Heterónimos Flashcards
Poeta “bucólito”
Alberto Caeiro
Vive no campo, em comunhão com a natureza
Alberto Caeiro
Deambula pela natureza, contemplando a sua diversidade e desfrutando-a
Alberto Caeiro
Na sua existência simples, aceita e deslumbra-se com a realidade, sem a problematizar
Alberto Caeiro
Ambiciona abolir o pensamento e viver instintivamente
Alberto Ceiro
Apresenta a solução para ultrapassar as angústias existenciais e, por isso, os outros heterónimos e Pessoa veem-no como mestre
Alberto Caeiro
Representa as sensações que capta através dos sentidos
Alberto Caeiro
Sensacionismo
Alberto Caeiro
Os sentidos são o meio de conhecer e de desfrutar o real
Alberto Caeiro
Privilegia o olhar e caracteriza os elementos que observa
Alberto Caeiro
Defende a perceção direta da “realidade objetiva”, sem intervenção do pensamento, da subjetividade, dos sentimentos e sem problematizar a existência
Alberto Caeiro
Idealmente, os pensamentos não seriam mais do que a constatação das sensações
Alberto Caeiro
Reduz o mundo à materialidade e à dimensão exterior
Alberto Caeiro
Repudia o pensamento, MAS os seus poemas são reflexões em vez de descrições da realidade
Alberto Caeiro
Rejeita as filosofias, MAS os seus poemas apresentam uma filosofia de vida
Alberto Caeiro
Afirma que representa sensações, MAS, de facto, analisa-as e reflete sobre elas
Alberto Caeiro
Poeta “clássico”
Ricardo Reis
Poeta neoclássico, influenciado pelas culturas de Roma e Grécia antiga
Ricardo Reis
Aceita a mundividência pagã, reconhecendo a existência de deuses e do Destino e crendo que o ser humano vive em comunhão com a Natureza
Ricardo Reis
Cultiva a disciplina racional na vida e na escrita da poesia
Ricardo Reis
Busca em filosofias da Antiguidade soluções para enfrentar as contrariedades da vida (a dor, a doença, a morte), mas também as angústias existentes
Ricardo Reis
Tem uma consciência aguda da brevidade da vida e da fugacidade do tempo
Ricardo Reis
Refere-se à morte, recorrendo a termos clássicos
Ricardo Reis
O ser humano é vulnerável e vítima indefesa do Destino (Fado), que lhe traz sofrimento
Ricardo Reis
Ciente de que é inútil enfrentar o Destino e as contrariedades (doenças, velhice, morte), aceita seguir a lei da vida e o curso do destino
Ricardo Reis
Disciplinado, abdica de lutar e conforma-se com a condição trágica da existência
Ricardo Reis
Prepara-se para a morte através da sua filosofia de vida
Ricardo Reis
Procura na filosofia dos antigos solução para o problema
Ricardo Reis
Filosofias de Ricardo Reis
Epicurismo, estoicismo, Carpe-diem e ataraxia
Filosofia:
-Fiel aos seus próprios princípios
-Tranquilidade imperturbável
Estoicismo
Filosofia:
-Procura do bem supremos através do prazer físico ou espiritual
Epicurismo
Filosofia:
-Necessidade de aproveitar o presente, o momento atual, o agora, o dia de hoje
Carpe-Diem
Filosofia:
-Tranquilidade de espírito
-Estado de apatia/ indiferença
Ataraxia
Poeta da modernidade
Álvaro de Campos
Após uma primeira fase decadentista, celebra a modernidade e o progresso industrial num dos seus poemas: a máquina, a energia e a velocidade
Álvaro de Campos
A sua segunda fase é marcada pela influência do Futurismo, que glorifica a euforia da vida da civilização tecnológica
Álvaro de Campos
Assume uma atitude deliberadamente provocatória e transgressora, com o propósito de escandalizar
Álvaro de Campos
Pretende experienciar intensamente o mundo moderno nas suas diversas facetas facetas através das sensações
Álvaro de Campos
Faz a apologia da vertigem sensorial: “sentir tudo de todas as maneiras”
Álvaro de Campos
Celebra o presente como o momento no qual todos os tempos e todos os génios do passado (Platão, Virgílio,…) se fundem
Álvaro de Campos
Enaltece o cosmopolitismo, sobretudo das nações do mundo ocidental
Álvaro de Campos
Entrevê-se, porém, a tensão, a insatisfação e a frustação perante a incapacidade de abarcar a totalidade do real
Álvaro de Campos
A euforia perde-se e e ele regressa ao desalento, ao pessimismo e à falta de ânimo na terceira fase da sua poesia
Álvaro de Campos
No que respeita à matéria épica, exalta a realidade tecnológica moderna em termos épicos num dos seus poemas
Álvaro de Campos
Glorifica a grandiosidade e a euforia do progresso como uma proeza heroica da humanidade
Álvaro de Campos
Representa a emoção violenta e a “pujança da sensação”, com pendor épico
Álvaro de Campos
Como numa epopeia, canta em tom elevado e grandiloquente o progresso e a vida moderna das cidades: arrebatamento do canto
Álvaro de Campos
De modo excessivo e torrencial, exalta com entusiasmo e em delírio as sensações que experiencia no frenesim do tempo presente
Álvaro de Campos
Advoga uma nova poesia como expressão da civilização moderna
Álvaro de Campos
Na terceira fase, o poeta autoanalisa-se numa atitude introspetiva
Álvaro de Campos
A consciência (lucidez) desencadeia uma reflexão existencial angustiante
Álvaro de Campos
O eu tem uma consciência dramática da identidade fragmentada
Álvaro de Campos
Manifesta vazio interior, cansaço e falta de ânimo, que se associam à incapacidade de sentir, ao pessimismo e ao desencanto
Álvaro de Campos
Sente-se minado pela “dor de pensar”, tal como se sentia Pessoa (ortónimo)
Álvaro de Campos
O eu revela um individualismo exacerbado que o condena ao isolamento (solidão) e o impede de criar laços afetivos e de se relacionar com os demais
Álvaro de Campos
O sujeito poético recorda nostalgicamente o passado e a infância, tempo de afeto e harmonia
Álvaro de Campos
O facto de o tempo ser irreversível e a infância irrecuperável condu-lo a um novo e profundo desalento
Álvaro de Campos
Fases da poesia de Álvaro de Campos
-Fase decadentista
-Fase futurista
-Fase intimista
Fase de Campos:
-emoção esfuziante da vida moderna
Fase futurista
Fase de Campos:
-cansaço da civilização ocidental
Fase decadentista
Fase de Campos:
-desânimo profundo´
-abulia
-cansaço existencial
-vazio afetivo
Fase intimista
“Filosofia” da antifilosofia (pensamento antipensamento)
Alberto Caeiro