História Flashcards
Qual foi a primeira ação institucionalizada de extensão rural no Brasil?
“O Presidente Getúlio Vargas, em uma tentativa de organizar os produtores rurais, obrigou cada município a possuir uma associação rural com o Decreto-Lei 7449/1945.” C ou E?
Certo
Quando e como foi a institucionalização efetiva de um serviço de assistência técnica e extensão rural no Brasil?
Responda:
1) Quando e onde foi criada a primeira a ACAR?
2) O Presidente JK assinou acordo com o governo norte-americano para ações de extensão rural?
3) A Acar foi inspirado no modelo norte-americano e os serviços eram prestados pelas universidade?
1) A primeira Acar foi criada em Minas Gerais, em 06/12/1948, depois de gestões de Nelson Rockfeller junto ao governo mineiro.
2) Juscelino Kubitschek, baseado nos bons resultados obtidos pela Acar-MG, assinou em 1954 um acordo com o governo norte-americano e criou o Projeto Técnico de Agricultura (ETA), visando uma cooperação técnico-financeira, para execução de projetos de desenvolvimento rural, entre os quais se destacava a coordenação nacional das ações de extensão rural.
3) O método de ação das Acar foi inspirado no modelo norte-americano de extensão rural, mas os serviços não eram prestados diretamente por universidades, e sim pelas associações.
A extensão rural no Brasil é dividida em três períodos distintos, quais são eles?
Quais as características do período: Humanismo assistencialista (1948 a 1964).
1) baseava na concessão de crédito supervisionado, ou seja,
na concessão de crédito rural (empréstimos) associado a assistência técnica promovida pelas associações.
2) ações de assistência técnica eram desenvolvidas em visitas domiciliares e reuniões de grupo, que tinham o objetivo fornecer recursos técnicos para aumento da produtividade das propriedades e do bem-estar social das famílias e comunidades.
3) metodologia empregada baseava-se no assistencialismo e na transferência de tecnologia, com ações paternalistas e verticalizadas “de cima para baixo” , ou seja, sem nenhuma preocupação em compreender os problemas e mentalidade dos produtores
Quais as características do período: Difusionismo produtivista (1965 a 1979)
1) instalação dos governos militares em 1964.
2) novo modelo adotado derivava da chamada “Ideologia da Modernização”. Buscava incentivar a produção voltada à exportação e a atração de capital estrangeiro.
3) o contexto de modernização da agricultura tinha como características:
● aumento dos preços dos produtos agrícolas no mercado internacional;
● disponibilidade do pacote tecnológico da Revolução Verde;
● oferta de crédito agrícola abundante; abandono da questão agrária, com participação social controlada e dirigida pelo Estado;
● desenvolvimento do setor industrial
4) difusionismo produtivista não buscava a melhoria das condições de vida da população rural. Os pequenos produtores, sem acesso ao crédito para implantarem as inovações tecnológicas difundidas, ficaram excluídos da extensão rural.
5) foi criado a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-INCRA
6) extensão rural permaneceu sob coordenação da ABCAR até 1975, quando foi criada a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural-Embrater, ligada ao Ministério da Agricultura. Essa medida marca uma guinada de estatização da extensão rural no país, que passa a ser desempenhada pela EMBRATER e pelas empresas estaduais de ATER, as EMATER.
Quais as características do período: Humanismo crítico (1980 aos dias de hoje)
1) perspectiva libertadora em que o produtor rural é o próprio agente de mudanças, problematizando a realidade que vive e decidindo as ações a serem tomadas.
2) políticas neoliberais do início da década de 1990, que buscavam o não intervencionismo estatal, retiram do governo federal as ações de assistência técnica e extensão rural (a Embrater foi extinta em 1990), que permanecem sob responsabilidade das instituições estaduais de ATER (EMATER).
3) em 2003, o então Ministério do Desenvolvimento Agrário lança a nova Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, que adquiriu força de lei em 2010 a partir da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, que institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER
Com relação aos fatos importantes que marcaram a história da Ater no Brasil, assinale a alternativa correta.
(A) A Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater) foi efetivamente criada em 1975, tendo as estruturas das Acar sido, ano a ano, absorvidas pelos estados e criadas empresas ou outras estruturas governamentais de assistência técnica e extensão rural (Emater), e o Sistema Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural (ABCAR) transformou-se no Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural (Sibrater). A Embrater foi definitivamente extinta em 1990.
(B) A institucionalização efetiva de um serviço de assistência técnica e extensão rural no País deu-se ao longo das décadas de 1950 e de 1960, a partir da criação, nos estados, das associações de crédito e assistência rural (Acar), coordenadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), criada em 1956.
(C) Um importante marco legal do planejamento da política da Ater no Brasil foi a criação pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CNDRS), em 2001, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) exclusiva para a Agricultura Familiar, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), dez anos depois de o plano ter sido elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
(D) A primeira ação institucionalizada de extensão rural no Brasil, mais comumente citada pela bibliografia que trata desse tema, é a Semana do Fazendeiro, realizada, pela primeira vez, em 1929 pela então Escola Superior de Agricultura de Lavras (atual Universidade Federal de Lavras), com diversos cursos de extensão e palestras.
(E) Em 2003, ocorreu a transferência da competência do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), relativa à Ater, para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A partir desse ano, ficou evidente a política governamental de concentrar a regulação e o fomento das ações da Ater no MDA, e não mais no MAPA que, de fato, pouco vinha fazendo em relação a essa atribuição que lhe fora legalmente determinada.
Letra a
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