LAB Flashcards

Memorizar valores normais de laboratorio

1
Q

Sódio

A

135-145mEq/L

Na+ alto: Diabetes insipidus, Uso de manitol, Diuréticos de alça, Hiperaldosteronismo
Na+ baixo: Uso de tiazídicos, Hipovolemia, ICC, Cirrose, SIAD, Ins. supra-renal, Potomania

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Potássio

A

3,5-4,5mEq/L

Quando aumenta? Insuficiência renal; Acidose; Hipoaldosteronismo; Insuficiência adrenal primária;
Drogas retentoras de K+ (espironolactona, iECA); Hemólise maciça.
Diminuído quando: Alcalose metabólica; Diarréia, fístulas digestivas ou vômitos; Tiazídicos ou
diuréticos de alça; ATR tipo I e II; Hiperaldosteronismo; Poliúria; Hipomagnesemia; Estenose da artéria
renal; Insulina; Beta-agonistas; Hipotermia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Cálcio

A

8,5-10mg/dl
Cálcio iônico: 1,12-1,32mmol/L (não se
altera com hipoalbuminemia, acidose
ou alcalose)

Quando aumenta? Hiperparatireoidismo primário ou terciário; Malignidades; Doenças granulomatosas;
Hipervitaminose D; Aumento da reabsorção óssea (hipertireoidismo); Síndrome leite-álcali.
Quando cai? Hipoparatireoidismo; Hipomagnesemia; Deficiência de vitamina D; Síndrome do osso
faminto (pós-paratireoidectomia); Quelantes de cálcio.
Ca++ corrigido: Aumentar em 0,8 o valor do Ca++ para cada 1,0mg que a albumina estiver abaixo
de 4,0mg/dl.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Fósforo

A

2,5-4,3mg/dL

Quando sobe? Insuficiência renal; Hipoparatireoidismo; Hipercalcemia; Hiper ou hipomagnesemia
severas; Acromegalia; Acidose metabólica; Rabdomiólise; Hemólise severa
Quando cai? Hiperparatireoidismo primário ou secundário; Hiperglicemia, alcalose ou uso de
catecolaminas; Síndrome do osso faminto; SHU; Hiperaldosteronismo; Alcoolismo; Hipomagnesemia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Magnésio

A

1,5-2,5mg/dl

Se alto… pensar em insuficiência renal ou iatrogenia
Se baixo… pensar em diarréias, diuréticos tiazídicos ou de alça, aminoglicosídeos, anfotericina B,
etilismo crônico, síndrome do osso faminto.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Cloro

A

102-109mmol/L

Aumentado: na desidratação, ATR, perdas digestivas de HCO3, IRA, excessiva reposição do íon por
hidratação venosa ou alimentação parenteral.
Diminuído: na hiperidratação, perdas excessivas de cloro por via gastrointestinal, acidose metabólica
com anion gap aumentado, nefropatias perdedoras de sódio e SIAD.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Bicarbonato

A

22-26mEq/L

Aumenta… na Hipocalemia, Hiperaldosteronismo, Hipercortisolismo, uso de iECA, Compensação de
acidose respiratória crônica; Hipovolemia; uso de Diuréticos; Vômitos; Adenoma viloso do colon…
Diminui… na Insuficiência renal e supra-renal; Acidose lática; CAD; Rabdomiólise; Intoxicação por
etilenoglicol, metanol e salicilatos; ATR; Hipoaldosteronismo; Diarréia…

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

pCO2

A

35–45mmHg

Reduz: na dor ansiedade, febre, sepse, hipóxia, compensação de acidose metabólica, crise asmática,
estimulação do centro respiratório por outra causa
Aumenta: na obstrução de grandes ou pequenas vias aéreas, doenças neuromusculares, sedação,
torpor/coma, síndrome de Pickwick, compensação de alcalose metabólica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

pO2

A

Acima de 60mmHg

Pode estar reduzida em condições que piorem a troca pulmonar, causando efeito shunt (pneumonias,
EAP), distúrbio V/Q (asma, DPOC, TEP), hipoventilação (neuropatias, depressão do centro respiratório),
shunt direita-esquerda (tetralogia de Fallot), anemia grave, intoxicação por CO.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

pH

A

7,35 - 7,45

pH alto =alcalose metabólica  hipovolemia, hipocalemia, hipercortisolismo…
alcalose respiratória  hiperventilação (dor, febre, ansiedade, TEP…).
pH baixo =acidose metabólica acidose lática, rabdomiólise, cetoacidose diabética, ATR…
acidose respiratória obstrução de vias aéreas, doenças neuromusculares…

