Helmintos Flashcards

1
Q

Oxyuris Equi- Hospedeiros e localização do parasita

A

Equinos e asininos. Localização: ceco, cólon e reto

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2
Q

Oxyuris Equi- Ciclo biológico

A

Ciclo direto
-Vermes na luz do ceco e cólon, se alimentam do conteúdo intestinal
-Fêmeas fecundadas migram para o reto, extremidade para fora do esfíncter anal, depositam ovos aglutinados a substâncias gelatinosas.
- No ambiente, a larva no interior do ovo se desenvolve até L3.
-Grumos de ovos cinza seca racha e se destaca como flocos.
-Isso adere-se a cercas, bebedouros, paredes, etc.
-Equinos se infecta ingerindo água e alimentos contendo ovo com L3.
-Eclosão do ovo no I. delgado, larvas penetram nas criptas intestinais do ceco e do cólon, mudam para L4.
-Após 50 dias de infecção, os adultos são observados no lúmen intestinal,
-Fêmeas iniciam postura em 5 meses.

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3
Q

Oxyuris Equi- Sintomatologia

A

-L4 alimentam-se da mucosa: ulcerações e processos inflamatórios
-Irritação perineal devido à ação das fêmeas e da substância
gelatinosa durante a oviposição causa prurido intenso ao redor
do ânus, alopecia e inflamação na região dorsal da cauda e períneo;
-os equinos ficam estressados e deixam de se alimentar adequadamente

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4
Q

Oxyuris Equi- Diagnóstico

A
  • sintomatologia clínica (prurido anal) associado ao achado de massas de ovos amarelo acinzentados no períneo.
    -vermes fêmeas observadas nas fezes
    -ovos raramente encontrados no exame parasitológico das fezes colhidas do reto
    -ovos mais facilmente encontrados em materiais colhidos do períneo e de fezes colhidas no solo.
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5
Q

Oxyuris Equi- tratamento e controle

A
  • Limpeza e higiene do períneo e cauda, com toalha de papel descartável;
  • Uso de anti-helmínticos de amplo
    espectro;
  • Limpeza das instalações;
  • Impedir contaminação da água e
    alimentos;
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6
Q

Toxascaris- característica e ciclo de vida

A

Toxascaris leonina mais importante. especificidade baixa de hospedeiros.
1) Ovo contendo a larva L2 é ingerido pelo cão e gato;
2) L2 muda para L3 na mucosa do intestino (não há muda);
3) L3 retorna ao lúmen e muda para L4;
4) L4 muda para adulto;
5) Adultos se reproduzem;
6) Fêmea ovipõe e ovos são eliminados pelas fezes;
1) Ovo contendo a larva L2 é ingerido pelo hospedeiro paratênico (camundongo);
2) L2 realiza migração somática e se insista em tecidos;
3) L2 muda para L3;
4) Cão ou gato ingere o camundongo;
5) L3 muda para L4;
6) Adultos se reproduzem;
7) Fêmea ovipõe e ovos são eliminados
pelas fezes

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7
Q

Toxocara vitulorum- Hospedeiros e localização

A

bovinos e bubalinos
adulto localiza-se no intestino delgado e larva realiza migração somática.

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8
Q

Toxocara vitulorum- sintomas

A

intestinais- bezerros até 6 meses
infecção maciça- diarréia intermitente, desenvolvimento insuficiente.

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9
Q

Toxocara vitulorum- diagnóstico e tratamento

A

-presença de ovos característicos nas fezes.
Tratamento: - Antihelmínticos (exemplo: piperazina);
- Tratamento de bezerros de 3 a 6 semanas de idade impedindo que os vermes em desenvolvimento eliminem ovos para o meio ambiente

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10
Q

Parascaris Equorum- hospedeiros e localização

A

Equinos e asininos
-acomete preferencialmente potros jovens.
-intestino delgado
-ovos muito resistentes ao ambiente.

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11
Q

Parascaris Equorum- ciclo de vida

A

1) Ingestão de ovos contendo L2;
2) Eclosão no intestino e migração da L2 através da parede intestinal (A) para o fígado (B) pelo sistema porta hepático;
3) Muda de L2 a L3;
4) Migração para os pulmões (C) através das artérias cardíacas e pulmonares;
5) L3 rompe os capilares alveolares e migra para a traquéia e faringe;
6) Após a tosse e deglutição as larvas sofrem mudas no intestino;
- Período pré-patente de 12 a 16 semanas;

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12
Q

Parascaris Equorum- Patogênese

A
  • Migrações larvais causam perfurações nos órgãos;
  • Reações alérgicas com infiltrações
    eosinofílicas nos órgãos afetados;
  • Enterite moderada;
  • Desnutrição pela competição com
    nutrientes;
  • Obstrução intestinal;
  • Perfuração intestinal pode ocorrer,
    levando à peritonite e morte;
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13
Q

Parascaris Equorum- sintomas

A
  • Tosse e descargas nasais, causadas pelas migrações larvais;
  • Infecções intestinais leves são bem
    toleradas;
  • Infecções moderadas: menor ingestão de alimento, menor ganho de peso (perda de peso);
  • Infecções intestinais maciças causam muitos distúrbios intestinais, como cólica,
    perfurações intestinais, enterite crônica, morte (seguida de ruptura intestinal);
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14
Q

Parascaris Equorum- diagnóstico

A
  • Tosse e descarga nasal no período
    pré-patente;
  • Encontro de ovos típicos nas fezes
    (flutuação em sal);
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15
Q

Parascaris Equorum- tratamento e controle

A
  • Semelhante ao de outros ascarídeos: piperazina, ivermectina, pamoato de pirantel;
  • Atentar ao fato que a morte dos vermes em infecções maciças pode levar à obstrução total do intestino;
  • Os ovos são muito resistentes e não há desinfetantes com ação direta efetiva;
  • Limpeza e remoção das fezes
    periodicamente, utilização de jato de água com vapor, limpeza do úbere das éguas;
  • Evitar o uso dos mesmos piquetes para égua lactantes e seus potros em anos sucessivos;
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16
Q

Heterakis Galinarum- hospedeiro e localização

A

Aves domésticas e silvestres.
Ceco

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17
Q

Heterakis Galinarum- ciclo de vida

A

1) Vermes adultos nos cecos;
2) Fêmea realiza a postura de ovos que são eliminados com as fezes;
3) No ambiente, L1 muda para L2 e pode permanecer infectante no solo por 4 anos;
4) Ovo com L2 pode ser ingerido: pela ave, pelo inseto, por moscas, pela minhoca (hospedeiro paratênico);
4) Eclosão da L2 (as larvas podem
permanecer viáveis nestes hospedeiros por pelo menos 1 ano);
- Ave ingere ovo, mosca ou minhoca
contendo L2 → liberação da L2 na moela ou duodeno → ceco → muda parasitária → verme adulto;
- Algumas larvas penetram superficialmente na mucosa, ficam por 2 a 5 dias antes de se
transformarem em adultos;
- As fêmeas iniciam a ovipostura 24 a 36 dias após a ingestão dos ovos infectantes;

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18
Q

Heterakis Galinarum- diagnóstico, tratamento e controle

A

Exame parasitológico de fezes (ovos) e necrópsia (presença de vermes)
tratamento: pirepazina, levamisol (na água ou na ração)
Controle:
- Principalmente quando há casos de histomonose; vetor do protozoário Histomonas meleagridis (entero-hepatite dos perus);
- Evitar de criar galinhas juntamente com perus;
- Remoção e destinação adequada da cama utilizada nas criações;

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19
Q

Ascaridia Galli- características gerais

A

hospedeiro: galináceos
-ciclo direto e monoxênico
-ovos no ambiente podem ser ingeridos por minhocas (H. paratênico)
-vermes penetram na parede intestinal
-não apresenta migrações viscerais
-infecção ocorre pela ingestão de ovos no ambiente ou hospedeiro paratênico
-infecções secundárias no intestino e anemia são comunsl.

