inflenza aviária Flashcards

1
Q

O agente da Influenza aviária é Vírus de Influenza Tipo A

De acordo com o índice de
patogenicidade, são classificados como—————–

A
são classificados como Influenza Aviária de
Alta Patogenicidade (IAAP) ou Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (IABP). Somente alguns subtipos H5 e H7 foram identificados como responsáveis pelas infecções de IAAP. A maioria dos isolados de H5 e H7 e todos os outros subtipos são caracterizados como de baixa patogenicidade.
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2
Q

O agente da Influenza aviária é Vírus de Influenza Tipo A.

Os subtipos são identificados com base em_____

A

Vírus de Influenza Tipo A
Os subtipos são identificados com base nas proteínas de
superfície, sendo 16 subtipos de hemaglutininas (H) e 9
subtipos de neuraminidases (N)

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3
Q

As espécies suscetíveis de Influenza Aviária são ___

A

A maioria das aves domésticas e silvestres, especialmente as aquáticas (principais reservatórios).

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4
Q

Os sinais clínicos da Influenza de AAP

A

Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP):
Taxa de mortalidade alta e súbita, sem manifestação de sinais clínicos; ou doença severa, com depressão intensa e sinais respiratórios e neurológicos; cianose e focos necróticos na crista e na barbela além de queda na postura e produção de ovos deformados, com casca fina ou sem pigmentação.
Noexame post mortem pode- se verificar edemas, congestões, hemorragias e necrose em vários órgãos internos e pele.

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5
Q

Os sinais clínicos da Influenza de Baixa Patogenicidade

A

A grande maioria dos vírus da IABP são mantidos de forma assintomática em aves silvestres. Nas aves domésticas os sinais podem estar ausentes ou ser brandos, incluindo sinais respiratórios (espirros, tosse, corrimento nasal e ocular), diarreia, letargia, edema de face, além de queda de produção e consumo de água e alimento.
No exame post mortem pode-se verificar rinite, sinusite, congestão na traqueia, hemorragia em trato reprodutivo de poedeiras, aerossaculite e peritonite.

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6
Q

Objetivos da vigilância da INFLUEZA aVIAÁRIA

A

Objetivos da vigilância:

  • Prevenção da introdução, detecção precoce e erradicação; e
  • Demonstração de ausência de circulação viral em aves domésticas
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7
Q

População-alvo da vigilância da Influenza Aviária

A

População-alvo da vigilância: aves domésticas (comerciais e subsistência), de exposição, de ornamentação, de companhia e silvestres ou de sítios de aves migratórias.
As doenças alvo da vigilância da SRN são Influenza Aviária (IA) e doença de Newcastle (DNC).

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8
Q

Com é a transmissão da INFLUENZA AVIÁRIA

A

-Contato direto entre as aves (secreções nasais, oculares e fezes de aves infectadas).

-Contato indireto (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos,
vestuários, produtos, insetos, roedores e outras pragas, cama, esterco e carcaças contaminadas).

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9
Q

RESERVATÓRIOS DA iNFLUENZA AVIÁRIA

A

Reservatórios: aves silvestres, principalmente as aquáticas.

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10
Q

Período de incubação DA INFLUENZA AVIÁRIA

A

Período de incubação: o período de incubação de IAAP depende da dose infectante, via de exposição,
espécie afetada e capacidade de detecção de sinais, podendo variar algumas horas até 14 dias.
-

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11
Q

COMO É CARACTERIZADA A ZOONOSE CAUSADA PELA INFLUENZA AVIÁRIA

A

É uma zoonose de grande interesse para a saúde pública, transmitida principalmente por contato direto
com aves infectadas. A maioria das cepas de baixa patogenicidade causa manifestações brandas em
humanos. Entretanto, foi identificado, desde 2013, que uma linhagem de baixa patogenicidade (H7N9)
detectada na China causa casos severos em humanos.

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12
Q

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA INFLUENZA AVIÁRIA

A

Sinais clínicos compatíveis também podem estar presentes em outras doenças como doença de Newcastle
(DNC), Laringotraqueíte Infecciosa Aviária (LTI), Bronquite Infecciosa, Encefalomielite, doença de Gumboro,
intoxicações, Hepatite Viral dos Patos, Cólera Aviária (forma aguda).

