Helmintos Flashcards

1
Q

Oxyuris Equi- Hospedeiros e localização do parasita

A

Equinos e asininos. Localização: ceco, cólon e reto

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Oxyuris Equi- Ciclo biológico

A

Ciclo direto
-Vermes na luz do ceco e cólon, se alimentam do conteúdo intestinal
-Fêmeas fecundadas migram para o reto, extremidade para fora do esfíncter anal, depositam ovos aglutinados a substâncias gelatinosas.
- No ambiente, a larva no interior do ovo se desenvolve até L3.
-Grumos de ovos cinza seca racha e se destaca como flocos.
-Isso adere-se a cercas, bebedouros, paredes, etc.
-Equinos se infecta ingerindo água e alimentos contendo ovo com L3.
-Eclosão do ovo no I. delgado, larvas penetram nas criptas intestinais do ceco e do cólon, mudam para L4.
-Após 50 dias de infecção, os adultos são observados no lúmen intestinal,
-Fêmeas iniciam postura em 5 meses.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Oxyuris Equi- Sintomatologia

A

-L4 alimentam-se da mucosa: ulcerações e processos inflamatórios
-Irritação perineal devido à ação das fêmeas e da substância
gelatinosa durante a oviposição causa prurido intenso ao redor
do ânus, alopecia e inflamação na região dorsal da cauda e períneo;
-os equinos ficam estressados e deixam de se alimentar adequadamente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Oxyuris Equi- Diagnóstico

A
  • sintomatologia clínica (prurido anal) associado ao achado de massas de ovos amarelo acinzentados no períneo.
    -vermes fêmeas observadas nas fezes
    -ovos raramente encontrados no exame parasitológico das fezes colhidas do reto
    -ovos mais facilmente encontrados em materiais colhidos do períneo e de fezes colhidas no solo.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Oxyuris Equi- tratamento e controle

A
  • Limpeza e higiene do períneo e cauda, com toalha de papel descartável;
  • Uso de anti-helmínticos de amplo
    espectro;
  • Limpeza das instalações;
  • Impedir contaminação da água e
    alimentos;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Toxascaris- característica e ciclo de vida

A

Toxascaris leonina mais importante. especificidade baixa de hospedeiros.
1) Ovo contendo a larva L2 é ingerido pelo cão e gato;
2) L2 muda para L3 na mucosa do intestino (não há muda);
3) L3 retorna ao lúmen e muda para L4;
4) L4 muda para adulto;
5) Adultos se reproduzem;
6) Fêmea ovipõe e ovos são eliminados pelas fezes;
1) Ovo contendo a larva L2 é ingerido pelo hospedeiro paratênico (camundongo);
2) L2 realiza migração somática e se insista em tecidos;
3) L2 muda para L3;
4) Cão ou gato ingere o camundongo;
5) L3 muda para L4;
6) Adultos se reproduzem;
7) Fêmea ovipõe e ovos são eliminados
pelas fezes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Toxocara vitulorum- Hospedeiros e localização

A

bovinos e bubalinos
adulto localiza-se no intestino delgado e larva realiza migração somática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Toxocara vitulorum- sintomas

A

intestinais- bezerros até 6 meses
infecção maciça- diarréia intermitente, desenvolvimento insuficiente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Toxocara vitulorum- diagnóstico e tratamento

A

-presença de ovos característicos nas fezes.
Tratamento: - Antihelmínticos (exemplo: piperazina);
- Tratamento de bezerros de 3 a 6 semanas de idade impedindo que os vermes em desenvolvimento eliminem ovos para o meio ambiente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Parascaris Equorum- hospedeiros e localização

A

Equinos e asininos
-acomete preferencialmente potros jovens.
-intestino delgado
-ovos muito resistentes ao ambiente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Parascaris Equorum- ciclo de vida

A

1) Ingestão de ovos contendo L2;
2) Eclosão no intestino e migração da L2 através da parede intestinal (A) para o fígado (B) pelo sistema porta hepático;
3) Muda de L2 a L3;
4) Migração para os pulmões (C) através das artérias cardíacas e pulmonares;
5) L3 rompe os capilares alveolares e migra para a traquéia e faringe;
6) Após a tosse e deglutição as larvas sofrem mudas no intestino;
- Período pré-patente de 12 a 16 semanas;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Parascaris Equorum- Patogênese

A
  • Migrações larvais causam perfurações nos órgãos;
  • Reações alérgicas com infiltrações
    eosinofílicas nos órgãos afetados;
  • Enterite moderada;
  • Desnutrição pela competição com
    nutrientes;
  • Obstrução intestinal;
  • Perfuração intestinal pode ocorrer,
    levando à peritonite e morte;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Parascaris Equorum- sintomas

A
  • Tosse e descargas nasais, causadas pelas migrações larvais;
  • Infecções intestinais leves são bem
    toleradas;
  • Infecções moderadas: menor ingestão de alimento, menor ganho de peso (perda de peso);
  • Infecções intestinais maciças causam muitos distúrbios intestinais, como cólica,
    perfurações intestinais, enterite crônica, morte (seguida de ruptura intestinal);
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Parascaris Equorum- diagnóstico

A
  • Tosse e descarga nasal no período
    pré-patente;
  • Encontro de ovos típicos nas fezes
    (flutuação em sal);
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Parascaris Equorum- tratamento e controle

A
  • Semelhante ao de outros ascarídeos: piperazina, ivermectina, pamoato de pirantel;
  • Atentar ao fato que a morte dos vermes em infecções maciças pode levar à obstrução total do intestino;
  • Os ovos são muito resistentes e não há desinfetantes com ação direta efetiva;
  • Limpeza e remoção das fezes
    periodicamente, utilização de jato de água com vapor, limpeza do úbere das éguas;
  • Evitar o uso dos mesmos piquetes para égua lactantes e seus potros em anos sucessivos;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Heterakis Galinarum- hospedeiro e localização

A

Aves domésticas e silvestres.
Ceco

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Heterakis Galinarum- ciclo de vida

A

1) Vermes adultos nos cecos;
2) Fêmea realiza a postura de ovos que são eliminados com as fezes;
3) No ambiente, L1 muda para L2 e pode permanecer infectante no solo por 4 anos;
4) Ovo com L2 pode ser ingerido: pela ave, pelo inseto, por moscas, pela minhoca (hospedeiro paratênico);
4) Eclosão da L2 (as larvas podem
permanecer viáveis nestes hospedeiros por pelo menos 1 ano);
- Ave ingere ovo, mosca ou minhoca
contendo L2 → liberação da L2 na moela ou duodeno → ceco → muda parasitária → verme adulto;
- Algumas larvas penetram superficialmente na mucosa, ficam por 2 a 5 dias antes de se
transformarem em adultos;
- As fêmeas iniciam a ovipostura 24 a 36 dias após a ingestão dos ovos infectantes;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Heterakis Galinarum- diagnóstico, tratamento e controle

A

Exame parasitológico de fezes (ovos) e necrópsia (presença de vermes)
tratamento: pirepazina, levamisol (na água ou na ração)
Controle:
- Principalmente quando há casos de histomonose; vetor do protozoário Histomonas meleagridis (entero-hepatite dos perus);
- Evitar de criar galinhas juntamente com perus;
- Remoção e destinação adequada da cama utilizada nas criações;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Ascaridia Galli- características gerais

A

hospedeiro: galináceos
-ciclo direto e monoxênico
-ovos no ambiente podem ser ingeridos por minhocas (H. paratênico)
-vermes penetram na parede intestinal
-não apresenta migrações viscerais
-infecção ocorre pela ingestão de ovos no ambiente ou hospedeiro paratênico
-infecções secundárias no intestino e anemia são comunsl.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Trichuris- hospedeiros e tipos curiosidade

A
  • T. ovis: ovinos, caprinos e bovinos;
  • T. discolor: bovinos e bubalinos;
  • T. globulosa: bovinos, caprinos e ovinos;
  • T. suis: suínos;
  • T. vulpis: cão e raposa;
  • T. campanula: gato;
  • T. trichiura: homem e macaco
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Trichuris- ciclo de vida

A

ovos liberados nas fezes contém uma única célula (não infectante)
-larva se desenvolve dentro do ovo, mas somente eclode se o ovo for ingerido por um hospedeiro
-ovos são muito resistentes
-todo o desenvolvimento ocorre na mucosa do intestino e não há migrações viscerais.

