Insuficiência renal aguda, crônica e terapia de substituição renal Flashcards

1
Q

Primeiro passo para controlar hiperfosfatemia que aparece na evolução da DRC:

A

Restrição de fósforo na dieta, por meio da redução da ingesta proteica.

Posteriormente, uso dos quelantes de fosfato e reposição de vitamina D ativa (calcitriol). Calcimimeticos sao indicados em casos refratarios a essas medidas anteriores.

OBS: a terapia dialitica nao influencia no metabolismo do Ca e P no DRC

OBS 2: lembrar que pacientes cronicos são mais propensos a serem sarcopenicos (perda de massa muscular), logo nao devemos restringir tanto ingesta de proteina pois pode gerar deficit nutricional

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2
Q

Efeitos da forma ativa da vitamina D {calcitriol ou 1,25 (OH)2 vitamina D}:

A

1) Estimulo a atividade osteoclastica = aumento da reabsorção ossea = aumento do nivel serico de Ca
2) estimulo a absorção intestinal de Ca
3) inibição da secreção de PTH pela paratireoide (OBS: PTH aumenta a excreção renal de P, logo menos PTH = menos fosfaturia)

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3
Q

Mulher, 25 anos, com disuria + dor lombar. Suspeita de pielonefrite e tratada com anti-inflamatorio e antibiotico. Paciente retorna com persistencia da dor, anúria (12h sem urinar) e elevação de creatinina. Diagnostico e conduta:

A

Lesão renal pós-renal (nefrolitiase, infecção ou tumores ginecologicos comprimindo trato urinario)

Realizar USG de vias urinarias para descobrir o que está obstruindo o trato urinario e causando hidronefrose

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4
Q

Homem, 60 anos, com fosforo e PTH elevados. Taxa de filtração glomerular 42 ml/min. Paciente com anemia, relatando cansaço e mal-estar. Hipertenso descontrolado.

a) Diagnostico
b) Esse paciente pode usar IECA e BRA?
c) Qual o estagio da DRC?
d) Como se caracteriza a anemia desse paciente? Como tratar a anemia?

A

a) Hiperparatireoidismo secundario a DRC

b) Pode, pois em pacientes com Clearance creatinina >40 esses medicamentos retardam a progressão da doença (essas drogas reduzem a filtração glomerular, diminuindo a proteinuria-que é um fator de risco cardiovascular independente que piora o prognostico desses individuos. As medicações devem ser utilizadas nas doses mais altas que o individuo tolerar).
OBS IMPORTANTE: NÃO devemos associar IECA + BRA, pois aumenta a mortalidade por hipercalemia

c) 3b (TFG entre 30 e 59 = estagio 3; 45 a 59 = 3a, 30 a 44 = 3b)
d) anemia DRC é comumente normocitica e normocronica (anemia de doença cronica e multifatorial). Principal fator etiologico é deficiencia de eritropoietina. TRATAMENTO: reposição de ferro e eritropoetina

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5
Q

Cuidado na dialise de paciente em sindrome uremica que complica com pericardite:

A

Derrame geralmente é hemorragico, entao devemos fazer a dialise sem heparina para evitar hemorragia intrapericardica e tamponamento

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6
Q

Consequencias da uremia cronica no metabolismo do calcio e fosforo:

A

Calcificação da parede vascular, aumetando risco de eventos cardiovasculares, como IAM, AVC e necrose cutanea por acometimento de vasos superficiais

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7
Q

Uma das primeiras manifestações da sindrome uremica e sua consequencia:

A

Retenção renal de agua e sal (hipervolemia e HAS volume dependente = sal dependente)

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8
Q

Alterações no metabolismo mineral e na estrutura ossea sao comuns em pacientes com DRC. Cite 2 principais doenças ósseas secundarias a insuficiencia renal:

A

1) Osteíte fibrosa cística = aumento da atividade osteoclastica em resposta ao excesso de PTH no sangue. Alto turn over osseo
2) Doença óssea adinamica = atividade osteoclastica reduzida e geralmente PTH diminuido no sangue (consequencia do tratamento farmacologico da osteodistrofia renal* com uso de quelantes de fosfato e calcimimeticos). -> Parece haver intoxicação uremica dos osteoclastos e osteoblastos, que se tornam hipofuncionantes e lentifica o turn over osseo
* termo somente usado para disturbios avaliados por biopsia

OBS: outra doença seria osteomalacia (é uma doença óssea do adulto, caracterizada por ossos frágeis e quebradiços, devido a defeitos de mineralização da matriz do osso)

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9
Q

Como ocorre lesao renal aguda na sepse?

