INSUF. RESPIRATÓRIA Flashcards
O que caracteriza a Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) tipo 1?
PaO2 < 60 mmHg com o paciente respirando em ar ambiente.
Qual o valor de PaCO2 e pH que define a Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) tipo 2?
PaCO2 > 50 mmHg e pH < 7,35, indicando acidose respiratória.
Quais são os objetivos da abordagem inicial na Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)?
2
Corrigir a hipoxemia e acidose respiratória, aliviar o trabalho respiratório, evitar fadiga e promover conforto.
O que é a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) e qual sua mortalidade?
É uma condição grave com hipoxemia e inflamação pulmonar, causada por dano ao endotélio capilar pulmonar. Mortalidade de até 60%.
: Quais são os critérios diagnósticos para a SDRA?
5
Contexto agudo (até 7 dias), hipoxemia progressiva, lesão pulmonar bilateral, não cardiogênica, com PaO2/FiO2 < 300.
: Quais são os principais fatores de risco para SDRA?
3
: Sepse, pneumonia e aspiração de conteúdo gástrico.
Qual é o foco do tratamento da SDRA?
Abordar a causa e oferecer suporte, principalmente ventilação mecânica protetora e manejo da hipoxemia refratária.
Quais são as características da ventilação mecânica protetora na SDRA?
4
Uso de volumes correntes baixos (6 ml/kg de peso ideal), pressão de platô ≤ 30 cmH2O, PEEP e frequência respiratória elevadas, e hipercapnia permissiva até pH 7,20.
O que é a Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)?
É a incapacidade aguda do sistema respiratório de realizar trocas gasosas adequadas, surgindo em horas ou dias.
Qual a relevância clínica da IRpA em termos de internações e mortalidade?
A IRpA é uma causa importante de internações em UTIs, com mais de 300 mil casos anuais nos EUA, associada a alta mortalidade, morbidade e custos.
Quais fatores estão associados à gravidade e mortalidade da IRpA?
3
: Idade avançada, comorbidades, e presença de disfunções orgânicas, como choque e instabilidade hemodinâmica.
Como é definida a IRpA tipo I (Hipoxêmica)?
: PaO2 < 55-60 mmHg em ar ambiente.
: Como é definida a IRpA tipo II (Hipercápnica)?
: PaCO2 > 45-50 mmHg com acidemia (pH < 7,35).
O que caracteriza a IRpA tipo III (Mista)?
É caracterizada pela presença simultânea de hipoxemia e hipercapnia.
Qual é o primeiro passo para avaliar a Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)?
2
Determinar se há prejuízo na troca gasosa (hematose) ou se o problema está relacionado à hipoventilação alveolar.
O que é o gradiente alvéolo-arterial de O2 (GA-a) e qual sua importância?
É a diferença entre a pressão alveolar de O2 (PAO2) e a pressão arterial de O2 (PaO2), usada para avaliar os mecanismos de hipoxemia e a troca gasosa.
Qual a fórmula simplificada do gradiente alvéolo-arterial (GA-a)?
GA-a = 130 – (PaO2 + PaCO2) para altitudes entre 700-800 metros. Ao nível do mar, o valor é 150.
: O que um GA-a normal indica na IRpA?
Indica que a hipoxemia é causada pela diminuição da pressão alveolar de O2, sugerindo IRpA Tipo II, relacionada à hipoventilação.
O que um GA-a aumentado sugere na IRpA?
Indica alterações no processo de troca gasosa, sugerindo IRpA Tipo I, associada a problemas na oxigenação.
: Quais são os principais mecanismos de hipoxemia a serem avaliados na IRpA?
5
Distúrbio ventilação/perfusão (V/Q), shunt verdadeiro, efeito shunt, espaço morto e alterações na difusão.
O que é o distúrbio Ventilação/Perfusão (V/Q) e como ele causa hipoxemia na IRpA tipo I?
Ocorre quando áreas ventiladas são mal perfundidas (espaço morto fisiológico) ou quando áreas perfundidas são mal ventiladas (efeito shunt).
