Hipertensão arterial sistêmica Flashcards

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1
Q

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode ser definida como…

A

…um distúrbio cardiovascular caracterizado pelo aumento sustentado dos níveis pressóricos acima dos seus valores de normalidade.

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2
Q

A fórmula que determina a pressão arterial é…

A

…PA = DC × RVP.

Onde:
PA = Pressão arterial
DC = Débito cardíaco
RVP = Resistência vascular periférica

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3
Q

A pressão arterial é definida como…

A

…a força transmitida para a parede arterial pelo fluxo sanguíneo.

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4
Q

O débito cardíaco (DC) é determinado pela fórmula…

A

…DC = FC × VS.

Onde:
DC = Débito cardíaco
FC = Frequência cardíaca
VS = Volume sistólico

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5
Q

Dentre os fatores que influenciam a RVP, quais são os principais? (2)

A
  1. Volemia;
  2. Tônus arteriolar (diâmetro do lúmen vascular).
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5
Q

Quais são os mecanismos de regulação da pressão arterial são (2)?

A
  1. Neural;
  2. Humoral.
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6
Q

O controle neural da PA se dá principalmente pela…

A

…divisão autonômica do sistema nervoso.

A ativação do sistema nervoso autônomo simpático promove aumento da PA, já a ativação do sistema nervoso parassimpático promove redução da PA.

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6
Q

A modulação simpática sob à PA se dá pela liberação de…

A

…catecolaminas.

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7
Q

O controle humoral da PA é realizado principalmente pelos…

A

…rins.

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8
Q

Os rins controlam a PA através de quais mecanismos principais (2)?

A
  1. Controle de reabsorção/excreção tubular de H2O e Na+;
  2. Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA).
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9
Q

Quando há ↓ da pressão da arteríola aferente, a _____ (1) converte o angiotensinogênio em _____ (2).

A
  1. Renina;
  2. Angiotensina I.
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10
Q

O primeiro componente do SRAA é o angiotensinogênio, que é secretado de forma contínua pelo…

A

…fígado.

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11
Q

A angiotensina I é convertida em angiotensina II pela…

A

…enzima conversora de angiotensina (ECA).

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12
Q

Quais são os mecanismos de ação hipertensores da angiotensina II (3)?

A
  1. Promove aumento direto do vascular arteriolar;
  2. Promove secreção de ADH ha neuro-hipófise;
  3. Promove secreção de Aldosterona pelo córtex adrenal.
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13
Q

Para diagnóstico de HAS é ncessário…

A

…PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg em, no mínimo, 2 ocasiões distintas.

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13
Q

A aldosterona age como hipertensor ao promover…

A

…reabsorção tubular de H2O e Na+.

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13
Q

A ECA também é responsável por degradar _____, agentes vasodilatadores e pró-inflamatórios endógenos, em metabólitos inativos.

A

Bradicininas.

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14
Q

A prevalência estimada de HAS na população brasileira é de em torno de…

A

…32%.

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15
Q

Os principais fatores de risco associados à HAS são (11)…

A
  1. 👴🏼 Idade avançada;
  2. 👨🏽 Etnia negra;
  3. 🍔 Obesidade/sobrepeso;
  4. 🚹 Sexo masculino;
  5. 🦥 Sedentarismo;
  6. 🧂 Ingesta excessiva de sódio;
  7. 🥗 Baixa ingesta de potássio;
  8. 🍻 Ingesta excessiva de álcool;
  9. 💸 Baixo nível socioeconômico;
  10. 🧬 Fatores genéticos;
  11. 🙏🏼 Ausência de religiosidade/espiritualdiade.
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16
Q

Ao realizar a aferição da pressão arterial, primeiramente deve-se empregar a técnica _____ (1), em seguida deve-se empregar a técnica _____ (2).

A
  1. Palpatória;
  2. Auscultatória.
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17
Q

Durante a aferição da PA, é necessário…

A
  1. Braço apoiado, na altura do coração, com punho supinado e mão aberta;
  2. Paciente preferencialmente sentado;
  3. Em repouso por no mínimo 5 minutos;
  4. Pernas descruzadas;
  5. Sem ingerir álcool, cafeína ou realizar exercício físico por no mínimo 1 hora;
  6. Sem fumar por no mínimo 30 minutos.
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18
Q

A fisiopatologia da HAS é _____ (1) e _____ (2), estando associada à desregulação dos mecanismos de controle neural e humoral da PA.

