IACAPAP - Primeira Infância Flashcards

1
Q

Definição de temperamento

A

Definido como o conjunto de predisposições emocionais e comportamentais inatas, relativamente estáveis ao longo da vida, com forte base biológica e genética.

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2
Q

Exemplos de traços de temperamento: timidez e inteligência

A

Herdabilidade
* Timidez: 0.2-0.6
* Inteligência: 0.5

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3
Q

Variabilidade no desenvolvimento

A

As crianças demonstram uma heterogeneidade considerável no seu ritmo de desenvolvimento, inclusive uma mesma criança pode ter um desenvolvimento mais rápido ou atrasado em diferentes áreas (cognitiva, linguística, emocional, social e comportamental).

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4
Q

Os primeiros xxxx anos de vida são um período particularmente crítico para a aquisição da linguagem.

A

Cinco

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5
Q

Período sensível

A

O momento em que é mais fácil para a criança adquirir certas capacidades.
Tempo de desenvolvimento ótimo.
Começa e termina gradualmente e que é mais suscetível de recuperação (comparado ao período crítico)

Por exemplo, a aprendizagem de um segundo idioma é mais fácil antes dos 6 anos de idade, mas não é impossível em qualquer idade.

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6
Q

IAACAPAP
O desenvolvimento infantil é organizado nas seguintes etapas:

A
  • Primeira infância (bebês): 0 a 2 anos
  • Primeira infância (idade pré-escolar): 2 a 5 anos
  • Segunda Infância: 6 a 11 anos
  • Adolescência: 11 a 18 anos
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7
Q

Marcos do desenvolvimento cognitivo e linguístico, dos 0 - 6 meses: aumento da capacidade perceptiva e a diferenciação dos estímulos

A

O aumento da capacidade perceptiva e a diferenciação dos estímulos, coincidem com a crescente preferência da criança por pessoas e estímulos familiares.

A maioria dos bebês quando nasce tolera andar no colo por adultos diferentes sem mostrar muito sofrimento. No entanto, perto dos seis meses de idade, podem chorar ou choramingar mais frequentemente quando encontram pessoas ou até mesmo familiares desconhecidos, desenvolvendo uma preferência particular pelo rosto, sons vocais e cheiro do cuidador principal.

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8
Q

Marcos do desenvolvimento cognitivo, dos 0 - 6 meses

A
  • Melhor diferenciação dos estímulos externos
  • Crescente preferência da criança por pessoas e estímulos familiares. Perto dos seis meses choramingando ao colo de estranhos.
  • Preferência por interações cara-a-cara e
  • Capazes de reconhecer e imitar expressões faciais de adultos.
  • Utilização do choro para exprimir necessidades básicas.
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9
Q

Marcos do desenvolvimento linguístico, dos 0 - 6 meses

A
  • Por volta dos dois meses começam a vocalizar, fazendo ruídos caracterizados por sons de vogais curtas
  • Se transformam em balbucios pelos quatro meses, quando sons consonantes são adicionados e a fala se torna repetitiva, por exemplo “babababa”.

Além da preferência pela voz do cuidador, o bebé também prefere ouvir sua língua nativa e pode começar a tentar comunicar com o cuidador principal, num processo chamado “atenção conjunta” (próximo aos seis meses)

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10
Q

Marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental, dos 0 - 2 anos: vinculação

A

Um marco crítico durante este período é o desenvolvimento da vinculação emocional do bebe com o cuidador principal.

A força desse vínculo indica até que ponto o bebê pode usar o cuidador como uma base segura a partir da qual pode explorar o mundo, retornar em momentos de aflição e usar como estrutura para o desenvolvimento socio-emocional.

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11
Q

Marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental, dos 0 - 6 meses

A
  • Regulação dos ciclos circadianos, sendo importante atividades e rotinas regulares
  • Podem facilmente ficar sobrecarregadas com novas experiências, sobrecarregando as suas capacidades de autorregulação.
  • A aversão ao olhar é um comportamento normal nesta fase de desenvolvimento, é uma reação normal à superestimulação e à excitação.Com o tempo, por meio de interações apropriadas e sensíveis com os cuidadores, a tolerância dos bebés à excitação emocional e à regulação dessa mesma excitação aumentará.
  • A expressão emocional torna-se mais variada, organizada e específica
  • Com seis semanas desenvolve sorriso social (resposta a rostos humanos, cuidador). Com 3-4 meses começa a rir (resposta ao riso, situação nova)
  • A frustração e o estado emocional de raiva intimamente relacionados tornam-se mais distintos em cerca de seis meses, altura em que também surge o estado de tristeza.
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12
Q

