Hérnia incisional Flashcards
Origem
Falha técnica
e/ou
Cicatrização inadequada + fatores de risco
Epidemiologia
São 20% de todas as hérnias da parede abdominal
11% das cirurgias abdominal evoluem com hérnia incisional
Infecção do sítio cirúrgico é principal fator de risco
Classificação EHS
Linha média
- M1: subxifóide
- M2: epigástrica
- M3: umbilical
- M4: infraumbilical
- M5: suprapúbico
Lateral
- L1: subcostal
- L2: flanco
- L3: ilíaco
- L4: lombar
Diâmetro (relacionado com prognóstico)
- W1: < 4cm
- W2: 4-10cm
- W3: >10cm
Tratamento
Hernioplastia com tela, eletiva quando possível
Hérnia incisional simples
W1 ou 2, não domiciliada
Poucas comorbidades
Tratamento = hernioplastia com tela
Hérnia incisional complexa
Cronicamente habitada
Gigante
- W3 ou VH/VC > 15-25%
Ulceradas, recidivadas, infectadas
Avaliação inicial
- controle de comorbidades
- avaliação pré-op (Eco, função pulmonar)
- TC para planejamento
- perda ponderal
- internação hospitalar precoce (10 a 20 dias antes)
Cuidados pré-op
- pneumoperitônio progressivo (Tenckoff no HCD)
- injeção de toxina botulínica na parede abdominal
Técnica operatória
- higiene completa da parede abdominal
- tratamento da cavidade abdominal
- restauração do continente (incisões relaxadoras, Chevrel - rebater aponeurose, Ramirez - separar componente anterior e posterior, viscerorredução)
- fechamento com tela
- tratamento da pele e subcutâneo
- obs: sempre drenar e fazer medida da PIA
Pós-op
- recuperação em UTI
- IOT e curarização
- uso de cinta
- fisioterapia motora e respiratória
Complicações
- seroma
- hematoma
- eventração/evisceração -> reoperar
- SCA
- infecção FO -> tto ATB e limpeza
- infecção crônica de tela: infecções recorrentes, extrusão de tela -> tto: reop
Síndrome Compartimental Abdominal
PIA normal < 10 mmHg
Grau I: 12 a 15
Grau II: 16 a 20
Grau III: 21 a 25
Grau IV: > 25
Pressão de perfusão compartimental = PAM - PIA
SCA = Grau III ou IV + disfunção orgânica
Medir PIA de horário em paciente de alto risco
Suspeitar se alterações clínicas sem outra explicação
Tratamento clínico
- sedação e bloqueio otimizado
- descomprimir cavidades (SNG, sonda retal, SVD)
- BH negativo; sem cabeceira elevada
- manter PAM normal
Quando reoperar (peritoneostomia)
- HIA elevada refratária
- SCA grau III ou IV com disfunção grave