O que é o espaço morto fisiológico e como ele contribui para a hipoxemia?
É a ventilação de áreas pulmonares mal perfundidas, comum em condições como embolia pulmonar e insuficiência respiratória.
Quais são exemplos clínicos de IRpA tipo I causados por distúrbios V/Q?
Edema pulmonar (cardiogênico e não cardiogênico, como na SDRA), embolia pulmonar e pneumonia.
: O que é o shunt verdadeiro e como ele afeta a resposta à suplementação de oxigênio?
Ocorre quando áreas sem ventilação são perfundidas, causando hipoxemia que responde mal à suplementação de O2, pois o oxigênio não chega aos alvéolos afetados.
Quais são exemplos de shunt verdadeiro que causam hipoxemia?
2
Shunts intracardíacos (como forame oval patente) e malformações arteriovenosas pulmonares.
Como a alteração de difusão alveolocapilar pode causar hipoxemia?
Resulta em perda de eficiência na troca gasosa entre o alvéolo e a hemácia, sendo menos comum em formas agudas de insuficiência respiratória.
Em que situações a redução da Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2) pode causar hipoxemia?
Ocorre em altitudes elevadas ou em incêndios em ambientes fechados, onde a pressão parcial de oxigênio do ar inspirado é reduzida.
Por que o gradiente alvéolo-arterial (GA-a) é normal na IRpA tipo II?
Porque o problema não está na troca gasosa, mas na quantidade de ar que passa pelos alvéolos (ventilação alveolar reduzida).
Quais são exemplos de condições que causam IRpA tipo II por redução do drive ventilatório?
3
: Intoxicação por opioides, doenças neuromusculares e deformidades da caixa torácica.
Como a obstrução das vias aéreas pode causar IRpA tipo II?
2
Em doenças como asma e DPOC, a obstrução do fluxo aéreo reduz a ventilação alveolar, causando hipercapnia.
O que caracteriza a Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) tipo II, ou Hipercápnica?
É caracterizada por redução da ventilação alveolar, levando a hipoxemia e hipercapnia proporcionais devido à diminuição do volume corrente.
Quais são os principais sinais e sintomas de insuficiência respiratória?
6
PaO2 < 60 mmHg, saturação de oxigênio < 92-94%, cianose, uso de musculatura acessória como tiragem intercostal, supraesternal e de fúrcula, taquipneia, batimento de asa de nariz, e respiração paradoxal.
Como a hipercapnia indica falência respiratória na insuficiência respiratória aguda?
A hipercapnia (PaCO2 > 45 mmHg) com pH < 7,35 indica exaustão da musculatura respiratória que falha em manter ventilação alveolar adequada, elevando a gravidade do quadro.
Quais achados na ausculta pulmonar podem ajudar no diagnóstico etiológico da IRpA?
Sibilos e roncos sugerem patologias das vias aéreas;
estertores crepitantes indicam preenchimento alveolar, podendo sugerir pneumonia ou congestão pulmonar;
diminuição do murmúrio vesicular pode ocorrer em derrames pleurais e pneumotórax.
O que é ortopneia e em que contexto ela é observada?
Ortopneia é a dificuldade respiratória que ocorre ao deitar-se e melhora ao sentar ou ficar de pé, comumente observada em condições que afetam a ventilação ou perfusão, como insuficiência cardíaca ou doenças pulmonares
O que a caracterização por “Platipneia” sugere em pacientes com insuficiência respiratória?
Pode indicar 3 coisas
Platipneia é caracterizada pelo desconforto respiratório que piora na posição ereta e melhora ao deitar, frequentemente associada a shunts direita-esquerda, como na síndrome hepatopulmonar e malformações arteriovenosas pulmonares.
Quais são as principais causas de insuficiência respiratória hipoxêmica?
6
Pneumonia, tromboembolismo pulmonar (TEP), congestão pulmonar, atelectasias, Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), pneumotórax.