-Liberação de ovos nas fezes
-Maturação dos ovos (larva infectante)
-ingestão dos ovos por hospedeiros suscetíveis
-eclosão dos ovos no I. delgado
-larva penetra na parede do intestino
-migração das larvas para o intestino grosso (ceco)
-Machos e fêmeas atingem a maturidade sexual e acasalam
-Adultos machos e fêmeas no intestino grosso (ceco)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Trichuris- efeito no hospedeiro

A
  • Infecções geralmente são leves e
    assintomáticas;
  • Grandes quantidades causam inflamação da mucosa cecal devido à localização subepitelial do parasita e do movimento
    contínuo da extremidade anterior do parasita em busca de sangue e líquido;
  • Destruição da parede intestinal com formação de nódulos, hemorragias e inflamação;
  • Cães: podem apresentar dores abdominais, diarréia ou constipação, vômitos, anemia e
    eosinofilia.
  • Ruminantes: geralmente infecções leves; infecções graves são raras;
  • Suínos: podem apresentar anemia,
    disenteria, perda de peso e infecções secundárias;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Trichuris- epidemiologia, diagnóstico, controle e tratamento

A

longevidade dos ovos 3 a 4 anos ainda continuam viáveis.
Diagnóstico: encontro de ovos nas fezes. encontro de larvas ou adultos em necrópsia.
Controle: limpar, desinfetar ou esterilizar por calor
úmido ou seco as áreas onde os ovos podem sobreviver por longo tempo;

Tratamento: - Várias drogas disponíveis: invermectina
(bovinos de corte), diclorvós (suínos), fenbendazol e praziquantel/pamoato de
pirantel (cães);
- Cães podem se reinfectar após tratamento.
Assim, deve-se repetir o tratamento em intervalos mensais para atingir vermes em diferentes níveis de maturação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Capillaria-

A
  • Vermes muito finos, nem sempre visíveis a olho nu em conteúdo intestinal;
  • Podem infectar o papo de aves e intestino de aves e mamíferos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Capillaria- aves. Efeitos, epidemiologia, diagnóstico e tratamento

A
  • Infecções leves ( menos de 100 vermes): diminuição do ganho de peso e da postura de ovos;
  • Infecções maciças: processo inflamatório, levando à inapetência, emaciação e diarréia;
  • Os índices de mortalidade podem ser altos em plantéis comerciais;

Epidemiologia: - Aves jovens: mais suscetíveis;
-Aves adultas: mais resistentes;
- Ambientes com terra: melhores condições para espécies que dependem da minhoca como hospedeiro intermediário;

Diagnóstico:- Clínico: pouca importância, pois a
sintomatologia é inespecífica;
- Exame de fezes: confirmatório;
- Exame necroscópico: para detecção dos vermes no esôfago, papo ou intestino;

Tratamento:
- Levamisol na água de beber.

  • Controle
  • Remoção de uma camada do solo do recinto ou transferência para outro local (remover o hospedeiro intermediário);
  • Tratamento preventivo regular;
  • Limpeza e tratamento com calor (vassoura de fogo) das superfícies impermeáveis;
  • Troca da cama é de fundamental
    importância para impedir a continuidade do ciclo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Capillaria- mamíferos

A
  • C. hepatica: realiza posturas no
    parênquima hepático (ovos ficam
    encapsulados e não há desenvolvimento
    embrionário);
  • Após a predação do hospedeiro
    intermediário, os ovos são liberados, passam pelo tubo digestivo e são eliminados no meio ambiente, onde há desenvolvimento da larva;
  • Ovos larvados são ingeridos pelo
    hospedeiro intermediário a larva é liberada no intestino e segue para o fígado, onde se transformam em adultos;
  • Sintomas
  • Alterações hepáticas, hepatite com
    eosinofilia, hepatomegalia e cirrose;
  • Diagnóstico
  • Clínico: pouca importância, pois a
    sintomatologia é inespecífica
  • Biópsia de fígado ou ultrassonografia:
    visualização dos ovos;
  • Tratamento
  • Albendazol;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

DIOCTOPHYME RENALE
características gerais

A
  • Conhecido como verme gigante dos rins;
  • Hospedeiros: cães, canídeos silvestres, excepcionalmente bovino, equino, suíno e o homem;
  • Hospedeiro intermediário: anelídeo aquático (Lumbriculus variegatus);
  • Hospedeiro paratênico: peixes;
  • Localização: parênquima renal, raramente no peritônio, fígado, testículos e tecido conjuntivo subcutâneo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

DIOCTOPHYME RENALE- ciclo de vida

A

1) Adultos nos rins realizam a oviposição;
2) Ovos caem na uretra;
3) Ovo é eliminado na urina contendo uma
larva L1;
4) Ovo ingerido por oligoqueta parasita de crustáceo;
5) Crustáceo transporta o oligoqueta;
6) Peixe ingere o crustáceo;
7) Peixe contendo larva é ingerido pelo cão;
8) Larva se livra dos tecidos do peixe, do crustáceo ou oligoqueta;
9) Larva atravessa a parede estomacal, vai para o fígado e atinge o estágio adulto na pelve renal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

DIOCTOPHYME RENALE- patogenia

A
  • Há destruição do parênquima renal: ação histolítica pela secreção das glândulas esofagianas do D. renale;
  • O rim fica reduzido à cápsula, no interior da qual os vermes estão imersos num conteúdo sanguinolento;
  • Geralmente só um rim é parasitado, com maior frequência o rim direito (motivo: maior proximidade do lobo direito do
    fígado do qual os vermes migram);
  • Podem ser observados 1, 3 ou 4 vermes num mesmo rim
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

DIOCTOPHYME RENALE- sintomas, diagnóstico, tratamento e controle

A
  • Sintomas
  • Disúria e hematúria (final da micção);
  • Dor lombar, apatia, tristeza e distúrbios neurológicos (raramente);
  • Pode inclusive ser assintomático, mesmo quando há destruição total de um rim;
  • Diagnóstico
  • Laboratorial: exame parasitológico da urina e encontro dos ovos, que podem ocorrer em grumos ou cadeias;
  • Necroscópico: localização dos vermes adultos;
  • Clínico (apenas sugestivo): constatação de pus e sangue na urina;
  • Por imagem: radiografia, ultrassom (podem até confirmar);
  • Epidemiológico: animais de regiões ribeirinhas com sintomas;
  • Tratamento
  • Nefrectomia: cirurgia para a retirada total
    do rim afetado;
    *Controle
  • Eliminação de peixe cru da dieta;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q
  1. RHABDITOIDEA
    12.1 STRONGYLOIDES
    Hospedeiros e larvas
A
  • S. westeri: equinos;
  • S. ransoni: suínos;
  • S. papillosus: ruminantes;
  • S. stercoralis: homem, cão e gato;
  • S. ratti: ratos;
  • Larvas
  • Larva filarióide (A) - penetram no
    mamífero: esôfago filariforme (esôfago fino e longo);
  • Larva rabditóide (B) - ficam no ambiente: esôfago rabditóide (esôfago com istmo e bulbo);
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q
  1. RHABDITOIDEA
    12.1 STRONGYLOIDES
    ciclo de vida
A

