Introdução à Hepatologia Flashcards
Como é a organização dos hepatócitos no parênquima hepático?
Se organizam na forma de estruturas poligonais (lóbulos), que são unidades funcionais. Entre as fileiras de hepatócitos estão os sinusoides hepáticos (capilares especiais).
Comente sobre a estrutura dos sinusoides.
São capilares formados por uma camada única de células e altamente fenestrados. As células são ou endoteliais ou de Kupffer (sistema mononuclear fagocitário). Caminham em direção à veia centrolobular.
Quais as funções das células de Kupffer?
Defesa do organismo e hemocaterese (desintegração de hemácias senis, digestão de Hb e liberação de Brb).
O que é o espaço porta?
São as pontas dos polígenos (lóbulos hepáticos), sendo compostos por uma vênula (ramo v. porta), uma arteríola (ramo a. hepática própria), um ducto biliar e vasos linfáticos envoltos por TC.
O que é a primeira passagem?
É o sangue que chega ao fígado vindo do mesentério (substâncias recém-absorvidas) pela veia porta.
Qual principal fonte de O2 para o parênquima hepático?
A veia porta. Apesar de conter mais sangue venoso, ela é responsável por 70% do sangue que chega ao fígado, contribuindo mais para a oxigenação hepática do que a artéria hepática.
Comente sobre a drenagem venosa do fígado.
As veias centrolobulares se unem formando veias centrais. Estas formam as veis sublobulares que se unem formando as 2 ou 3 veias supra-hepáticas que tributam na veia cava inferior.
Qual o fluxo da bile dos hepatócitos até o duodeno?
Ocorre em sentido retrógrado (centrífugo) pelos canalículos biliares até desembocarem num ducto biliar dentro do espaço porta. Esses ductos se unem formando os ductos biliares esquerdo e direito que se unem e formam o ducto hepático comum. Este se une com o ducto cístico e forma o colédoco. Este desemboca no duodeno pela papila/ampola de Vater.
Qual o papel do fígado no metabolismo de carboidratos? Quais hormônios afetam esse metabolismo?
É a principal fonte de glicose sérica (manutenção da glicemia). Promovem a glicogenólise e gliconeogênese. O metabolismo de carboidratos no fígado é influenciado por insulina, glucagon, epinefrina e etc.
Considerando o papel hepático na glicemia, o que ocorre em uma doença hepática aguda e por que isso ocorre?
Considerando um paciente normoinsulinêmico, pode ocorrer hipoglicemia. A depender do grau da doença aguda, a hipoglicemia pode ser até fatal (hepatite fulminante).
Quais os efeitos de doença hepática crônica na glicemia?
Hiperglicemia com consequente intolerância à glicose, aumentando a insulinemia (depende da causa de hepatite crônica -> pancreatite crônica ou hemocromatose tem pouca insulina e DM).
Comente sobre o metabolismo lipídico no fígado.
Biossíntese, degradação e liberação (VLDL). DM, alcoolismo, desnutrição proteicocalórica, corticoides e obesidade pode afetar promovendo acúmulo de gordura (esteatose hepática).
É a principal fonte de colesterol endógeno.
Qual o papel do colesterol produzido pelo fígado?
Liberação na forma de LDL no plasma e na bile. Formação de membranas plasmáticas das células e conversão em ácidos biliares.
Comente sobre o metabolismo proteico.
Tirando as Igs, a maioria das proteínas plasmáticas é produzida pelo fígado: albumina, fibrinogênio, transferrina, ferretina, PCR, angiotensinogênio, alfa-1-antitripsina.
Comente sobre a velocidade de renovação das proteínas plasmáticas produzidas no fígado.
A velocidade de renovação é diferente, fazendo com que, em vigência de doença hepática aguda, as concentrações dessas proteínas irão se alterar de forma diferente, sendo que as de renovação mais rápida serão as primeiras a caírem a concentração (fatores de coag: 1d; albumina: 21d).