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Lactato

A

Arterial (melhor): 0,5-1,6mmol/L
Venoso: 0,63-2,44mmol/L

Aumenta na Sepse, Choque, Isquemia mesentérica, Insuficiência hepática, Hipoxemia; Acidose por
anti-retrovirais ou metformina; Neoplasia maligna, Acidose D-Lática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Osmolaridade

A

Osm efetiva: 275-290mmol/L
Osm: clássica: 280-295mmol/L

Varia de maneira diretamente proporcional ao sódio (principal) e glicose.
Varia de maneira diretamente proporcional ao sódio (principal), glicose e uréia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Uréia

A

10-50mg/dl

Aumenta classicamente na insuficiência renal.
Pode subir em pacientes em dieta hiperprotéica, com hemorragia digestiva e infecções

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Creatinina

A

Mulheres: 0,6-1,2mg/dl
Homens: 0,7-1,4mg/dl

Aumenta na insuficiência renal. É mais fidedigna que a uréia como indicador de função renal.
Em idosos, sempre calcular o clearence de creatinina, que pode ser baixo apesar de uma
creatinina normal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Tireoglobulina

A

Pessoas normais: 2-70ng/ml
Tireoidectomizados: <1ng/ml

Aumenta em tireoidites, CA de tireóide, hipertireoidismo ou após palpação vigorosa da
glândula. Principal utilidade: segmento de CA pós-tireoidectomia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Ceruloplasmina

A

22-58mg/dl

Proteína sintetizada no fígado responsável pelo transporte de cobre no sangue, evitando que este metal
circule na sua forma livre. Seus níveis estão reduzidos na doença de Wilson. É um reagente de fase
aguda, aumentado em diversas condições inflamatórias (infecciosas, reumatológias e neoplásticas).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Cobre Total

A

Mulheres: 85-155mcg/dl
Homens: 70-140mcg/dl

O valor do cobre total medido (cobre ligado a ceruloplasmina) está diminuído na doença de Wilson,
em função da queda na produção hepática de ceruloplasmina. Este fato pode confundir o médico no
momento do diagnóstico desta rara doença… veja, é a dosagem do cobre sérico livre, que se encontra
elevada nestes pacientes (>10mcg/dl, em geral encontramos > 25mcg/dl).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Haptoglobina

A

36-195mg/dl

Diminuída nas hemólises
Aumenta em estados inflamatórios e neoplasias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Creatinoquinas

CK total

A

Mulheres : 26-140U/L
Homens: 38-174U/L

Útil no diagnóstico e no seguimento de miopatias, incluindo dermatomiosite, hipotiroidismo, doenças
infecciosas com miopatia e miopatia induzida por estatinas. Uso limitado no acompanhamento do
IAM. Injeções intramusculares, traumas, cirurgias, intoxicação por barbitúricos e uso de anfotericina B
também aumentam a CPK.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

CK-MB

A

Até 25U/l

Se eleva nas primeiras 4-6h do IAM, atingindo pico em 12h. Sua elevação é considerada relevante se
corresponder a ≥ 10% do valor da CK total.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

CK-MB massa

A

Até 3,6ng/ml

Mais específica que a CK-MB no acompanhamento do IAM`

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Troponina I

A

Até 0,5ng/ml - para alguns serviços,
1ng/ml; para outros, 0,25… -

O melhor marcador atualmente para IAM. Começa a subir após 4-6h do evento, mantendo-se elevada
por mais de 1 semana.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Mioglobina

A

Até 90mcg/L

A primeira enzima a se elevar no IAM, mas é inespecífica, elevando-se em qualquer lesão muscular
(incluindo rabdomiólise).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Aldolase

A

Até 7,6U/L

Útil no seguimento de miopatias. Bastante aumentada nas distrofias musculares e outras miopatias.
Aumenta também no IAM e neoplasias.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

ECA

A

9-67U/L

Aumentada na histoplasmose e, especialmente, na sarcoidose, onde a normalização de seus níveis
indica sucesso no tratamento. Pode aumentar em menor grau em outras doenças granulomatosas
pulmonares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