A

Processo multifatorial -> alterações microvasculares que levam a redistribuição do fluxo renal, ativação de endotoxinas e ativação neutrofilica.

OBS: Classicamente, achavam que era por vasoconstrição renal (hipoxemia/hipoperfusao) e vasodilatação sistemica simultanea

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10
Q

Mulher, 72 anos, hipertensa, com diminuição da diurese, desidratada, hipotensa, creatinina elevada, potassio elevado, com vomitos e diarreia. ph 7,12 (VR: 7,35-7,45). Diagnostico e conduta:

A

LRA pré-renal (“LRA isquemica” = hipovolemia que gera isquemia)

Hidratação com solução salina e administração de bicarbonato de sodio para correção da acidose e hipercalemia

OBS: não usar hidratação com Ringer simples ou Ringer lactato em pacientes com hipercalemia, pois ambos contém potássio.

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11
Q

3 tipos de injuria renal aguda e exemplos:

A

Pré-renal: hipovolemia (redução do volume circulante efetivo no corpo todo)

Renal (intrínseca): lesão direta no parenquima renal-> nefrite instersticial aguda (intersticio), glomerulonefrite aguda (glomerulo) e utilização de constraste iodado (arteriola aferente + tubulos)

Pós-renal

OBS: rabdomiolise é misto = sequestro de liquido no musculo lesado (hipovolemia = pré-renal) e predominantemente um componente nefrotoxico pela mioglobina (renal)

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12
Q

3 tipos de injuria renal aguda e exemplos:

A

Pré-renal: hipovolemia (redução do volume circulante efetivo no corpo todo)

Renal (intrínseca): lesão direta no parenquima renal-> nefrite instersticial aguda (intersticio), glomerulonefrite aguda (glomerulo) e utilização de constraste iodado (arteriola aferente + tubulos)

Pós-renal: homens idosos com obstrução prostática, mas pode ser causada por obstrução uretral, (paciente com rim único) e vesical

OBS: rabdomiolise é misto = sequestro de liquido no musculo lesado (hipovolemia = pré-renal) e predominantemente um componente nefrotoxico pela mioglobina (renal)

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13
Q

Homem, 58 anos, hipertenso, diabetico (com neovasos no fundo de olho = retinopatia proliferativa = diabetico de longa data, apesar do diagnostico recente). Apresenta azotemia (alteração bioquímica caracterizada laboratorialmente pela elevação sanguínea de compostos nitrogenados não proteicos = ureia e creatinina), edema de membros e face, proteinuria significativa, hipercolesterolemia, LDH/TSH/ferro/ferritina normais. Apresenta ainda anemia 10 g/dl (anemia moderada, normocitica e normocromica, com cinetica de ferro e hemolise normais). Qual a justificativa para anemia e qual o diagnostico?

A

Deficit de eritropoetina - hormonio regulador da produção de hemacias (esperado em qualquer forma de DRC avançada)

Paciente apresenta insuficiencia renal (azotemia) e sindrome nefrotica (proteinuria elevada, anasarca, hipercolesterolomia) === nefropatia diabetica (glomeruloesclerose), rins permanecem com tamanho preservado

OBS:
1) anemia por sangramento digestivo seria ferropriva, com microcitose e ferropenia

2) hemoglobinopatia -> o paciente teria a anemia desde sempre
3) Anemia hemolitica teria LDH aumentado (marcador de hemolise)
4) Hipotireoidismo -> TSH estaria elevado

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14
Q

Disturbios associados a falencia renal que respondem a terapia dialitica:

A

Funções de filtração renal = disturbios hidroeletroliticos, acidobasicos e eliminação de escorias nitrogenadas. (exs: acidose metabolica, hipercalemia, hipervolemia, azotemia)

OBS: já as funções endocrinas dos rins nao sao substituidas = sintese de eritropoetina (anemia da DRC) e sintese de calcitriol (doença mineral ossea da DRC)

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15
Q

Como atrasar evolução de nefropatia diabetica (DRC em geral)?

A

1) Controle glicemico, pressorico, lipidemia e obesidade rigorosos
2) Uso de IECA ou BRA para controle pressorico e diminuição da proteinuria
3) Controle da dislipidemia
4) Suspensao do tabagismo
5) Restrição de proteínas na dieta

OBS: ingesta de muita agua nao altera evolução da doença

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16
Q

Relação entre DRC com metabolismo do calcio e fosfato:

A

Perda da capacidade filtrativa do rim gera acumulo de fosfato.