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20
Q

Trichuris- hospedeiros e tipos curiosidade

A
  • T. ovis: ovinos, caprinos e bovinos;
  • T. discolor: bovinos e bubalinos;
  • T. globulosa: bovinos, caprinos e ovinos;
  • T. suis: suínos;
  • T. vulpis: cão e raposa;
  • T. campanula: gato;
  • T. trichiura: homem e macaco
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21
Q

Trichuris- ciclo de vida

A

ovos liberados nas fezes contém uma única célula (não infectante)
-larva se desenvolve dentro do ovo, mas somente eclode se o ovo for ingerido por um hospedeiro
-ovos são muito resistentes
-todo o desenvolvimento ocorre na mucosa do intestino e não há migrações viscerais.

-Liberação de ovos nas fezes
-Maturação dos ovos (larva infectante)
-ingestão dos ovos por hospedeiros suscetíveis
-eclosão dos ovos no I. delgado
-larva penetra na parede do intestino
-migração das larvas para o intestino grosso (ceco)
-Machos e fêmeas atingem a maturidade sexual e acasalam
-Adultos machos e fêmeas no intestino grosso (ceco)

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22
Q

Trichuris- efeito no hospedeiro

A
  • Infecções geralmente são leves e
    assintomáticas;
  • Grandes quantidades causam inflamação da mucosa cecal devido à localização subepitelial do parasita e do movimento
    contínuo da extremidade anterior do parasita em busca de sangue e líquido;
  • Destruição da parede intestinal com formação de nódulos, hemorragias e inflamação;
  • Cães: podem apresentar dores abdominais, diarréia ou constipação, vômitos, anemia e
    eosinofilia.
  • Ruminantes: geralmente infecções leves; infecções graves são raras;
  • Suínos: podem apresentar anemia,
    disenteria, perda de peso e infecções secundárias;
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23
Q

Trichuris- epidemiologia, diagnóstico, controle e tratamento

A

longevidade dos ovos 3 a 4 anos ainda continuam viáveis.
Diagnóstico: encontro de ovos nas fezes. encontro de larvas ou adultos em necrópsia.
Controle: limpar, desinfetar ou esterilizar por calor
úmido ou seco as áreas onde os ovos podem sobreviver por longo tempo;

Tratamento: - Várias drogas disponíveis: invermectina
(bovinos de corte), diclorvós (suínos), fenbendazol e praziquantel/pamoato de
pirantel (cães);
- Cães podem se reinfectar após tratamento.
Assim, deve-se repetir o tratamento em intervalos mensais para atingir vermes em diferentes níveis de maturação.

