Insuficiência respiratória aguda Flashcards
Curva de dissociação da Hb / 2 aspectos protetores contra hipóxia tecidual ?
- ⇓ significativa na PaO2 ainda compatível com SatO2 ≅ normal.
- A despeito de rápida dessaturação, PaO2 relativamente preservada.
Capacidade de fornecer O2 aos tecidos - fórmula?
DO2 = CaO2 x Q
CaO2 = conteúdo arterial de O2 (função da Hb)
Q = débito cardíaco
PaCO2 - níveis de normalidade?
35 - 45mmHg
SatO2, o que avalia?
Proporção de hemoglobina à qual há O2 ligado.
SatO2, valor normal?
>95% em repouso
Em pacientes com doenças crônicas, como DPOC, 88 - 92%
PaO2, o que significa? Valores normais?
Concentração de O2 dissolvido no plasma.
>80mmHg
Gradiente alvéolo-arterial, definição?
G(A-a) = PAO2 - PaO2
concentração de oxigênio alveolar - concentração de oxigênio arterial
- G(A-a), fórmula simplificada?
- De acordo com a idade?
- Valor normal?
- G(A-a) = 150 - (PaCO2 x 1,25) - PaO2
- Se eleva com a idade. G(A-a) esperado = 2,5 + 0,21 x idade em anos
- <10mmHg
PaO2/FiO2, valores normais?
300 - 500mmHg
Espaço morto
Regiões ocupadas por ar, onde não ocorrem trocas gasosas (hematose).
Pode ser espaço morto fisiológico ou anatômico.
Volume corrente (VC)
Volume de ar que entra e sai dos pulmões.
Em torno de 500 mL
Volume minuto
Volume de ar que entra e sai do pulmão durante 1 minuto.
volume corrente X frequência respiratória
Volume de reserva expiratório (VRE)
Volume de ar expulso a mais em uma
expiração forçada. Geralmente está
em torno de 1100 mL.
Volume de reserva inspiratório (VRI)
Volume de ar que entra a mais em
uma inspiração forçada. Corresponde
a cerca de 3000 mL.
Volume residual (VR)
Não entra e nem sai dos pulmões, responsável pelos alvéolos não colapsarem após a expiração. Em torno de 1200 mL.
Capacidades pulmonares
Capacidade inspiratória (CI): VRI + VC
Capacidade vital (CV): VRI + VC + VRE
Capacidade residual funcional (CRF): VRE + VR
Capacidade pulmonar total (CPT): VRI + VC + VRE + VR
Shunt / Efeito shunt
Áreas do pulmão são adequadamente perfundidas, mas não são adequadamente ventiladas. Gera hipoxemia.
Shunt: obstrução total dos alvéolos
Efeito Shunt: obstrução parcial
Efeito espaço morto
Áreas do pulmão são adequadamente
ventiladas, mas não são adequadamente
perfundidas. Gera hipercapnia.
Padrões respiratórios
• Cheyne-Stokes – respiração com
profundidade crescente, que se
torna decrescente e é seguida por
período de apneia;
• Gasping – inspirações profundas
intervaladas por longos períodos
de apneia;
• Cluster – semelhante a Cheyne-Stokes,
porém não há uma variação
da profundidade de inspiração;
• Atáxica – respiração completamente
anárquica e sem padrão
definido.
IRpA Tipo 1 – hipoxêmica
PaO2 abaixo de 60 mmHg
Prejuízo da difusão do oxigênio do alvéolo para o sangue:
- Dissociação entre ventilação e perfusão
- Quebra da membrana alveolar
- Redução na fração inspirada de O2 (FiO2)
Distúrbio V/Q
Dissociação entre ventilação e perfusão
Quebra da membrana alvéolo-capilar por:
• Edema intersticial (insuficiência
cardíaca, edema agudo de pulmão,
síndrome da angústia respiratória
aguda SARA);
• Inflamação intersticial (pneumonia);
• Fibrose (fibrose pulmonar
idiopática).
Redução da FiO2
Ocorre em situações como
- Grandes incêndios, em que o oxigênio é consumido pelas chamas
- Altitudes elevadas, em que o ar é rarefeito.
IRpA Tipo 2 – hipercápnica
- PaCO2 > 45 mmHg e acidemia (pH< 7,35)
- G(A-a) normal
- Distúrbio ventilatório
- Incapacidade do ar em entrar e sair do alvéolo leva ao acúmulo de CO2 no sangue
- Redução do pH
A IR do tipo 2 é secundária à hipoventilação alveolar, que pode ser gerada por:
• Redução do drive respiratório
Lesão no centro respiratório no bulbo
– TCE ou AVC hemorrágico, gerando herniação.
• Obstrução de vias aéreas. Queda da base da língua, bronquite,
enfisema.
• Doenças neuromusculares (tórax e diafragma) Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), miastenia gravis.
Gradiente alvéolo-capilar: Pressão alveolar de O2
(PAO2) – PaO2. Diferença na IRpA
- < 15 mmHg (normal) – hipercápnica;
- > 15 mmHg (elevada) – hipoxêmica.
IRpA - Quadro clínico
- Alterações de consciência
- Taquipneia
- Respiração paradoxal
- Uso de musculatura acessória
- Murmúrios vesiculares diminuídos
- Estertores crepitantes
- Sibilos
- Cianose
- Sudorese
- Taquicardia.
IRpA - Diagnóstico
- Oximetria de pulso e da gasometria arterial
- Procurar a causa base: IC descompensada, DPOC, doenças neuromusculares,
asma ou outros
IRpA - Tratamento
Monitorizar, pegar oximetria e acesso venoso, além de executar o atendimento inicial (ABCDE) e solicitar a gasometria arterial.
Dispositivos - Cateter nasal
Baixos fluxos, máximo 5 L/min;
Reservado para casos menos graves;
Cada L/min aumenta em 3 a 4% a
FiO2;
A 5 L/min: FiO2 entre 36 a 41%
Máscara simples
Fluxos entre 5 e 8 L/min;
Apresentam um reservatório de 100 a 200 mL de O2;
Permite obter uma FiO2 entre 40 e 60%.
Máscara de Venturi
- Oferece mistura de oxigênio com ar;
- Altos fluxos: 3 a 15 L/min;
- FiO2 precisa (24 a 50%), a depender da cor da válvula utilizada;
- Indicado para pacientes com DPOC ou insuficiência respiratória mista.
Máscara não reinalante
- Altos fluxos de O2;
- FiO2 alto 60 a 100%;
- Bolsa inflável que armazena O2 a 100% com válvula unidirecional;
- Indicado para hipoxemia grave.
Dispositivo bolsa-válvula-máscara / AMBU
- Oxigênio em alto fluxo;
- Conectado a fonte de O2 a 100%;
- Além de fornecer oxigênio, proporciona ventilação;
- Indicado para pacientes com redução ou sem drive respiratório.
Ventilação não invasiva (VNI)
- Exerce pressão positiva nas vias aéreas através de máscara facial: Bi-PAP, CPAP;
- Circuito único, o que compensa vazamentos;
- Indicado para pacientes com DPOC exacerbado, insuficiência cardíaca congestiva, IR hipoxêmica;
- Contra-indicações: agitação psicomotora intensa, alterações do nível de consciência, arritmias graves, instabilidade hemodinâmica, choque, incapacidade de proteção das vias aéreas, baixa eficiência da tosse, hemorragia digestiva alta, grande quantidade de secreção, lesões faciais que impossibilitem uso da máscara.