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13
Q

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

A

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Isolamento e identificação do vírus e subtipo de IA
 Detecção do antígeno ou do ácido ribonucleico específico (RNA) de IA
 Determinação do índice de patogenicidade intravenoso (IPIV)
 Sequenciamento genético (caracterização de múltiplos aminoácidos básicos do sítio de clivagem)

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14
Q

COLHEITA DE AMOSTRAS PARA INFLUENZA AVIÁRIA

A

Para investigação laboratorial de casos prováveis, colher as seguintes amostras, preferencialmente, em aves com sinais clínicos ou lesões compatíveis com IA e DNC ou em aves recentemente mortas, sem evidência de autólise dos órgãos:
 30 suabes de traqueia individuais divididos em 6 pools (cada pool com 5 suabes);
 30 suabes de cloaca individuais divididos em 6 pools (cada pool com 5 suabes);
 5 pools de órgãos do sistema digestório (intestino delgado com pâncreas e ceco com tonsilas cecais),
sendo um pool de órgãos para cada ave amostrada;
 5 pools de órgãos do sistema respiratório (pulmão e traqueia), sendo um pool de órgãos para cada ave
amostrada; e
 5 pools de órgãos do sistema nervoso (cérebro e cerebelo), sendo um pool de órgãos para cada ave
amostrada.
Quando não houver número suficiente de aves (criações de subsistência, ornamentais, entre outras), colher amostras de todas as aves existentes

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15
Q

COMO devem ser mantidas as amostras destinadas ao diagnóstico virológico?

A

As amostras destinadas ao diagnóstico virológico podem ser mantidas sob refrigeração (2 a 8ºC) por até 96h (considerando o período de trânsito ao laboratório) ou congeladas a -80ºC ou temperaturas inferiores se
houver necessidade de armazenamento por períodos superiores a 72h. A manutenção de suabes e órgãos a
-20ºC (congelador comum/doméstico) não é indicada, pois os vírus da DNC e da IA são sensíveis a esta
temperatura

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16
Q

Meios de conservação/transporte das amostras

A

Meios de conservação/transporte:
 Meio MEM (Meio Essencial Mínimo), Caldo BHI (Brain Heart Infusion) ou Caldo TPB (Caldo Triptose
Fosfato Tamponado) contendo antibióticos e formulados conforme o Manual de colheita,
armazenamento e encaminhamento de amostras – PNSA;
 Meio de transporte universal para vírus (UTM – Universal Transport Medium ou VTM – Viral Transport
Medium).

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17
Q

Caso Suspeito de SRN: identificação de um dos seguintes critérios:

A
  1. mortalidade maior ou igual a 10% em até 72 horas, em quaisquer estabelecimentos de criação de aves
    domésticas ou em um único galpão do núcleo de estabelecimentos avícolas comerciais ou de reprodução;
    ou
  2. mortalidade súbita e elevada em populações de aves de subsistência, de exposição, de
    ornamentação, de companhia e silvestres ou de sítios de aves migratórias; ou
  3. presença de sinais clínicos ou lesões (neurológicos, respiratórios ou digestórios) compatíveis com
    SRN, em quaisquer tipos de aves; ou
  4. queda súbita igual ou maior a 10% na produção de ovos e aumento de ovos malformados, em aves de
    reprodução ou aves de postura; ou
  5. resultado positivo de ensaio laboratorial em amostras colhidas durante quaisquer atividades de
    pesquisa não oficiais; ou
  6. resultado positivo em testes sorológicos de vigilância ativa ou certificação, em laboratórios
    credenciados.
18
Q

Caso suspeito de SRN nos abatedouros frigoríficos:

A

Caso suspeito de SRN nos abatedouros frigoríficos: identificação de aves com sinais clínicos ou lesões
(neurológicos, respiratórios ou digestórios), ou ainda a presença de aves moribundas ou mortas na
plataforma de recepção, compatíveis com SRN. Os outros critérios de notificação de caso suspeito (1 a 6)
não se aplicam aos abatedouros frigoríficos.

