Intro PolPub Flashcards

1
Q

Qual a relação entre políticas públicas e ciência política? Qual o foco das polPub?

A

PolPub é o ramo da ciência política preocupado em entender como e por que os governos optam por determinadas ações.

Se concentra na PRODUÇÃO da ação estatal.

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2
Q

O que quer dizer uma política ser PÚBLICA?

A

A sua dimensão ‘pública’ é dada não pelo tamanho do agregado social sobre o qual incidem, mas pelo seu caráter “imperativo”. Uma das suas características centrais são as decisões e ações revestidas da autoridade soberana do poder público.

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3
Q

No que consiste as políticas públicas?

A

Política pública (policy) é o conjunto das DECISÕES E AÇÕES relativas à alocação imperativa de valores (do governo, da sociedade).

Imperativa pois é uma coação, é uma ação estatal. Toda polPub é coação, direta ou indiretamente.

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4
Q

Pode-se dizer que uma política pública é racional?

A

Não, pois é um fluxo de decisões públicas condicionadas pelo próprio fluxo, pelas reações que elas provocam no tecido social, e pelos valores, ideias e visões dos tomadores de decisão.

O fluxo tem idas e vindas, por isso ocorrem contradições dentro das políticas, não há uma ordem racional, qualquer interesse com poder consegue influenciar nela.

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5
Q

Quais são as 2 abordagens no estudo das políticas públicas?

A

Descritiva e teórica.

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6
Q

Qual a principal análise da abordagem teórica de política pública e suas 2 abordagens?

A

Analisa a relação da política pública com a atividade política.
Duas abordagens:
1.A Política determina as Políticas Públicas.
2.As políticas determinam a política.

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7
Q

Qual o centro do debate na abordagem descritiva? Quais os 4 principais aspectos analisados?

A

Avalia se a polPub é simplesmente fruto das decisões do governo ou se é algo mais.

Aspectos: institucional, decisório, comportamental e causal.

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8
Q

Como o aspecto institucional descreve a política pública?

A

É o aspecto mais citado pela abordagem descritiva.

A política é elaborada ou decidida por autoridade formal, legalmente constituída no âmbito da sua competência e é, portanto, vinculante para todos.

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9
Q

Como o aspecto decisório descreve a política pública?

A

A política é um conjunto seqüencial de decisões, relativo à escolha de fins e/ou meios, de longo ou curto alcance, numa situação específica e como resposta a problemas e necessidades (é uma ação com sentido).

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10
Q

Como o aspecto comportamental descreve a política pública?

A

Implica ação ou inação, fazer ou não fazer (das autoridades, dos tomadores de decisão); uma política é, acima de tudo, um curso de ação e não apenas uma ação singular.

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11
Q

Como o aspecto causal descreve a política pública?

A

A política pública é o produto (reação) de ações que têm efeitos no sistema político e social.

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12
Q

Podemos resumir a abordagem descritiva da política pública em 3 noções:

A
  1. O desenho de uma ação coletiva intencional;
  2. O curso que efetivamente toma a ação como resultado das muitas decisões e interações e, conseqüentemente,
  3. Os fatos reais que a ação coletiva produz.
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13
Q

De acordo com Easton, as políticas públicas são outputs de (2):

A

Inputs + withinputs (do sistema político) = outputs (políticas públicas)

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16
Q

O que os inputs e os withinputs podem expressar (2)?

A

Demandas e suporte.

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17
Q

De onde vem os inputs?

A

Da própria sociedade nacional e, no mundo globalizado, de outros países também.

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18
Q

De onde vem os withinputs?

A

São provenientes do próprio sistema político: dos agentes do executivo (ministros, burocratas, tecnocratas, etc), dos parlamentares, dos governadores de estado, do judiciário.

19
Q

Quais os tipos de demandas possíveis, expressas pelo inputs e withinputs (3)?

A

Demandas de bens e serviços, de participação no sistema político ou de controle da corrupção.

19
Q

O que são inputs e withinputs de suporte ou apoio? Cite alguns exemplos.

A

O suporte ou apoio nem sempre estão diretamente vinculados a cada demanda ou política especifica. Geralmente, estão direcionados para o sistema político ou para a classe govemante.

