Q

Quadro clínico, forma clássica, fase inicial:

A
Febre diária por 15 a 21 dias
Estado geral preservado
Hepatoesplenomegalia e anemia discretas
Sorologia revela anticorpos
Intradermoreação é negativo
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19
Q

Quadro clínico, forma clássica, fase de estado:

A
Febre alta diaria, com 2 picos
Pode haver calafrio seguido de sudorese
Anorexia
Enfraquecimento 
Emagrecimento
Sinais de desnutrição grave
Palidez cutânea 
Aumento abdominal
Desconforto em hipocondrio esquerdo
Manifestações hemorragicas: 
epistaxe
gengivorragia 
Diarreias
Pancitopenia
Tosse seca pode revelar pneumonite intersticial
A icterlcia  pouco frequente, mais nos casos graves e de evolução longa.
Intradermorreação é negativa
Títulos de anticorpo, elevados(> 1:4.000).
20
Q

Período final:

A

Pode evoluir de forma mais grave
Pode ter grande esplenomegalia até a cicatriz umbilical e fossa ilíaca direita
Caquexia pronunciada
Anemia intensa
Hemorragias, ascite e icteria ou infecções bacterianas.

21
Q

Forma assintomática:

A

Positividade da intradermorreação
Ausência de manifestações clínicas
Presença de anticorpos especificos no
soro

22
Q

Forma oligossintomática:

A

Discreto comprometimento do estado geral
Febre, discreta anemia, diarreia, emagrecimento
e adinamia.
Hepatomegalia normalmente está presente e não ultrapassa 5cm
Esplenomegalia discreta ou ausente

23
Q

LV grave:

A

Idade inferior a 6 meses e superior a 65 anos
Desnutrição grave
Comorbidades
Icterícia
Fenômenos hemorrágicos(exceto epistaxe)
Edema generalizado
Sinais de toxemia (letargia, má perfusão, cianose, taquicardia ou bradicardia, hipoventilação ou hiperventilação e instabilidade hemodinãmica)

24
Q

V ou F: Não existe reativação na leishmaniose

A

Falso, em imunossuprimidos, como transplantados renal e usuarios de imunossupressores, pode haver reativação, a qual se comporta como uma fase clássica, com febre, hepatoesplenomegalia e pancitopenia

25
Q

Leishmaniose e Aids,

A

LV reativa clinicamente com niveis de cd4 abaixo de 200c/mm3
Tríade clássica
Astenia
Emagrecimento
Adenomegalia
Diarreia, desconforto retal, disfagia, epigastralgia
Trapo respiratório geralmente assintomático, raramente p. intersticial

26
Q

Tríade clássica Leishmaniose:

A

Febre
Hepatoesplenomegalia
Pancitopenia
OBS: há hipoabuminemia e hipergamaglobulinemia

27
Q

Porque há pancitopenia?

A

Por conta do hiperesplenismo e também porque a medula é infectada por amastigotas.

28
Q

Internação:

A

Internar pacientes com quadro potencialmente grave:
Com risco de infecção: Leucócitos abaixo de 1000/mL, Neutropenia grave(menor que 500/mm3).
Risco de hemorragia: plaqueta menor que 50 000/mL
Outros achados indicativos de gravidade: Hemoglobina menor que 7g/dL
Coagulograma alterado(ativ. de protrombina menor que 70 por cento)
Creatinina 23 maior que limite superior de normalidade
Bilirrubina total acima do VR
AST e ALT 53 acima do VR
Albumina menor que 2,5mg/dL

29
Q

Discorra sobre antimonial pentavalente:

A

Glucantime, acredita-se que atua no metabolismo bioenergético dos parasitas.
Apresentação: 5mL, com 81mg/mL
Dose recomendada: 20mg/Kg/Dia por 20 a 40 dias, com media de 28
Dose máxima: Nunca ultrapassar 3 ampolas por dia

30
Q

Contraindicações de antimonial pentavalente(Glugantime):

A

Gestação
Portador de cardiopatia
Nefropatia
Hepatopatias.