Perda da capacidade de biossintese do rim reduz a ativação da vitamina D, assim como o FGF-23 (fibroblast growth factor 23) reduz a produção de vitamina D ativada.

As duas coisas somadas favorecem hipocalcemia (quelação do calcio e redução de sua absorção).
Com menos calcio circulante, surge hiperparatireoidismo secundario, que leva a alterações estruturais ósseas.

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17
Q

Criança com doença renal policistica acompanhada de nefromegalia bilateralmente (alteração estrutural importante favorece perda progressiva de função). Altura, estatura (110 cm), peso e pressao normais. Cr 0,5 mg%. Calcular clearance de creatinina da criança (k= 0,55) e classificar DRC em estagio:

A

ClCr (crianças) = K x altura (cm)/ Cr serica (mg%)

= 121 ml/mim/1,73m² -> normal!

DRC estagio I = TFG preservada, porem com lesao estrutural

OBS: HAS em crianças requer valores de PAS e/ou PAD acima do percentil 95 para o sexo e idade.

OBS 2: lesao estrutural pode dar sedimentos urinarios caracteristicos de lesao (ex: cilindros hematicos indicam glomerulonefrite)

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18
Q

Principais causas de DRC no Brasil e no mundo:

A
Brasil = nefropatia hipertensiva
Mundo = nefropatia diabetica (exceção a maioria das DRC, pois não há atrofia renal bilateral)

OBS: a DRC continua AUMENTANDO no mundo, junto com a diabetes. O que mais mata DRC na ordem: doenças cardiovasculares; infecções

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19
Q

Pacientes renais cronicos expostos ao gadolinio (usados em exames de ressonancia para contraste). Complicação:

A

Fibrose sistemica nefrogenica

OBS: lembrar que TC na litiase renal é SEM contraste

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20
Q

V OU F.

Creatinina e paratormonio sao bons marcadores da função renal na emergencia?

A

F

A creatinina sérica só se altera quando a função renal/TFG/clearance de creatinina ja declinou 50% (marcador tardio). Paratormonio nao esta entre os marcadores bons tambem!

Marcadores mais sensiveis: cistatina C, NGAL, KIM-1 e IL-18.

OBS: estimativa do clearance de creatinina nao é confiavel no contexto da lesao renal aguda, pois a TFG só se altera 48h depois.

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21
Q

Paciente, 68 anos, com insuficiencia renal terminal, dor toracica, atrito pericardico, ECG com supra de ST difuso (concavidade para cima). Diagnostico e conduta:

A

Pericardite aguda (por pericardite uremica, uma complicação da DRC que indica necessidade de DIÁLISE)

OBS: até a pericardite melhorar, fazer dialise sem heparina, pelo risco de provocar hemopericardio

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22
Q

Causas de injuria renal aguda em um politraumatizado grave:

A

2 principais:

HIPOVOLEMIA, decorrente de sangramento interno ou externo. Produz IRA pré-renal, que pode evoluir para NTA isquemica (necrose tubular aguda)

RABDOMIOLISE, esmagamento de grandes massas musculares esqueleticas. Produz IRA pré-renal pelo sequestro de liquidos no local da lesao (edema muscular) e posteriormente NTA nefrotoxica secundaria a mioglobinuria.

Além disso, o paciente pode ser exposto a agentes nefrotoxicos durante a internação: antibioticos -> gentamicina (aminoglicosideo pode causar NTA nefrotoxica) /cefazolina (cefalosporina de primeira geração causa nefrite intersticial aguda); contraste iodado IV para tomografia (NTA). OBS: chance de lesao renal por essas drogas aumenta na vigencia de fatores de risco como hipovolemia, doença renal preexistente e exposição simultanea a mais de um fator.

Outra explicação seria a SEPSE (NTA) -> deteriorização clinicolaboratorial acompanhada de sindrome da resposta inflamatoria sistemica (taquicardia, febre, leucocitose)

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23
Q

Paciente internado com IRA (injuria renal aguda) anurica e em uso de cateter vesical de demora. Conduta:

A

Afastar obstrução do cateter vesical. Trocar o cateter ou desobstruir.

OBS: lesao renal aguda com anuria, sempre pensar em causa PÓS-RENAL

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24
Q

Paciente com HAS internado com lesao renal aguda. Como saber se foi algo que surgiu agora ou se o paciente já possuía DRC e somente agudizou?