19
Q

Caso Provável de SRN:

A

Caso Provável de SRN: qualquer caso suspeito que atenda a um dos seguintes critérios:
1. aumento de taxa de mortalidade sem comprovação da ocorrência de agravo não infeccioso*; ou
2. presença de aves com sinais neurológicos compatíveis com a SRN; ou
3. associação de dois ou mais critérios de casos suspeitos; ou
4. resultado positivo em testes de detecção do agente em laboratórios credenciados; ou
5. vínculo epidemiológico com caso confirmado ou indícios de provável exposição ao agente.
* envolve fatores externos como falta de energia, falhas de equipamentos, intempéries, danos em instalações,
erro de manejo ou outros

20
Q

Caso Confirmado/Foco de IAAP

A

Caso Confirmado/Foco de IAAP: isolamento e identificação do agente ou detecção do RNA viral específico do vírus da Influenza do tipo A dos subtipos H5 ou H7 ou outro subtipo caracterizado como de alta
patogenicidade, por IPIV ou sequenciamento genético, em aves domésticas.

21
Q

Caso Confirmado/Foco de IABP:

A

Caso Confirmado/Foco de IABP: isolamento e identificação do agente ou detecção do RNA viral específico do vírus da Influenza do tipo A dos subtipos H5 ou H7 caracterizado como de baixa patogenicidade, por IPIV ou sequenciamento genético, em aves domésticas

22
Q

Caso Confirmado/Foco de Influenza tipo A de Alta Patogenicidade:

A

Caso Confirmado/Foco de Influenza tipo A de Alta Patogenicidade: isolamento e identificação do agente
ou detecção do RNA viral específico do vírus da Influenza do tipo A que seja caracterizado como de alta
patogenicidade, por IPIV ou sequenciamento genético, em aves não domésticas.

23
Q

Caso Confirmado /Foco de Influenza tipo A de Baixa Patogenicidade:

A

Caso Confirmado /Foco de Influenza tipo A de Baixa Patogenicidade: isolamento e identificação do agente
ou detecção do RNA viral específico do vírus da Influenza do tipo A, que não seja caracterizado como de alta patogenicidade por IPIV ou sequenciamento genético, em aves não domésticas; ou dos subtipos (H1-4, H6 e H8 -16 que não seja caracterizado como de alta patogenicidade), por IPIV ou sequenciamento genético, em aves domésticas.

24
Q

Suspeita Descartada:

A

Suspeita Descartada: caso suspeito notificado ao SVO que não foi classificado pelo médico veterinário oficial
como caso provável de SRN.

25
Q

Caso Descartado de IAAP ou IABP:

A

Caso Descartado de IAAP ou IABP: caso provável investigado pelo SVO, com resultados que não se
enquadram nos critérios de definição de caso confirmado de IAAP ou de IABP

26
Q

Medidas aplicáveis em investigação de casos prováveis de SRN:

A

Medidas aplicáveis em investigação de casos prováveis de SRN: colheita de amostras para diagnóstico
laboratorial, isolamento dos lotes/animais, interdição da unidade epidemiológica, rastreamento de ingresso
e egresso, investigação de vínculos epidemiológicos. Dependendo da avaliação e aprovação do SVO, o lote
poderá ser imediatamente eliminado após a colheita de amostras para diagnóstico, como medida
preventiva, para evitar a possível difusão do agente.

27
Q

Medidas aplicáveis em focos de IA:

A

Medidas aplicáveis em focos de IA: eliminação de todos os susceptíveis na unidade epidemiológica,
destruição das carcaças e todos os produtos e subprodutos, além de resíduos do sistema de produção,
desinfecção, vazio sanitário, aplicação de medidas estritas de biosseguridade, utilização de animais
sentinelas e comprovação de ausência de circulação viral, vigilância dentro da zona de proteção e zona de
vigilância

28
Q

Um foco de IA somente será encerrado quando?

A

Um foco de IA somente será encerrado após a eliminação dos animais susceptíveis na unidade
epidemiológica, comprovação de ausência de transmissão viral e conclusão dos procedimentos de vigilância nas zonas de emergência sanitária, conforme o Plano de Contingência para IA e DNC.

29
Q

Considerando a situação da Doença de Aujeszky (pseudoraiva) no Brasil, julgue a seguinte assertiva.

Segundo dados da OIE, a doença de Aujeszky esteve presente no Brasil entre 2006 e 2009, mas após isso, não houve ocorrência até 2018.

A

DOENÇA DE AUJESZKY

Situação no Brasil

No Brasil, a enfermidade é de notificação obrigatória imediata em qualquer caso suspeito. Segundo dados da OIE, a doença de Aujeszky esteve ausente do país entre 2006 e 2009, mas após isso, teve ocorrência anual até 2018.

A resposta correta é ‘Falso’.

30
Q

Considerando os métodos indiretos de diagnóstico da Brucelose Bovina e Bubalina, julgue o seguinte item.