Exemplos de suporte ou apoio são:

  • obediência e cumprimento de leis;
  • atos de participação política, como votar e apoiar um partido;
  • respeito à autoridade dos governantes e aos símbolos nacionais,
  • disposição para pagar tributos e prestar serviços (militar), etc.
20
Q

Para que uma situação ou estado de coisas se torne um problema político e passe a figurar como um item prioritário da agenda governamental, é necessário que apresente PELO MENOS UMA das seguintes características (3):

A

(a) mobilize ação política;
(b) constitua uma situação de crise, calamidade ou catástrofe;
(c) constitua uma situação de oportunidade.

21
Q

No que consiste uma situação de crise, calamidade ou catástrofe?

A

O ônus de não resolver o problema é maior que o ônus de resolvê-lo;

22
Q

No que consiste uma situação de oportunidade?

A

Haja vantagens, antevistas por algum ator relevante, a serem obtidas com a resolução daquele problema.

23
Q

Quais os 2 tipos de atores políticos?

A

Atores públicos e privados.

24
Q

Quais os 2 tipos de atores públicos? Qual o 3o tipo, que pode ser público ou privado?

A
  1. Políticos
  2. Burocratas
  3. Tecnocratas
25
Q

Quais são os 4 atores privados?

A
  1. empresários
  2. Trabalhadores organizados
  3. Agentes internacionais (FMI, etc.)
  4. Mídia
26
Q

O que é um “estado de coisas”?

A

Algo que incomoda e prejudica muitos indivíduos, mas não mobiliza as autoridades, não constitui um item da agenda governamental pois não é prioridade dos tomadores de decisão.

27
Q

Como se chama o estado de coisas que chama a atenção das autoridades e entra para a agenda governamental?

A

Torna-se um “problema político” o estado de coisas que passa a preocupar as autoridades e se torna uma prioridade na agenda governamental. Vira um INPUT no sistema político e inicia o processo de formulação de alternativas para sua solução.

28
Q

No que consiste uma “não-decisão”?

A

São situações que permanecem “estados de coisas” indefinidamente. Podem constar da agenda política, mas não são incluídas na agenda governamental devido a barreiras culturais e institucionais (fortes interesses) que impedem que sequer se inicie o debate público do assunto (obstrução no processo decisório, na formulação ou até mesmo na implementação caso até consiga avançar um pouco).

29
Q

Por que a formulação das alternativas é um dos mais importantes momentos do processo decisório? O que se evidencia nessa fase?

A

É quando se colocam claramente as preferências e interesses dos atores, é quando eles realmente entram em confronto.

30
Q

O que é uma preferência?

A

Uma preferência é a alternativa de solução para um problema que mais beneficia um determinado ator. Depende do cálculo de custo/ benefício (vantagens/ desvantagens) de cada ator.

31
Q

Como as arenas políticas são influenciadas pelas preferências?

A

Em função das preferências e das expectativas de resultados (vantagens e desvantagens) de cada alternativa na solução de um problema, os atores fazem alianças entre si ou entram em disputa. Daí se formam as arenas políticas: distributivas, regulatórias e redistributivas.

32
Q

A dinâmica das relações entre os atores pode obedecer a 3 padrões:

A
  1. lutas
  2. jogos
  3. debates
33
Q

Como funcionam as LUTAS entre atores políticos?

A

As lutas geralmente acontecem em arenas redistributivas, onde ocorre o “jogo de soma-zero” (para um ator ganhar, o outro tem que perder).

Dependendo do custo do confronto para os atores envolvidos, pode haver uma acomodação entre os interesses em conflito: um lado não ganha tudo, nem o outro lado perde tudo.

34
Q

Como funcionam os JOGOS entre atores políticos?

A

São situações onde a lógica é vencer o adversário num momento, sem eliminá-lo do processo, para que ele possa ser um aliado num momento posterior. É típico do mundo da política, nas negociações, barganhas, conluios, coalizões de interesses.

35
Q

Como funciona os DEBATES entre os atores políticos?

A

Situações onde cada um dos atores procura convencer o outro da adequação das suas propostas, quem vence é o que se mostra capaz de transformar o adversário em um aliado. A lógica é a PERSUASÃO.