Juízo de realidade e a sua formação Flashcards

1
Q

Juízos de Realidade:

A

Definição: Juízos que discernem a verdade do erro, determinam a existência de um objeto perceptível e distinguem qualidades.

Tipos: Juízos de realidade ou existência, juízos de valor, juízos estéticos, coerentes ou incoerentes, certos ou opinativos.

Importância em Psicopatologia: Relacionados com delírios e distorções do pensamento.

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2
Q

Alterações do Juízo de Realidade:

A

Natureza: Afetam o pensamento e estão associadas a transtornos mentais.

Interesse em Psicopatologia: Especial atenção aos juízos de realidade, falsidade ou veracidade, graus de certeza, evidência e coerência.

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3
Q

Erro Simples versus Delírio:

A

Erro Simples: Deriva da ignorância, julgamento apressado, premissas falsas ou falta de lógica.
Características: Corrigíveis pela experiência e dados da realidade.
Delírio: Principal característica é a incompreensibilidade, não se corrige pela experiência ou provas.

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4
Q

Tipos de Erros Comuns:

A

Confusão de coisas semelhantes: Exemplo: confundir um camelo com um cavalo.
Relação causal em coincidências: Atribuir relação de causa e efeito a eventos coincidentes.
Enganos dos Sentidos: Aceitar ingenuamente impressões sensoriais como verdades absolutas.

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5
Q

Preconceito:

A

Definição: Juízo apriorístico sem reflexão, baseado em premissas falsas.
Natureza: Socialmente e culturalmente construído para justificar atitudes discriminatórias.

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6
Q

Crenças Culturais e Superstições:

A

Características: Compartilhadas por grupos culturais, incluindo superstições.
Motivações: Afetivas, como desejos e temores.

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7
Q

Alterações Patológicas do Juízo:

A

Ideias Prevalentes ou Sobrevaloradas: Dominam os pensamentos devido à importância afetiva, podendo ser egossintônicas e causar sofrimento.

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8
Q

Características das Ideias Prevalentes:

A

Convicção Forte: Menos que no delírio, mas significativa.
Egossintônicas: Aceitáveis para os ideais e valores do indivíduo.
Associação com Emoção: Ansiedade ou raiva relacionadas à ameaça da perda.
Relação com Personalidade: Desenvolvidas a partir das experiências passadas e personalidade.

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9
Q

Relações Complexas entre Delírio e Alucinação

A

Interação Complexa: Ambas as manifestações interagem de maneira complexa, influenciando-se mutuamente.
Bidirecionalidade: Alucinações podem amplificar delírios, e vice-versa.

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10
Q

Sequência Temporal entre Alucinações e Delírios:

A

Hipótese das Experiências Anômalas: Sugere que alucinações precedem delírios.
Estudo Empírico: Monitoramento diário revelou que alucinações predizem o surgimento de delírios no mesmo dia.

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11
Q

Processo de Influência Mútua:

A

Delírios Desencadeados por Alucinações: Exemplo: vozes ameaçadoras desencadeiam delírios de conspiração ou ameaça.
Influência do Delírio nas Alucinações: Em alguns casos, o processo delirante pode afetar a sensopercepção e levar à ocorrência de alucinações.

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12
Q

Reforço Recíproco entre Delírio e Alucinação:

A

Confirmação Mútua: Alucinações fornecem “prova de realidade” para o delírio e vice-versa.
Círculo de Confirmação: Ambos se sustentam mutuamente, alimentando o estado delirante-alucinatório.

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13
Q

Importância na Psicopatologia das Psicoses:

A

Complexidade no Entendimento: Revelam aspectos complexos e importantes das psicoses, oferecendo pistas cruciais para a compreensão das experiências de pacientes psicóticos.

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14
Q

Mecanismos de Estabilização do Delírio:

A

Inércia Cognitiva: Resistência a mudar ideias formadas ao longo do tempo para manter consistência nas produções ideativas.

Isolamento Social: Falta de comunicação interpessoal, isolamento e dificuldades na interação social podem fortalecer o delírio.