LDH

A

240-480U/L

Marcador inespecífico de lesão celular (hemólise, IAM, lesão hepática…). Níveis acima de 1000U/L em
um paciente HIV+ com infiltrado pulmonar sugerem pneumocistose. Usado em comparação com o
LDH do líquido pleural na diferenciação exsudato x transudato.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Amilase

A

28-100U/L

Aumenta: Pancreatite ou TU de pâncreas, e parotidite (também na IRC, grandes queimados, CAD e
abdomes agudos de outra etiologia – especialmente IEM e úlcera péptica perfurada).
Macroamilasemia: uma Ig liga a amilase, não permitindo a sua filtração no glomérulo. Resultado: amilase
muito alta no soro / muito baixa na urina (na pancreatite aumenta nos dois).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Lipase

A

<60U/L

Mais específica que a amilase para lesão pancreática. Usar as duas em conjunto. Permanecendo
elevada > 2 semanas após uma pancreatite aguda, pode sugerir pseudocisto. Pode aumentar também
em outras condições inflamatórias intra-abdominais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Alaninotransaminase (ALT)

A

7-41U/L

Aumentada na lesão hepática parenquimatosa – mais específica que a AST. Aumento acima de 1000U/L
tem três principais causas: hepatite viral, isquêmica ou por acetaminofen.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Aspartatotransaminase (AST)

A

12-38U/L

Aumentada na lesão hepática parenquimatosa, e nesse contexto, uma relação AST:ALT 2:1 ou maior
direciona o diagnóstico para doença hepática alcoólica, ou, menos comumente, evolução para cirrose,
doença de Wilson ou hepatite por Dengue. Eleva-se também no IAM e na pancreatite aguda.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Fosfatase alcalina (FA)

A

Mulheres: 35-104U/L
Homens: 40-129U/L

Fígado: Eleva-se na colestase, lesões hepáticas que ocupam espaço (metástases, tumores, granulomas,
abscessos), ou doenças infiltrativas do fígado (amiloidose). Hepatites, especialmente as colestáticas,
também podem elevar a FA.
Osso: Aumenta muito (acima de 1000U/L) na doença de Paget. Aumenta também na osteomalácia,
metástases ósseas (especialmente as blásticas) e TU ósseos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Gamaglutamil transpeptidase (gama-GT ou GGT)

A

Mulheres: 8-41U/L
Homens: 12-73U/L

Elevada basicamente nas mesmas situações que a FA, exceto em lesões ósseas (FA elevada + GGT
normal = provável lesão óssea). Uma GGT elevada, afastadas outras causas, pode servir como
marcador de etilismo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Bilirrubinas totais

A

0,3-1,3mg/dl

Sempre avalie a fração predominante em uma hiperbilirrubinemia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Bilirrubina direta (BD)

A

0,1-0,4mg/dl

Icterícia com predomínio de BD significa em geral colestase ou lesão hepatocelular. Afastadas doenças
que gerem um ou outro, pensar nas síndromes de Dubin-Johnson e do Rotor.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Bilirrubina indireta (BI)

A

0,2-0,9mg/dl

Icterícia com predomínio de BI, pensar em hemólise, eritropoese ineficaz ou síndrome de Gilbert.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Proteínas totais

A

6,5-8,1g/dl

As proteínas totais representam o somatório da albumina e das globulinas. Uma relação albumina/
globulina abaixo de 0,9 pode significar hiperglobulinemia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Albumina

A

3,5-5,0g/dl

Diminuída na cirrose, síndrome nefrótica, desnutrição ou outros estados hipercatabólicos, como a
caquexia do câncer.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Globulina

A

1,7-3,5g/dl

Podem estar aumentadas em doenças auto-imunes, calazar ou algumas doenças hematológicas, às
custas da frações alfa-1, alfa-2, beta ou gama-globulina. Podemos identificar a fração responsável pela
eletroforese de proteínas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

BNP (peptídeo natriurético cerebral)

A

Até 100pg/ml

Útil na diferenciação entre dispnéia por ICC e por pneumopatias primárias, na fase aguda.
Valores > 100pg/ml sugerem IVE, TEP ou cor pulmonale. Acima de 400pg/ml, praticamente sela
a IVE como causa da dispnéia. Na FA crônica, é recomendado aumentar o corte para 200pg/ml.
Muito ainda se pesquisa sobre esse marcador.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Antígeno prostático específico (PSA)