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24
Q

Capillaria-

A
  • Vermes muito finos, nem sempre visíveis a olho nu em conteúdo intestinal;
  • Podem infectar o papo de aves e intestino de aves e mamíferos
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25
Capillaria- aves. Efeitos, epidemiologia, diagnóstico e tratamento
- Infecções leves ( menos de 100 vermes): diminuição do ganho de peso e da postura de ovos; - Infecções maciças: processo inflamatório, levando à inapetência, emaciação e diarréia; - Os índices de mortalidade podem ser altos em plantéis comerciais; Epidemiologia: - Aves jovens: mais suscetíveis; -Aves adultas: mais resistentes; - Ambientes com terra: melhores condições para espécies que dependem da minhoca como hospedeiro intermediário; Diagnóstico:- Clínico: pouca importância, pois a sintomatologia é inespecífica; - Exame de fezes: confirmatório; - Exame necroscópico: para detecção dos vermes no esôfago, papo ou intestino; Tratamento: - Levamisol na água de beber. * Controle - Remoção de uma camada do solo do recinto ou transferência para outro local (remover o hospedeiro intermediário); - Tratamento preventivo regular; - Limpeza e tratamento com calor (vassoura de fogo) das superfícies impermeáveis; - Troca da cama é de fundamental importância para impedir a continuidade do ciclo
26
Capillaria- mamíferos
- C. hepatica: realiza posturas no parênquima hepático (ovos ficam encapsulados e não há desenvolvimento embrionário); - Após a predação do hospedeiro intermediário, os ovos são liberados, passam pelo tubo digestivo e são eliminados no meio ambiente, onde há desenvolvimento da larva; - Ovos larvados são ingeridos pelo hospedeiro intermediário a larva é liberada no intestino e segue para o fígado, onde se transformam em adultos; * Sintomas - Alterações hepáticas, hepatite com eosinofilia, hepatomegalia e cirrose; * Diagnóstico - Clínico: pouca importância, pois a sintomatologia é inespecífica - Biópsia de fígado ou ultrassonografia: visualização dos ovos; * Tratamento - Albendazol;
27
DIOCTOPHYME RENALE características gerais
- Conhecido como verme gigante dos rins; - Hospedeiros: cães, canídeos silvestres, excepcionalmente bovino, equino, suíno e o homem; - Hospedeiro intermediário: anelídeo aquático (Lumbriculus variegatus); - Hospedeiro paratênico: peixes; - Localização: parênquima renal, raramente no peritônio, fígado, testículos e tecido conjuntivo subcutâneo
28
DIOCTOPHYME RENALE- ciclo de vida
1) Adultos nos rins realizam a oviposição; 2) Ovos caem na uretra; 3) Ovo é eliminado na urina contendo uma larva L1; 4) Ovo ingerido por oligoqueta parasita de crustáceo; 5) Crustáceo transporta o oligoqueta; 6) Peixe ingere o crustáceo; 7) Peixe contendo larva é ingerido pelo cão; 8) Larva se livra dos tecidos do peixe, do crustáceo ou oligoqueta; 9) Larva atravessa a parede estomacal, vai para o fígado e atinge o estágio adulto na pelve renal.
29
DIOCTOPHYME RENALE- patogenia
- Há destruição do parênquima renal: ação histolítica pela secreção das glândulas esofagianas do D. renale; - O rim fica reduzido à cápsula, no interior da qual os vermes estão imersos num conteúdo sanguinolento; - Geralmente só um rim é parasitado, com maior frequência o rim direito (motivo: maior proximidade do lobo direito do fígado do qual os vermes migram); - Podem ser observados 1, 3 ou 4 vermes num mesmo rim
30
DIOCTOPHYME RENALE- sintomas, diagnóstico, tratamento e controle
* Sintomas - Disúria e hematúria (final da micção); - Dor lombar, apatia, tristeza e distúrbios neurológicos (raramente); - Pode inclusive ser assintomático, mesmo quando há destruição total de um rim; * Diagnóstico - Laboratorial: exame parasitológico da urina e encontro dos ovos, que podem ocorrer em grumos ou cadeias; - Necroscópico: localização dos vermes adultos; - Clínico (apenas sugestivo): constatação de pus e sangue na urina; - Por imagem: radiografia, ultrassom (podem até confirmar); - Epidemiológico: animais de regiões ribeirinhas com sintomas; * Tratamento - Nefrectomia: cirurgia para a retirada total do rim afetado; *Controle - Eliminação de peixe cru da dieta;
31
12. RHABDITOIDEA 12.1 STRONGYLOIDES Hospedeiros e larvas
- S. westeri: equinos; - S. ransoni: suínos; - S. papillosus: ruminantes; - S. stercoralis: homem, cão e gato; - S. ratti: ratos; * Larvas - Larva filarióide (A) - penetram no mamífero: esôfago filariforme (esôfago fino e longo); - Larva rabditóide (B) - ficam no ambiente: esôfago rabditóide (esôfago com istmo e bulbo);
32
12. RHABDITOIDEA 12.1 STRONGYLOIDES ciclo de vida
1) Fêmea partenogenética libera ovos nas fezes; 2) Larva rabditóide (L1) pode se desenvolver em macho ou fêmea de vida livre, os quais podem fecundar e gerar umvovo; 3) Ovo gera a larva filarióide (L3), a qual pode ingressar no hospedeiro (pode penetrar na pele e procura por tecidos ricos em sangue); 4) L3 vai até o pulmão, atinge a faringe e é deglutida, alcançando o intestino; - Larva rabditóide (L1) pode se desenvolver diretamente em larva filarióide (L3); - Formas de infecção por L3: penetração ativa pela pele, ingestão, auto-infecção (dependendo da espécie), transplacentária e transmamária (larvas podem ficar em dormência nos tecidos)
33
12. RHABDITOIDEA 12.1 STRONGYLOIDES Efeito no hospedeiro
- Penetração das larvas: prurido, irritação e inflamação da pele; - Migração interna das larvas: congestão, hemorragias, formação de êmbolos, pneumonia (tosse e expectoração); - Fêmeas partenogenéticas: inflamação, hemorragia e necrose da mucosa intestinal, sintomas de enterite, anorexia, perda de peso e apatia;
34
12. RHABDITOIDEA 12.1 STRONGYLOIDES Diagnóstico, tratamento e controle
* Diagnóstico - Sintomas clínicos: inespecíficos; - Encontro de ovos e larvas rabditóides nas fezes dependendo da espécie do parasita: ovos (coprocultura - eclosão das larvas) e larvas (técnica de Baermann); - Necrópsia: fêmeas na mucosa intestinal (duodeno), larvas em pulmões, miocárdio, cérebro, etc; * Tratamento - Ruminantes: eliminam os parasitas; - Cão, homem, suíno: tiabendazol, ivermectina; * Controle - Medidas gerais de limpeza e desinfecção (larvas e formas livres são muito sensíveis à condições adversas do meio ambiente);
35
ORDEM STRONGYLIDA * Características gerais
- Parasitas do trato gastrointestinal, sistema respiratório e urinário; - Características morfológicas comuns: bolsa copuladora bem desenvolvida e com dois espículos iguais; comprimento e diâmetro reduzidos (pequenos); - Identificação das espécies é feita pela morfologia da bolsa copuladora, das extremidades anterior e posterior e da genitália das fêmeas; * Bolsa copuladora - Bolsa copuladora: envolve a fêmea durante a cópula para que ela não fuja ou saia do lugar; - Espículos: órgãos quitinosos , geralmente pareados, são inseridos na abertura genital feminina , mantendo-a aberta; - Gubernáculo: estrutura quitinosa pequena que atua como guia dos espículos; - Após a aposição, o esperma amebóide é transferido da cloaca do macho para o útero da fêmea;
36
DICTYOCAULUS SPP- características
vermes dos pulmões Hospedeiros de cada espécie - Dictyocaulus viviparus: bovinos; - Dictyocaulus filaria: ovinos, caprinos; - Dictyocaulus arnfieldi: equinos - Encontrados na traquéia e brônquios dos hospedeiros
37
DICTYOCAULUS SPP- ciclo biológico