A

1) Tamanho do rim na USG (DRC = rim reduzido <8 cm no maior eixo) e dissociação/diferença cortico-medular (geralmente cortex é bem escuro e a medula branca, mas na DRC o cortex fica mais hiperecogenico, tornando mais branco do que o normal);
2) presença de osteodistrofia renal nos exames laboratoriais (PTH elevado, fosforo elevado, calcio diminuido) e achados radiograficos condizentes;
3) presença de anemia normocitica e normocronica (redução da eritropoetina);
4) magnitude da elevação das escorias nitrogenadas;

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25
Q

Paciente internado com IRA grave, com anuria e multiplas alterações laboratoriais. Apresenta ruido sisto-diastolico rude na ausculta do precordio. O que pode ser e conduta:

A

Atrito pericardico = Pericardite uremica = diálise de urgência

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26
Q

V OU F.

A pericardite uremica possui alto risco de tamponamento cardíaco.

A

V.

Mecanismo: acumulo endogeno de multiplas escorias nitrogenadas fazem com que os vasos dos folhetos pericardicos fiquem dilatados e friaveis + disfunção plaquetaria uremica que aumenta o risco de sangramentos espontâneos + hipervolemia uremica que faz acumulo de liquido nesta cavidade.

A distensao excessiva do saco pericardico promove distensao mecanica dos vasos em seus folhetos, aumentando o risco de hemorragia espontanea intrapericardica (aliada ao volumoso derrame provocado pela hipervolemia) e tamponamento cardiaco.

OBS: pelo ECG nao da pra diferenciar pericardite uremica de outras pericardites

OBS: mais comum aparecer na sindrome NEFROTICA

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27
Q

Homem, 58 anos, com nefropatia hipertensiva em dialise, interrompeu o tratamento por 1 mes e depois apareceu no PA com anasarca e dispneia.

EF: MV diminuido em bases bilaterais e bulhas hipofoneticas.

Diagnostico e alteração esperada no ECG:

A

Disturbios da sindrome uremica = anasarca (hipervolemia), derrames cavitarios (derrame pleural bilateral) e pericardite (abafamento de bulhas)

Comumente, temos tambem hipercalemia, que torna as ondas T altas e apiculadas e ondas P achatadas que podem desaparecer

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28
Q

V ou F.

O clearance de creatinina é melhor que a creatinina serica para medir função renal.

A

V.

Diversos fatores nao renais podem influenciar no nivel de creatinina serica: massa magra do paciente, uso de medicamentos. Assim, pacientes idosos, pequenos e magros podem ter DRC com creatinina serica normal. Por isso, devemos estimar o clearance de creatinina (apesar de ser a que usamos, não é uma medida exata, pois a creatinina é filtrada pelos glomerulos, mas tambem excretada pelos tubulos).

OBS: uma redução maior ou igual a 5% da filtração glomerular já aumenta a creatinina serica. Com o aumento da creatinina serica, aumenta a secreção tubular de creatinina tambem, o que aumenta o clearance.

OBS 2: creatinina serica pode aumentar tanto na lesao aguda como cronica

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29
Q

Como diferenciar lesao renal aguda de cronica:

A

Doença cronica:

  • rins simetricos e de tamanho reduzido ( <8,5 cm) e perda da diferenciação cortico-medular -> visto na USG de rins e vias urinarias
  • anemia (deficiencia de eritropoetina)
  • hiperfosfatemia e hipocalcemia
  • PTH elevado (no inicio da DRC, consegue controlar a concentração serica de calcio, fosfato e vitamina D)
  • sedimento urinario inativo ou com proteinuria e clindros grosseiros
30
Q

Sobre o tratamento de HAS em pacientes com DRC. Discuta:

a) Diureticos poupadores de potassio
b) IECA
c) Diureticos de alça (tiazidicios)
d) Bloqueadores dos canais de calcio

A

a) Devem ser evitados em pacientes DRC classe IV e V, pois eles já possuem tendencia a hipercalemia.
b) Nas fases iniciais da DRC, diminuem a proteinuria e dano renal, uma vez que vasodilata a arteriola eferente (a que sai do rim)
c) Usados em doses crescentes nos pacientes com DRC que apresentam HAS decorrentes de hipervolemia. Quando o clearance é menor que 30, apresentam efeitos reduzidos, mas podem ser usados em casos de edema refratario.
d) Efeito protetor ao reduzir a proteinuria. Sao terapia de segunda linha.