31
Q

Efeitos colaterais de glungantime:

A

artralgia, mialgia, náusea, vômito, cefaleia,
anorexia, aumento de transaminases, fosfatase alcalina, lipase e amilase, leucopenia, alargamento do intervalo QT e supra ou infradesnivelamento do segmento ST.

32
Q

Dose de glugantime:

A

20mg/kg/dia por 30 dias

33
Q

Exames que devem ser pedidos antes de usar glugantime:

A

Eletrocardiograma( pode ter aumento de intervalo QT e supra ou infra de ST)-Durante, 2 vezes por semana
Dosagem sérica de ureia e creatinina ( menos frequentemente pode haver aumento)
Enzimas hepáticas( pode haver aumento de transaminases)
Leucograma( pode haver leucopenia).
*Pedir esses exames 1 vez por semana no tt.

34
Q

Anfotericina B, mecanismo:

A

age na membrana ( no ergosterol), aumentando permeabilidade e permitindo influxo de ions, o que leva a morte.

35
Q

Formas de apresentação da anfotericina:

A

convencional
apresentação lipidica( menos efeitos colaterais)
*todas de aplicação IV lenta

36
Q

Dose de anfotericina:

A

convencional: 0,5 a 0,7mg/kg/dia, sem ultrapassar 50mg por dia. ( 12 a 20 dias), se for em dias alternados, 30 a 40 dias
Lipossomal(ambisome): 4 a 5mg/kg/dia, por 5 dias

37
Q

efeitos adversos da anfotericina:

A

Alta toxicidade, sobretudo renal e com distúrbios hidroeletrollticos
Cardiotoxicidade
Durante a infusão da droga: febre, anorexia, náuseas, vômitos e flebite.
Hipopotassemia(potassio abx de 2,5mEq/l) reposição oral) e insuficiência renal(creatinina acima de 2mg/dL é risco)
Anemia, leucopenia e alterações cardiacas

38
Q

Cuidados ao tomar anfotericicina:

A
Dosagem, duas vezes por semana:
 Níveis séricos de sódio, potássio, magnésio
Ureia e creatinina
Hemograma
Eletrocardiograma.
39
Q

Única droga de apresentação oral:

A

Mitelfosina, dose de 2,5mg/kg/dia por 28 dias. Uso interessante quando combinada.

40
Q

Diamidina, comente:

A

4 mglkg, três vezes por semana, por 5 a
25 semanas. Interfere na sintese do
DNA, provavelmente alterando a morfologia do cinetoplasto e fragmentando a membrana mitocondrial, levando o agente à morte.
Eventos adversos mais descritos são: náuseas, vômitos, cefaleia, hipoglicemia, hipotensão
durante a infusão, aumento de ureia e creatinina, sincope,diabete, leucopenia, pancreatite e alterações inespecíficas do segmento ST e da onda T.

41
Q

Conduta em caso de refratariedade a antimonial:

A

Associar com alopurinol, 15 a 20mg/kg( dividido em 2 a 3 vezes por dia) por 14 dias

42
Q

Conduta em refratariedade a anfotericina b

A

Repetir tt e caso seja refrataria novamente, suspeitar de outro diagnostico ou usar antimonial.

43
Q

pacientes com aids, tt:

A

Anfotericina b lipossomal, o restante tem muito efeito colateral

44
Q

TT forma grave:

A

Anfotericina b, e internação em referencia

45
Q

Diagnóstico:

A

Punção de medula óssea(mielograma)
Pesquisa direta e a cultura do parasito no sangue periférico são poucos usuais em imunoconpetentes mas util em HIV
Diagnóstico sorológico
Teste rápido imunocromatográfico (IC) rK39?
Teste de aglutinação direta (DAT)
Teste de aglutinação em látex (LAT)
Punção de Baço: esplenomegalia > 3 cm, atividade de protrombina> 60% e plaquetometria > 40.000/mm3
Teste Intradérmico de Montenegro: A injeção intradérmica do extrato de antígenos
de Leishmania. O teste é sempre negativo durante a fase ativa
da doença