1) Fêmea partenogenética libera ovos nas fezes;
2) Larva rabditóide (L1) pode se
desenvolver em macho ou fêmea de vida livre, os quais podem fecundar e gerar umvovo;
3) Ovo gera a larva filarióide (L3), a qual pode ingressar no hospedeiro (pode penetrar na pele e procura por tecidos ricos em sangue);
4) L3 vai até o pulmão, atinge a faringe e é deglutida, alcançando o intestino;
- Larva rabditóide (L1) pode se desenvolver diretamente em larva filarióide (L3);
- Formas de infecção por L3: penetração ativa pela pele, ingestão, auto-infecção
(dependendo da espécie), transplacentária e transmamária (larvas podem ficar em
dormência nos tecidos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q
  1. RHABDITOIDEA
    12.1 STRONGYLOIDES
    Efeito no hospedeiro
A
  • Penetração das larvas: prurido, irritação e inflamação da pele;
  • Migração interna das larvas: congestão, hemorragias, formação de êmbolos, pneumonia (tosse e expectoração);
  • Fêmeas partenogenéticas: inflamação, hemorragia e necrose da mucosa intestinal, sintomas de enterite, anorexia, perda de peso e apatia;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q
  1. RHABDITOIDEA
    12.1 STRONGYLOIDES
    Diagnóstico, tratamento e controle
A
  • Diagnóstico
  • Sintomas clínicos: inespecíficos;
  • Encontro de ovos e larvas rabditóides nas fezes dependendo da espécie do parasita: ovos (coprocultura - eclosão das larvas) e
    larvas (técnica de Baermann);
  • Necrópsia: fêmeas na mucosa intestinal (duodeno), larvas em pulmões, miocárdio, cérebro, etc;
  • Tratamento
  • Ruminantes: eliminam os parasitas;
  • Cão, homem, suíno: tiabendazol,
    ivermectina;
  • Controle
  • Medidas gerais de limpeza e desinfecção (larvas e formas livres são muito sensíveis à condições adversas do meio ambiente);
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

ORDEM STRONGYLIDA
* Características gerais

A
  • Parasitas do trato gastrointestinal, sistema respiratório e urinário;
  • Características morfológicas comuns:
    bolsa copuladora bem desenvolvida e com dois espículos iguais; comprimento e diâmetro reduzidos (pequenos);
  • Identificação das espécies é feita pela morfologia da bolsa copuladora, das extremidades anterior e posterior e da
    genitália das fêmeas;
  • Bolsa copuladora
  • Bolsa copuladora: envolve a fêmea
    durante a cópula para que ela não fuja ou saia do lugar;
  • Espículos: órgãos quitinosos , geralmente pareados, são inseridos na abertura genital feminina , mantendo-a aberta;
  • Gubernáculo: estrutura quitinosa pequena que atua como guia dos espículos;
  • Após a aposição, o esperma amebóide é transferido da cloaca do macho para o útero da fêmea;
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

DICTYOCAULUS SPP- características

A

vermes dos pulmões
Hospedeiros de cada espécie
- Dictyocaulus viviparus: bovinos;
- Dictyocaulus filaria: ovinos, caprinos;
- Dictyocaulus arnfieldi: equinos
- Encontrados na traquéia e brônquios dos hospedeiros

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

DICTYOCAULUS SPP- ciclo biológico

A

1) Fêmeas põem ovos embrionados nos brônquios;
2) Ovo são transportados com o exsudato pelas vias aéreas até a faringe e engolidos;
3) Ovos eclodem no intestino e larvas L1 são liberadas nas fezes. Essas larvas também podem ser encontradas no catarro nasal;
4) L1 realiza mudas no ambiente (L1 → L2→ L3);
5) Larvas infectantes L3 migram para as pastagens e são ingeridas no pastejo - se alimentam de grânulos alimentares (intestino das larvas);
6) Na presença de ácido e proteases, as larvas perdem a bainha e invadem a parede
intestinal;
7) Larvas migram pelos linfonodos
mesentéricos, duto torácico, chegando aos pulmões;
8) Ruptura de capilares, alvéolos,
bronquiolos - L4 (há sintomatologia);
9) Adultos iniciam postura;

  • Larvas L1: apresentam grande quantidade de grânulos alimentares castanho-escuros (reserva) e não se alimentam;
  • Há a muda e as larvas L3 deixam o bolo fecal ou podem se associar com o esporangióforo do fungo Pilobolus e são lançadas com os esporângios
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

DICTYOCAULUS SPP- patogênese

A

Fase de penetração das larvas: 1º ao 7º dia
- Não há lesão macroscópica aparente;

Fase pré-patente: 8º ao 25º dia
- Larvas migram nos alvéolos causando
alveolite, bronquiolite;
- Bronquite, muco contém vermes
imaturos;
- Animais maciçamente infectados: podem morrer a partir do 15º dia;

Fase patente: 26º ao 60º dia
- Bronquite parasitária: presença de
inúmeros vermes no muco branco
espumoso na luz dos brônquios;
- Pneumonia parasitária: vermes
circundados por células inflamatórias, aspiração de ovos e L1;
- Dependendo da extensão pode ocorrer enfisema intersticial e edema;
- Enfisema: dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares, o que causa a perda de capacidade respiratória e uma oxigenação insuficiente;

Fase pós-patente: 61º ao 90º dia
- Fase de recuperação;
- Vermes adultos pulmonares são expelidos;
- Aspiração de restos de vermes mortos ou os que estão morrendo nos alvéolos, produzindo enfisema pulmonar intersticial e edema;
- Pode ocorrer infecção bacteriana
secundária

39
Q

DICTYOCAULUS SPP- sintomas

A

Forma aguda (animais jovens)
- Tosse, cianose, respiração acelerada (taquipnéia) e difícil (dispnéia), catarro nasal;
- Respiram com a cabeça e pescoço
distendido;
- Retardo de crescimento;
Forma crônica (animais adultos)
- Tosse, dispnéia, letargia

40
Q

DICTYOCAULUS SPP- diagnóstico e controle

A
  • Diagnóstico
  • Manifestações clínicas e condições
    ambientais favoráveis;
  • Método de Baermann: busca de larvas nas fezes;
  • Flutuação em sal: ovos larvados e larvas livres (390 a 450 μm x 20 a 25 μm);
  • Necrópsia de pulmão: adultos (3 a 5 cm);
  • Eventualmente ovos e larvas podem ser observados nas secreções nasais dos animais;
  • Controle
  • Animais jovens não devem ter acesso a pastos de baixa localização (acúmulo de larvas infectantes);
  • Uso de anti-helmínticos;
  • Vacinação (na Europa): vacinas orais com larvas infectantes (L3) irradiadas em duas doses separadas por 4 semanas
    (Dictyocaulus viviparus );
  • Tratamento
  • Albendazol;
  • Fenbendazol;
  • Doramectrina;
  • Eprinomectrina;
  • Ivermectina;
  • Moxidectina;
  • Levamisol;
41
Q