Marcos do desenvolvimento: 0-6 meses - resumo

A
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13
Q

Marcos cognitivos dos 07 aos 12 meses

A
  • Desenvolve a noção de permanência de objeto, por volta de 8 meses: brincadeiras de esconde-esconde, busca objeto fora de vista (brinquedo debaixo do cobertor)
  • Responde ao próprio nome, o que também reflete ganhos socioemocionais e diferenciação do self-outros, especialmente do cuidador (essa diferenciação do self é mais aparente após os 13 meses)
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14
Q

Marcos linguísticos dos 07 aos 12 meses

A
  • Podem balbuciar ou fazer barulho para sugerir que querem algo, e começam a apontar para objetos por volta de 1 ano, como outra forma de comunicar os seus desejos.
  • Alguns bebés irão falar a primeira palavra durante este período ou durante a fase entre os 13 e os 18 meses.

No teste de Denver II: papa/mama não específicos (6-9m); papa/mama específicos (7-13m); uma palavra (10-15m)

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15
Q

Marcos socioemocionais e comportamentais: sete aos doze meses, quais os principais marcos

A

Os marcos mais evidentes são:
* Desenvolvimento da vinculação e o surgimento da reação ao estranho
* Ansiedade de separação
* Referência social
* Capacidade da criança de seguir instruções simples dadas pelos outros, que surge entre o nono e o décimo mês de idade e continua a avançar mais tarde na infância.

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16
Q

O que é a teoria do apega/vinculação e a tarefa de reação ao estranho?

A

A teoria do apego (ou vinculação) foi originalmente desenvolvida por John Bowlby e posteriormente expandida por Mary Ainsworth, descrevendo como as interações precoces entre o bebê e seus cuidadores moldam o desenvolvimento emocional e social da criança.

A maneira como um bebê forma vínculos com seus cuidadores influencia sua capacidade futura de lidar com emoções, interagir socialmente e regular o estresse.

Tarefa de reação ao estranho: para investigar os padrões de vinculação, Ainsworth desenvolveu um experimento chamado “Situação Estranha”, que envolve a observação do comportamento da criança em resposta à separação e reencontro com o cuidador.

Esta classificação e as tarefas de reação ao estranho são fenômenos ligados à cultura, e podem não descrever adequadamente os vínculos entres crianças e cuidadores noutra cultura.

Padrões de vinculação, como o temperamento, não são sempre estáveis ao longo do tempo e podem modificar-se de acordo com as alterações do temperamento da criança, estilo de vida e contexto ambiental.

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17
Q

Vinculação segura (apego)

A

Apego Seguro (Tipo B)
⦁ Bebês com apego seguro usam o cuidador como uma “base segura”, explorando o ambiente, mas retornando para ele quando precisam de conforto.
Reação à separação: demonstram desconforto, mas se acalmam facilmente quando o cuidador retorna.
Reação a estranhos: podem interagir, mas mostram preferência pelo cuidador.
Impacto no desenvolvimento: maior capacidade de regulação emocional, melhor adaptação social e cognitiva ao longo da vida.

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18
Q

Vinculaçao insegura (apego inseguro-evitativo)

A

Apego Inseguro-Evitativo (Tipo A)
⦁ Crianças evitam contato com o cuidador e não demonstram sinais claros de angústia na separação.
Reação à separação: pouca ou nenhuma demonstração de sofrimento.
Reação ao retorno do cuidador: evitam contato ou são indiferentes.
Reação a estranhos: interagem sem muita diferença em relação ao cuidador.
Impacto no desenvolvimento: podem ter dificuldades em expressar emoções e estabelecer vínculos afetivos na vida adulta.

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19
Q

Vinculação ambivalente (apego inseguro-ambivalente)

A

Apego Inseguro-Ambivalente (Tipo C)
⦁ Crianças são excessivamente dependentes do cuidador e demonstram ansiedade significativa na separação.
Reação à separação: extrema angústia.
Reação ao retorno do cuidador: buscam proximidade, mas também demonstram resistência, como raiva ou dificuldade de se acalmar.
Reação a estranhos: desconforto acentuado.
Impacto no desenvolvimento: maior risco de insegurança emocional, ansiedade e dificuldades de regulação afetiva.