Quais são os principais mecanismos de insuficiência respiratória hipoxêmica?
: Shunt, distúrbio ventilação/perfusão (V/Q), alterações na difusão e espaço morto.
: Quais são as principais causas de insuficiência respiratória hipercápnica?
6
Doenças neuromusculares, intoxicações exógenas, medicações depressoras do sistema nervoso central (SNC), porfiria, hipocalemia/hipofosfatemia, botulismo.
Qual o principal mecanismo fisiopatológico da insuficiência respiratória hipercápnica?
Hipoventilação alveolar, que reduz a eliminação de CO2, levando à hipercapnia.
O que a presença de estertores localizados na ausculta pulmonar sugere?
É sugestiva de pneumonia.
O que a presença de estertores difusos na ausculta pulmonar pode indicar?
Podendo indicar 3 coisas
Pode indicar congestão pulmonar ou processos difusos, como hemorragia alveolar e SDRA.
O que a diminuição do murmúrio vesicular (MV) indica na ausculta pulmonar?
Localizado 2
Difuso 1
Quando localizada, sugere pneumotórax ou derrame pleural. Quando difusa, pode indicar tórax silencioso, como no mal asmático.
Qual é o exame padrão para confirmar o diagnóstico de Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)?
O diagnóstico é confirmado por gasometria arterial, que avalia a troca gasosa e os níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue.
Como a oximetria de pulso pode ser enganosa em certos casos?
Pode ser falsamente normal em casos de intoxicação por monóxido de carbono, devido à carboxihemoglobina, e falsamente baixa em metahemoglobinemias, anemia grave ou hemoglobinopatia falciforme.
Quais fatores podem interferir na leitura da oximetria de pulso?
5
Má perfusão periférica, arritmias cardíacas, artefatos de movimentação, presença de esmalte e luz ambiente intensa.
Qual é a precisão da oximetria de pulso em diferentes níveis de oxigenação?
A precisão é boa (erro de 2-3%) com saturação >88%, diminui para 5% entre 70-88% e é substancialmente menor com saturação <70%.
: Quais são as vantagens da gasometria arterial na avaliação da IRpA?
: A gasometria arterial mede diretamente a PaO2, PaCO2 e o pH, avaliando tanto a oxigenação quanto a ventilação alveolar e os distúrbios ácido-base.
O que a relação PaO2/FiO2 indica e quais valores são considerados alterados?
A relação PaO2/FiO2 avalia a gravidade da hipoxemia levando em conta o oxigênio suplementado. Valores abaixo de 400 indicam alteração, e abaixo de 100 indicam hipoxemia grave.
Quais outros exames complementares podem ser solicitados na avaliação da IRpA?
Radiografia de tórax, tomografia, angiotomografia de tórax, culturas, D-dímero e ecocardiograma, dependendo da suspeita diagnóstica.
O que indica um gradiente alvéolo-arterial (GA-a) maior que 20 mmHg?
Sugere IRpA Tipo I, associada a problemas na troca gasosa.
Quais são os mecanismos possíveis para um GA-a elevado (>20 mmHg) na IRpA Tipo I?
: Distúrbios V/Q, shunt, alteração da difusão e espaço morto.
O que indica um gradiente alvéolo-arterial (GA-a) menor que 15-20 mmHg?
Sugere IRpA Tipo II, geralmente causada por hipoventilação com diminuição da PaO2.
Qual é o mecanismo fisiopatológico principal na IRpA Tipo II, com GA-a normal?
Hipoventilação alveolar, que reduz a quantidade de ar que chega aos alvéolos.
Quais são os principais objetivos do tratamento da Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)?
3
: Reduzir o trabalho respiratório, corrigir a hipoxemia e tratar a acidemia respiratória.
Quais são as medidas iniciais de suporte no tratamento da IRpA?
Monitorização multiparamétrica (cardioscopia, pressão arterial, oximetria de pulso) e suplementação de oxigênio para manter saturação entre 92-96%.
