História - Cap 15: Império Bizantino Flashcards
Império Bizantino
O império bizantino sobreviveu por cerca de 1.000 anos. Explique as origens deste império.
O império bizantino teve suas origens na divisão do Império Romano em 395 d.C, quando o imperador Teodósio dividiu o território entre seus dois filhos, Arcádio e Honório.
A parte oriental, centrada na antiga colônia grega de Bizâncio (futura Constantinopla/Istambul) passou a ser governada por Arcádio. Fortemente influenciada pela cultura grega, o império desenvolveu um identidade própria.
Enquanto o império romano, governado por Honório do Ocidente sucumbia às invasões bárbaras.
O Império Bizantino manteve a continuidade romana, preservando tradições, leis e herança cristã, expandindo-se e consolidando-se, resistindo até sua queda em 1453
O comércio foi uma importante atividade econômica no Império Bizantino. Que fatores contribuiram para isso?
O comércio floresceu no Império Bizantino devido a sua localização estratégica entre Europa e Ásia, com Constantinopla como ponto central de rotas comerciais importantes que ligavam o Mar Mediterrâneo ao Mar Negro e ao Oriente.
Essa posição facilitava o fluxo de bens valiosos como especiarias, seda, ouro e marfim, que eram trocados entre regiões distantes. A estabilidade política e a força militar do império, combinadas com uma moeda estável (o sólido bizantino), também incentivavam as trocas.
Além disso, uma rede complexa de infraestrutura, incluindo estradas, portos e mercados, facilitava a movimentação e o comércio de mercadorias, promovendo o desenvolvimento de uma economia forte e diversificada.
A cidade de Constantinopla entrou em declínio em 1204. Que fato marcou o inicio deste processo?
A cidade de Constantinopla entrou em declínio pois invadida por cavaleiros cristãos que tinham como objetivo a cidade de Jerusalém que estava sob domínio dos Muçulmanos.
Porém, a expedição mudou os planos no meio do caminho e decidiu atacar Constantinopla, que, durante três dias, foi saqueada e teve sua população massacrada.
O Império Bizantino tinha uma localização privilegiada?
Sim pois interligava o comércio entre oriente com o ocidente desenvolvendo um alto poder econômico.
O Império Bizantino, politicamente, era uma autocracia absoluta. O que isso significa?
Na Autocracia absoluta o poder é concentrado nas mãos de uma única pessoa - neste caso, o imperador, chamado de basileu (rei, em grego).
A monarquia era considerada de direito divino. O que isso significa para sociedade bizantina?
Na sociedade bizantina, a monarquia de direito divino significava que o imperador era visto como escolhido e legitimado por Deus, conferindo-lhe autoridade sagrada e incontestável.
Esse conceito fortalecia o poder imperial, unindo igreja e estado, e consolidava o imperador como líder supremo, tanto político quanto religioso. Ele era considerado o defensor da fé e protetor do povo, com responsabilidades espirituais além das governamentais.
Para a população, isso implicava obediência e reverência, pois questionar o imperador era, em certo sentido, questionar a vontade divina. Essa visão também ajudava a manter a estabilidade e a hierarquia social, com o imperador como intermediário entre Deus e os cidadãos.
Em 529 foi concluído o código de Justiniano. O que foi esse código e por que pode-se dizer que ele é um exemplo de permanência histórica?
Código de Justiniano, concluído em 529, foi uma vasta compilação e reforma das leis romanas, encomendado pelo imperador Justiniano I para unificar e simplificar o direito romano, que até então era fragmentado e confuso.
Dividido em quatro partes – Código, Digesto, Institutas e Novelas –, ele estabeleceu princípios legais sobre propriedade, contratos, crimes e administração pública, formando uma base sólida e coerente para o império.
Considerado um exemplo de permanência histórica, ele influenciou profundamente o direito ocidental, servindo de referência para sistemas jurídicos na Europa e inspirando o direito civil moderno.
A duradoura relevância do código demonstra como a organização e padronização jurídica podem transcender séculos, moldando a justiça e a legislação em diferentes culturas e épocas.