A

≤ 4ng/ml

Usado no screening do CA de próstata. Níveis acima de 50ng/ml predizem um risco maior de
Mx à distância. Os “refinamentos de PSA” (apostila nefro VI) podem tornar o PSA mais específico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Alfafetoproteína

A

≤ 15mcg/L

Funciona como marcador de hepatocarcinoma e alguns tumores testiculares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

CA-125

A

≤ 35U/ml

Marcador de CA de endométrio e, principalmente, de ovário, na pesquisa de recidivas póstratamento.
Não tem valor diagnóstico, e pode se elevar em outras neoplasias e até mesmo na
endometriose.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

CA 19-9

A

≤ 37U/ml

Esse marcador é usado principalmente no CA de pâncreas. Níveis acima de 300U/ml indicam
maior probabilidade de que o tumor seja irressecável. Útil no acompanhamento de recidivas.
Pode aumentar também no LES, AR, esclerodermia e cirrose.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

CA 15-3

A

≤ 28 U/ml

Útil no segmento após tratamento do CA de mama. Pode estar elevado também no CA de
pulmão, ovário e pâncreas, e ainda em hepatopatias.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

CEA

A

Não fumantes: até 3,0 mcg/L.
Fumantes : até 5,0 mcg/L.

Muito usados no segmento pós-tratamento do CA colorretal. Não tem indicação no diagnóstico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

Beta-HCG

A

Indetectável em não-gestantes

A principal aplicação é no diagnóstico de gravidez, mas pode ser usada no diagnóstico de
neoplasias trofoblásticas gestacionais e alguns tumores de testículo.

47
Q

TSH

A

≥ 20 anos: 0,45-4,5mUI/L

Fundamental no diagnóstico de disfunções tireoideanas e o grande exame no seguimento, para
ajuste de doses de reposição hormonal. TSH alto, hipotireoidismo primário ou hipertireoidismo
secundário; TSH baixo, hipertireoidismo primário ou hipotireoidismo 2ario/3ario.

48
Q

T4 livre

A

0,7-1,5ng/dl

Teste mais fidedigno para medir a atividade hormonal tireoideana, em relação ao T4 e T3 total.

49
Q

T3

A
  • 12 a 20 anos: 72-214 ng/dL (1,10-3,28 nmol/L);
  • 20 a 50 anos: 70-200 ng/dL (1,13-3,14 nmol/L);
  • > 50 anos: 40-180 ng/dL (0,63-2,83 nmol/L).

Útil no diagnóstico do hipo e hipertireoidismo, mas pode estar normal em até 30% dos
casos. Deve ser solicitado quando o T4 estiver normal e houver suspeita de T3-toxicose.

50
Q

Calcitonina

A

Mulheres: até 5pg/ml
Homens: até 12pg/ml

A calcitonina está elevada no carcinoma medular da tireóide. Estudos estão em andamento
tentando validar a pró-calcitonina como marcador de infecção (talvez o melhor existente).

51
Q

Paratormônio (PTH)

A

10-65pg/ml

O PTH se eleva em resposta à hipocalcemia (ou hiperparatireoidismo primário) e se reduz em
resposta à hipercalcemia. Na IRC, níveis aumentados de PTH apontam hiperparatireoidismo
secundário ou terciário. Cada estágio de IRC tem seu PTH-alvo.

52
Q

Prolactina

A

Mulher não-gestante: Até 26mcg/ml
Homem: Até 20mcg/ml

Dosagem usada no seguimento pós-op de tumores hipofisários ou na investigação de disfunção
erétil, galactorréia ou amenorréia. Prolactinomas geralmente cursam com níveis acima de
100ng/ml.

53
Q

Testosterona

A

Homens: 240-816ng /dL
Mulheres: 9-83ng/dL

A testosterona é solicitada na investigação de hipogonadismo em homens, e virilização/
hirsutismo em mulheres.

54
Q

Eritropoetina

A

4,1-27 U/ml

Reduz-se na insuficiência renal e tem papel na investigação de anemias e policitemias. Nas policitemias,
o achado de EPO baixa é diagnóstica de policitemia vera, enquanto valores aumentados nos fazem
pensar em causas secundárias de policitemia (como doença pulmonar ou síndrome paraneoplásica).