Quais são as considerações especiais para pacientes com DPOC que retêm CO2 cronicamente? E o que buscamos evitar
: Devem receber oxigênio com cautela, com alvo de saturação entre 88-94%, para evitar piora da retenção de CO2 e risco de narcose por hipercapnia.
Qual é a limitação do uso de cateter nasal de oxigênio de baixos fluxos?
Não deve ser utilizado em fluxos maiores que 4-5 L/min, pois pode lesar a mucosa nasal. Cada litro de fluxo aumenta aproximadamente 3% a FiO2.
: Quais são as vantagens da máscara de Venturi no tratamento da IRpA?
Oferece uma FiO2 precisa, ajustada de acordo com os fluxos e válvulas pré-determinadas.
: O que é a máscara não reinalante (máscara de Douglas) e qual FiO2 ela pode fornecer?
: É um dispositivo com reservatório de oxigênio e válvulas unidirecionais que evita a reinalação do gás exalado. Com fluxo de O2 >15 L/min, pode fornecer FiO2 de quase 100%.
Quais são as vantagens do Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF) no tratamento da IRpA?
Utiliza oxigênio aquecido e umidificado, possibilitando fluxos de 40 a 60 L/min com FiO2 de 100%. Pode evitar intubação em IRpA hipoxêmica e fornece uma leve pressão positiva (5 cm H2O).
: Em quais situações a Ventilação Não Invasiva (VNI) com pressão contínua (CPAP) pode ser indicada?
Pode ser utilizada em edema agudo de pulmão e IRpA hipoxêmica em imunossuprimidos, reduzindo a necessidade de intubação e a mortalidade.
Quando é indicada a ventilação com dois níveis de pressão (BiPAP)?
: Pode ser usada nas mesmas indicações do CPAP e em exacerbações de DPOC, especialmente em pacientes com retenção de CO2, diminuindo a taxa de intubação e mortalidade.
Quais são as contraindicações absolutas para o uso da Ventilação Não Invasiva (VNI)?
3
Rebaixamento do nível de consciência (Glasgow ≤ 8), instabilidade hemodinâmica não compensada e iminência de parada cardiorrespiratória (PCR).
Quando é indicada a intubação orotraqueal (IOT) em pacientes com IRpA?
: Indicada em caso de rebaixamento do nível de consciência (Glasgow ≤ 8), instabilidade hemodinâmica não controlada, falha de outros métodos de suporte (VNI, CNAF), ou risco iminente de PCR (respiração agônica, bradicardia).
O que é a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)?
A SDRA é um tipo de insuficiência respiratória aguda causada por edema pulmonar inflamatório, hipoxemia e perda da complacência pulmonar, descrita em 1967 por Petty e Ashbaugh.
Qual é a taxa de incidência e mortalidade da SDRA em pacientes internados em UTI?
Aproximadamente 7% dos pacientes em UTI desenvolvem SDRA, com mortalidade entre 35% e 60%.
: Qual é o processo fisiopatológico inicial da SDRA?
A SDRA é desencadeada por lesão inflamatória do endotélio da vasculatura pulmonar, resultando em disfunção de múltiplos órgãos e sistemas, também conhecida historicamente como “Pulmão de Choque”.
Quais são as fases da fisiopatologia da SDRA?
Fase exsudativa/inflamatória (primeiros 7 dias): lesão endotelial alveolar, ativação macrofágica, edema alveolar e intersticial, microtrombos, e formação de membrana hialina.
Fase proliferativa (após o 7º dia): restauração da homeostase, proliferação de fibroblastos e diferenciação de pneumócitos.
Fase fibrótica (tardia): fibrose intersticial e intra-alveolar, prolongando a ventilação mecânica e aumentando a morbimortalidade.
Quais são os principais eventos clínicos da fase exsudativa da SDRA?
3
: Ocorrem piora da troca gasosa por distúrbios V/Q, edema pulmonar não hidrostático, colapso alveolar por redução de surfactante, diminuição da complacência pulmonar e, em 25% dos casos, hipertensão pulmonar e disfunção do ventrículo direito (cor pulmonale agudo).