31
Q

Mecanismo fisiopatologico mais comum na genese da IRA e mecanismo compensatorio existente:

A
Hipoperfusao renal (lesão pré-renal) decorrente da hipovolemia (hemorragia, diarreia e vomito, perda de liquido para o espaço intersticial, como na pancreatite)
OBS: Na UTI é NTA como complicação da sepse.

Ativação do SRAA (renina angiotensina) e intensa reabsorção de agua e sodio no tubulo distal (restaurar a volemia). Gera baixa excreção de sodio (usada na diferenciação da IRA pré-renal e renal), osmolaridade aumentada e baixo sodio urinario

OBS: se nao restaurar a tempo, pode virar necrose tubular isquemica

OBS 3: pacientes idosos ou em uso de anti-inflamatorio possuem na IRA redução menor do volume circulante (vasoconstrição da arteriola aferente e redução das prostaglandinas)

32
Q

Principais causas de DRC no Brasil e no mundo:

A

Diabetes e HAS

33
Q

Quando fazer terapia de diálise de urgencia:

A

1) Uremia franca = encefalopatia uremica, pericardite, sangramento grave de origem uremica
2) Condições refratarias = acidose metabolica, hipervolemia, hipercalemia, congestao pulmonar

34
Q

Criterios para diagnostico de IRA:

A

1) Aumento da creatinina serica > 0,3 mg/dl em relação ao basal em 48h
2) Aumento da creatinina serica em pelo menos 50% do basal em 1 semana
3) Debito urinario < 0,5 ml/kg/h por 6h

35
Q

Estagios KDIGO:

A

1 = aumento da creatinina entre 1,5 a 1,9x o basal ou aumento absoluto >= 0,3 md/dl /ou debito urinario < 0,5 ml/kg/h por 6-12h

2 = aumento da creatinina entre 2,0 a 2,9x o basal /ou debito urinario < 0,5 ml/kg/h por >12h

3 = aumento da creatinina acima de 3x o basal ou aumento absoluto > 4mg/dl /ou debito urinario < 0,3 ml/kg/h por >24h / ou anuria >12h ou necessidade de terapia de substituição renal

36
Q

Como tratar a anemia do paciente DRC?

A

Reposição de eritropoetina recombinante.

OBS: só deve ser iniciada quando Hb < 10g/dl e se os estoques de ferro estiverem em niveis adequados (ferritina entre 200-500 e indice de saturação de transferrina > 20%)

37
Q

O que é hiperparatireoidismo terciario e qual o tratamento?

A

Estimulo cronico a paratireoide devido a hiperfosfatemia e baixos niveis de vitamina D. Marcador: HIPERCALCEMIA.

Tratamento cirurgico.

38
Q

Fisiologia das glandulas paratireoides no metabolismo do calcio:

A

Quando os níveis de cálcio estão reduzidos em nosso sangue, as glândulas paratireoides liberam mais hormônio PTH, para tentar regular essa deficiência. O PTH provoca o aumento do número e da atividade dos osteoclastos, as células responsáveis pela reabsorção óssea.

Desta forma, os níveis de cálcio no sangue voltam a subir. No rim, o PTH aumenta a absorção do cálcio e aumenta a excreção renal de fósforo.

39
Q

Tipos de hiperparatireoidismo e tratamentos:

A

Hiperparatireoidismo Primário:
Ocorre quando uma ou mais glândulas paratireoides começa a produzir o hormônio PTH de forma autônoma. E isso acontece independentemente dos níveis de cálcio no sangue. Assim, os níveis de PTH e cálcio aumentam. CIRURGIA.

Hiperparatireoidismo Secundário
Ocorre quando as glândulas paratireoides notam uma redução no cálcio sanguíneo e aumentam a produção do PTH para normalizar o quadro. No entanto, nesses casos, o que verificamos é o PTH aumentado e níveis de cálcio normais. TRATAR CAUSA PRIMÁRIA

Hiperparatireoidismo Terciário
O hiperparatireoidismo terciário ocorre em pacientes com hiperparatireoidismo secundário de longa duração. Podemos citar como exemplo os pacientes com insuficiência renal e que fazem diálise por muitos anos. No hiperparatireoidismo terciário as paratireoides estimuladas cronicamente começam a produzir sozinhas o PTH, independente dos níveis de cálcio. Dessa forma, o PTH está alto no sangue e o cálcio também. CIRURGIA.

40
Q

Com a queda da filtração glomerular, o organismo diminui a excreção do excesso de H+, podendo gerar acidose metabolica. Qual o tratamento?