20
Q

Vinculação desorganizada (apego)

A

Apego Desorganizado (Tipo D)
⦁ Caracterizado por comportamentos contraditórios e confusos em relação ao cuidador.
Reação à separação: podem demonstrar congelamento, estereotipias ou medo do próprio cuidador.
Reação ao retorno do cuidador: comportamento ambivalente, aproximação seguida de evitação.
Reação a estranhos: comportamento inconsistente.
Impacto no desenvolvimento: frequentemente associado a experiências de negligência ou abuso, aumentando o risco de transtornos psiquiátricos e dificuldades emocionais severas.

21
Q

Marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental dos sete aos doze meses: ansiedade de separação

A

A ansiedade de separação pode ser um sinal evidente de vinculação segura, embora nem todas as crianças evidenciem esse tipo de comportamento e possa ocorrer independentemente da classificação da vinculação.

Esse comportamento ansioso atinge o pico em torno de um ano de idade, juntamente com uma angústia do estranho, na qual o bebê apresenta-se incomodado na presença de pessoas desconhecidas.
Embora a ansiedade de separação possa persistir mesmo depois de se desenvolver uma rotina regular de separações do cuidador principal, por exemplo, frequentar a creche cinco dias por semana, esse comportamento é normal durante esta fase.

22
Q

Marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental dos sete aos doze meses: referência social

A

Ocorre quando a criança olha para o cuidador principal ou outro adulto de referência antes de reagir a situações ambíguas e novas.

As referências sociais também podem dar às crianças a oportunidade de descobrir e imitar como reagir a aspetos do seu ambiente social – por outras palavras, a referência social promove uma base para adquirir conhecimento sobre as diferenças sociais sutis da ligação cultural.

A referência social continua a desenvolver-se ao longo do crescimento, à medida que o indivíduo recebe os estímulos dos outros para aprender como responder apropriadamente a situações com estímulos emocionais diferentes.

Este marco também indica que a criança começa a ficar com a noção da diferença entre o que é seu e dos outros, assim como dos desejos e sentimentos dos outros.

23
Q

Marcos do desenvolvimento dos sete aos doze meses: resumo

24
Q

Marcos do desenvolvimento cognitivo e linguístico dos 13-18 meses

A

Expansão de repertório e capacidade cognitiva precoce:
* Procura por objetos em mais de um local
* Memória e recuperação: aumento do atraso entre comportamento observado e imitação (que também aparece em outros contextos); conseguem também armazenar experiências anteriores e ter expectativas.

A primeira palavra costuma surgir entre 8 e 18 meses, após isso o vocabulário se extende até cerca de 200 palavras durante esse período (muito variável).
No teste de Denver II o bebe deve falar uma palavra até os 15 meses