O que caracteriza a fase fibrótica da SDRA e suas consequências?
Caracteriza-se por fibrose intersticial e intra-alveolar devido à lesão extensa da membrana basal e reepitelização inadequada, prolongando a necessidade de ventilação mecânica e levando a altas taxas de morbimortalidade e sequelas pulmonares a longo prazo.
Quais são as principais causas pulmonares de SDRA?
5
Pneumonia, aspiração, contusão pulmonar, embolia gordurosa e lesão por inalação (químicos, fumaça).
: Quais são as principais causas extrapulmonares de SDRA?
5
Sepse não pulmonar, politrauma, choque hemorrágico, pancreatite aguda, grande queimado e TRALI (Transfusion-Related Acute Lung Injury).
O que é TRALI e como está relacionado à SDRA?
TRALI é a lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão de sangue, sendo uma causa extrapulmonar de SDRA.
: Qual é o mecanismo comum que pode levar à SDRA, independentemente da causa?
: Qualquer situação clínica que desencadeie uma resposta inflamatória sistêmica com lesão endotelial pode evoluir para SDRA.
Qual é o quadro clínico típico da SDRA?
6
Dispneia, taquipneia, taquicardia, hipoxemia e redução da saturação de oxigênio, geralmente entre 6 a 72 horas após o evento agressor.
O que a gasometria arterial revela em pacientes com SDRA?
: Hipoxemia com aumento do gradiente alvéolo-arterial e piora da relação PaO2/FiO2, usada para diagnóstico e prognóstico.
: Quais são os achados radiológicos típicos na SDRA?
Radiografia de tórax mostra opacidades alveolares bilaterais, e a tomografia computadorizada revela consolidações nas zonas gravitacionais dependentes, com áreas de vidro fosco.
Qual o valor da relação PaO2/FiO2 no diagnóstico da SDRA?
A relação PaO2/FiO2 é usada tanto para diagnóstico quanto para prognóstico, com valores menores indicando maior gravidade da hipoxemia.
: O que a tomografia de tórax revela em pacientes com SDRA?
: Consolidações predominantemente nas áreas dependentes do pulmão e achados em vidro fosco.
: Qual é o critério temporal para o diagnóstico da SDRA, de acordo com a ATS 2023?
O início dos sintomas deve ocorrer em menos de 7 dias após um insulto conhecido.
: Que tipo de sintomas respiratórios são observados no diagnóstico da SDRA?
Sintomas respiratórios novos ou piora de sintomas pré-existentes, como dispneia ou hipoxemia.
O que deve ser observado na radiografia ou tomografia para o diagnóstico de SDRA?
A presença de infiltrados bilaterais que não podem ser explicados por outras causas, como derrames pleurais, atelectasias ou massas pulmonares.
Quais são as possíveis causas que precisam ser descartadas antes de diagnosticar a SDRA com base em infiltrados pulmonares?
Derrames pleurais, atelectasias/colapso pulmonar, massas ou nódulos devem ser descartados como explicações para os infiltrados pulmonares bilaterais.
descreva ?
Radiografia de tórax com opacidades difusas
q exame é esse, achados
- Tomografia de tórax com consolidações predominantemente em áreas dependentes.
- Achados em vidro fosco.
- Consolidações gravitacionais dependentes
Qual é o foco principal do tratamento da SDRA?
Tratar a causa subjacente e fornecer suporte adequado ao paciente.
Quais são os componentes do suporte no tratamento da SDRA?
7
Uso de sedativos, nutrição adequada, controle glicêmico, manejo de infecções, profilaxias, restrição de fluidos e ventilação mecânica (VM).
: Por que a restrição de fluidos é importante no tratamento da SDRA?
Para evitar a sobrecarga de líquidos, que pode piorar o edema pulmonar e a hipoxemia.
Quando a Ventilação Não Invasiva (VNI) e o Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF) são indicados no tratamento da SDRA?