A

Uso de bicarbonato quando

bicarbonato serico < 22mEq/L.

41
Q

Principais causas de IRC na infancia (por faixa etaria):

A

De modo geral, malformações do trato urinario; doenças glomerulares e doenças hereditarias.

LACTENTES E PRÉ-ESCOLARES = malformações do trato urinario (rins hipoplasicos e displasicos = varias ilhotas em vez do rim completo)

ESCOLARES E ADOLESCENTES = glomerulopatias, uropatias, sequelas de doenças adquiridas (sindrome hemolitico-uremica) e iniciam-se as causas de origem hereditaria (ex: nefronoptise e Sindrome de Alport)

42
Q

Exemplos de toxinas uremicas:

OBS: toxinas uremicas sao substancias que seriam normalmente eliminadas na urina, mas com a injuria renal não são eliminadas e causam toxicidade ao nosso organismo

A

PTH, ureia, beta-2-microglobulina e fosforo sao toxinas uremicas classicas

OBS: fosforo em DRC deve ser mantido dentro dos valores de referencia, pois tanto hiper quanto hipofisfatemia estao relacionados a maior mortalidade

43
Q

Caracteristicas fisiologicas do sistema renal do idoso:

A
  • Redução do peso renal
  • redução do numero e volume dos glomerulos (alterações estruturais), o que ocasiona redução da area de filtração glomerular e REDUÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (taxa de 1% ao ano após 40 anos) e consequente redução do clearance de creatinina
  • perdas de estruturas corticais com preservação da medula
  • esclerose (enrijecimento) de vasos renais com redução da sua luz
  • queda na produção de creatinina (pode explicar TGF normais em alguns casos, pois excreta menos mas tambem produz menos)
44
Q

Esquema vacinal para hepatite B em DRC:

A

Quatro doses (0, 1, 2 e 12 meses), utilizando o dobro da dose habitual para a idade.

JUSTIFICATIVA: Com o avançar da DRC, ocorre uma deficiencia na imunidade, principalmente humoral (devido a uremia). Com isso, esses doentes apresentam incapacidade de manter altos titulos de anticorpos ao longo do tempo, indicando esse esquema.

45
Q

Quais as melhores formulas para estimativa de TFG:

A

MDRD e CKD-EPI sao mais precisas e sao as preferenciais (a de Cockcroft-Gault é muito utilizada por ser mais facil de memorizar, mas é menos precisa)

OBS: as formulas possuem acuracia variavel e podem dar diferenças no estadiamento de DRC

OBS 2: creatinina serica isoladamente nao é bom, pois varia em função do peso, sexo e idade (ex: mulheres idosas e magras podem ter creatinina baixa/normal e rim zuado)

46
Q

Paciente com vomitos, fadiga e flapping. Creatinina serica aumentada. USG mostra massa retroperitoneal e dilatação bilateral das vias urinarias. Diagnostico e conduta emergencial:

A

Encefalopatia uremica devido a azotemia importante.

A massa retroperitoneal determina a existencia de uma IRA pós-renal. Conduta: desobstruir de imediato a via urinaria através:

1) nefrostomia percutanea (Por meio da inserção de um dreno é acessado o local do rim onde há o maior acúmulo de urina, que será drenada para uma bolsa fora do corpo. O procedimento é realizado de forma percutânea, sob anestesia local, atingindo grande taxas de eficácia)
2) implante de cateter duplo J pela via endourologica (O cateter duplo J consiste em um stent introduzido no canal ureteral com o objetivo de permitir o fluxo adequado da urina do rim para a bexiga)

47
Q

Classificação da DRC de acordo com a TFG:

A

G1: TFG >= 90 ml/min/1,73m²

G2: TFG: 60-89

G3a: TFG: 45-59

G3b: TFG: 30-44

G4: TFG 15-29

G5: TFG < 15 (candidatos diretos a iniciar a terapia de substituição renal = transplante ou hemodialise)

OBS: se tratado com dialise, acrescentamos a letra D

OBS 2: terapia de substituição renal é indicada com TFG abaixo de 30-15, dependendo das comorbidades do paciente (ex: diabeticos começam antes)

48
Q

Classificação da DRC de acordo com o grau de albuminuria:

A

A1: < 30 mg/dia
A2: 30-300
A3: > 300

OBS: albuminuria (>=30 mg/dia) é marcador precoce de nefropatia, nao tardio

49
Q

Definição de DRC:

A

Alteração estrutural ou TFG < 60 ml/min/1,73m² por um periodo superior a 3 meses

OBS: paciente mesmo que em hemodialise, possui mais risco de morte do que pessoa sem doença renal

50
Q

V OU F.