55
Q

Cortisol sérico

A
  • Sem supressão prévia: 5-25mcg/dl
  • Após supressão com 1mg de dexametasona na noite anterior: < 5mcg/dl

Valores aumentados (ou não suprimidos) indicam a continuação da investigação para síndrome
de Cushing. O teste que se segue à supressão com dexametasona 1mg é mais fidedigno. Colher
entre 7-9h.

56
Q

Teste da cortrosina

A

Cortisol esperado: >18mcg/dl

Corresponde à dosagem do cortisol sérico 30-60min após a administração IM ou IV de 250mg
de cosinotropina. Se a resposta for abaixo do esperado, temos uma insuficiência supra-renal.

57
Q

ACTH

A

6-76pg/ml

Na insuficiência supra-renal: valores baixos apontam ISR secundária; valores altos, ISR primária.
No hipercortisolismo: valores altos = doença de Cushing; valores baixos = adenoma de supra-renal.

58
Q

Aldosterona

A

4-31ng/dl

A aldosterona se eleva no hiperaldosteronismo primário ou secundário; diminui no
hipoaldosteronismo (incluindo o da doença de Adison) e na síndrome de Bartter.

59
Q

Atividade de Renina (atividade de geração de angiotensina I)

A

0,5-2,1ng/ml/h

Uma atividade de renina baixa classifica um hipo ou hiperaldosteronismo como hiporreninêmico
(pensaremos em nefropatia diabética ou hiperaldosteronismo primário). A renina estará aumentada
nas causas secundárias de hiperaldo (ex.: hipertensão renovascular) ou nas causas primárias de
hipoaldosteronismo (ex.: insuficiência supra-renal primária).

60
Q

Gastrina

A

< 100pg/ml

Eleva-se em resposta à hipocloridria (gastrite atrófica, infecção pelo H. pylori, anemia perniciosa)
e, principalmente na síndrome de Zollinger-Ellison, onde costuma passar dos 1000pg/ml.

61
Q

Teste de supressão do GH

A

Positivo se < 1mcg/L

Nesse teste, o GH é dosado 1-2h após a administração de 75g de glicose por via oral. Teste positivo diagnostica acromegalia.

62
Q

Hemoglobina glicada (HbA1c)

A

4,0-6,0%

Aumentada no diabetes mal-controlado. Níveis de até 7,0% são tolerados no tratamento do DM. Não é
usada no diagnóstico.

63
Q

Glicemia de jejum

A

70-125mg/dl

  • Duas dosagens ≥ 126 ou uma dosagem > 200 + sintomas de DM = diagnóstico de DM
  • Duas dosagens entre 100-125 = estado pré-diabético
64
Q

Glicemia pósprandial (2h após 75g de glicose VO)

A

Até 140mg/dl

  • Se ≥ 200mg/dl = DM
  • Se entre 140-199 = intolerância à glicose
65
Q

Peptídeo C

A

0,5-2,0ng/ml

No DM tipo I, níveis indetectáveis
No DM tipo II, níveis > 0,1ng/dl

66
Q

Colesterol total

A

Desejável: inferior a 200 mg/dl
Limítrofe : de 200 a 239 mg/dl
Elevado : superior a 239 mg/dl

Importante observar as frações

67
Q

Colesterol-LDL

A

Ótimo: < 100 mg/dl
Sub-ótimo: 100-129 mg/dl
Limítrofe: 130-159 mg/dl

Encontrado por um cálculo => LDL = CT – (TG/5 + HDL). A escolha por manter o LDL no nível
ótimo, sub-ótimo ou limítrofe depende do risco cardiovascular do paciente. Em pacientes com
aterosclerose significativa, o alvo é 70mg/dl.

68
Q

Colesterol- VLDL

69
Q

Colesterol-HDL

A

≥ 40 mg/dl em homens
≥ 50 mg/dl em mulheres

Um HDL ≥ 40mg/dl é considerado protetor contra eventos cardiovasculares. Obesos, sedentários e tabagistas tendem a ter o HDL baixo. O exercício pode elevá-lo.

70
Q

Triglicerídeos (TG)

A

≤ 150 mg/dL

Valores altos estão relacionados a um alto risco cardiovascular e valores > 400 associam-se a
pancreatite aguda.