Ciclo de Hostilidade e Rejeição: Comportamento agressivo decorrente do delírio pode gerar mais rejeição social, reforçando os sentimentos paranoides.

Impacto na Autoestima: O delírio pode reduzir o respeito e consideração das pessoas próximas, levando o indivíduo a criar novas interpretações delirantes para preservar sua autoestima.

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15
Q

Fatores de Manutenção do Delírio:

A

Consistência Cognitiva: Resistência a alterar crenças estabelecidas.
Consequências Sociais: Isolamento e rejeição resultantes do comportamento delirante.
Ciclo de Hostilidade: Comportamento agressivo potencializa a rejeição, reforçando o ciclo delirante.
Impacto na Autoimagem: A perda de respeito pode levar à construção de novas narrativas delirantes.

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16
Q

Delírios de Perseguição:

A

Caracterizados pela crença de ser vítima de conspirações, perseguição ou complôs, muitas vezes por pessoas conhecidas ou desconhecidas.

17
Q

Delírio de Referência (ou Autorreferência)

A

O indivíduo interpreta eventos comuns como referências a si mesmo, sentindo-se alvo de comentários depreciativos ou ameaças, mesmo sem base real.

18
Q

Delírios de Relação:

A

O paciente cria conexões entre eventos sem relação lógica aparente, gerando interpretações delirantes.

19
Q

Delírio de Controle ou Influência:

A

A sensação de ser controlado ou influenciado por forças externas, como máquinas, entidades extraterrestres ou demoníacas.

20
Q

Delírio de Grandeza ou Missão:

A

crença de ser especial, com poderes únicos e missão grandiosa.

21
Q

Delírio Religioso ou Místico

A

Envolvimento com temas religiosos, como a crença de ser um messias, estar em contato com divindades ou ser influenciado por entidades sobrenaturais.

22
Q

Delírio de Ciúmes e Infidelidade:

A

A sensação de traição intensa e injustificada por parte do parceiro.

23
Q

Delírio Erótico

A

A convicção de que uma pessoa importante ou famosa está apaixonada pelo indivíduo.

24
Q

Delírios de Falsa Identificação

A

Crença de que pessoas conhecidas foram substituídas por impostores ou que diferentes pessoas são, na verdade, a mesma pessoa em disfarce.

25
Q

Delírios de Conteúdo Depressivo:

A

Incluem temas de ruína, culpa, autoacusação, hipocondria, frequentemente associados a estados depressivos graves.

26
Q

Fatores Sociais, Culturais e Individuais:

A

O sistema de crenças, símbolos sociais, culturais e religiosos, juntamente com o contexto socioeconômico e histórico, desempenham um papel importante na determinação do conteúdo dos delírios. Além disso, características individuais como gênero, idade, nível educacional e status socioeconômico podem influenciar os temas dos delírios.

27
Q

Temáticas Recorrentes:

A

Os delírios de perseguição, grandeza (ou missão) e religiosos são frequentes em diferentes contextos culturais e históricos. A explicação para a prevalência desses tipos de delírios pode estar relacionada à intensidade do conflito entre segurança e perigo, medo e desamparo, que são centrais para a psicopatologia.

28
Q

Impacto da Tecnologia e Internet

A

A influência da internet e da cibercultura trouxe uma nova dimensão para os delírios contemporâneos. Casos de delírios relacionados à internet surgiram com ideias delirantes sobre controle da vida online, vigilância por meio da rede e outras percepções distorcidas do mundo digital.

29
Q

Teorias Etiológicas:

A

Existem várias teorias sobre a origem dos delírios. Modelos psicanalíticos sugerem a projeção de impulsos inaceitáveis como base para delírios de perseguição. Modelos existenciais destacam a perda da capacidade relacional fundamental. Teorias cognitivistas exploram viés de raciocínio e interpretação distorcida de informações. Modelos neurobiológicos sugerem disfunções em áreas cerebrais específicas.

30
Q

Fatores Emocionais e Cognitivos

A

Emoções negativas, estresse, problemas de sono e baixa autoestima têm sido associados ao surgimento e manutenção de delírios. Viés na interpretação de informações, déficits na teoria da mente e processamento de informações também são considerados.

31
Q
A