1) Fêmeas põem ovos embrionados nos brônquios; 2) Ovo são transportados com o exsudato pelas vias aéreas até a faringe e engolidos; 3) Ovos eclodem no intestino e larvas L1 são liberadas nas fezes. Essas larvas também podem ser encontradas no catarro nasal; 4) L1 realiza mudas no ambiente (L1 → L2→ L3); 5) Larvas infectantes L3 migram para as pastagens e são ingeridas no pastejo - se alimentam de grânulos alimentares (intestino das larvas); 6) Na presença de ácido e proteases, as larvas perdem a bainha e invadem a parede intestinal; 7) Larvas migram pelos linfonodos mesentéricos, duto torácico, chegando aos pulmões; 8) Ruptura de capilares, alvéolos, bronquiolos - L4 (há sintomatologia); 9) Adultos iniciam postura; - Larvas L1: apresentam grande quantidade de grânulos alimentares castanho-escuros (reserva) e não se alimentam; - Há a muda e as larvas L3 deixam o bolo fecal ou podem se associar com o esporangióforo do fungo Pilobolus e são lançadas com os esporângios
38
DICTYOCAULUS SPP- patogênese
Fase de penetração das larvas: 1º ao 7º dia - Não há lesão macroscópica aparente; Fase pré-patente: 8º ao 25º dia - Larvas migram nos alvéolos causando alveolite, bronquiolite; - Bronquite, muco contém vermes imaturos; - Animais maciçamente infectados: podem morrer a partir do 15º dia; Fase patente: 26º ao 60º dia - Bronquite parasitária: presença de inúmeros vermes no muco branco espumoso na luz dos brônquios; - Pneumonia parasitária: vermes circundados por células inflamatórias, aspiração de ovos e L1; - Dependendo da extensão pode ocorrer enfisema intersticial e edema; - Enfisema: dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares, o que causa a perda de capacidade respiratória e uma oxigenação insuficiente; Fase pós-patente: 61º ao 90º dia - Fase de recuperação; - Vermes adultos pulmonares são expelidos; - Aspiração de restos de vermes mortos ou os que estão morrendo nos alvéolos, produzindo enfisema pulmonar intersticial e edema; - Pode ocorrer infecção bacteriana secundária
39
DICTYOCAULUS SPP- sintomas
Forma aguda (animais jovens) - Tosse, cianose, respiração acelerada (taquipnéia) e difícil (dispnéia), catarro nasal; - Respiram com a cabeça e pescoço distendido; - Retardo de crescimento; Forma crônica (animais adultos) - Tosse, dispnéia, letargia
40
DICTYOCAULUS SPP- diagnóstico e controle
* Diagnóstico - Manifestações clínicas e condições ambientais favoráveis; - Método de Baermann: busca de larvas nas fezes; - Flutuação em sal: ovos larvados e larvas livres (390 a 450 μm x 20 a 25 μm); - Necrópsia de pulmão: adultos (3 a 5 cm); - Eventualmente ovos e larvas podem ser observados nas secreções nasais dos animais; * Controle - Animais jovens não devem ter acesso a pastos de baixa localização (acúmulo de larvas infectantes); - Uso de anti-helmínticos; - Vacinação (na Europa): vacinas orais com larvas infectantes (L3) irradiadas em duas doses separadas por 4 semanas (Dictyocaulus viviparus ); * Tratamento - Albendazol; - Fenbendazol; - Doramectrina; - Eprinomectrina; - Ivermectina; - Moxidectina; - Levamisol;
41
METASTRONGYLUS SPP- sistema respiratório
- Parasitas dos brônquios e bronquíolos de suínos; - Conhecidos como vermes dos pulmões de suínos; - Animais jovens são os mais afetados (parasitismo compromete o desenvolvimento); - Apresentam ciclo indireto (hospedeiro intermediário: anelídeos); - Vírus da influenza suína é capaz de infectar os ovos (ainda não está demonstrado se há transmissão); - Hospedeiros: as espécies Metastrongylus apri e Metastrongylus salmi infectam suínos;
42
METASTRONGYLUS SPP- ciclo biológico
1) Fêmeas adultas nos brônquios e bronquíolos põem ovos embrionados; 2) Ovos são transportados com o exsudato pelas vias aéreas até a faringe e engolidos; 3) Ovos são eliminados nas fezes; 4) Ovos são ingeridos por anelídeos e liberam larvas L1 no intestino; 5) L1 atravessa a parede do tubo digestivo do anelídeo, vai para a circulação e se acumulam no coração; 6) Larvas sofrem mudas para L3 infectantes (podem viver por vários anos no interior do hospedeiro intermediário); 7) Suínos ingerem as minhocas; 8) L3 invadem a parede do intestino, atingem os vasos linfáticos, linfonodos e mudam para L4; 9) L4, através da circulação, atingem o coração e pulmões, mudam para adultos; 10) Oviposição;
43
METASTRONGYLUS SPP- patogênese
Larvas podem causar pequenas hemorragias pontuais (petéquias) nos pulmões; - Degeneração do epitélio bronquiolar; - Vermes adultos podem obstruir parcial ou totalmente as vias aéreas; - Vermes que morrem pode gerar nódulos nos pulmões; - Formação de exsudato rico em eosinófilos; - Formação de áreas de enfisema pulmonar;
44
METASTRONGYLUS SPP- sintomas, diagnóstico, tratamento e controle
* Sintomas - Tosse; - Baixo crescimento dos leitões; - Dispnéia (por causa da infecção pulmonar) e secreção nasal; - Infecções secundárias; - Infecções maciças podem levar à morte; * Diagnóstico - Flutuação em sal: ovos larvados (55 a 40 μm); - Necrópsia de pulmão: adultos; * Controle - Impedir o contato entre o suíno e o hospedeiro intermediário (minhoca); - Manter os suínos em solo seco ou de concreto; - Eliminar adequadamente os excrementos; - Tratar os animais doentes e removê-los para locais com piso limpo ou de concreto; - Piquetes que albergavam animais doentes podem permanecer contaminados por longo tempo; - Fazer exames periódicos de fezes; Tratamento - Fenbendazol; - Doramectrina; - Ivermectina; - Levamisol;
45
SYNGAMUS TRACHEA- características gerais
- Afeta galinhas, perus, galinhas d’Angola e várias outras aves; - Ocorre preferencialmente em aves silvestres ou aves domésticas criadas soltas; - Há participação de hospedeiros paratênicos no ciclo biológico;
46
SYNGAMUS TRACHEA- ciclo de vida
1) Fêmeas adultas na traquéia 2) Ovo são transportados com o exsudato pelas vias aéreas até a faringe e engolidos; 3) Ovos são eliminados nas fezes; 4) Ovos sofrem desenvolvimento embrionário; 5) Ovos são ingeridos por lesmas, minhocas e moscas; 6) Aves ingerem ovos embrionados ou os hospedeiros paratênicos; 7) Larva infectante penetra a parede intestinal; 8) Larvas vão para a circulação e atingem fígado, coração e pulmões; 9) Larvas migram para a traquéia e atingem o estádio adulto; 10) Oviposição; - Período pré-patente: 2 a 3 semanas;
47
SYNGAMUS TRACHEA- patogênese, sintomas, diagnóstico e controle
* Patogênese - Os adultos podem causar obstrução das vias aéreas e morte por sufocação; - Os vermes são hematófagos e causam traqueíte catarral; * Sintomas - Mais graves em aves jovens; - Nematóides hematófagos: traqueíte catarral com produção de muco; - Dispnéia e asfixia; - As aves ficam agitadas e abrem a boca continuamente; - Pode ocorrer a morte por espasmo respiratório devido ao acúmulo de secreção mucosa; * Diagnóstico - Flutuação em sal: ovos bioperculados (90 a 50 μm); - Swabs traqueais: adultos; - Necrópsia de traquéia: adultos; * Controle - Aves jovens não devem ser criadas com aves adultas; - Viveiros cercados, higienizados, mantidos secos; - Tratamento profilático; * Tratamento - Fenbendazol; - Ivermectina
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MAMMOMONOGAMUS LARYNGEUS- características gerais
- Há participação de hospedeiros paratênicos no ciclo biológico; - Afeta mamíferos; - Sintomas: tosse, emagrecimento e bronquite em animais jovens; - Hospedeiros: bovinos, ovinos, caprinos, felinos;
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AELUROSTRONGYLUS- características gerais
- Aerulostrongylus abstrusus: parasita do parênquima pulmonar de gatos; - Encontrado no parênquima pulmonar e em pequenos bronquíolos; - Distribuição cosmopolita; há relatos de casos em vários estados do Brasil: SP, MG e RJ;
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AELUROSTRONGYLUS- ciclo de vida
* Ciclo heteroxeno - Hospedeiro invertebrado: moluscos do gênero Subulina spp; - Vetores de transporte (paratênicos): roedores e pássaros; 1) Fêmeas põem ovos nos alvéolos onde eclodem; 2) Larvas atravessam os alvéolos; 3) Migração das larvas pelo trato respiratório superior e deglutição; 4) Eliminação das larvas pelas fezes; 5) Penetração em caramujos e desenvolvimento de L3; 6) Hospedeiros paratênicos podem ingerir caramujos infectados; 7) Gatos se infectam ingerindo hospedeiros paratênicos ou intermediários; - Aglomerados de vermes, ovos e larvas são encontrados por todo o parênquima pulmonar; - Vermes de 1 cm de comprimento são finos e delicados