São indicados quando conseguem corrigir a hipoxemia sem sinais de falência respiratória, como taquidispneia, hipoxemia não corrigida, rebaixamento do nível de consciência ou instabilidade hemodinâmica.
O que é a Ventilação Mecânica Protetora (VMP) e por que é importante na SDRA?
É uma estratégia de ventilação com baixos volumes correntes (≤ 6 mL/kg de peso predito) e baixas pressões de platô (≤ 30 cm H2O), validada para reduzir a mortalidade na SDRA.
: Quais são os parâmetros essenciais da Ventilação Mecânica Protetora (VMP) na SDRA?
Volume corrente (Vc) ≤ 6 mL/kg de peso predito.
Pressão de platô ≤ 30 cm H2O.
Uso de PEEP elevado (8-12 cm H2O ou mais).
FiO2 ajustada para manter PaO2 entre 55-80 mmHg ou SpO2 entre 88-95%.
Como a Ventilação Mecânica Protetora (VMP) lida com a acidose respiratória causada pela diminuição do volume corrente?
A acidose respiratória leve (pH ≥ 7,20-7,25) é tolerada devido ao acúmulo de CO2. Para compensar, pode-se aumentar a frequência respiratória (FR: 20-35 ipm), mas com cuidado para evitar auto-PEEP.
O que é a Driving Pressure (pressão de distensão pulmonar) e qual é o alvo na SDRA?
Driving Pressure é a diferença entre a pressão de platô e o PEEP, representando a pressão que realmente distende o alvéolo. O alvo é mantê-la abaixo de 15 cm H2O.
Existe diferença significativa entre os modos ventilatórios na SDRA?
Não há evidência clara de que um modo ventilatório seja superior na SDRA. Modos controlados, como Volume Controlado (CVC) ou Pressão Controlada (PCV), são recomendados nos primeiros dias, e o modo Pressão de Suporte (PSV) pode ser usado no desmame.
Qual é a principal medida de resgate para hipoxemia refratária na SDRA?
A posição prona é recomendada para pacientes com PaO2/FiO2 ≤ 150, devendo ser mantida por pelo menos 16 horas diárias e iniciada precocemente (12-24 horas).
Qual é o benefício da posição prona na SDRA?
a: A posição prona é a única medida para hipoxemia refratária com benefício comprovado de diminuição da mortalidade, independentemente da resposta inicial na gasometria.
: Quando deve ser utilizado o Bloqueador Neuromuscular (BNM) na SDRA?
: O BNM pode ser utilizado nas primeiras 48 horas em pacientes com PaO2/FiO2 ≤ 150, sempre associado à sedação profunda, para garantir parâmetros da ventilação protetora.
Quais são os riscos das manobras de recrutamento alveolar na SDRA?
: As manobras de recrutamento alveolar podem causar barotrauma (pneumotórax) e instabilidade hemodinâmica (hipotensão) e são recomendadas com cautela, especialmente em pacientes com SDRA grave.
: Quando o uso de óxido nítrico inalatório pode ser considerado na SDRA?
: O óxido nítrico inalatório pode ser considerado quando a hipoxemia leva à hipertensão pulmonar com repercussão em ventrículo direito (cor pulmonale agudo), embora não tenha demonstrado benefício claro em mortalidade.
Quando a ECMO é indicada para pacientes com SDRA?
: A ECMO é indicada em casos de hipoxemia refratária (PaO2/FiO2 ≤ 60-80) ou acidose respiratória grave (pH < 7,20) após adoção de outras medidas. Deve ser iniciada em fases precoces da SDRA e em centros de referência.
Qual o benefício do uso de corticosteroides na SDRA?
Corticosteroides, como metilprednisolona, dexametasona ou hidrocortisona, demonstraram redução na mortalidade em pacientes com SDRA, incluindo casos de COVID-19.
Qual é a principal causa de óbito em pacientes com SDRA?
A principal causa de óbito é a falência de múltiplos órgãos, não a hipoxemia diretamente.