25
Marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental dos 13-18 meses
Maior autoconsciência: ficam mais conscientes do próprio corpo e começam a reconhecer-se (mais conscientes de que seu corpo, emoções e comportamentos são diferentes dos outros, principalmente do cuidador principal) Podem brincar com pares através de imitações ou tarefas mútuas Podem demonstrar empatia em relação aos outros (ex: conforta o cuidador quando esse demonstra emoção negativa)
26
Marcos do desenvolvimento dos 13 aos 18 meses: resumo
27
Teste do espelho
O teste clássico do espelho, desenvolvido por Gordon Gallup Jr., consiste em: Colocar uma marca vermelha (batom ou tinta lavável) na testa ou no nariz da criança sem que ela perceba. Apresentar um espelho e observar a reação da criança. Se ela toca o espelho ou ignora a marca, ainda não tem reconhecimento de si. Se toca o próprio rosto e tenta remover a marca, demonstra autoconsciência. Aproximadamente 50% das crianças passam no teste por volta dos 18 meses, e a maioria reconhece a si mesma entre 20-24 meses.
28
Marcos cognitivos (~socioemocional) dos 19-24 meses
**Planos de ação:** A partir deste estádio, os bebés podem desenvolver e executar planos de ação, como a construção de estruturas com blocos. **Brincadeira interativa e faz-de-conta:** as **crianças de 10 meses de idade geralmente não conseguem estabelecer uma brincadeira em conjunto** - tipicamente observamos as crianças sentadas lado a lado numa sala de jogos (chamada de **parallel play**) - o brincar a partir desta fase torna-se mais interativo. Quando dois bebés de **20 meses** de idade **brincam em conjunto, eles podem fingir ou inventar brincadeiras.**
29
Marcos linguísticos: 19-24 meses
Os bebés nessa idade começam a **combinar duas ou mais palavras**, como “não mãe!” ou “quero isso”, e o seu vocabulário cresce notoriamente. Como as crianças nesta fase aprendem e praticam a pronúncia das palavras, frequentemente substituem certas partes de uma palavra por vogais de consoantes que são mais fáceis de dizer ou não terminam as palavras. Embora os pais possam ficar preocupados com o fato de o seu filho não formar palavras corretamente, este tipo de **substituição ou encurtamento de palavras é muito típico nesta fase.**
30
Marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental dos 19-24 meses
* Começa a usar a **linguagem e o comportamento para regulação emocional** (toma consciencia do nome de estados emocionais) * **Emoções mais complexas** emergem (culpa, vergonha), com a crescente noção de existencia do outro * **Diminuição da ansiedade de separação** * Maior **habilidade de autorregulação emocional**, como atraso da gratificação * **Brincadeiras**: imitação de pares, uso da linguagem na brincadeira, começam escolhas baseadas em estereótipos de gênero
31
Marcos do desenvolvimento dos 19 aos 24 meses
32
Marcos linguísticos dos dois aos cinco anos de idade
Dentro dos marcos mais importantes, inclui-se * **Crescimento do vocabulário infantil para cerca de 2000 palavras até os cinco anos de idade** * Capacidade de **definir palavras conhecidas** e **integrar novas palavras** em frases ao ouvi-las. Crianças de **dois anos** constroem **frases com apenas duas ou três palavras**. Aos **quatro ou cinco anos** de idade, a criança pode comunicar com **frases que são em termos gramaticais mais complexas, utilizando diferentes tempos verbais.** DENVER II Fala totalmente compreensivel 4 anos
33
Idade pré-escolar (2-5 anos): desenvolvimento cognitivo de Piaget
Teoria do desenvolvimento cogntivio de Piaget (estágio préoperacional): avanço na representação mental, egocentrismo/autocentrada. Pesquisas recentes sugerem uma visão mais flexivel quanto as habilidades de empatizar.
34
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos cognitivos: brincadeiras
Crianças com desenvolvimento normal nesta fase irão participar de **brincadeiras sociodramáticas mais complexas**, incluindo o desenvolvimento de amigos imaginários (normal nessa fase/ atípico após os sete ou oito anos). Também inclui brincar de casinha, de médico, fingir ser um super-heroi, fingir que bichos de pelúcia podem falar. A **brincadeira de faz-de-conta** com os colegas **começa aos dois anos** e **aumenta de complexidade até os cinco anos**, que é quando **começam a construir mutuamente o seu jogo de faz-de-conta** com os colegas
35
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos cognitivos: representação dual
* Reconhecimento de que um **objeto simbólico** é um objeto e um símbolo de outra coisa * Entendem a representação dual aos **três ou quatro anos**
36
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos cognitivos: busca de explicações lógicas
Com o aumento da capacidade de entendimento e representação mental nessa fase passam de crenças em seres mágicos à procura de explicações lógicas. Se inicia aos três ou quatro anos e evolui até os cinco ou seis anos
37
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos cognitivos e linguísticos: resumo
38
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental: comportamento agressivo e acessos de raiva ("birras")