Paciente que apresentou uma IRA dialitica e que depois recuperou a TFG e saiu da hemodialise continua sendo grupo de risco para desenvolvimento de DRC.

A

V.

Quadros graves de IRA costumam gerar perdas irreversiveis de nefrons, o que pode reduzir a função renal residual, mesmo que o paciente se recupere. Assim, esses pacientes possuem uma maior chance de terem novamente uma IRA após um insulto renal agudo. Da mesma forma, o numero reduzido de nefrons pode predispor a uma DRC (há sobrecarga dos nefrons remanescentes e glomeruloesclerose progressiva e inexoravel)

51
Q

Criterio AKIN para lesao renal aguda:

A

Redução abrupta (48h) da função renal definida por um aumento absoluto da creatinina serica >= 0,3 ; um aumento percentual da creatinina >= 50% ou uma redução do debito urinario (< 0,5 por mais de 6h)

52
Q

Formula de Cockcroft-Gault

A

Clearance de creatinina (TFG) = [(140-idade) x peso]/ [(72 x creatinina)].

Esse é o resultado do homem. Da mulher multiplica por 0,85.

53
Q

Mulher, 72 anos, 55 kg, creatinina = 3. Qual o clearance renal dela?

A

14,7 ml/min

54
Q

Paciente com HAS tratada com IECA evolui com sintomas sugestivos de gastroenterite aguda (vomitos e diarreia) e se encontra desidratada (fração de excreção de sódio urinario < 1% e baixo sodio urinario = IRA pré-renal = função tubular preservada e aumento da reabsorção de sodio em reposta a hipovolemia). Além disso, apresenta relação ureia/creatinina > 40 (= ureia reabsorvida mais rapida no tubulo proximal em casos de urina concentrada do que a creatinina = IRA pré-renal). Conduta:

A

OBS: o IECA tem efeito protetor renal ao impedir a vasoconstrição da arteriola eferente (a que sai do rim, pós-glomerular) protegendo os glomerulos no doente com HAS cronica.

Porem, em situações de hipoperfusao (como desidratação aguda), sobretudo em idosos, essa vasoconstrição é fundamental para manter a perfusão glomerular. Por isso, nesse quadro de IRA, seria indicada a suspensão do IECA e reposição hidrica endovenosa.

55
Q

Paciente DRC estagio 5, apresenta no PS confusao mental, paresia de membro e cefaleia. TC de cranio mostra hemorragia subdural. Diagnostico e fisiopatologia:

A

Na doença renal terminal (se o paciente nao fizer transplante ou dialise) o paciente apresenta manifestações da sindrome uremica (= disfunção plaquetaria e aumento da frequencia de sangramentos).

OBS: deficiencia de B12 pode causar pancitopenia e sangramento tbm

OBS 2: mutação do fator V de Leiden e anticorpo antifosolipideo sao TROMBOFILICOS (aumentam risco de trombos, nao de hemorragias)

56
Q

Sao causas de aumento de ureia serica:

OBS: a ureia nao é um bom marcador de TFG. Apesar de a ureia ser excretada quase que totalmente pelo rim, ela é reabsorvida nos tubulos proximais (o que pode mascarar a real filtração). Causas que aumentam a reabsorção nos tubulos proximais pode aumentar ureia.

A
  • insuficiencia renal: menor eliminação
  • hipovolemia (uso de diureticos)
  • sangramento digestivo: intenso catabolismo pelas bacterias intestinais da hemoglobina liberada, levando ao aumento da produção hepatica de ureia, elevando seus niveis plasmaticos, sem que haja relação com a TFG
  • estados HIPERCATABOLICOS: catabolismo proteico, como ocorre na sepse e uso de corticoesteroides, eleva a ureia sanguinea independente do rim
  • corticoesteroides/tetraciclinas
  • dieta hiperproteica
57
Q

Por que pacientes diabeticos devem ser periodicamente rastreados para nefropatia diabetica atraves da medição do TFG e da albuminuria?