A
  1. Multifatorial;
  2. Heterogênea.
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19
Q

Em _____ dos casos, a HAS é primária (essencial), nos demais casos ela é secundária a uma condição clínica subjacente.

A

95%.

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20
Q

A HAS é uma doença de curso _____, na maior parte das vezes assintomática. Quando há sintomas, eles estão associados às lesões de órgãos-alvo.

A

Insidioso.

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21
Q

Embora sejam necessária ao menos duas medidas na maior parte dos casos, é possível diagnosticar HAS com apenas uma medida caso…

A

…o paciente apresenta uma PA ≥ 180/110 mmHg (HAS estágio III) ou alto risco cardiovascular.

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22
Q

Quais os indicativos de lesão de órgão-alvo (5)?

A
  1. Sinais eletrocardiográficos de hipertrofia de VE;
  2. Microalbuminúria;
  3. ITB < 0,9;
  4. Espessamento medioíntimo de carótidas;
  5. Sinais ao fundo de olho de retinopatia hipertensiva.
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23
Q

De acordo com os valores de aferição, como podem ser classificados os níveis pressóricos do paciente?

A
  • PA ótima: PAS < 120 e/ou PAD < 80;
  • PA normal: PAS 120-129 e/ou PAD 80-84;
  • Pré-hipertensão: PAS 130-139 e/ou PAD 85-89;
  • Hipertensão estágio 1: PAS 140-159 e/ou PAD 90-99;
  • Hipertensão estágio 2: PAS 160-179 e/ou PAD 100-109;
  • Hipertensão estágio 3: PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 110;
  • Hipertensão sistólica isolada: PAS ≥ 140 e/ou PAD < 90.
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24
Q

O que é a MAPA?

A

A MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) é o registro intermitente dos valores de PA a cada 20 minutos durante 24h, de forma automática pelo aparelho.

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25
Q

O que é a AMPA?

A

A AMPA (automedida da pressão arterial) é o registro da aferição da PA realizada no domicílio por não profissional da saúde.

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26
Q

O que é a MRPA?

A

A MRPA (medida residencial da pressão arterial) é o registro da aferição da PA realizada no domicílio, devendo ser obtida 3 medidas pela manhã em jejum e 3 à noite, antes do jantar, por um período de 5-7 dias.

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27
Q

Qual a finalidade da AMPA?

A

Pode ser utilizada para triagem de diagnóstico, ou como indicativo de hipertensão do avental branco/hipertensão mascarada.

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28
Q

Quais as finalidades da MRPA e da MAPA?

A
  1. Diagnóstico complementar;
  2. Triagem diagnóstica (hipertensão mascarada/do avental branco);
  3. Ajuste da terapia anti-hipertensiva.
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29
Q

Qual a vantagem da MAPA em relação à MRPA?

A

A MAPA permite a monitorização dos níveis pressóricos durante o sono.

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30
Q

Durante o sono, há uma redução de PA em relação ao seu valor no estado de vigília, processo que recebe o nome de…

A

…descenso noturno.

Pacientes que não apresentam descenso noturno ou apresentam descenso noturno atenuado apresentam maior risco cardiovascular.

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31
Q

Quais os valores de normalidade do descenso noturno?

A

10 à 20%.

Descenso noturno < 10% é tido como atenuado.

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32
Q

O que é a hipertensão do avental branco?

A

Diagnóstico falso positivo para HAS (paciente apresenta hipertensão apenas na presença do examinador).

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33
Q

Quando suspeitar de hipertensão do avental branco?

A

Paciente jovem, com HAS estágio I, sem lesão de órgãos-alvo, que relata níveis pressóricos adequados em medidas domiciliares.

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34
Q

O que é a hipertensão do mascarada?

A

Diagnóstico falso negativo para HAS (paciente apresenta níveis pressóricos adequados no consultório, porém hipertensão nas medidas domiciliares).

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35
Q

Quando suspeitar de hipertensão mascarada?

A

Paciente não hipertenso, porém apresenta lesões de órgão alvo e relato níveis pressóricos elevados nas medidas domiciliares.

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36
Q

Valores de corte para diagnóstico de HAS de acordo com a MAPA?

A
  • 👀 Vigília: ≥ 135/85 mmHg;
  • 💤 Sono: ≥ 120/70 mmHg;
  • 🕰️ 24h: ≥ 130/80 mmHg.
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37
Q

Valor de corte para diagnóstico de HAS de acordo com a MRPA?