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AELUROSTRONGYLUS- ação no hospedeiro, sintomas, diagnóstico, controle e tratamento.
* Ação no hospedeiro - Infecções podem ser sintomáticas ou assintomáticas; - Pode haver nódulos na região pleural; - Infecções maciças podem causar lesões amareladas nos pulmões; - Pode haver tosse, dispnéia e polipneia; - Sintomas relacionados à migração de larvas, oviposição que desencadeiam resposta inflamatória com acometimento dos alvéolos, bronquíolos e artérias; - Lesão característica: hipertrofia e hiperplasia muscular em bronquíolos, dutos alveolares e artérias pulmonares; * Sintomas - Sintomas leves; - Pode haver tosse, dispnéia, eliminação de secreção nasal mucóide; * Diagnóstico - Identificação de larvas nas fezes: método de Baermann; - Flutuação em solução de sulfato de zinco 33%; - Esfregaço direto; - Lavado transtraqueal; - Radiológico: acúmulo de ovos no parênquima pulmonar leva a um padrão intersticial difuso com densidade nodular mal definida (esbranquiçado), especialmente na porção caudal * Tratamento e controle - Tratamento: levamisol, ivermectina, fenbendazol; - Evitar acesso dos gatos aos hospedeiros paratênicos;
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Estrongilídeos de equinos
Estrongilídeos são nematóides bursados (apresentam bolsa copulatória na extremidade posterior de machos); * Os mais importantes estrongilídeos parasitas gastrintestinais de equinos são encontrados no ceco e no cólon;
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Pequenos estrongilídeos não migratórios- ciclo de vida. - Trichonemas spp. ou ciatostomíneos:
A) Liberação dos ovos; B) Larvas sofrem muda no ambiente até L3; C) Ingestão de larvas L3 com forragens; D) Liberação da bainha nos fluidos gástricos; E) Passagem da L3 sem bainha através do intestino delgado; F) Invasão da mucosa/submucosa do cólon e ceco, muda para L4, retorno ao lúmen intestinal e muda final para desenvolvimento de estágio adulto;
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Grandes estrongilídeos-
- Strongylus vulgaris - Strongylus edentatus - Strongylus equinus - Triodontophorus spp - Realizam migrações entre tecidos; - Facilmente observados na mucosa intestinal; - Coloração vermelho-escura
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Grandes estrongilídeos ciclo de vida
Ciclo biológico Strongylus vulgaris (ciclo direto): - Parasitas adultos colonizam o ceco e cólon de equinos; - O desenvolvimento dos ovos e larvas no meio exterior é semelhante ao de estrongilídeos de ruminantes; 1) Ovos na fase de mórula são eliminados com as fezes → L1 (24 a 48h); 2) O desenvolvimento até L3 depende das condições ambientais → a 35ºC em 2 a 3 dias já se observa L3 infectante (L3 com bainha); 3) Desenvolvimento de L3 para L3 infectante; 4) Infecção pela ingestão da L3 infectante; 5) L3 penetram a mucosa intestinal e se transformam em L4 na submucosa; 6) Penetração em pequenas artérias e migração no endotélio até a artéria mesentérica cranial e seus ramos principais; 7) Após meses, mudam para L5 (90 dias após infecção) e seguem para a parede intestinal pelo lúmen arterial onde formam nódulos ao seu redor, principalmente nas paredes do ceco e cólon; 8) A ruptura dos nódulos libera adultos jovens na luz intestinal; 9) Adultos copulam e eliminam ovos pelas fezes; - Período pré-patente: 6 a 7 meses;
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Ação de Strongylus spp. sobre o hospedeiro
- Vermes adultos de Strongylus spp.: causam úlceras e lesões hemorrágicas - devido os hábitos alimentares ingerem tampões de mucosa intestinal, causando perda de sangue e líquidos tissulares, definhamento/anemia; - Ingestão de mucosa - destruição do epitélio; - Lesão de vasos sanguíneos - hemorragia; S. vulgaris - Maior importância para os equinos; - Larvas realizam migração na artéria mesentérica cranial e seus ramos, causando formação de trombos, inflamação e espessamento da parede arterial; - Redução do fluxo sanguíneo causa compressão de terminações nervosas com prejuízo da motilidade intestinal - quadros de cólica; - Trombose e embolia; S. vulgaris - larvas - Potros: toleram infecções larvais maciças adquiridas em pequenas doses por longo período de tempo; - Infecções maciças em potros causam febre, inapetência e apatia, síndrome cólica; - Necrópsia: arterite e trombose de vasos intestinais, além de infarto e necrose de segmentos intestinais;
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Strongylus spp- diagnóstico
- Sintomas, lesões; - Pesquisa de ovos nas fezes: identificação genérica; ovos recém eliminados apresentam casca delgada e várias células (8 a 16 blastômeros) - estágio morulado; ovos de pequenos e grandes estrôngilos são morfologicamente indistinguíveis; é necessária a coprocultura para realizar a distinção
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Strongylus spp- profilaxia e controle
- Semelhante ao preconizado para ruminantes: benzimidazóis, pirantel, avermectinas; - Equinos de todas as idades são susceptíveis às infecções. Assim, programas de controle deve contemplar a vermifugação de todos os animais do rebanho; - Animais novos devem realizar quarentena e tratamento com anti-helmínticos; - Rotação de piquetes;
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HYOSTRONGYLUS RUBIDUS- características e ciclo de vida
suinocultura- parasito do estômago (verme hematófago) 1) Eliminação dos ovos não embrionados nas fezes; 2) Eclosão de larvas L1, as quais sofrem mudas até L3; 3) L3 são ingeridas pelos suínos; 4) L3 perdem a bainha e invadem a parede do estômago, onde geram L4 e L5; 5) L5 retornam ao lúmen do estômago e se transformam em adultos; 6) Adultos copulam; 7) Liberação de ovos; - Direto; - Semelhante aos demais estrongilídeos; - Infecção restringe-se a suínos com acesso a pastos ou em baias com palha; - Período pré-patente: 3 semanas;
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HYOSTRONGYLUS RUBIDUS- patogenia e sintomas
* Patogenia - L3 penetram nas glândulas gástricas; - Células parietais são substituídas, formando nódulos na mucosa; - Infecções maciças causam elevação do pH e, com isso, podem ocorrer ulcerações e hemorragias nas lesões nodulares; - Infecções leves são mais comuns e causam hiporexia (redução da ingestão de alimento) e piora da conversão alimentar; * Sintomatologia clínica - Inapetência, anemia, debilidade, redução no ganho de peso; - Infecções maciças podem causar gastroenterite
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HYOSTRONGYLUS RUBIDUS- diagnóstico e controle
* Diagnóstico - Histórico (acesso a pastos) associado à sintomatologia clínica; - Exame de fezes (pesquisa de ovos); - Coprocultura (para diferenciar as L3 de outros estrongilídeos) * Controle - Hyostrongylus é um problema em animais que têm acesso a pastos (criações modernas não têm esse problema); - Rotação anual de pasto com outras espécies ou cultivos; - Proceder tratamento preventivo e repeti-lo 3 a 4 semanas mais tarde
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ANCYLOSTOMA características , transmissão e hospedeiros
São hematófagos e provocam grande perda de sangue, causando anemia; - Animais mais jovens são em geral mais suscetíveis; - Animais mais maduros podem apresentar graus variados de resistência, devido à imunidade adquirida por infecções prévias ou premonição (imunidade que surge com a presença de pequena quantidade de parasitas) Transmissão 4 vias - Ingestão de larvas infectantes; - Penetração de L3 pela pele; - Transmissão transmamária; - Transmissão transplacentária (rara); * Hospedeiros - A. caninum: cães; - A. tubaeformae: gatos; - A. braziliense: cães e gatos; - A. duodenale: homem;
