Intubação orotraqueal Flashcards
Indicações de IOT Relacionadas ao comprometimento da permeabilidade da via aérea ?
GSW ≤ 8 Anestesia geral Edema de glote Corpo estranho Risco aumentado de aspiração
Indicações de IOT Relacionadas à hipoxemia ?
Necessidade de suporte ventilatório após tentativas de oxigenioterapia com cateters e máscaras Insuficiência respiratória Edema agudo de pulmão DPOC exarcebada Crise asmática grave SARA Pneumonia grave
Indicações de IOT Relacionadas à prevenção de um desfecho clínico desfavorável
Queimaduras e traumas em VAS Trauma cervical e de face Debilidade dos músculos respiratórios Choque Fraturas múltiplas dos arcos costais
Definição de Via aérea difícil
A situação clínica em que um médico convencionalmente treinado experimenta dificuldade na ventilação por máscara facial, dificuldade com intubação orotraqueal ou ambos
Definição Via aérea falha
A via aérea falha consiste na necessidade de uma técnica de resgate imediata pois a estratégia inicial utilizada falhou. Muitas vezes, essa situação pode ser o resultado de uma avaliação inapropriada da via aérea. Além disso, embora muitos utilizem erroneamente o termo via aérea falha como sinônimo de uma via aérea difícil (são questões anatômicas que dificultam a técnica), é necessário reconhecer que são conceitos diferentes mas que grande A falha é definida basicamente pela presença de qualquer uma dessas situações abaixo: Três tentativas de intubação orotraqueal sem sucesso; Dificuldade na manutenção de uma saturação de O2 acima de 93%, considerada aceitável, durante ou após a tentativa da laringoscopia.
Parâmetros do LEMON para intubação difícil
L - Look (Inspeção - face anormal, trauma de face, cirúrgia prévia em pescoço, barba, língua larga) E - Evaluate (Avaliar 3:3:2) Distância inter incisivos Distância tireo-mento < 3 dedos Distância da flexura cervical à proeminência laríngea < 2 dedos M - Mallampati (III ou IV) O - Obstruction (Presença de via aérea obstruída) N - Neck mobility (Mobilidade cervical)
Qual a Distância tireo-mento ideal?
Distância do mento à cartilagem tireóidea Se menor que 5-6 cm (3 dedos, queixo curto, critério de intubação difícil)
Classificação de Mallampati?
Relaciona o tamanho da língua ao tamanho da faringe (e a facilidade de laringoscopia direta) Classe I: visualização do palato mole, passagem da boca para a faringe, úvula e os pilares amigdalianos Classe II: palato mole, passagem da boca para a faringe e a úvula visíveis Classe III: palato mole e a base da úvula visíveis Classe IV: nem o palato mole é visível
Extensão atlanto-axial serve para?
Avalia a mobilidade do pescoço A extensão da cabeça alinha os eixos oral e faríngeo para obter uma linha de visão durante a laringoscopia direta (utiliza-se o coxin para isso)
Teste da mordida do lábio superior (TMLS) (Classes) serve para?
Avalia protrusão voluntária da mandíbula para laringoscogia Classe I: incisivos inferiores conseguem morder acima da margem vermelha do lábio superior; Classe II: incisivos inferiores não conseguem atingir a margem vermelha; Classe III: incisivos inferiores não conseguem morder a margem vermelha.
Definição de intubação difícil?
Necessidade de mais de 3 tentativas ou duração superior a 10 minutos para o correto posicionamento do tubo traqueal, utilizando-se de laringoscopia convencional
A tentativa ótima de laringoscopia requer (4)
Médico experiente (2 anos de prática) Ausência de hipertonia muscular Posição olfativa ótima Lâminas do laringoscópio de tamanhos e tipos adequados
Fatores independentes para intubação difícil
Sexo masculino Malampatti III ou IV Radiação ou massa cervical Pequena distância tireomento Presença de dentes Limitada protrusão mandibular Circunferência do pescoço aumentada Obesos: (depósito adiposo na laringe, língua alargada, pouca mobilidade do pescoço) Acromegalia: macroglossia, laringe aumentada e distorcida e prognatismo. DM de longa data e artrite reumatóide (pela limitação da movimentação articular)
Materiais necessários
Laringoscópio testado + lâmina Cânula de intubação adequada (tubo 7, 7.5 ou 8) Material de aspiração Seringa de 20mL para insuflar o cuff Fonte de oxigênio + AMBU/Ventilação mecânica Material de fixação da cânula Estetoscópio para checar a posição do tubo Drogas a serem usadas no procedimento
Técnica IOT
1 - Pré-oxigenação. 2 - Posicionamento do paciente (hiperextensão cervical, preferencialmente com colocação de coxim sob o músculo trapézio, para alinhamento dos eixos oral, laríngeo e faríngeo). 3 - Seleção da cânula (7,5 a 8 para mulheres, 8 a 9 para homens) e teste do cuff. 4 - Administração das drogas. 5 - Introdução lenta do laringoscópio com a mão esquerda e deslocamento da língua para a esquerda até visualização da epiglote. 6 - Posicionamento da lâmina do laringoscópio na valécula. 7 - Elevação da valécula com o laringoscópio até visualização das cordas vocais. 8 - Introdução do tubo orotraqueal. 9 - Insuflação do cuff. 10 - Checagem da IOT: ausculta durante ventilação com dispositivo bolsa-valva. Realizar a ausculta no estômago, bases pulmonares esquerda e direita e ápices.