O teste de Fixação de Complemento (FC) é o teste de referência recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o trânsito internacional de animais.

A

Testes Confirmatórios

Fixação de Complemento (FC)

Este teste tem sido empregado em diversos países que conseguiram erradicar a brucelose ou estão em fase de erradicá-la.

É o teste de referência recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o trânsito internacional de animais. Na brucelose bovina, apesar de a FC detectar tanto IgG1 como IgM, o isotipo IgG1 é muito mais efetivo como fixador do complemento.

Animais infectados permanecem positivos por períodos mais longos e com títulos de anticorpos fixadores de complemento mais elevados do que os detectados nas provas de aglutinação. Em animais vacinados acima de 8 meses de idade, os anticorpos que fixam complemento desaparecem mais rapidamente do que os aglutinantes.

É um teste trabalhoso e complexo, que exige pessoal treinado e laboratório bem equipado.

31
Q

Considerando a diagnóstico da doença de Newcastle, julgue o seguinte item.

A presença de atividade de hemaglutinação no fluído cório-alantoide dos ovos indica que o AMPV-1 está presente, portanto é desnecessário que esses ovos sejam submetidos a ensaios de inibição de hemaglutinação (HI) para APMV-1.

A

DOENÇA DE NEWCASTLE

Diagnóstico

Os vírus são geralmente isolados em ovos embrionados de galinha, embora culturas celulares também possam ser utilizadas para alguns vírus. Em particular, algumas cepas de PPMV-1 podem ser isoladas em culturas celulares, mas não em ovos embrionados e ambos os tipos de cultura devem ser utilizados quando há suspeita desse vírus. A presença de atividade de hemaglutinação no fluído cório-alantóide dos ovos pode indicar que vírus AMPV-1 estão presentes e que esses ovos podem ser testados em ensaios de inibição de hemaglutinação (HI) para APMV-1. Alguns isolados (de cormorões na América do Norte e alguns vírus velogênicos que o ensaio padrão para APMV-1 velogênicos não detecta esses vírus. Resultados similares foram relatados para outros isolados de APMV-1. Outros tipos de testes moleculares, como ensaios de amplificação isotérmica mediada por loop pós transcrição reversa (RT-LAMP) têm sido descritos na literatura.

32
Q

Considerando a etiologia da Anemia Infecciosa Equina (AIE), julgue o seguinte item.

A anemia infecciosa equina é causada por um vírus RNA envelopado.

A

A anemia infecciosa equina é causada por um RNA vírus (vírus da anemia infecciosa equina - VAIE), envelopado, que pertence ao gênero Lentivírus e família Retroviridae.
A resposta correta é: Certo

33
Q

Considerando os testes para diagnóstico laboratorial do vírus da raiva (RabV), julgue o seguinte item.

Em relação ao diagnóstico laboratorial da raiva, no teste de inoculação em camundongo, um grupo de camundongos com idade entre 3 e 4 semanas ou neonatos de 2 a 5 dias de idade são inoculados intracerebralmente. Os camundongos adulto-jovens são observados por 60 dias e todo camundongo morto é examinado por meio da IFD.

A

Segundo o PNCRH, os camundongos adulto-jovens são observados por 30 dias.

Teste de inoculação em camundongo:

Um grupo de camundongos com idade entre 3 e 4 semanas ou neonatos de 2 a 5 dias de idade são inoculados intracerebralmente.

Os camundongos adulto-jovens são observados por 30 dias e todo camundongo morto é examinado por meio da IFD. Para apressar o resultado da inoculação de camundongos neonatos, recomenda-se o sacrifício de um camundongo por vez, aos 5, 7, 9 e 11 dias pós-inoculação, seguidos da realização da IFD.

34
Q

Os hospedeiros preferenciais da Brucella neotomae são os bovinos e os bubalinos.

A

Dentro do gênero Brucella, são descritas seis espécies independentes, cada uma com seu hospedeiro preferencial: Brucella abortus (bovinos e bubalinos), Brucella melitensis (caprinos e ovinos), Brucella suis (suínos), Brucella ovis (ovinos), Brucella canis (cães) e Brucella neotomae (rato do deserto). Duas novas espécies, recentemente isoladas de mamíferos marinhos estão sendo estudadas.

35
Q

Considerando os sinais clínicos da Anemia Infecciosa Equina (AIE), julgue o seguinte item.