A

PAS ≥ 130 mmHg e/ou PAD ≥ 80 mmHg.

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38
Q

Após o diagnóstico de HAS, quais exames devem ser obrigatoriamente solicitados?

A
  • Urina (EAS + microalbuminúria);
  • Uricemia;
  • Glicemia;
  • HbA1c;
  • Potássio;
  • Filtração glomerular;
  • Creatinina;
  • Lipidograma;
  • Eletrocardiograma.

Um único grande homem pode facilmente conseguir lembrar ou esquecer.

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39
Q

Quais as funções dos exames complementares (3)?

A
  1. Classificar o risco cardivoascular;
  2. Decidir o fármaco hipertensivo;
  3. Triagem para hipertensão secundária.

Hiperurecemia contraindica o uso de tiazídicos, já hipocalemia é indicativo de hiperaldosteronismo primário, enquanto TFG alterada indica hipertensão renovascular).

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40
Q

Em que situações deve-se dosar o sódio sérico em pacientes hipertensos?

A

Quando há uspeita de IC ou quando o paciente faz uso de diuréticos tiazídicos.

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41
Q

Quais pacientes apresentam alto risco cardiovascular?

A

HAS qualquer estágio
+
Diabetes;
ou
Lesão de órgão-alvo;
ou
DCV;
ou
DRC estágio ≥ 3 (TFG < 60 mL/min/1,73 m²).

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42
Q

Qual outra condição sempe classifica o paciente como alto risco cardiovascular?

A

HAS estágio 3.

PA ≥ 180/110 mmHg.

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43
Q

Quando HAS estágio 2 é considerada de alto risco cardiovascular?

A

Com presença de ao menos 1 fator risco.

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44
Q

Quando a HAS estágio 1 é considerada de alto risco cardiovascular?

A

Quando há presença de 3 ou mais fatores de risco.

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45
Q

Quais são os fatores de risco cardiovascular em pacientes com HAS (7)?

A
  • 🚬 Tabagismo;
  • 👵🏼 Idade (> 55 anos em homens, > 65 anos em mulheres);
  • 👨🏾‍👩🏻‍👧🏽‍👦🏽 Família (histórico familiar de DAC);
  • 🍔 Obesidade;
  • 🍭 Insulina (resistência insulínica/pré-DM);
  • 🧪 Dislipidemias;
  • 🚹 Sexo masculino.

TIFOIDS.

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46
Q

Quais doenças são causadas pela hipertensão (6)?

A
  1. Doença cerebrovascular;
  2. Doença coronariana;
  3. IC (com FER ou FEP);
  4. DAOP;
  5. DRC;
  6. Retinopatia hipertensiva.
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47
Q

As metas terapêuticas do tratamento da HAS devem ser baseadas na…

A

…classificação de risco de cada indivíduo.

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48
Q

Em adultos com baixo ou moderado risco cardiovascular, as metas de controle pressórico são…

A

…manter a PA < 140/90 mmHg.

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49
Q

Em adultos com alto risco cardiovascular, as metas de controle pressórico são…

A

…manter a PAS entre 120/129 mmHg e a PAD entre 70-79 mmHg.

50
Q

Em idosos hígidos, as metas de controle pressórico são…

A

…manter a PAS entre 130/139 mmHg e a PAD entre 70-79 mmHg.

51
Q

Em idosos frágeis, as metas de controle pressórico são…

A

…manter a PAS entre 140/149 mmHg e a PAD entre 70-79 mmHg.

52
Q

O tratamento da HAS pode ser…

A

…medicamentoso ou não-medicamentoso.

53
Q

O tratamento medicamentoso deve ser iniciado imediatamente em indivíduos…

A

…com HAS estágio ≥ 2 ou alto risco cardiovascular.

54
Q

Em indivíduos com HAS estágio 1 ou pré-HAS e baixo/moderado risco cardiovascular, deve-se…

A

…iniciar inicialmente o tratamento não-medicamentoso e só utilizar anti-hipertensivos se após 3 a 6 meses as metas de controle pressóricos não forem atingidas.

55
Q

Quais os pilares do tratamento não-medicamentoso (5)?

A
  1. Perda de peso (> 4,5 kg);
  2. Dieta DASH (rica em frutas, verduras e laticínios com baixo teor de gordura);
  3. Restrição de sódio (2 g de sódio ou 5 g de NaCl);
  4. Atividade física moderada;
  5. Consumo moderado de álcool (< 30 g/dia para homens e < 15 g/dia para mulheres).
56
Q

A monoterapia oferece baixa redução da PA, portanto recomenda-se iniciar-se logo com o…

A

…tratamento combinado.