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ANCYLOSTOMA- ciclo de vida
- Em humanos, principalmente crianças, as larvas L3 infectam penetrando a pele exposta e causam a Larva migrans cutânea; - Em cães e gatos, a infecção ocorre pela ingestão de larva ou penetração da larva no gato; - Larva pode infectar hospedeiros paratênicos, os quais podem ser ingeridos por cães e gatos; Ciclo de vida Ancylostoma caninum: 1) Adultos presentes no intestino delgado se reproduzem sexualmente gerando; 2) Ovos embrionados são eliminados pelas fezes; 3) Eclosão da larva L1; 4) Mudas no ambiente para L2 e L3; 5) Larva infectante é ingerida e desenvolve-se para adultos; ou 5) Larva infectante penetra na pele; 6) Larva atinge a circulação e migra para coração direito e pulmões; 7) Larva sobe para a traquéia, laringe, faringe e é deglutida; 8) Larva muda para adulto no trato gastrointestinal; ou 7) Larva pela circulação atinge o feto; 8) Larva pode atingir glândulas mamárias; - Algumas larvas invadem o tecido intestinal e muscular e não amadurecem, entrando em estado hipobiótico. Elas podem ser reativadas, por exemplo, durante a gestação; - Período de pré patente: 2 semanas
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ANCYLOSTOMA- sintomas
- Irritação na pele no local de entrada da larva; - Os vermes são hematófagos e, consequentemente, causam anemia microcítica e hipocrômica; - Pode haver pequenas lesões pulmonares - geralmente passam despercebidas; - Infecções maciças podem causar emagrecimento, perda do apetite, diarréia, enterite hemorrágica;
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ANCYLOSTOMA- hipobiose
- Larvas podem se encistar na parede do trato intestinal ou músculo esqueléticos de cães adultos; - Essas larvas entram em hipobiose e permanecem latentes por longos períodos; - Pode ocorrer reativação de larvas hipobióticas, especialmente quando vermes adultos no intestino são eliminados via tratamento; - Em cerca de 4 meses, as larvas hipobióticas podem migrar ao intestino e se transformar em adultos; - Possível explicação para a refratariedade de animais a tratamentos sucessivos; * Possível mecanismo de reativação de L3 - A cadela prenhe tem níveis mais altos de estrógeno e prolactina. Esses hormônios resultam em maior produção de citocinas ”transforming growth factor”, (TGF)-β1 e (TGF)-β2, durante a prenhez. Existem receptores específicos dessas citocinas nas larvas. Quando ativados pelas citocinas, esses receptores desencadeiam a reativação das L3;
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ANCYLOSTOMA- importancia clinica, formas clinicas, lesoes da pele em humanos
* Importância clínica - Doença é mais frequente em cães jovens de até um ano de idade, geralmente com anemia grave e diarréia (com muco e sangue); - Em animais velhos, a infecção é mais branda, anemia mais leve; - Infecções crônicas podem causar anorexia, emagrecimento, pelagem escassa, dificuldade respiratória; * Formas clínicas - Forma hiperaguda: transmissão de larvas através da lactação (via transmamária) - 50 a 100 helmintos podem causar infecção fatal; - Forma aguda: exposição repentina de filhotes a grande número de parasitas; - Forma crônica compensada: geralmente é assintomática e causa graus variados de anemia; - Forma crônica descompensada: geralmente acomete cães mais velhos e causa anemia profunda; * Lesões da pele em humanos (Larva migrans cutânea) - Lesões de pele; - Dermatite linear serpiginosa; - Larvas migram entre a epiderme e a derme, causando eritema e prurido; - Conhecido como “bicho geográfico”; - A ancilostomose é uma zoonose!
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ancylostoma- diagnóstico, tratamento
- Exame de fezes; - Flutuação em sal - ovos (60 μm x 40 μm); - Ovos de casca fina e com a presença de blastômeros; - Casos agudos podem ocorrer sem a presença de ovos nas fezes – passagem transplacentária; * Tratamento - Tratamento com anti-helmínticos (não muito eficaz na ancilostomose neonatal hiperaguda - filhotes recebem larvas pela lactação); - Diclorvos, Disofenol, Butamisol, Fenbendazol, Ivermectina, Mebendazol; - Compensar dieta com ferro, proteínas e vitaminas; - Transfusão de sangue em filhotes com forma hiperaguda; - Tratamento das fêmeas prenhes: usar drogas com ação larvicida - evita transmissão transmamária; - Filhotes lactentes: tratar duas vezes com 1 a 2 semanas de idade e duas semanas depois; * Controle - Canis: borato de sódio ou 1% hipoclorito de sódio - ação larvicida - Isolar os animais de canis e gatis de suas fezes; - Higienização diária dos recintos; - Medicação anti-helmíntica periódica; - Larvas hipobióticas podem ser reativadas e não são afetadas pelos tratamentos com antihelmínticos; - Repetir tratamentos e monitorar periodicamente a eliminação de ovos nas fezes; - Desenvolvimento de vacina: imunização com L3 irradiadas (reduz carga parasitária) - ainda experimental;
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Ciclo Biológico dos estrongilídeos de ruminantes
- De um modo geral o ciclo é direto; - Vermes adultos habitam a luz do sistema digestório de ruminantes (abomaso ou intestinos) → cópula → fêmeas → oviposição → grande quantidade de ovos eliminados pelas fezes na fase de mórula; - O número de ovos eliminados pode variar (exemplos: Haemonchus spp.: 5.000 ovos/dia e Trichostrongylus spp.: 200 ovos/dia); * Ciclo biológico 1) Ovos liberados pelas fezes dos ruminantes; 2 L1 eclode do ovo; 3) L1 (fezes) se alimenta de bactérias presentes nas fezes; 4) L1 vira L2; 5) L2 (fezes) se alimenta de bactérias presentes nas fezes; 6) L2 vira L3; 7) L3 (cutícula da L2 é retida formando uma bainha protetora) não se alimenta (sobrevida relacionada ao acúmulo de nutrientes). É infectante, ativa, abandona o bolo fecal, pode sobreviver dias ou meses no ambiente, dependendo das condições climáticas e da espécie do parasita; 1) Ovo dá origem à L3 (demora em média 7 dias); - Exceção: Nematodirus spp: desenvolvimento larvar ocorre dentro do ovo e ocorre eclosão da L3; 2) L3 são ingeridas pelo hospedeiro; - Exceção: Bunostomum spp. à L3 também pode penetrar ativamente pela pele; 3) Ao serem ingeridas, L3 perdem a bainha (se estiverem no hospedeiro correto), penetram na mucosa do trato digestivo e sofrem muda; - Não há migração de larvas dentro do organismo do hospedeiro (exceção: Bunostomum spp. - quando L3 penetra ativamente pela pele, há migração para o pulmão); - Os vermes adultos podem ser observados na luz do abomaso (Haemonchus spp. e Ostertagia spp.) ou intestino (Nematodirus spp.), ou intimamente associados à mucosa (Trichostrongylus - forma túneis nas vilosidades intestinais); - Amadurecimento sexual: 20 a 40 dias após a infecção; - Os vermes maduros copulam reiniciando o ciclo;
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Haemonchus spp
- São helmintos hematófagos; - Anemia hemorrágica aguda: cada verme suga 0,05 ml de sangue/dia (um ovino com 5.000 vermes pode perder cerca de 250 ml de sangue/dia); - Hemoncose hiperaguda: rara, infecções maciças, morte súbita por gastrite hemorrágica aguda * Particularidades - Estação seca prolongada: larva entra em hipobiose (L4 sobrevive no hospedeiro sem amadurecer e produzir ovos); retomada do desenvolvimento ocorre antes das chuvas sazonais; - Autocura ocorre quando há infecção por larvas de H. contortus concomitante a infecções com adultos em abomaso - Reação de hipersensibilidade imediata induzida pelos antígenos das larvas em desenvolvimento - eliminação dos vermes adultos. Comumente observada nas estações de chuva; - Imunidade não impede reinfecções