Asininos e muares são mais susceptíveis desenvolver sinais clínicos severos.

A

Sinais clínicos Asininos e muares são menos prováveis de desenvolver sinais clínicos severos. Mulas podem ser infectadas e permanecer assintomáticas, mas sinais clínicos típicos da AIE foram relatados em alguns animais infectados espontânea ou experimentalmente.
A resposta correta é: Errado

36
Q

Considerando os métodos de diagnóstico da Tuberculose Bovina, julgue o seguinte item.

Entre outros cuidados especiais para a realização de testes tuberculínicos em rebanho, um novo teste tuberculínico só deverá ser realizado após um período mínimo de 90 dias.

A

Cuidados na Tuberculinização de Rebanhos

A realização de testes tuberculínicos em rebanho requer os seguintes cuidados especiais:

  • novo teste tuberculínico só deverá ser realizado após um período mínimo de 60 dias;
  • a intensidade da reação alérgica à tuberculina não é proporcional à evolução da doença no organismo do animal;
  • um único teste tuberculínico não garante ausência de infecção;
  • a observação cuidadosa do rebanho, de preferência após movimentação, pode permitir a individualização de animais com os seguintes sintomas: tosse crônica, dificuldade respiratória, problemas digestivos e timpanismo, claudicação; sinais clínicos que podem estar presentes em animais anérgicos à tuberculinização;
  • na anamnese de rebanhos infectados deve ser levada em consideração a possível existência de portadores da infecção entre os tratadores, os gatos e cães da propriedade;
  • os animais reagentes têm que ser isolados e sacrificados ou destruídos;
  • os funcionários da propriedade precisam ser submetidos periodicamente a exames médicos; • em rebanho com tuberculose, as pessoas que lidam com os animais devem ser encaminhadas para exame médico;
  • as fêmeas que estiverem no período compreendido entre 15 dias antes e 15 dias depois do parto, não devem ser submetidas ao teste tuberculínico, pois podem apresentarse menos reativas nesse período
37
Q

Considerando o diagnóstico da Tuberculose Bovina, julgue o seguinte item.

Entre outras situações, as análises bacteriológicas completas serão necessárias para confirmação da presença de infecção em animais positivos ao teste tuberculínico, com ou sem lesões macroscópicas, de uma propriedade considerada livre de tuberculose.

A

Diagnóstico Bacteriológico

As análises bacteriológicas completas só serão necessárias nas seguintes situações:

  • confirmação da presença de infecção tuberculosa em bovinos de um país ou região onde não foi comprovada anteriormente;
  • estudo de animais positivos ao teste tuberculínico, nos quais não se observaram lesões macroscópicas sugestivas de tuberculose. Nesses casos, a pesquisa bacteriológica será feita especialmente em amostras de linfonodos do trato respiratório e intestinal;
  • confirmação da presença de infecção em animais positivos ao teste tuberculínico, com ou sem lesões macroscópicas, de uma propriedade considerada livre de tuberculose;
  • pesquisa de micobactérias em lesões sugestivas de tuberculose, encontradas durante a inspeção sanitária post-mortem de animais provenientes de unidades de criação monitoradas para tuberculose;
  • pesquisa de micobactérias em amostras de leite e de outros produtos de origem animal;
  • necropsias de animais com reações inespecíficas, nos quais são encontradas lesões sugestivas de tuberculose.
38
Q

Considerando a patogenia do vírus da raiva (RabV) em bovinos, julgue o seguinte item.

Após entrar em decúbito, não consegue mais se levantar e ocorrem movimentos de pedalagem, dificuldades respiratórias, opistótono, asfixia e finalmente a morte, que ocorre geralmente entre 3 a 6 dias após o início dos sinais, podendo prolongar-se, em alguns casos, por até 10 dias

A

Aspectos clínicos da Raiva

Sinais Clínicos nos Herbívoros

Após entrar em decúbito, não consegue mais se levantar e ocorrem movimentos de pedalagem, dificuldades respiratórias, opistótono, asfixia e finalmente a morte, que ocorre geralmente entre 3 a 6 dias após o início dos sinais, podendo prolongar-se, em alguns casos, por até 10 dias.

A resposta correta é ‘Verdadeiro’.

39
Q

Considerando a resposta imune contra a Brucelose na infecção e na vacinação, julgue o seguinte item.

Além da resposta imune celular, anticorpos específicos (imunidade humoral) contra a cadeia “O” também são produzidos durante a infecção.