57
Q

A monoterapia é recomendada apenas para…

A

…pacientes com pré-HAS ou HAS estágio I de baixo risco cardiovascular.

58
Q

Os efeito anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos (Clortalidona, Indapamida, Hidroclorotiazida) não depende da…

A

…dose administrada.

58
Q

Os fármacos de 1ª linha no tratamento da HAS são…

A
  1. Diuréticos tiazídicos;
  2. iECA ou BRA;
  3. Bloqueadores de canais de cálcio.
59
Q

Os bloqueadores de canais de cálcio (BCC) podem ser classificados em…

A

…di-hidropiridínicos e não di-hidropiridínicos.

59
Q

Os principais efeitos colaterais dos diuréticos tiazídicos são…

A
  • 5 Hiper: Hipercalcemia, hiperuricemia, hiperglicemia, hiperlipidemia;
  • 5 Hipo: Hipovolemia, hipocalemia, hiponatremia, hipomagnesemia, hipofunção sexual (disfunção erétil).
60
Q

O uso de diuréticos de alça (Furosemida) como droga de primeira linha é recomendado em pacientes que possuem…

A

…disfunção renal (TFG < 30 mL/min/1,73 m²) ou edema.

60
Q

Somente os BCC _____ (Anlodipino, Felodipino) são utilizados no tratamento da HAS.

A

Di-hidropiridínicos.

61
Q

Os diuréticos poupadores de potássio (espironolactona) são fármacos utilizados somente na…

A

…4ª linha do tratamento.

62
Q

O mecanismo de ação dos BCC di-hidropiridínicos é a…

A

…diminuição do tônus vascular devido à redução de Ca2+ nas células musculares lisas da túnica média arteriolar.

63
Q

A principal contraindicação do uso dos BCC no tratamento da HAS é…

A

…presença de insuficiência cardíaca.

64
Q

Os BRA (“sartana”, Losartana, Olmesartana, Valsartana etc.) agem no SRAA através…

A

…do bloqueio dos AT2 (receptores vasculares de angiotensina II).

Não cursam com tosse pois não alteram a função da ECA.

64
Q

Os inibidores da ECA (“pril”, Captopril, Enalapril, Lisinopril, Ramipril) agem no SRAA através…

A

…da inibição da enzima conversora de angiotensina, da conversão de Ang I em Ang II e da secreção de aldosterona.