METASTRONGYLUS SPP- sistema respiratório

A
  • Parasitas dos brônquios e bronquíolos de suínos;
  • Conhecidos como vermes dos pulmões de suínos;
  • Animais jovens são os mais afetados (parasitismo compromete o desenvolvimento);
  • Apresentam ciclo indireto (hospedeiro intermediário: anelídeos);
  • Vírus da influenza suína é capaz de
    infectar os ovos (ainda não está
    demonstrado se há transmissão);
  • Hospedeiros: as espécies Metastrongylus apri e Metastrongylus salmi infectam
    suínos;
42
Q

METASTRONGYLUS SPP- ciclo biológico

A

1) Fêmeas adultas nos brônquios e
bronquíolos põem ovos embrionados;
2) Ovos são transportados com o exsudato pelas vias aéreas até a faringe e engolidos;
3) Ovos são eliminados nas fezes;
4) Ovos são ingeridos por anelídeos e liberam larvas L1 no intestino;
5) L1 atravessa a parede do tubo digestivo do anelídeo, vai para a circulação e se acumulam no coração;
6) Larvas sofrem mudas para L3 infectantes (podem viver por vários anos no interior do hospedeiro intermediário);
7) Suínos ingerem as minhocas;
8) L3 invadem a parede do intestino, atingem os vasos linfáticos, linfonodos e mudam para L4;
9) L4, através da circulação, atingem o coração e pulmões, mudam para adultos;
10) Oviposição;

43
Q

METASTRONGYLUS SPP- patogênese

A

Larvas podem causar pequenas
hemorragias pontuais (petéquias) nos pulmões;
- Degeneração do epitélio bronquiolar;
- Vermes adultos podem obstruir parcial ou totalmente as vias aéreas;
- Vermes que morrem pode gerar nódulos nos pulmões;
- Formação de exsudato rico em eosinófilos;
- Formação de áreas de enfisema pulmonar;

44
Q

METASTRONGYLUS SPP- sintomas, diagnóstico, tratamento e controle

A
  • Sintomas
  • Tosse;
  • Baixo crescimento dos leitões;
  • Dispnéia (por causa da infecção pulmonar) e secreção nasal;
  • Infecções secundárias;
  • Infecções maciças podem levar à morte;
  • Diagnóstico
  • Flutuação em sal: ovos larvados (55 a 40
    μm);
  • Necrópsia de pulmão: adultos;
  • Controle
  • Impedir o contato entre o suíno e o hospedeiro intermediário (minhoca);
  • Manter os suínos em solo seco ou de concreto;
  • Eliminar adequadamente os excrementos;
  • Tratar os animais doentes e removê-los para locais com piso limpo ou de concreto;
  • Piquetes que albergavam animais doentes podem permanecer contaminados por longo
    tempo;
  • Fazer exames periódicos de fezes;

Tratamento
- Fenbendazol;
- Doramectrina;
- Ivermectina;
- Levamisol;

45
Q

SYNGAMUS TRACHEA- características gerais

A
  • Afeta galinhas, perus, galinhas d’Angola e várias outras aves;
  • Ocorre preferencialmente em aves
    silvestres ou aves domésticas criadas soltas;
  • Há participação de hospedeiros
    paratênicos no ciclo biológico;
46
Q

SYNGAMUS TRACHEA- ciclo de vida

A

1) Fêmeas adultas na traquéia
2) Ovo são transportados com o exsudato pelas vias aéreas até a faringe e engolidos;
3) Ovos são eliminados nas fezes;
4) Ovos sofrem desenvolvimento
embrionário;
5) Ovos são ingeridos por lesmas, minhocas e moscas;
6) Aves ingerem ovos embrionados ou os hospedeiros paratênicos;
7) Larva infectante penetra a parede intestinal;
8) Larvas vão para a circulação e atingem fígado, coração e pulmões;
9) Larvas migram para a traquéia e atingem o estádio adulto;
10) Oviposição;
- Período pré-patente: 2 a 3 semanas;

47
Q

SYNGAMUS TRACHEA- patogênese, sintomas, diagnóstico e controle

A
  • Patogênese
  • Os adultos podem causar obstrução das vias aéreas e morte por sufocação;
  • Os vermes são hematófagos e causam traqueíte catarral;
  • Sintomas
  • Mais graves em aves jovens;
  • Nematóides hematófagos: traqueíte catarral com produção de muco;
  • Dispnéia e asfixia;
  • As aves ficam agitadas e abrem a boca continuamente;
  • Pode ocorrer a morte por espasmo respiratório devido ao acúmulo de secreção mucosa;
  • Diagnóstico
  • Flutuação em sal: ovos bioperculados (90
    a 50 μm);
  • Swabs traqueais: adultos;
  • Necrópsia de traquéia: adultos;
  • Controle
  • Aves jovens não devem ser criadas com aves adultas;
  • Viveiros cercados, higienizados, mantidos secos;
  • Tratamento profilático;
  • Tratamento
  • Fenbendazol;
  • Ivermectina
48
Q

MAMMOMONOGAMUS LARYNGEUS- características gerais

A
  • Há participação de hospedeiros
    paratênicos no ciclo biológico;
  • Afeta mamíferos;
  • Sintomas: tosse, emagrecimento e
    bronquite em animais jovens;
  • Hospedeiros: bovinos, ovinos, caprinos, felinos;
49
Q

AELUROSTRONGYLUS- características gerais

A
  • Aerulostrongylus abstrusus: parasita do parênquima pulmonar de gatos;
  • Encontrado no parênquima pulmonar e em pequenos bronquíolos;
  • Distribuição cosmopolita; há relatos de casos em vários estados do Brasil: SP, MG e RJ;
50
Q

AELUROSTRONGYLUS- ciclo de vida

A
  • Ciclo heteroxeno
  • Hospedeiro invertebrado: moluscos do gênero Subulina spp;
  • Vetores de transporte (paratênicos): roedores e pássaros;
    1) Fêmeas põem ovos nos alvéolos onde eclodem;
    2) Larvas atravessam os alvéolos;
    3) Migração das larvas pelo trato
    respiratório superior e deglutição;
    4) Eliminação das larvas pelas fezes;
    5) Penetração em caramujos e
    desenvolvimento de L3;
    6) Hospedeiros paratênicos podem ingerir caramujos infectados;
    7) Gatos se infectam ingerindo hospedeiros paratênicos ou intermediários;
  • Aglomerados de vermes, ovos e larvas são encontrados por todo o parênquima pulmonar;
  • Vermes de 1 cm de comprimento são finos e delicados
51
Q

AELUROSTRONGYLUS- ação no hospedeiro, sintomas, diagnóstico, controle e tratamento.