A

Resposta Imune contra a Brucelose na Infecção e na Vacinação

As bactérias do gênero Brucella são parasitas intracelulares facultativos, com capacidade de se multiplicar e sobreviver dentro de macrófagos. Em razão dessa habilidade, a proteção contra a infecção e a eliminação da bactéria do organismo hospedeiro dependem primariamente da resposta imune mediada por células.

Tal resposta dá-se pela interação de células fagocitárias – neutrófilos e macrófagos – e de células específicas, linfócitos T auxiliares e citotóxicos. Apesar de existirem metodologias para se medir a intensidade dessa resposta imune celular, essas técnicas, por serem complexas e de difícil execução, não são utilizadas na rotina de diagnóstico da infecção por Brucella sp.

Além da resposta imune celular, anticorpos específicos (imunidade humoral) contra a cadeia “O” também são produzidos durante a infecção. Os anticorpos dirigidos contra o lipopolissacarídeo (LPS) de Brucella sp têm sido bastante estudados, de modo especial por serem detectados com facilidade em provas sorológicas. A maioria das imunoglobulinas presentes no soro de bovinos e bubalinos é da classe G (IgG1 e IgG2), seguidas das classes M (IgM) e A (IgA).

verdadeiro

40
Q

Considerando os testes para diagnóstico laboratorial do vírus da raiva (RabV), julgue o seguinte item.

O isolamento viral detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos, permitindo o “isolamento” do agente, devendo ser utilizado concomitantemente ao teste de IFD, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde.

A

Isolamento viral

Este teste detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos, permitindo o “isolamento” do agente. É utilizado concomitantemente ao teste de IFD, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1996).

  • Teste de inoculação em camundongo: um grupo de camundongos com idade entre 3 e 4 semanas ou neonatos de 2 a 5 dias de idade são inoculados intracerebralmente. Os camundongos adulto-jovens são observados por 30 dias e todo camundongo morto é examinado por meio da IFD. Para apressar o resultado da inoculação de camundongos neonatos, recomenda-se o sacrifício de um camundongo por vez, aos 5, 7, 9 e 11 dias pós inoculação, seguidos da realização da IFD. O teste de isolamento in vivo em camundongos é oneroso e deve ser substituído, sempre que possível, por isolamento em cultivo celular.
  • Teste em cultura celular: a linhagem celular preconizada para esse tipo de teste é de células de neuroblastoma murino (NA-C1300). A replicação do vírus é revelada pela IFD. O resultado do teste é obtido 18 horas pós-inoculação. Geralmente a incubação é continuada por 48 horas e, em alguns laboratórios, por até 4 dias. Este teste é tão sensível quanto o teste de inoculação em camundongos. Uma vez existindo a unidade de cultura celular no laboratório, este teste deve substituir o teste de inoculação em camundongos, evitando assim o uso de animais, além do fato de ser menos oneroso e mais rápido.
41
Q

No ser humano, o período médio de incubação do vírus da raiva (RabV) é de 4 a 10 dias, embora haja relatos de períodos excepcionalmente longos.

A

No ser humano, o período médio de incubação é de 20 a 60 dias, embora haja relatos de períodos excepcionalmente longos. Por sua vez, a determinação do período de incubação da raiva natural em animais é de difícil comprovação, dada a dificuldade em registrar o momento exato da inoculação do vírus. Entretanto, estudos de infecção experimental realizados em diferentes animais, usando amostras virais de diferentes origens, têm mostrado variações, com períodos extremamente longos ou demasiadamente curtos.

42
Q

Considerando a situação da Peste Suína Clássica (PSC) no Brasil, julgue o seguinte item.

Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em maio de 2019, completaram 4 anos da emissão do certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE.

A

Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em maio de 2019, completaram 4 anos da emissão do certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE. A zona livre de PSC do país (status reconhecido nacionalmente, com exceção de SC e RS) concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Cem por cento de toda a exportação de suínos e seus produtos são oriundos dessa zona, integrada pelo Distrito Federal e 15 estados (região sul - RS, SC e PR; região sudeste - MG, SP, RJ e ES; região centro oeste - MS, MT e GO; região nordeste - BA e SE; e região norte - TO, RO e AC). Nessa zona, a última ocorrência detectada de PSC foi em janeiro de 1998 em SP.
Última ocorrencia de zona não livre ( ceara, piaui e alagoas em 2018 e 2019)