65
Q

```

Os principais efeitos colaterais dos BCC são (4)?

A
  1. Edema maleolar;
  2. Cefaleia;
  3. Dermatite ocre;
  4. Hipertrofia gengival.
66
Q

Como a ECA também degrada bradicininas, ao bloquear essa enzima, os iECA geram acúmulo destes sinalizadores, podendo gerar…

A

…crises de tosse.

67
Q

Os iECA e BRA além de apresentarem bom efeito hipertensivo, também são capazes de…

A
  1. Reduzir maus desfechos cardiovasculares;
  2. Prevenir piora da função renal em diabéticos;
  3. Prevenir AVE de forma secundária.
68
Q

Os principais efeitos colaterais dos BRA/iECA são…

A

Angioedema, erupção cutânea e piora transitória da função renal com hipercalemia.

Se persistir a piora da função renal, pensar em estenose bilateral de artérias renais.

69
Q

Os betabloqueadores são outra classe de medicamento anti-hipertensivos, e podem ser classificados em (3)…

A
  • Não seletivos: Propranolol, Nadolol, Pindolol;
  • Cardiosseletivos (antagonistas β1): Metoprolol, Atenolol, Bisoprolol;
  • Com ação vasodilatadora (antagonistas parciais α): Carvedilol, Nebivolol.
70
Q

Os betabloqueadores agem…

A

…bloqueando ação adrenérgica sob o coração, promovendo redução do DC e a secreção de renina.

71
Q

Os betabloqueadores são utilizados como primeira linha apenas em pacientes hipertensos que…

A

…apresentam IC ou doença arterial coronariana (DAC).

72
Q

Os principais efeitos colaterais dos betabloqueadores são (6)?

A
  1. 🫁 Broncoespasmo;
  2. 🪈 Vasoconstrição periférica;
  3. 🫀 Bradicardia;
  4. 🥱 Insônia/pesadelos;
  5. 😩 Astenia;
  6. 🍆 Disfunção sexual.
73
Q

Outro efeito colateral dos betabloqueadores é que eles interferem no…

A

…metabolismo de carboidratos e lipídios, mascarando sintomas de hipoglicemia.

74
Q

Devido aos seus efeitos colaterais, os betabloqueadores são contraindicados…

A

…na asma, DPOC, BAV de 2º e 3º grau e DAOP grave.

75
Q

Além dos fármacos de 1ª linha, outros fármacos podem ser empregados subsequentemente, como (3)…

A
  1. Inibidores adrenérgicos de ação central;
  2. Antiadrenérgicos;
  3. Vasodilatadores diretos.
76
Q

Os inibidores adrenérgicos de ação central (Clonidina, Alfametildopa, Reserpina) atuam…

A

…como agonistas de receptores α1 adrenérgicos do SNC.

77
Q

Os principais efeitos colaterais inibidores adrenérgicos de ação central são…

A

…sedação, sonolência, xerostomia, hipotensão postural e disfunção erétil.

77
Q

Os inibidores adrenérgicos de ação central isoladamente possuem pouco efeito hipotensor, sendo utilizados apenas como…

A

…drogas adjuvantes.

78
Q

O principal efeito colateral dos alfabloqueadores é…

A

…hipotensão postural.

78
Q

A Alfametildopa é contraindicada em casos de _____ (1) e pode desencadear _____ (2).

A
  1. Insuficiência hepática;
  2. Anemia hemolítica.
79
Q

Por seu perfil de segurança, os inibidores adrenérgicos de ação central são o fármaco de primeira linha no tratamento da…

A

…hipertensão arterial durante a gestação.

80
Q

Os alfabloqueadores (Doxazosina, Prazosina) são utilizados em adjuvância com outros anti-hipertensivos, sendo indicados especialmente em pacientes que apresentam…

A

…hiperplasia prostática benigna.

81
Q

Os vasodilatadores diretos (Minoxidil, Hidralazina) podem levar à sobrecarga de volume e taquicardia reflexa, devendo sempre ser associados à…

A

…diuréticos e betabloqueadores.

82
Q

O efeito colateral mais comum do Minoxidil é…

A

…hipertricose.

82
Q

O esquema de monoterapia mais comum envolve o uso de…

A

…um dos fármacos de primeira linha (diurético tiazídico/BRA/iECa/BCC) ou betabloqueador (em pacientes com DAC/IC).

82
Q

A terapia com 2 fármacos envolve o uso de…

A

…iECA ou BRA + BCC ou tiazídico.

82
Q

A partir do 4º fármaco, a hipertensão arterial é tida como resistente e, além de uso de iECA ou BRA + BCC + tiazídico, deve-se associar a…

A

…Espironolactona.

83
Q

Já terapia com 3 fármacos envolve o uso de…

A

…iECA ou BRA + BCC + tiazídico.

84
Q

Em pacientes diabéticos ou com DRC, sempre deve-se utilizar…

A

…iECA.

85
Q

Em pacientes com DAC ou IC, sempre deve-se utilizar…

A

…betabloqueador e iECA.

86
Q

Em pacientes com negros ou em casos de hipertensão sistólica isolada, sempre deve-se utilizar…

A

…BCC + diurético.

87
Q

Em pacientes com hiperuricemia, deve-se evitar tiazídicos, e um dos anti-hipertensivos sempre deve ser a…

A

…Losartana.

88
Q

Quando suspeitar que a HA do paciente possui etiologia secundária (3)?

A
  1. Hipertensão resistente/refratária;
  2. Hipertensão em pacientes jovens (< 30 anos);
  3. Hipertensão de início súbito.
89
Q

As causas de HA secundária podem ser classificadas, de acordo com sua etiologia, em…

A

…endócrinas e não-endócrinas.

90
Q

Quais são as duas principais causas endócrinas de HA secundária (2)?

A
  1. Hiperaldosteronismo primário;