A
  • Ação no hospedeiro
  • Infecções podem ser sintomáticas ou assintomáticas;
  • Pode haver nódulos na região pleural;
  • Infecções maciças podem causar lesões amareladas nos pulmões;
  • Pode haver tosse, dispnéia e polipneia;
  • Sintomas relacionados à migração de larvas, oviposição que desencadeiam resposta inflamatória com acometimento
    dos alvéolos, bronquíolos e artérias;
  • Lesão característica: hipertrofia e
    hiperplasia muscular em bronquíolos, dutos alveolares e artérias pulmonares;
  • Sintomas
  • Sintomas leves;
  • Pode haver tosse, dispnéia, eliminação de secreção nasal mucóide;
  • Diagnóstico
  • Identificação de larvas nas fezes: método de Baermann;
  • Flutuação em solução de sulfato de zinco 33%;
  • Esfregaço direto;
  • Lavado transtraqueal;
  • Radiológico: acúmulo de ovos no
    parênquima pulmonar leva a um padrão intersticial difuso com densidade nodular mal definida (esbranquiçado), especialmente na porção caudal
  • Tratamento e controle
  • Tratamento: levamisol, ivermectina, fenbendazol;
  • Evitar acesso dos gatos aos hospedeiros paratênicos;
52
Q

Estrongilídeos de equinos

A

Estrongilídeos são nematóides bursados (apresentam bolsa copulatória na extremidade posterior de machos);
* Os mais importantes estrongilídeos parasitas gastrintestinais de equinos são
encontrados no ceco e no cólon;

53
Q

Pequenos estrongilídeos não migratórios- ciclo de vida. - Trichonemas spp. ou ciatostomíneos:

A

A) Liberação dos ovos;
B) Larvas sofrem muda no ambiente até L3;
C) Ingestão de larvas L3 com forragens;
D) Liberação da bainha nos fluidos
gástricos;
E) Passagem da L3 sem bainha através do intestino delgado;
F) Invasão da mucosa/submucosa do cólon e ceco, muda para L4, retorno ao lúmen intestinal e muda final para desenvolvimento de estágio adulto;

54
Q

Grandes estrongilídeos-

A
  • Strongylus vulgaris
  • Strongylus edentatus
  • Strongylus equinus
  • Triodontophorus spp
  • Realizam migrações entre tecidos;
  • Facilmente observados na mucosa
    intestinal;
  • Coloração vermelho-escura
55
Q

Grandes estrongilídeos ciclo de vida

A

Ciclo biológico Strongylus vulgaris (ciclo direto):
- Parasitas adultos colonizam o ceco e cólon de equinos;
- O desenvolvimento dos ovos e larvas no meio exterior é semelhante ao de estrongilídeos de ruminantes;
1) Ovos na fase de mórula são eliminados com as fezes → L1 (24 a 48h);
2) O desenvolvimento até L3 depende das condições ambientais → a 35ºC em 2 a 3 dias já se observa L3 infectante (L3 com bainha);
3) Desenvolvimento de L3 para L3
infectante;
4) Infecção pela ingestão da L3 infectante;
5) L3 penetram a mucosa intestinal e se transformam em L4 na submucosa;
6) Penetração em pequenas artérias e migração no endotélio até a artéria mesentérica cranial e seus ramos principais;
7) Após meses, mudam para L5 (90 dias após infecção) e seguem para a parede intestinal pelo lúmen arterial onde formam nódulos ao seu redor, principalmente nas
paredes do ceco e cólon;
8) A ruptura dos nódulos libera adultos jovens na luz intestinal;
9) Adultos copulam e eliminam ovos pelas fezes;
- Período pré-patente: 6 a 7 meses;

56
Q

Ação de Strongylus spp. sobre o
hospedeiro

A
  • Vermes adultos de Strongylus spp.:
    causam úlceras e lesões hemorrágicas - devido os hábitos alimentares ingerem tampões de mucosa intestinal, causando
    perda de sangue e líquidos tissulares, definhamento/anemia;
  • Ingestão de mucosa - destruição do epitélio;
  • Lesão de vasos sanguíneos - hemorragia;

S. vulgaris
- Maior importância para os equinos;
- Larvas realizam migração na artéria mesentérica cranial e seus ramos, causando formação de trombos, inflamação e espessamento da parede arterial;
- Redução do fluxo sanguíneo causa
compressão de terminações nervosas com prejuízo da motilidade intestinal - quadros
de cólica;
- Trombose e embolia;
S. vulgaris - larvas
- Potros: toleram infecções larvais maciças adquiridas em pequenas doses por longo período de tempo;
- Infecções maciças em potros causam febre, inapetência e apatia, síndrome cólica;
- Necrópsia: arterite e trombose de vasos intestinais, além de infarto e necrose de segmentos intestinais;

57
Q

Strongylus spp- diagnóstico

A
  • Sintomas, lesões;
  • Pesquisa de ovos nas fezes: identificação genérica; ovos recém eliminados apresentam casca delgada e várias células (8 a 16 blastômeros) - estágio morulado;
    ovos de pequenos e grandes estrôngilos são morfologicamente indistinguíveis; é necessária a coprocultura para realizar a
    distinção
58
Q

Strongylus spp- profilaxia e controle

A
  • Semelhante ao preconizado para
    ruminantes: benzimidazóis, pirantel,
    avermectinas;
  • Equinos de todas as idades são
    susceptíveis às infecções. Assim, programas de controle deve contemplar a vermifugação de todos os animais do rebanho;
  • Animais novos devem realizar quarentena e tratamento com anti-helmínticos;
  • Rotação de piquetes;
59
Q

HYOSTRONGYLUS RUBIDUS- características e ciclo de vida

A

suinocultura- parasito do estômago (verme hematófago)

1) Eliminação dos ovos não embrionados nas fezes;
2) Eclosão de larvas L1, as quais sofrem mudas até L3;
3) L3 são ingeridas pelos suínos;
4) L3 perdem a bainha e invadem a parede do estômago, onde geram L4 e L5;
5) L5 retornam ao lúmen do estômago e se transformam em adultos;
6) Adultos copulam;
7) Liberação de ovos;
- Direto;
- Semelhante aos demais estrongilídeos;
- Infecção restringe-se a suínos com acesso a pastos ou em baias com palha;
- Período pré-patente: 3 semanas;

60
Q

HYOSTRONGYLUS RUBIDUS- patogenia e sintomas

A
  • Patogenia
  • L3 penetram nas glândulas gástricas;
  • Células parietais são substituídas,
    formando nódulos na mucosa;
  • Infecções maciças causam elevação do pH e, com isso, podem ocorrer ulcerações e hemorragias nas lesões nodulares;
  • Infecções leves são mais comuns e causam hiporexia (redução da ingestão de alimento) e piora da conversão alimentar;
  • Sintomatologia clínica
  • Inapetência, anemia, debilidade, redução no ganho de peso;
  • Infecções maciças podem causar
    gastroenterite
61
Q

HYOSTRONGYLUS RUBIDUS- diagnóstico e controle

A
  • Diagnóstico
  • Histórico (acesso a pastos) associado à sintomatologia clínica;
  • Exame de fezes (pesquisa de ovos);
  • Coprocultura (para diferenciar as L3 de outros estrongilídeos)
  • Controle
  • Hyostrongylus é um problema em animais que têm acesso a pastos (criações modernas não têm esse problema);
  • Rotação anual de pasto com outras espécies ou cultivos;
  • Proceder tratamento preventivo e repeti-lo 3 a 4 semanas mais tarde
62
Q

ANCYLOSTOMA características , transmissão e hospedeiros

A

São hematófagos e provocam grande perda de sangue, causando anemia;
- Animais mais jovens são em geral mais suscetíveis;
- Animais mais maduros podem apresentar graus variados de resistência, devido à imunidade adquirida por infecções prévias
ou premonição (imunidade que surge com a presença de pequena quantidade de parasitas)