Nessa fase equilibram crescente desejo de **autonomia** com desejo de apoio dos pais: podem responder as demandas/solicitações, mas é mais **provável que sejam resistentes**. **Aos dois anos de idade, há um aumento exponencial do comportamento fisicamente agressivo**, que pode incluir morder, agredir colegas, familiares e o cuidador principal. As **birras do temperamento também são normativas** durante o final da primeira infância (**aparecem tipicamente entre um a três anos**). Essas explosões geralmente originam-se da resistência aos pedidos dos pais, da frustração com eventos externos ou do estado de cansaço ou fome. Esses comportamentos **devem diminuir por volta dos quatro ou cinco anos**, quando as crianças aumentam o seu vocabulário emocional, capacidades de autorregulação e conhecimento de demonstrações de emoção socialmente apropriadas. Enquanto o comportamento fisicamente agressivo diminui ao longo deste período, a agressão verbal e outros subtipos de agressão, como a agressão instrumental, começam a aumentar, começa a ficar mais direcionado. Enquanto **o comportamento agressivo da maioria das crianças de dois anos é reativo** por natureza (em resposta a um evento externo), à medida que as crianças envelhecem, **o seu comportamento agressivo pode tornar-se mais premeditado, calculado e orientado para objetivos, especialmente entre os três e os quatro anos**. Por exemplo, agir de forma agressiva para conseguir um determinado brinquedo. Por outro lado, podem tornar-se mais competentes na resolução de problemas sociais, sobretudo com exemplo adequado. **No geral, o comportamento agressivo é normativo durante este período, mas deve diminuir quando as crianças entram na idade escolar, por volta dos cinco ou seis anos de idade**
39
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental: compreensão das emoções dos outros
Neste período desenvolvem **expressões comportamentais e linguísticas mais complexas**, incluindo **empatia e simpatia**. **Passam a utilizar mais palavras do que comportamentos** para expressar como se sentem e entender os sentimentos dos outros. Aos **três ou quatro anos** de idade tornam-se **mais precisas** na sua avaliação das emoções e comportamentos relacionados com as emoções dos outros, inclusive nos pares. *Por exemplo, uma criança de dois anos ao ver a sua mãe ficar triste e perturbada durante a noite, pode abraçá-la. Por outro lado, uma criança em idade pré-escolar usará ações físicas e palavras para dar conforto, perguntando “O que se passa, mamã?”, abraçando a mãe e repetindo frases para a acalmar que ouviu previamente quer da sua mãe que de outros cuidadores, como por exemplo “Vai ficar tudo bem”.*
40
Período em que desenvolvem as primeiras amizades
IACAPAP: no período pré-escolar, entre três e quatro anos Denver II: nomeia um amigo entre 2.2 a 3.1 anos de idade
41
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental: exibição emocional
Uma compreensão das normas culturais para expressão emocional, ou regras de exibição emocional, torna-se mais enraizada, e as crianças tornam-se mais conscientes da altura certa em que devem exibir determinadas emoções. Parte do decréscimo normativo nos acessos de fúria no final deste período deve-se a um aumento nas capacidades linguísticas, mas um fator contribuinte é também o reconhecimento de que essas manifestações emocionais não são apropriadas para a maioria das situações. **Ambas as regras de exibição emocional, bem como as crenças morais, que também começam a emergir neste momento, são amplamente influenciadas por colegas, cuidadores e pelo contexto cultural da criança.**
42
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental: descrição de estados mentais e características dos outros
Quando uma criança de dois ou três anos de idade é convidada a descrever o seu melhor amigo, essa criança usará o nome do amigo, mas irá descrever a sua aparência física, como sexo ou idade, ou competências comportamentais para descrever o seu amigo. Por outro lado, as crianças em idade pré-escolar posterior, irão descrever de acordo com as emoções, atitudes e características manifestadas pelos outros.
43
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental: consciencia de gênero
Durante esse período, as crianças também passam a reconhecer as diferenças culturais e raciais entre grupos. Finalmente, nesta fase alcançam a **consciência do gênero** e tornam-se mais **conscientes do comportamento estereotipado** de cada genero **entre os cinco e os seis anos de idade**
44
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental: alimentação e higiene
Entre as idades de **dois e cinco anos**, as crianças tornam-se **mais competentes na tarefa de se alimentarem** A **higiene própria** tipicamente emerge e se torna parte do repertório comportamental da criança nesta fase, com a maioria das crianças **alcançando independência relativa aos quatro ou cinco anos de idade**. DENVER II * Lava e seca as mãos: até 3 anos * Veste camisa sem supervisão: 3 aos 4.5 anos * Escova os dentes sem supervisão: 2.6 - 5 anos * Prepara lanche simples: 3 - 5.1 anos
45
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental: comportamento sexual
Embora a puberdade, ou amadurecimento sexual, não comece até os 11 ou 12 anos de idade, com o crescimento contínuo da consciência do próprio, as crianças em idade pré-escolar **podem ficar mais curiosas e começarem a explorar sexualmente o seu próprio corpo.** **No âmbito do comportamento normativo, as crianças nessa idade podem tocar-se, fazer questões aos cuidadores ou pares sobre a genitália ou mostrá-la aos pares**. Embora muitos pais fiquem preocupados com estes comportamentos mais sexualizados, **esta conduta é normativa até certo ponto.** **No entanto, o comportamento forçado ou sexualmente coercitivo e o conhecimento ou imitação de atos sexuais adultos geralmente são comportamentos atípicos e podem indicar casos de abuso sexual ou exposição.**
46
Idade pré-escolar (2-5 anos), marcos do desenvolvimento socioemocional e comportamental: resumo