  2. Feocromocitoma.
90
Q

Quais são principais causas não-endócrinas de HA secundária (2)?

A
  1. Hipertensão renovascular;
  2. Apneia obstrutiva do sono.
91
Q

HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Para que ocorra, é necessário?

A

Estenose total ou parcial (> 70%) da artéria renal.

91
Q

HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Definição?

A

Tipo de HA secundária não-endócrina causada por desregulação do SRAA em decorrência de aumento da pressão d leito renal.

92
Q

HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Etiologias (2)?

A
  1. Aterosclerose de artéria renal (+ comum);
  2. Displasia fibromuscular (comum em mulheres jovens).
93
Q

HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Quadro clínico?

A
  • HA de início súbito ou com piora sem causa aparente;
  • Sopro abdominal;
  • EAP súbito;
  • Alteração da função renal após uso de medicamentos que bloqueiam o SRAA (iECA, BRA, espironolactona);
  • Assimetria entre o tamanho dos rins na USG (> 1,5 cm).
94
Q

HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Exame de rastreio?

A

US doppler de artérias renais.

95
Q

HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Se o doppler renal for positivo e quadro clínico compatíveis, o que fazer?

A

Realizar arteriografia (padrão-ouro), a depender do resultado direcionar tratamento.

96
Q

APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
Definição?

A

Colapso iminente da via aérea superior durante o sono.

96
Q

HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Se o doppler renal for negativo, porém quadro clínico sugestivo, o que fazer?

A

Realizar segunda investigação com Angiografia por RNM ou TC com contraste, e então se estas forem positivas realizar arteriografia e, por fim, direcionar tratamento.

97
Q

HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
Tipos de tratamento (2)?

A
  1. Medicamentoso: Uso de fármacos que inibem o SRAA (iECA, BRA, Espironolactona);
  2. Cirúrgico: Procedimentos de revascularização.
97
Q

APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
Epidemiologia?

A

Principal causa de HA secundária (cerca de 60% dos casos).

98
Q

APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
Quadro clínico?

A
  • Ronco alto e frequente;
  • Sonolência excessiva diurna;
  • Engasgos noturnos;
  • Fadiga excessiva;
  • Obesidade.
99
Q

APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
Diagnóstico?

A

Polissonografia é o padrão-ouro.

100
Q

APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
Tratamento?

A

CPAP e uso de anti-hipertensivos.

101
Q

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
Definição?

A

Distúrbio endocrinológico caracterizado pela produção excessiva e autônoma de aldosterona.

102
Q

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
Etiologias (2)?

A
  1. Hiperplasia adrenal cortical bilateral (+ comum);
  2. Adenoma suprarrenal.
103
Q

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
Diagnóstico?

A

Dosagem de aldosterona e renina.

Aldosterona > 20 ng/dL
+
Relação A/R ≥ 8
ou
A/ARP ≥ 100.

104
Q

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
Quadro clínico?

A
  • HA resistente ou refratária;
  • Hipocalemia espontânea;
  • Alcalose metabólica;
  • Nódulo de adrenal na USG abdominal.
105
Q

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
Se achados clássicos presentes (renina suprimida, aldosterona > 20 ng/dL e hipocalemia (K < 3,5 mEq/L), o que fazer?

A

Não é necessário realizar testes confirmatórios, podendo-se realizar TC ou RNM para diagnóstico.

106
Q

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
Se achados clássicos ausentes, o que fazer?

A

Realizar testes confirmatórios (teste com furosemida ou administração de NaCl 0,9 %) como triagem para solicitação de exames de imagem.

107
Q

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
Tratamento?

A
  • Adenoma: Adenomectomia;
  • Hiperplasia: Espironolactona.
108
Q

FEOCROMOCITOMA
Definição?

A

Tumor de células cromafins da medula adrenal, gerando produção excessiva de catecolaminas.

109
Q

FEOCROMOCITOMA
Tríade clínica?

A
  1. Cefaleia;
  2. Sudorese;
  3. Palpitações.
110
Q

FEOCROMOCITOMA
Outros sintomas associados?

A

Paroxismo, hipertensão arterial, pletora facial.

111
Q

FEOCROMOCITOMA
Exames laboratoriais de rastreamento?

A

Catecolaminas e metanefrinas urinárias ou metanefrinas plasmáticas.

112
Q

FEOCROMOCITOMA
Diagnóstico?

A

Clínico + rastreamento laboratorial + confirmação por exame de imagem (TC/RNM).

113
Q

FEOCROMOCITOMA
Tratamento?

A

Cirúrgico.

114
Q

FEOCROMOCITOMA
Cuidados pré-operatórios?

A

Para evitar queda brusca da PA, utiliza-se simpatolíticos de ação central (Doxazosina ou Prazosina), hidratação e elevação da ingesta de sódio.