Quem foi Constantino e qual a importância dele para o Império Bizantino?
Constantino, o Grande, fundou Constantinopla em 330 d.C., fazendo dela a capital do Império Bizantino. Primeiro imperador a se converter ao cristianismo, Constantino garantiu a liberdade de culto com o Édito de Milão, consolidando a religião no império. Sua transferência da capital para Constantinopla criou um centro estratégico, favorecendo a prosperidade bizantina.
Décadas depois, o imperador Teodósio fortaleceu esse legado ao tornar o cristianismo religião oficial em 380 d.C., consolidando a identidade cristã e a continuidade bizantina.
Quem era o principal líder da Igreja Bizantina?
O principal líder da Igreja Bizantina era o Patriarca.
Ele ocupava a posição mais alta na hierarquia religiosa do Império Bizantino, abaixo apenas do imperador, que também era visto como protetor da fé e tinha grande influência sobre assuntos religiosos.
O Patriarca era responsável pela liderança espiritual e administrativa da igreja no império e por manter a ortodoxia cristã, sendo uma figura central no cristianismo oriental e no desenvolvimento da Igreja Ortodoxa.
Como se dava a relação de poder entre o imperador e o líder da Igreja Bizantina?
No Império Bizantino, o imperador exercia poder sobre a Igreja (cesaropapismo), influenciando doutrinas e convocando concílios, enquanto o Patriarca liderava espiritualmente, legitimando o governo.
Essa relação fortalecia a unidade política e religiosa, mas gerava tensões.
Pode-se dizer que, no Império Bizantino, existia o sistema de cesaropapismo. Em sintese, defina o que era esse sistema e como ele acontecia no contexto estudado.
O cesaropapismo no Império Bizantino era o sistema em que o imperador exercia poder sobre a Igreja, influenciando doutrinas e decisões religiosas, enquanto o Patriarca liderava espiritualmente. Essa união fortalecia a autoridade imperial, unindo política e religião.
Em 1054, o cristianismo se dividiu em torno de duas Igrejas, a Ortodoxa Grega e a Católica Romana. Cite duas razões que podemos ajudar a entender esse cisão.
Uma das maiores divergências era sobre autoridade máxima do cristianismo. Para os romanos, essa autoridade era o papo, chefe da Igreja de Roma. Eles também se opunham ao cesaropapismo. Já os Bizantinos respeitavam o papa, mas não reconheciam seu poder sobre todas as igrejas. Para eles somente Jesus Cristo havia tido essa autoridade.
No século XI, os romanos introduziram mudanças na religião, conferindo ao papa e à Igreja poderes temporais para se contrapor a reis e imperadores. Os Bizantinos, contudo, não concordavam com isso.
Essas divergênciass provocaram um cisão na Igrea Católica, que se dividiu em Igreja Ortodoxa Grega, Oriente. comandada pelo patriarca, e Igreja Católica Apostólica Romana, no Ocidente, liderada pelo papa. Esse episódio é conhecido como Cisma do Oriente.
De que maneira a cultura da Grécia Antiga influenciou a sociedade bizantina? Como os bizantinos contribuiram para preservação desse legado?
A cultura da Grécia Antiga influenciou profundamente a sociedade bizantina em áreas como filosofia, arte, literatura e ciência. Os bizantinos adotaram o grego como língua oficial e integraram ideias clássicas em sua educação, religião e governo. A filosofia de Platão e Aristóteles, por exemplo, foi estudada e incorporada ao pensamento cristão, especialmente por teólogos bizantinos que reinterpretaram ideias antigas em um contexto cristão.
Os bizantinos contribuíram para preservar esse legado ao copiar e comentar textos gregos antigos, garantindo que obras de Homero, Heródoto, Euclides e muitos outros sobrevivessem à Idade Média.
Esses textos, guardados em mosteiros e bibliotecas bizantinas, foram mais tarde redescobertos e traduzidos por estudiosos ocidentais, influenciando o Renascimento europeu e assegurando a continuidade do conhecimento da Grécia Antiga.