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Ostertagia spp.
- Causa gastrite parasitária importante em ruminantes; - Adultos colonizam a mucosa do abomaso; - Estágios larvais colonizam as glândulas gástricas; - Também são hematófagos, mas sugam menos sangue que Haemonchus; - Larvas podem ficar em hipobiose (por até 6 meses, dependendo do clima); - Causa abomasite crônica nos bovinos jovens, caracterizada por diarréia aquosa profusa, anemia, hipoproteinemia causando edema submandibular; - Presença de nódulos branco-acinzentados na mucosa do abomaso; - Maiores alterações ocorrem quando as L5 emergem das glândulas gástricas; - Infecções maciças causam diminuição da secreção glandular ácida (pH 2,0 → pH 7,0) - alteração atividade gástrica, infecções bacterianas secundárias; - Edema, hiperemia e necrose da mucosa; - Linfoadenomegalia regional;
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Ostertagia spp.- sintomas
- Observada em bezerros durante seu primeiro pastejo; - Diarréia aquosa profusa; - Anorexia; - Pêlos arrepiados e opacos; - Anemia (moderada); - Edema submandibular; - Perda de peso (até 20% em 7 a 10 dias) - Sinais mais comuns: diarréia, anemia, edema, perda de peso, emagrecimento
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Ostertagia spp-diagnóstico
- História clínica; - Sintomas e lesões; - A identificação genérica dos estrongilídeos a partir dos ovos é praticamente impossível: ovos com superfície lisa, elípticos, em fase de mórula quando são liberados nas fezes; - Coprocultura (ovos em cultura eclodem e liberam as larvas, as quais podem ser analisadas e identificadas ao microscópio);
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Ostertagia spp- aspecto epidemiológico
- Temperatura (ideal entre 18 e 26ºC) e umidade são essenciais para a maturação de ovos; - Chuvas intensas propiciam a migração de grande número de larvas para a pastagem; - Mesmo após secas prolongadas, o pasto pode repentinamente servir como fonte de intensa infecção para os animais - larvas resistem à dessecação, bolos fecais acumulados; - No hospedeiro: pode ocorrer hipobiose das larvas
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Ostertagia spp- profilaxia e controle
- Baseia-se em medidas que diminuam o contato entre o parasita e o hospedeiro; - Tentar minimizar a elevação do número de larvas na pastagem; - Evitar que animais mais susceptíveis (bezerros, cordeiros) entrem em contato com as larvas - transferir animais para pastagens descontaminadas * Métodos de controle - Descontaminação da pastagem e vermifugação; - Pastejo alternado entre diferentes espécies animais (bovinos e ovinos) funciona devido à diferente especificidade parasitária; - Rotação de pastagens – larvas não encontram hospedeiro para infectar (prática logisticamente cara e complexa); - Tratamento dos animais com anti-helmínticos antes de se proceder a troca do piquete Vermifugação - Considerar aspectos epidemiológicos, aplicar quando realmente necessário, evitar custos desnecessários; - Aplicar anti helmínticos em períodos críticos, levando em conta manejo das pastagens, condições predisponentes à parasitose; - Uso indiscriminado de anti-helmínticos pode levar ao desenvolvimento de resistência dos parasitas; - Resíduos dos antiparasitários podem contaminar carne e leite; - Associar o uso de anti-helmínticos a exames periódicos de fezes dos animais do rebanho;
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OXYSPIRURA MANSONI- ciclo biológico
* Parasita o olho de galinha, peru e outras aves; Ciclo biológico - Ovos → canal lacrimal → faringe → tubo digestivo → eliminados pelas fezes; - Hospedeiros intermediários: baratas do gênero Pycnoscelus; - O hospedeiro intermediário ingere ovos ou larvas L1 presentes nas fezes; - Após 50 dias, a larva está madura e é infectante; - Ave ingere o hospedeiro intermediário e há liberação das larvas L3 no papo; - Larvas liberadas → faringe → canal lacrimal → olhos
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OXYSPIRURA MANSONI- ação sobre o hospedeiro
- Causam lesões desde uma simples conjuntivite até oftalmias graves. Pode provocar cegueira e oclusão das vias nasais; - Aves arranham os olhos com as unhas dos pés para retirada do parasita - agrava mais o quadro; - Pode ocorrer contaminação bacteriana secundária
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OXYSPIRURA MANSONI- diagnóstico, tratamento e controle
* Diagnóstico - História clínica, sintomas; - Exame de fezes (ovos); * Tratamento - Anti-helmínticos como flubendazol; - Remoção física dos adultos; * Controle - Eliminação do hospedeiro intermediário
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SPIROCERCA LUPI- hospedeiro, localização e distribuição
* Hospedeiro - Parasitam o cão e ocasionalmente o gato; * Localização - Adultos são encontrados nas lesões granulomatosas da parede do esôfago e do estômago; - Larvas produzem lesões na parede da aorta; - Hospedeiro intermediário: besouros coprófagos; - Hospedeiros paratênicos: lagartos, galinhas, camundongos; * Distribuição - Regiões tropicais e subtropicais;
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SPIROCERCA LUPI- ciclo biológico
- Adultos no interior do granuloma no esôfago → postura de ovos com L1 nas fezes ou vômitos → ovo é ingerido pelo hospedeiro intermediário (besouro coprófago) → eclosão, mudas → L3 se encista; - Besouro pode ser ingerido por um hospedeiro paratênico (aves, roedores, lagartixas). Nestes hospedeiros, a L3 encista-se nas vísceras; - Ingestão do hospedeiro intermediário ou do hospedeiro paratênico pelo hospedeiro definitivo → L3 liberadas → penetram na parede do estômago → L3 excista no estômago e penetra a mucosa gástrica em 2 hora → serosa gástrica é atingida em 24 a 48 horas, levando a hemorragias e inflamação → as larvas migram pela parede das artérias gástrica e gastroepiplóica e atingem a aorta torácica caudal via artéria celíaca cerca de 10 dias após a excistação; - L3 mudam para L4 em até 109 dias. Após a muda final, 3 meses após infecção, migram como adultos jovens para o esôfago, formando nódulos na adventícia; - Período de pré-patência: 6 meses; * Formas adultas - Formam granulomas na parede do esôfago; - Vermes adultos têm até 8 cm de comprimento, apresentam côr rósea, permanecem enovelados no interior dos granulomas;
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Spirocerca lupi- ação sobre o hospedeiro
- Larvas migratórias: causam lesões na parede da aorta, causando estenose, formação de nódulos, aneurisma ou ruptura da parede do vaso; - Pode ocorrer morte súbita por rompimento de grandes artérias (desencadeia hemorragia interna); - Granulomas esofágicos contendo adultos em seu interior de até 4 cm de tamanho, podem levar à disfagia, regurgitação, vômitos por obstrução e inflamação; - Granulomas podem ocasionalmente gerar um sarcoma esofágico, com metástases; - Também pode ocorrer espondilose (alterações degenerativas) das vértebras torácicas e osteoartropatia dos ossos longos, de etiologia desconhecida;
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Spirocerca lupi- daignóstico, tratamento e controle.
* Diagnóstico - Sintomatologia: disfagia, vômitos frequentes, dispnéia; - Pesquisa de ovos nas fezes ou vômitos; - Endoscopia e radiografia; - Granulomas sem fístulas esofágicas - ovos podem não ser observados; * Tratamento - Dietilcarbamazina, disofenol, doramectina; * Controle - Não alimentar cães com vísceras mal cozidas de frangos criados soltos;
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Habronema