Transmissão 4 vias
- Ingestão de larvas infectantes;
- Penetração de L3 pela pele;
- Transmissão transmamária;
- Transmissão transplacentária (rara);

  • Hospedeiros
  • A. caninum: cães;
  • A. tubaeformae: gatos;
  • A. braziliense: cães e gatos;
  • A. duodenale: homem;
63
Q

ANCYLOSTOMA- ciclo de vida

A
  • Em humanos, principalmente crianças, as larvas L3 infectam penetrando a pele exposta e causam a Larva migrans cutânea;
  • Em cães e gatos, a infecção ocorre pela ingestão de larva ou penetração da larva no gato;
  • Larva pode infectar hospedeiros
    paratênicos, os quais podem ser ingeridos por cães e gatos;

Ciclo de vida Ancylostoma caninum:
1) Adultos presentes no intestino delgado se reproduzem sexualmente gerando;
2) Ovos embrionados são eliminados pelas fezes;
3) Eclosão da larva L1;
4) Mudas no ambiente para L2 e L3;
5) Larva infectante é ingerida e
desenvolve-se para adultos;
ou
5) Larva infectante penetra na pele;
6) Larva atinge a circulação e migra para coração direito e pulmões;
7) Larva sobe para a traquéia, laringe, faringe e é deglutida;
8) Larva muda para adulto no trato
gastrointestinal;
ou
7) Larva pela circulação atinge o feto;
8) Larva pode atingir glândulas mamárias;
- Algumas larvas invadem o tecido
intestinal e muscular e não amadurecem, entrando em estado hipobiótico. Elas podem ser reativadas, por exemplo, durante
a gestação;
- Período de pré patente: 2 semanas

64
Q

ANCYLOSTOMA- sintomas

A
  • Irritação na pele no local de entrada da larva;
  • Os vermes são hematófagos e,
    consequentemente, causam anemia microcítica e hipocrômica;
  • Pode haver pequenas lesões pulmonares - geralmente passam despercebidas;
  • Infecções maciças podem causar
    emagrecimento, perda do apetite, diarréia, enterite hemorrágica;
65
Q

ANCYLOSTOMA- hipobiose

A
  • Larvas podem se encistar na parede do trato intestinal ou músculo esqueléticos de
    cães adultos;
  • Essas larvas entram em hipobiose e permanecem latentes por longos períodos;
  • Pode ocorrer reativação de larvas
    hipobióticas, especialmente quando vermes adultos no intestino são eliminados via tratamento;
  • Em cerca de 4 meses, as larvas
    hipobióticas podem migrar ao intestino e se transformar em adultos;
  • Possível explicação para a refratariedade de animais a tratamentos sucessivos;
  • Possível mecanismo de reativação de L3
  • A cadela prenhe tem níveis mais altos de estrógeno e prolactina. Esses hormônios resultam em maior produção de citocinas
    ”transforming growth factor”, (TGF)-β1 e (TGF)-β2, durante a prenhez. Existem receptores específicos dessas citocinas nas
    larvas. Quando ativados pelas citocinas, esses receptores desencadeiam a reativação
    das L3;
66
Q

ANCYLOSTOMA- importancia clinica, formas clinicas, lesoes da pele em humanos

A
  • Importância clínica
  • Doença é mais frequente em cães jovens de até um ano de idade, geralmente com anemia grave e diarréia (com muco e sangue);
  • Em animais velhos, a infecção é mais branda, anemia mais leve;
  • Infecções crônicas podem causar anorexia, emagrecimento, pelagem escassa, dificuldade respiratória;
  • Formas clínicas
  • Forma hiperaguda: transmissão de larvas através da lactação (via transmamária) - 50 a 100 helmintos podem causar infecção fatal;
  • Forma aguda: exposição repentina de filhotes a grande número de parasitas;
  • Forma crônica compensada: geralmente é assintomática e causa graus variados de anemia;
  • Forma crônica descompensada:
    geralmente acomete cães mais velhos e causa anemia profunda;
  • Lesões da pele em humanos (Larva migrans cutânea)
  • Lesões de pele;
  • Dermatite linear serpiginosa;
  • Larvas migram entre a epiderme e a derme, causando eritema e prurido;
  • Conhecido como “bicho geográfico”;
  • A ancilostomose é uma zoonose!
67
Q

ancylostoma- diagnóstico, tratamento

A
  • Exame de fezes;
  • Flutuação em sal - ovos (60 μm x 40 μm);
  • Ovos de casca fina e com a presença de blastômeros;
  • Casos agudos podem ocorrer sem a presença de ovos nas fezes – passagem transplacentária;
  • Tratamento
  • Tratamento com anti-helmínticos (não
    muito eficaz na ancilostomose neonatal
    hiperaguda - filhotes recebem larvas pela
    lactação);
  • Diclorvos, Disofenol, Butamisol,
    Fenbendazol, Ivermectina, Mebendazol;
  • Compensar dieta com ferro, proteínas e vitaminas;
  • Transfusão de sangue em filhotes com forma hiperaguda;
  • Tratamento das fêmeas prenhes: usar drogas com ação larvicida - evita transmissão transmamária;
  • Filhotes lactentes: tratar duas vezes com 1 a 2 semanas de idade e duas semanas depois;
  • Controle
  • Canis: borato de sódio ou 1% hipoclorito de sódio - ação larvicida
  • Isolar os animais de canis e gatis de suas fezes;
  • Higienização diária dos recintos;
  • Medicação anti-helmíntica periódica;
  • Larvas hipobióticas podem ser reativadas e não são afetadas pelos tratamentos com antihelmínticos;
  • Repetir tratamentos e monitorar
    periodicamente a eliminação de ovos nas fezes;
  • Desenvolvimento de vacina: imunização com L3 irradiadas (reduz carga parasitária) -
    ainda experimental;
68
Q

Ciclo Biológico dos estrongilídeos de ruminantes

A
  • De um modo geral o ciclo é direto;
  • Vermes adultos habitam a luz do sistema digestório de ruminantes (abomaso ou intestinos) → cópula → fêmeas → oviposição → grande quantidade de ovos eliminados pelas fezes na fase de mórula;
  • O número de ovos eliminados pode variar (exemplos: Haemonchus spp.: 5.000 ovos/dia e Trichostrongylus spp.: 200 ovos/dia);
  • Ciclo biológico
    1) Ovos liberados pelas fezes dos
    ruminantes;
    2 L1 eclode do ovo;
    3) L1 (fezes) se alimenta de bactérias presentes nas fezes;
    4) L1 vira L2;
    5) L2 (fezes) se alimenta de bactérias presentes nas fezes;
    6) L2 vira L3;
    7) L3 (cutícula da L2 é retida formando uma bainha protetora) não se alimenta (sobrevida relacionada ao acúmulo de
    nutrientes). É infectante, ativa, abandona o bolo fecal, pode sobreviver dias ou meses
    no ambiente, dependendo das condições climáticas e da espécie do parasita;