71
Q

Ácido Úrico

A

Mulheres: 2,5-5,6mg/dl
Homens: 3,1-7,0mg/dl

Útil no seguimento da hiperuricemia e todo o seu espectro de complicações.

72
Q

Homocisteína

A

4,4-14 μmol/L

Valores elevados na deficiência de folato ou de vit. B12. Outras causas: genética, sedentarismo, tabagismo
e hipotireoidismo. Hiper-homocisteínemia é fator de risco independente para doença coronariana.

73
Q

Ácido Metilmalônico

A

70-270mmol/L

Níveis aumentados sugerem deficiência de cobalamina, mas não de folato.

74
Q

Cobalamina (Vit. B12)

A

200-900pg/ml

Níveis baixos = carência de B12 / entre 200-300pg/ml = faixa de incerteza

75
Q

Folato

A

2,5-20ng/ml

Abaixo de 2ng/ml, confirmada a deficiência de ácido fólico como etiologia da anemia macrocítica;
acima de 4ng/ml, afastada. Entre 2-4ng/ml, faixa de incerteza

76
Q

Ferro

A

60-150mcg/dl

Quando aumenta? Hemocromatose idiopática, Eritropoese ineficaz (talassemia, anemia
megaloblástica), Hepatite aguda grave.
Quando diminui? Anemia ferropriva (geralmente < 30mcg/dl), Anemia de doença crônica.

77
Q

Ferritina

A

Mulheres: 10-150ng/ml
Homens: 29-248ng/ml

Principal marcador sérico das reservas corporais de ferro. Aumentada na anemia de inflamatória (de
doença crônica) e na hemocromatose; reduzida na anemia ferropriva.

78
Q

TBIC

A

250-360mcg/dl

Quando aumenta? Anemia ferropriva (também na gestação e uso de alguns ACO)
Quando reduz? Anemia de doença crônica, hemocromatose, hipertireoidismo, desnutrição.

79
Q

Saturação de transferrina (Ferro sérico/TBIC)

A

30-40%

Geralmente só baixa de 20% na anemia ferropriva. Diminui também na anemia de doença crônica e
síndrome urêmica. Aumenta na hemocromatose e na talassemia.

80
Q

Protoporfirina livre eritrocitária (FEP)

A

Até 30mcg/dl

Mede os níveis de protoporfirina não-ligados ao ferro. Se o ferro está baixo, aumenta a fração livre da
protoporfirina. Essa elevação ocorre tanto na anemia ferropriva quanto na intoxicação por chumbo.

81
Q

Chumbo

A

População geral: ≤ 10mcg/dl
População exposta: ≤ 40mcg/dl
Tolerância máxima: ≤ 60mcg/dl

Dosar nos pacientes suspeitos de intoxicação por esse elemento, e periodicamente nos com
exposição ocupacional (baterias, fabricação de plásticos, funilaria de automóveis…).

82
Q

G6PD (eritrocítica)

A

> 100mU/bilhão de eritrócitos

Abaixo disso, deficiência de G6PD (avaliar história de hemólise).

83
Q

Proteína C reativa (PCR)

A

Até 0,5mg/dl

Existe variabilidade na faixa de normalidade entre laboratórios. A PCR se eleva já no primeiro dia
de um processo infeccioso bacteriano, e funciona como um dos marcadores séricos de piora ou
melhora do processo. A PCR também se eleva na febre reumática aguda e na vasculite reumatóide.
Elevações crônicas parecem traduzir alto risco de eventos coronarianos.

84
Q

VHS (velocidade de hemossedimentação)

A

Mulheres: até 20mm/h
Homens: até 15mm/h

Eleva-se basicamente em estados inflamatórios/infecciosos e nas anemias, sendo um marcador bastante inespecífico. Doenças que podem cursar com VHS>100: infecções bacterianas, LES, FR,
arterite temporal e neoplasias. Um VHS próximo a zero pode ser uma pista importante na febre amarela.

85
Q

D-dímero

A

Até 500ng/ml

Extremamente útil como triagem diagnóstica para TEP/TVP em pacientes de baixo risco. Lembrar
que também aumenta nas seguintes condições: IAM e angina instável; CIVD e fibrinólise primária
maciça; hematomas; cirurgias; pré-eclâmpsia.

