Infecções da corrente sanguínea Flashcards
O que são as definições da corrente sanguínea?
Infecções de consequência sistêmicas graves; bacteremias ou sepse, com alta morbidade e mortalidade.
Quais as possibilidades de diagnósticos?
Laboratoriais e clínicos.
Quais os critérios de ICS laboratoriais?
- 1 ou mais hemocultura (+), preferencialmente de espécies e patógenos que não se relacionam com a infecção em outro sítio.
- Ao menos 1 dos sinais e sintomas:
febre
oligúria
hipotensão
CRITÉRIO 1 (Na Pediatria):
Qual a divisão das Infecções de Corrente Sanguínea (ICS)?
- Infecção primária da corrente sanguínea: quando não há outro foco identificável.
- Infecção secundária da corrente sanguínea: com hemocultura (+) ou sinais clínicos da sepse, na presença de infecção em outro sítio.
Quais são os tipos de acesso usados na emergência?
A) De curta permanência: a exemplo de Jelco (periférico); cateter venoso central e cateter HD.
B) De longa permanência: a exemplo de Portocath e Permcath.
Qual a fisiopatogenia da colonização extraluminal?
As bactérias da pele alcançam a corrente sanguínea após terem formado “biofilmes” na face externa do dispositivo.
Qual a fisiopatogenia da colonização da via intraluminal?
O número de manipulações do HUB (Scrub the hub consiste em friccionar os canhões dos acessos vasculares, dânulas e conectores com solução antisséptica alcoólica) aumenta, favorecendo sua contaminação.
Quais são as bactérias que colonizam a microbiota da pele do paciente?
Cocos GRAM +
Quais as bactérias que podem favorecer uma contaminação do fluido infundido?
Enterobactérias; e não-fermentadores.
Quais são as bactérias que podem realizar uma disseminação hematogênica?
Cocos GRAM +; Bacilos GRAM - e Candida.
Qual a fisiopatogenia da infusão de soluções contaminadas?
Há uma adoção de práticas inadequadas de preparo e de falhas em se seguir recomendações preconizadas.
Qual a fisiopatogenia da disseminação hematogênica?
Embora rara, a colonização da ponta do dispositivo pode ocorrer em pacientes com ICS de qualquer origem.
Quais os principais agentes etiológicos das ICS (Infecções da corrente sanguínea)?
Staphylococcus coagulase-negativo, Staphylococcus aureus, Enterococcus, Candida sp, E. coli, Klebsiella sp, Pseudomonas sp, Enterobacter sp, Serratia sp, Acinetobacter baumannii.
Quais as principais manifestações clínicas das ICS?
A febre é a principal, além de sinais de infecção do sítio de inserção, mal funcionamento do cateter e sinais sistêmicos de infecção e disfunção orgânica.
No que consiste o tratamento das ICS?
Remoção de cateter, e associação com antibioticoterapia, guiada pela cultura; sendo que:
a) não se remove o cateter em pacientes graves, caso não haja outro acesso
b) para a antibioticoterapia é necessário avaliar a flora local do hospital e cobrir G+ e G- (Vancomicina + Carbapenêmicos)
Quais os fatores de risco para ICS fúngicas?
Imunodeprimidos, uso de antibiótico prolongado, cirurgia abdominal, disfunção do TGI, colonização por candida e uso de NPT.
Quais as possíveis complicações das ICS?
Tromboflebites sépticas, endocardite, osteomielite, abscesso cerebral e endoftalmite. Essas complicações variam de acordo com o tipo de cateter, frequência de manipulação, tempo de permanência e fatores relacionados ao paciente.
Como é feita a prevenção para ICS?
A) Escolha do local: para punção venosa periférica, dar preferência aos MMSS, evitando locais de dobras cutâneas. Para punção venosa central, a ordem de preferência é acesso subclávio, jugular e femoral.
B) Antissepsia:
1. Para cateter periférico, lavar as mãos, usar luvas de procedimento e fazer antissepsia da pele do paciente com álcool 70%.
2. Para cateter venoso central, fazer antissepsia rigorosa das mãos com solução antisséptica degermante (PVP-I 10% ou clorexidina degermante 2%) antes da inserção do cateter central, utilizar luvas, realizar antissepsia da pele do paciente com clorexidina alcóolica 2%, álcool 70% ou PVP-I alcóolico ou tópico 10% na ausência dos anteriores (após limpeza com água e sabão ou solução degermante) e utilizar paramentação completa (luvas estéreis, máscara, gorro, avental estéril e campo estéril para passagem de acesso venoso central, cateter umbilical, cateter central de inserção periférica e flebotomias).
3. Manipulação dos cateteres venosos centrais: não se recomenda a coleta de sangue para exames laboratoriais através do cateter, não desobstruir o cateter (aspirar coágulo), proteger o cateter durante o banho para não molhar, lavar as mãos antes e após a inserção e manipulação dos cateteres. Nos cateteres semi-implantáveis, após a infusão de medicamentos ou sangue, o cateter deve ser lavado com SF, podendo usar heparina na luz do cateter. Para cateteres implantáveis, evitar a infusão ou extração de sangue (dano ao equipamento), utilizar luvas estéreis e realizar antissepsia da pele com PVPI antes de inserir a agulha no dispositivo, trocar a agulha (agulha de Huber) a cada 2 dias e, para agulhas especiais (semelhante ao escalpe), a cada 7 dias.
3. Troca de cateter: o cateter venoso periférico deve ser trocado a cada 96h. O cateter venoso central, cateter venoso central de inserção periférica e cateter de hemodiálise não precisam de trocas periódicas. O cateter de artéria pulmonar não precisa de troca antes de 7 dias.