1) Ovo dá origem à L3 (demora em média 7 dias);
- Exceção: Nematodirus spp:
desenvolvimento larvar ocorre dentro do ovo e ocorre eclosão da L3;
2) L3 são ingeridas pelo hospedeiro;
- Exceção: Bunostomum spp. à L3 também pode penetrar ativamente pela pele;
3) Ao serem ingeridas, L3 perdem a bainha (se estiverem no hospedeiro correto), penetram na mucosa do trato digestivo e sofrem muda;
- Não há migração de larvas dentro do organismo do hospedeiro (exceção: Bunostomum spp. - quando L3 penetra ativamente pela pele, há migração para o pulmão);
- Os vermes adultos podem ser observados na luz do abomaso (Haemonchus spp. e Ostertagia spp.) ou intestino (Nematodirus
spp.), ou intimamente associados à mucosa (Trichostrongylus - forma túneis nas vilosidades intestinais);
- Amadurecimento sexual: 20 a 40 dias após a infecção;
- Os vermes maduros copulam reiniciando o ciclo;

69
Q

Haemonchus spp

A
  • São helmintos hematófagos;
  • Anemia hemorrágica aguda: cada verme suga 0,05 ml de sangue/dia (um ovino com 5.000 vermes pode perder cerca de 250 ml
    de sangue/dia);
  • Hemoncose hiperaguda: rara, infecções maciças, morte súbita por gastrite hemorrágica aguda
  • Particularidades
  • Estação seca prolongada: larva entra em hipobiose (L4 sobrevive no hospedeiro sem amadurecer e produzir ovos); retomada do
    desenvolvimento ocorre antes das chuvas sazonais;
  • Autocura ocorre quando há infecção por larvas de H. contortus concomitante a infecções com adultos em abomaso
  • Reação de hipersensibilidade imediata induzida pelos antígenos das larvas em desenvolvimento - eliminação dos vermes adultos. Comumente observada nas
    estações de chuva;
  • Imunidade não impede reinfecções
70
Q

Ostertagia spp.

A
  • Causa gastrite parasitária importante em ruminantes;
  • Adultos colonizam a mucosa do abomaso;
  • Estágios larvais colonizam as glândulas gástricas;
  • Também são hematófagos, mas sugam menos sangue que Haemonchus;
  • Larvas podem ficar em hipobiose (por até 6 meses, dependendo do clima);
  • Causa abomasite crônica nos bovinos jovens, caracterizada por diarréia aquosa profusa, anemia, hipoproteinemia causando
    edema submandibular;
  • Presença de nódulos branco-acinzentados na mucosa do abomaso;
  • Maiores alterações ocorrem quando as L5 emergem das glândulas gástricas;
  • Infecções maciças causam diminuição da secreção glandular ácida (pH 2,0 → pH 7,0)
  • alteração atividade gástrica, infecções bacterianas secundárias;
  • Edema, hiperemia e necrose da mucosa;
  • Linfoadenomegalia regional;
71
Q

Ostertagia spp.- sintomas

A
  • Observada em bezerros durante seu
    primeiro pastejo;
  • Diarréia aquosa profusa;
  • Anorexia;
  • Pêlos arrepiados e opacos;
  • Anemia (moderada);
  • Edema submandibular;
  • Perda de peso (até 20% em 7 a 10 dias)
  • Sinais mais comuns: diarréia, anemia,
    edema, perda de peso, emagrecimento
72
Q

Ostertagia spp-diagnóstico

A
  • História clínica;
  • Sintomas e lesões;
  • A identificação genérica dos
    estrongilídeos a partir dos ovos é
    praticamente impossível: ovos com
    superfície lisa, elípticos, em fase de mórula quando são liberados nas fezes;
  • Coprocultura (ovos em cultura eclodem e liberam as larvas, as quais podem ser analisadas e identificadas ao microscópio);
73
Q

Ostertagia spp- aspecto epidemiológico

A
  • Temperatura (ideal entre 18 e 26ºC) e umidade são essenciais para a maturação
    de ovos;
  • Chuvas intensas propiciam a migração de grande número de larvas para a pastagem;
  • Mesmo após secas prolongadas, o pasto pode repentinamente servir como fonte de intensa infecção para os animais - larvas
    resistem à dessecação, bolos fecais
    acumulados;
  • No hospedeiro: pode ocorrer hipobiose das larvas
74
Q

Ostertagia spp- profilaxia e controle

A
  • Baseia-se em medidas que diminuam o contato entre o parasita e o hospedeiro;
  • Tentar minimizar a elevação do número de larvas na pastagem;
  • Evitar que animais mais susceptíveis (bezerros, cordeiros) entrem em contato com as larvas - transferir animais para pastagens descontaminadas
  • Métodos de controle
  • Descontaminação da pastagem e
    vermifugação;
  • Pastejo alternado entre diferentes
    espécies animais (bovinos e ovinos) funciona devido à diferente especificidade parasitária;
  • Rotação de pastagens – larvas não
    encontram hospedeiro para infectar (prática logisticamente cara e complexa);
  • Tratamento dos animais com
    anti-helmínticos antes de se proceder a troca do piquete

Vermifugação
- Considerar aspectos epidemiológicos, aplicar quando realmente necessário, evitar
custos desnecessários;
- Aplicar anti helmínticos em períodos críticos, levando em conta manejo das pastagens, condições predisponentes à parasitose;
- Uso indiscriminado de anti-helmínticos pode levar ao desenvolvimento de
resistência dos parasitas;
- Resíduos dos antiparasitários podem contaminar carne e leite;
- Associar o uso de anti-helmínticos a exames periódicos de fezes dos animais do rebanho;

75
Q

OXYSPIRURA MANSONI- ciclo biológico

A
  • Parasita o olho de galinha, peru e outras
    aves;

Ciclo biológico
- Ovos → canal lacrimal → faringe → tubo digestivo → eliminados pelas fezes;
- Hospedeiros intermediários: baratas do gênero Pycnoscelus;
- O hospedeiro intermediário ingere ovos ou larvas L1 presentes nas fezes;
- Após 50 dias, a larva está madura e é infectante;
- Ave ingere o hospedeiro intermediário e há liberação das larvas L3 no papo;
- Larvas liberadas → faringe → canal lacrimal → olhos

76
Q

OXYSPIRURA MANSONI- ação sobre o hospedeiro

A
  • Causam lesões desde uma simples
    conjuntivite até oftalmias graves. Pode provocar cegueira e oclusão das vias nasais;
  • Aves arranham os olhos com as unhas dos pés para retirada do parasita - agrava mais o quadro;
  • Pode ocorrer contaminação bacteriana secundária
77
Q

OXYSPIRURA MANSONI- diagnóstico, tratamento e controle

A
  • Diagnóstico
  • História clínica, sintomas;
  • Exame de fezes (ovos);
  • Tratamento
  • Anti-helmínticos como flubendazol;
  • Remoção física dos adultos;
  • Controle
  • Eliminação do hospedeiro intermediário
78
Q

SPIROCERCA LUPI- hospedeiro, localização e distribuição

A
  • Hospedeiro
  • Parasitam o cão e ocasionalmente o gato;
  • Localização
  • Adultos são encontrados nas lesões granulomatosas da parede do esôfago e do estômago;
  • Larvas produzem lesões na parede da aorta;
  • Hospedeiro intermediário: besouros coprófagos;
  • Hospedeiros paratênicos: lagartos,
    galinhas, camundongos;
  • Distribuição
  • Regiões tropicais e subtropicais;
79
Q