86
Q

PTT

A

26,3 - 39,4s

Altera-se com o uso de heparina não-fracionada, nas hemofilias, CIVD e na deficiência do complexo
protrombínico. A SAAF, apesar de ser um estado de hipercoagulabilidade, prolonga o PTT in vitro.

87
Q

Tempo de coagulação

A

5-10min

Método obsoleto, mas clássico, que mede a atividade total dos fatores de coagulação, sem discriminar a via acometida. Baixa sensibilidade e especificidade.

88
Q

Tempo de sangramento

A

< 7,1min

Prolongado nas trombocitopenias, nos distúrbios da função plaquetária e na fragilidade capilar.

89
Q

Tempo de trombina

A

14,4 – 18,4s

Útil na detecção (triagem) de disfibrinogenemias. Aumenta, portanto, na CIVD, fibrinólise, uso de
heparina não-fracionada, doenças hepáticas, paraproteinemias. Útil na monitoração da terapia
fibrinolítica.

90
Q

Fibrinogênio

A

200-400mg/dl

Diminui na CIVD e na fibrinólise primária. Aumenta nas condições inflamatórias/infecciosas,
por ser proteína de fase aguda

91
Q

Hemoglobina

A

12 a 17g/dL

92
Q

Hematócrito

93
Q

VCM

A

80-100 fL

Anemias com VCM elevado: síndrome mielodisplásica, anemia megaloblástica, sideroblástica adquirida, hipotireoidismo, hepatopatias, etilismo crônico, AZT, anemia com reticulocitose marcante.
VCM normal: anemia ferropriva, inflamatória, aplásica, endocrinopatias, IRC, hepatopatias.
VCM diminuído: anemia ferropriva (avançada), inflamatória, sideroblástica hereditária, talassemias.

94
Q

HCM

CHCM

A

28-32 pg
32-35 g/dL

Anemias normocrômicas: ferropriva (inicial), inflamatória (maior parte), maioria das outras
anemias.
Hipocrômicas: ferropriva (avançada), inflamatória (algumas), sideroblástica, talassemias.

95
Q

RDW

A

10-14%

Aumentado principalmente nas anemias ferroprivas e hemolíticas.

96
Q

Plaquetometria

A

150-400x10³/mm³

Causas de trombocitose: Doenças mieloproliferativas, anemia ferropriva, doença de Still ou elevação
acompanhando proteínas de fase aguda.
Causas de trombocitopenia: PTI, PTT, CIVD, SHU, próteses valvares, LES, HIV, drogas, dengue,
CMV, pós-transfusional, hiperesplenismo, anemia megaloblástica, anemia aplásica.

97
Q

Leucócitos totais

A

5-11 x 10³/mm³

Leucocitose: Infecções/sepse, anemia falciforme, doença mieloproliferativa.
Leucopenia: sepse; infecções virais, como o dengue; alguns quimioterápicos

98
Q

Basófilos

A

0-1%

Basofilia: LMC, leucemias basofílicas, algumas reações de hipersensibilidade e pós-esplenectomia

99
Q

Eosinófilos

A

1-5%

Eosinofilia: Asma, processos alérgicos, angeíte de Churg-Strauss, várias parasitoses intestinais,
insuficiência supra-renal, leucemia eosinofílica, doença de Hodgkin, síndrome hipereosinofílica
idiopática, síndrome eosinofilia-mialgia.
Eosinopenia: Causada por estados de estresse, como infecções ou pelo uso de glicocorticóide

100
Q

Neutrófilos

A

Seg: 45-70%

O quê causa neutrofilia? Infecções bacterianas, fúngicas e, às vezes, viral; uso de corticóide ou
de G-CSF; AINE; exercício físico vigoroso; trauma; paraneoplásica.
E o desvio para a esquerda? O aumento da contagem de bastões (e até metamielócitos/mielócitos)
é mais observado em infecções bacterianas e fúngicas agudas.
Causas de neutropenia: Quimioterapia, síndrome de Felty, AR, LES, anemia aplásica, anemia
megaloblástica, drogas, neutropenia idiopática, sd. de Chédiak-Higashi.

101
Q

Linfócitos

A

20-45%

Causas de linfocitose: Infecções virais, tuberculose, coqueluche, tireotoxicose, insuficiência
supra-renal, LLC;
Linfopenia: ocorre na AIDS, diversas imunodeficiências congênitas, corticoterapia, anemia
aplásica, LES, linfomas, sepse.