- Em países quentes, o quadro mais importante é a habronemose cutânea, também denominada de “ferida de verão”; - Espécies: Habronema muscae (A) e H. microstoma (B); - Hospedeiros definitivos: equinos e asininos; - Hospedeiros intermediários: muscídeos (larvas de moscas dos gêneros Musca spp., Stomoxys spp. e Haematobia spp.); - Localização: estômago, pele;
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Habronema- ciclo
1) Deposição de fezes contendo ovos com larvas L1; 2) Ovo eclode liberando a larva L1; 3) L1 é ingerida pelas larvas de mosca; 4) L1 na mosca sofrem muda para L2; 5) Larva da mosca muda para pupa e L2 muda para L3; 6) Mosca adulta que carreia L3 emerge da pupa; 7) L3 vão para a probóscide da mosca; 8) L3 são introduzidas no hospedeiro; - L3 também pode ser ingerida; 9) L3 gera adulto no estômago;
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* Ação sobre o hospedeiro - Habronemose gástrica: adultos no estômago causam gastrite catarral, com excesso de produção de muco; geralmente não há sintomas; - Habronemose cutânea: larvas que penetram feridas permanecem errantes e levam ao desenvolvimento da habronemose cutânea; * Habronemose cutânea - Lesões granulomatosas, também chamada “feridas de verão”, ocorrem devido à invasão de feridas por larvas L3; - Ocorre com maior frequência nos meses mais quentes e chuvosos; - É mais comum em áreas do corpo mais sujeitas a traumatismos; - Ocorre inicialmente um intenso prurido seguido de lesão granulomatosa que não cicatriza e se projeta acima do nível da pele; - Na forma cutânea, a larva não completa seu ciclo biológico; - Habronemose conjuntival: larvas invadem a conjuntiva ocular causando conjuntivite persistente com espessamento nodular e ulceração das pálpebras, principalmente no canto medial; - As larvas podem causar também pequenos abscessos pulmonares (supõe-se que as larvas entrem pelas narinas e vias respiratórias ou então pela corrente sanguínea);
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Habronema- diagnóstico, tratamento e controle.
* Diagnóstico - Habronemose cutânea: achado de granulomas cutâneos avermelhados e não-cicatrizantes, larvas podem ser encontradas nestas lesões; - Habronemose gástrica: difícil diagnóstico, ovos e larvas não são facilmente demonstráveis pelas técnicas de rotina; * Tratamento e controle - Habronemose gástrica: anti helmínticos, ivermectina; - Habronemose cutânea: ivermectina, uso de repelentes de insetos, radioterapia, criocirurgia (casos crônicos);
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PHYSALOPTERA- hospedeiros e localização
* Hospedeiros - Definitivos: cães e gatos; - Intermediários: besouros, baratas e grilos; * Localização - Estômago - mucosa gástrica;
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PHYSALOPTERA- ciclo biológico
- Ciclo indireto - típico de espirurídeo; 1) Fêmea ovipõe ovos contendo L1 que são eliminados nas fezes; 2) Ovo é ingerido pelo hospedeiro intermediário (baratas e grilos) e desenvolve–se em L2 e L3; 3) Hospedeiro definitivo ingere o hospedeiro intermediário; - No hospedeiro definitivo, a L3 desenvolvem-se em L4, L5 e adulto na mucosa estomacal; - Pequenos anfíbios, répteis e mamíferos podem atuar como hospedeiros paratênicos (são ingeridos pelo hospedeiro definitivo);
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PHYSALOPTERA-
* Lesões - Nematóides formam pequenas ulcerações nos pontos de fixação; - Alimentam-se de sangue (hematófagos), causando anemia; - Causam gastrite catarral - emese (vômito), melena (vômito com sangue); * Epidemiologia - Relacionada à ocorrência e distribuição dos hospedeiros intermediários; * Diagnóstico - Presença de ovos nas fezes ou vômitos; - Exame necroscópico, lesões no estômago; - Tratamento: pode não ser eficaz - levamizol e ivermectina; * Controle - Difícil devido à amplitude de espécies que podem servir como hospedeiros intermediários;
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DIROFILARIA IMMITIS- hospedeiro e localização
* Distribuição - Zonas temperadas, quentes e tropicais; * Hospedeiros - Definitivos: cão, gato, carnívoros silvestres, equinos, primatas, raramente o homem; - Intermediários: mosquitos dos gêneros Aedes spp., Anopheles spp. e Culex spp., Ctenocephalides canis (pulga do cão -suspeita); * Localização - Adultos são encontrados nas artérias pulmonares, coração direito e veia cava do hospedeiro definitivo; - Microfilárias, no hospedeiro intermediário, atingem os túbulos de Malpighi e no hospedeiro definitivo localizam-se no sangue periférico
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DIROFILARIA IMMITIS- ciclo de vida
- Fêmeas vivíparas liberam microfilárias (L1) na circulação sanguínea (A); - Mosquito se alimentam → L1 (túbulos de Malpighi) → L2 → L3 à probóscide (B) - O desenvolvimento das larvas no hospedeiro intermediário demora 14 dias; - Hospedeiro intermediário inocula L3 na corrente sanguínea do hospedeiro definitivo ao se alimentar de sangue (C); - L3 → tecidos subcutâneo e subserosa → L4 (D) → L5 (permanecem por 2 a 3 meses) (E) → circulação venosa à coração (ventrículo direito) (F); - Período pré-patente: cão - 24 a 32 semanas; gato - 28 semanas; - Período de patência: mais de 5 anos;
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DIROFILARIA IMMITIS- sintomas, fatores relativos ao HD
* Sintomas - Surgem em casos de infecção severa, 8 a 9 meses após a infecção; - Intolerância aos exercícios físicos, inquietude, cansaço anormal, taquipnéia, dispnéia, tosse seca e hemoptise; - Emagrecimento, anorexia, ascite, anasarca; - Infecções leves podem causar baixo desempenho nos exercícios físicos; * Fatores relativos ao hospedeiro definitivo - Animal vive ou visita o litoral brasileiro ou área com muitos mosquitos e mata Atlântica é mais suscetível; - Alta densidade de cães nas áreas onde há vetores; - Período patente longo (5 anos); - Não há resposta imune efetiva; * Fatores relativos ao hospedeiro intermediário - Vários gêneros de hospedeiros; - Rápido aumento populacional; - Rápido desenvolvimento de L1 para L3;
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DIROFILARIA IMMITIS- diagnóstico
* Diagnóstico - Clínico: disfunção cardiovascular (ICCD); - Parasitológico: evidenciação de microfilárias em esfregaço sanguíneo; - Sorológico: ELISA (detecta antígenos de vermes adultos); - Imagem: radiografias torácicas - espessamento da artéria pulmonar, hipertrofia ventricular direita; * Diagnóstico diferencial - Dipetalonema reconditum: microfilárias têm menos de 300 μm, extremidade anterior obtusa e posterior em forma de gancho; - Dirofilaria immitis: mais do que 300 μm, extremidade anterior afilada, cauda reta; - Métodos histoquímicos: atividade da fosfatase ácida (locais diferentes do corpo);
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DIROFILARIA IMMITIS- tratamento e controle
- Avaliar todas as funções orgânicas, controlar a ICCD; - Diidrocloridato de melarsomina e tiacetarsamida promovem a remoção dos adultos. Porém, é preciso se atentar pois podem surgir reações tóxicas e embolia (restringir a atividade do cão por 2 a 6 semanas); - Ivermectina, ditiazanina, levamisol auxiliam na remoção das microfilárias; podem surgir reações tóxicas ocasionais; - Eventualmente remoção cirúrgica dos vermes adultos; - Após tratamento, realizar programa profilático * Controle - Controle populacional dos hospedeiros intermediários é frequentemente difícil; - Regiões endêmicas: uso de Ivermectina em doses profiláticas mensais; uso Moxidectina (ProHeart SR-12), um microfilaricida de liberação lenta (aplicação anual) - não é vacina, é um tratamento quimioterápico profilático; - Indica-se realização de exames para a pesquisa de microfilárias a cada 6 meses;
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