A

Pode haver queda de TFG sem albuminuria

58
Q

Classificação da IRA quanto a diurese:

A
Anurica total: 0-20 ml/dia
anúrica: 20-100
oligurica: 101-400
nao oligurica: 401-1200
poliurica: 1201- 4000
hiperpoliurica: >4000
59
Q

Como diagnosticar patologias osseas decorrentes de DRC (osteodistrofia renal):

A

Metodo de escolha é biopsia do osso. Outro exemplo seria pelo PTH

OBS: PTH elevado favorece o surgimento da osteite fibrosa. Ja osteomalacia ocorre com PTH normal ou levemente aumentado

OBS 2: apesar de função tireoidiana ser importante no metabolismo osseo, nao faz parte da rotina de DRC

60
Q

IRA pré-renal e excreção de sodio:

A

Epitelio tubular integro e hiperfuncionante = aumenta reabsorção de sodio e agua = urina pobre em sodio e agua = Na urinario baixo, fração de excreção de Na baixa tbm (<1%) e osmolalidade/osmolaridade urinaria aumenta (>580 -> acontece porque os rins estao avidos por reter sal e agua, hiperconcentrando a urina

61
Q

Relação AINES e DRC:

A

AINEs podem causar queda abrupta da TFG. Por isso, pacientes DRC nao podem usar AINEs (pode causar insuficiencia renal cronica agudizada e eventualmente sindrome uremica)

62
Q

Mulher, 20 anos, gravida, 26 semana de gestação, chega inconsciente ao PA. Marido relata febre, vomitos e diarreia. Hipotensa e taquicardica, Paciente evoluiu com anuria e aumento da creatinina. A ecografia evidenciou dilatação da pelve renal e ureteral a direita. Diagnostico e conduta:

A

Sepse grave de foco urinario, que esta evoluindo com disfunção renal (a sepse gera hipovolemia relativa (agravada por vomitos, diarreia e sudorese -> mecanismo PRÉ-RENAL)

Expansao volemica usando solução cristalina isotonica

OBS: paciente pode evoluir com necrose tubular aguda posteriormente por hipoperfusao e choque

OBS 2: “A ecografia evidenciou dilatação da pelve renal e ureteral a direita.” -> comum na gestação com mais de 20 semanas devido a dextroversao uterina fisiologica (cuidado pra nao confundir com LESAO PÓS-RENAL)

63
Q

O que é IRA pré-renal e causas:

A

Hipoperfusao renal (provocada por qualquer condição que reduza volume arterial circulante efetivo)-> pode evoluir para necrose tubular aguda

Causas:

  • CAD (diurese osmotica que gera hipovolemia por desidratação profunda) ;
  • insuficiencia hepatica (evolução para sindrome hepatorrenal, presente tanto na insuficiencia hepatica aguda como cronica) -> vasodilatação esplancnica + vasoconstrição sistemica (incluindo arteriolas intrarrenais)

OBS: idosos e pacientes usando AINEs sao mais sujeitos a desenvolverem IRA, pois sua função renal já é mais prejudicada

64
Q

V OU F.

Pacientes com albuminuria persistente (>3 meses) devem ser considerados DRC, mesmo sem diminuir TFG.

A

V.

Definição de DRC fala dano renal (ex: albuminuria >=30 mg/dia) por mais de meses, mesmo com TFG normal

65
Q

Caracteristicas de uma NTA isquemica (ou IRA isquemica):

A

Fração de excreção de sodio > 1%, acompanhada da presença de cilindros granulares no EAS

66
Q

Caracteristicas de uma NTA de lise tumoral:

A

Disturbios hidroeletroliticos em função da liberação de eletrolitos a partir das celulas tumorais rompidas (ou rotas) -> hiperuricemia, hiperfosfatemia e hipocalcemia (calcio livre combina com excesso de fosfato, precipitando nos tecidos na forma de fosfato de calcio)

67
Q

Caracteristicas de uma IRA associada a doença ateroembolica:

A

Hipocomplementemia e eosinofiluria

68
Q

Qual a diferença para resolução da oliguria na NTA ou na IRA pré-renal?

A

IRA PRÉ-RENAL: o paciente melhora do quadro imediatamente após a reposição de volemia.

NTA: inicia a resolução da oliguria após 21 dias, quando os tubulos necrosados começam a se regenerar

69
Q

Como ciclosporina e cocaina causam IRA?

A

Ciclosporina (droga imunossupressora) = induz vasoconstrição das arteriolas pré-glomerulares

cocaina = induz rabdomiolise

70
Q

Complicação mais frequente de um paciente com IRA grave:

A

Infecções

Disturbio homeostatico favorece a ocorrencia de infecções (imunodepressao da IRA) + proprio acesso vascular (cateter de dialise) como porta de entrada para patogenos nosocomiais (hospitalares) com resistencia antimicrobiana