102
Q

Monócitos

A

4-10%

Causas de monocitose: Tuberculose, calazar, malária, doença de Crohn, sarcoidose, colagenoses,
leucemias mielóides, síndromes mielodisplásicas, linfoma, endocardite bacteriana subaguda.
Causas de monocitopenia: Corticoterapia, stress, infecções, anemia aplásica, leucemias agudas,
terapia imunossupressora.

103
Q

Pressão-LCR

A

50-180mmH²O

A raquimanometria sempre revelará aumento da pressão do LCR nos processos que cursem com
HIC (pseudotumor cerebri, tumores intracranianos, meningoencefalites, hemorragia subaracnóide)

104
Q

Hemácias- LCR

A

Nenhuma

Predominam no LCR após HSA, podendo estar presentes baixas contagens na neurossífilis

105
Q

Leucócitos- LCR

A

Até 5 mononucleares/mm³
Linfócitos - 60-70%
Monócitos - 30-50%
Neutrófilos - nenhum

  • Contagem superior a 1000céls. Sugere meningite bacteriana (principal) ou neurossífilis
  • Linfócitos ou monócitos predominam na tuberculose, tumores, neurossífilis, meningites virais
    ou fúngicas, SGB, tromboses IC
  • Polimorfonucleares predominam nas meningites bacterianas ou fases iniciais da TB meníngea.
106
Q

Proteína Total- LCR

A

Lombar: 15-50mg/dl
Cisternal: 15-25mg/dl
Ventricular: 6-15mg/dl

Haverá hiperproteinorraquia em processos infecciosos intracranianos (incluindo meningites
bacterianas, doença de Lyme, fúngicas, tuberculosa e algumas meningites virais), tumores,
abscessos ou hemorragias. Proteína liquórica elevada, sem aumento de celularidade, sugere
síndrome de Guillain-Barré (dissociação albumino-citológica)

107
Q

Albumina-LCR

A

6,6 – 44,2mg/dl

Dividindo-se a albumina do LCR (mg/dl) pela sérica (g/dl) obtemos um índice que permite avaliar
a integridade da barreira hemato-encefálica. Índices acima de 9 indicam fragilidade da barreira.

108
Q

IgG-LCR

A

0,9 – 5,7mg/dl

A determinação de um aumento da produção intra-tecal de IgG é um forte coadjuvante no
diagnóstico da esclerose múltipla. Na prática, podemos assumir que uma IgG liquórica aumentada
em um paciente com índice de albumina < 9 tem origem intra-tecal, e não sistêmica.

109
Q

Glicose-LCR

A

40-70mg/dl

Glicorraquia baixa ou < 0,3 vezes a glicose sérica é um dado importante no diagnóstico das
meningites bacteriana, tuberculosa e fúngica, (valores baixos a muito baixos). Já nas meningites
virais, os níveis variam de normais a discretamente baixos. Outras patologias que cursam com
níveis diminuídos são neoplasias com comprometimento meníngeo, sarcoidose, hemorragia
subaracnóide.

110
Q

Cloreto-LCR

A

116-122mEq/L

A hipercloretorraquia será observada nas meningoencefalites bacterianas, sobretudo na
tuberculosa.

111
Q

Lactato-LCR

A

10-20mg/dl

Diagnóstico diferencial entre meningites e TCE (aumentado na primeira), desde que a pressão de
perfusão cerebral esteja dentro da normalidade.

112
Q

LDH-LCR

A

Até 10% da LDH sérica

Diagnóstico diferencial entre acidente de punção e hemorragia intracraniana (aumentado na
última). Niveis elevados também são encontrados no acidente vascular cerebral, tumores do
sistema nervoso central e meningites.

113
Q

Urina de 24h

A

30 – 300 mg/dia

114
Q

Amostra isolada (“spot” urinário)

A

> 30mg/g ou 0,03 mg/mg

Medimos a relação albumina/creatinina. Atualmente é o método de escolha para a pesquisa
da microalbuminúria… Um resultado positivo deve ser confirmado com mais duas
coletas que podem ser feitas ao longo de 3 a 6 meses – dizemos que há microalbuminúria
persistente quando 2 dessas 3 amostras são positivas!!!