Fatores independentes para ventilação difícil
Obesidade (IMC > 26 kg/m²) Idade > ou = 55 anos Barba e/ou bigode volumoso Ausência de dentição Paciente que ressonam (roncam) Sexo masculino Dois ou mais desses fatores indica uma alta probabilidade de ventilação difícil usando máscara facial.
7 P’s da sequência rápida de intubação
Preparo/Predizer via aérea Pré oxigenação Posicionamento Pré tratamento Paralisia muscular com indução Passar o tubo e confirmar Pós intubação
Preparo/Predizer via aérea
Avaliar via aérea Drogas (prontas) Acesso venoso (testado, pérvio) Sinais vitais (estáveis) Adjuntos da VA (ambu, tubo orotraqueal testado, máscara laríngea) Monitores (pelo menos cardíaco e saturação) Oxigênio (ventilador próximo, funcionando) Laringoscópio (testado também) Curvo – Macintosh (mais usado) Aspiração (kit montado)
Pré oxigenação
Aumenta a concentração de oxigênio que o paciente está inspirando a partir da desnitrogenação alveolar, aumentando a pO2 consideralmente Bolsa válvula máscara conectada a uma fonte de oxigênio, 10 a 15L/min por 2-5min e deixa na face do paciente, ele respira, não precisa ventilar
Posicionamento
Alinhamento dos três eixos anatômicos: oral, faríngeo e laríngeo através da posição olfativa (sniffing position) Não é só colocar um coxin, é colocar o paciente na posição olfativa: Trago do ouvido do paciente alinhado com a linha do seu apêndice xifoide Nariz do paciente alinhado com apêndice xifoide do médico Rampa para pacientes obesos
Pré tratamento
Opiáceo primeiro: tirar a dor e o reflexo ao laríngeo Hipnótico: para rebaixar o nível de consciência
Paralisia muscular com indução
Bloqueador neuro muscular Bloqueia a atividade respiratória normal
Etapas de drogas utilizadas para intubação
1 - Analgesia 2 - Hipnose 3 - BNM Analgesia demora mais então o opiácio primeiro
Passar o tubo e confirmar
Ver o tubo passando pelas cordas vocais Confirmar por capnografia: padrão ouro Auscultar os dois hemitórax e o epigástrio
Escore de Cormack-Lehane- avaliação à laringoscopia (classes)
Classe I: glote bem visível Classe II: somente a parte posterior da glote é visualizada Classe III: somente a epiglote pode ser visualizada, nenhuma porção da glote é visível Classe IV: nem a epiglote, nem a glote são visualizadas. Apenas o palato, nenhuma estrutura laríngea
Tamanho do tubo (RN-2 anos, > 2anos, homem, mulher)
RNs a 2 anos: 2.3 a 4 mm Acima de 02 anos: IDADE /4 + 4 mm Homem: 8, 8.5 Mulher: entre 7 e 7.5.
Profundidade de inserção do tubo
Homem: 22-23 cm Mulher: 21-22 cm Na prática: rima labial no 22cm
Quais os cuidados pós intubação?
Assegurar fixação do tubo e cuff insuflado Solicitar RX tórax Gasometria arterial Estabilização hemodinâmica Estabilização ventilatória Analgo-sedação Checar posição do tubo Medir PA, ver perfusão periférica, saturação, definir a FiO2 da ventilação, analgo-sedação
Possíveis causas de desaturação após intubação
Deslocamento do tubo Avaliar capnógrafo Obstrução Checar se o tubo não tem dobras Pneumotórax Equipamento Desconectar do ventilador e ventilar com BVM para verificar resistência, ver se o problema era o ventilador mesmo Sobreposição Avaliar ventilador, curvas, valores e configurações do ventilador
BIZUS PRA PRÁTICA Dose de fentanil (analgésico)
0,2 ml/10Kg Dose intermediária
BIZUS PRA PRÁTICA (Doses dos hipnóticos: midazolan, etomidato, propofol)
Midazolam 0,4ml/10Kg (dobro do etomidato) Etomidato 1,5ml/10kg Propofol 1,5 ml/10Kg Doses intermediárias
BIZUS PRA PRÁTICA (Dose em ml de succinilcolina e rocurônio)
Succinilcolina: 1,5ml/10Kg (mesma dose do etomidato e propofol) Rocurônio: 1ml/10Kg Doses intermediárias
Antagonista do rocurônio, para a eventualidade de não ser possível a intubação
Sugamadex
Restrições para uso da succinilcolina
Indivíduos susceptíveis à hipertermia maligna Hipercalemia Grandes queimados Hepatopatias graves Glaucoma de ângulo fechado Lesões oculares penetrantes
Medicamento relacionado à hipertermia maligna
Succinilcolina
Contraindicações de intubação orotraqueal:
Trauma maxilofacial extenso; Distorção de trauma de pescoço; Incapacidade de visualização de cordas vocais devido muito sangue; Fratura de laringe.