SPIROCERCA LUPI- ciclo biológico

A
  • Adultos no interior do granuloma no esôfago → postura de ovos com L1 nas fezes ou vômitos → ovo é ingerido pelo hospedeiro intermediário (besouro coprófago) → eclosão, mudas → L3 se encista;
  • Besouro pode ser ingerido por um
    hospedeiro paratênico (aves, roedores, lagartixas). Nestes hospedeiros, a L3 encista-se nas vísceras;
  • Ingestão do hospedeiro intermediário ou do hospedeiro paratênico pelo hospedeiro
    definitivo → L3 liberadas → penetram na parede do estômago → L3 excista no estômago e penetra a mucosa gástrica em 2
    hora → serosa gástrica é atingida em 24 a 48 horas, levando a hemorragias e inflamação → as larvas migram pela parede das artérias gástrica e gastroepiplóica e
    atingem a aorta torácica caudal via artéria celíaca cerca de 10 dias após a excistação;
  • L3 mudam para L4 em até 109 dias. Após a muda final, 3 meses após infecção, migram como adultos jovens para o esôfago, formando nódulos na adventícia;
  • Período de pré-patência: 6 meses;
  • Formas adultas
  • Formam granulomas na parede do
    esôfago;
  • Vermes adultos têm até 8 cm de
    comprimento, apresentam côr rósea, permanecem enovelados no interior dos granulomas;
80
Q

Spirocerca lupi- ação sobre o hospedeiro

A
  • Larvas migratórias: causam lesões na parede da aorta, causando estenose, formação de nódulos, aneurisma ou ruptura da parede do vaso;
  • Pode ocorrer morte súbita por rompimento de grandes artérias (desencadeia hemorragia interna);
  • Granulomas esofágicos contendo adultos em seu interior de até 4 cm de tamanho, podem levar à disfagia, regurgitação, vômitos por obstrução e inflamação;
  • Granulomas podem ocasionalmente gerar um sarcoma esofágico, com metástases;
  • Também pode ocorrer espondilose (alterações degenerativas) das vértebras
    torácicas e osteoartropatia dos ossos longos, de etiologia desconhecida;
81
Q

Spirocerca lupi- daignóstico, tratamento e controle.

A
  • Diagnóstico
  • Sintomatologia: disfagia, vômitos
    frequentes, dispnéia;
  • Pesquisa de ovos nas fezes ou vômitos;
  • Endoscopia e radiografia;
  • Granulomas sem fístulas esofágicas - ovos podem não ser observados;
  • Tratamento
  • Dietilcarbamazina, disofenol,
    doramectina;
  • Controle
  • Não alimentar cães com vísceras mal cozidas de frangos criados soltos;
82
Q

Habronema

A
  • Em países quentes, o quadro mais
    importante é a habronemose cutânea,
    também denominada de “ferida de verão”;
  • Espécies: Habronema muscae (A) e H. microstoma (B);
  • Hospedeiros definitivos: equinos e
    asininos;
  • Hospedeiros intermediários: muscídeos
    (larvas de moscas dos gêneros Musca spp., Stomoxys spp. e Haematobia spp.);
  • Localização: estômago, pele;
83
Q

Habronema- ciclo

A

1) Deposição de fezes contendo ovos com larvas L1;
2) Ovo eclode liberando a larva L1;
3) L1 é ingerida pelas larvas de mosca;
4) L1 na mosca sofrem muda para L2;
5) Larva da mosca muda para pupa e L2 muda para L3;
6) Mosca adulta que carreia L3 emerge da pupa;
7) L3 vão para a probóscide da mosca;
8) L3 são introduzidas no hospedeiro;
- L3 também pode ser ingerida;
9) L3 gera adulto no estômago;

84
Q
A
  • Ação sobre o hospedeiro
  • Habronemose gástrica: adultos no
    estômago causam gastrite catarral, com excesso de produção de muco; geralmente não há sintomas;
  • Habronemose cutânea: larvas que
    penetram feridas permanecem errantes e levam ao desenvolvimento da habronemose
    cutânea;
  • Habronemose cutânea
  • Lesões granulomatosas, também
    chamada “feridas de verão”, ocorrem devido
    à invasão de feridas por larvas L3;
  • Ocorre com maior frequência nos meses mais quentes e chuvosos;
  • É mais comum em áreas do corpo mais sujeitas a traumatismos;
  • Ocorre inicialmente um intenso prurido seguido de lesão granulomatosa que não
    cicatriza e se projeta acima do nível da pele;
  • Na forma cutânea, a larva não completa seu ciclo biológico;
  • Habronemose conjuntival: larvas invadem a conjuntiva ocular causando conjuntivite
    persistente com espessamento nodular e ulceração das pálpebras, principalmente no
    canto medial;
  • As larvas podem causar também pequenos abscessos pulmonares (supõe-se que as larvas entrem pelas narinas e vias respiratórias ou então pela corrente sanguínea);
85
Q

Habronema- diagnóstico, tratamento e controle.

A
  • Diagnóstico
  • Habronemose cutânea: achado de
    granulomas cutâneos avermelhados e não-cicatrizantes, larvas podem ser encontradas nestas lesões;
  • Habronemose gástrica: difícil diagnóstico, ovos e larvas não são facilmente demonstráveis pelas técnicas de rotina;
  • Tratamento e controle
  • Habronemose gástrica: anti helmínticos, ivermectina;
  • Habronemose cutânea: ivermectina, uso de repelentes de insetos, radioterapia, criocirurgia (casos crônicos);
86
Q

PHYSALOPTERA- hospedeiros e localização

A
  • Hospedeiros
  • Definitivos: cães e gatos;
  • Intermediários: besouros, baratas e grilos;
  • Localização
  • Estômago - mucosa gástrica;
87
Q

PHYSALOPTERA- ciclo biológico

A
  • Ciclo indireto - típico de espirurídeo;
    1) Fêmea ovipõe ovos contendo L1 que são eliminados nas fezes;
    2) Ovo é ingerido pelo hospedeiro
    intermediário (baratas e grilos) e
    desenvolve–se em L2 e L3;
    3) Hospedeiro definitivo ingere o
    hospedeiro intermediário;
  • No hospedeiro definitivo, a L3
    desenvolvem-se em L4, L5 e adulto na mucosa estomacal;
  • Pequenos anfíbios, répteis e mamíferos podem atuar como hospedeiros paratênicos (são ingeridos pelo hospedeiro definitivo);
88
Q

PHYSALOPTERA-

A
  • Lesões
  • Nematóides formam pequenas ulcerações
    nos pontos de fixação;
  • Alimentam-se de sangue (hematófagos), causando anemia;
  • Causam gastrite catarral - emese (vômito), melena (vômito com sangue);
  • Epidemiologia
  • Relacionada à ocorrência e distribuição dos hospedeiros intermediários;
  • Diagnóstico
  • Presença de ovos nas fezes ou vômitos;
  • Exame necroscópico, lesões no estômago;
  • Tratamento: pode não ser eficaz -
    levamizol e ivermectina;
  • Controle
  • Difícil devido à amplitude de espécies que podem servir como hospedeiros intermediários;
89
Q

DIROFILARIA IMMITIS- hospedeiro e localização

A
  • Distribuição
  • Zonas temperadas, quentes e tropicais;
  • Hospedeiros
  • Definitivos: cão, gato, carnívoros silvestres, equinos, primatas, raramente o homem;
  • Intermediários: mosquitos dos gêneros Aedes spp., Anopheles spp. e Culex spp., Ctenocephalides canis (pulga do cão -suspeita);
  • Localização
  • Adultos são encontrados nas artérias pulmonares, coração direito e veia cava do hospedeiro definitivo;
  • Microfilárias, no hospedeiro intermediário, atingem os túbulos de Malpighi e no hospedeiro definitivo localizam-se no
    sangue periférico
90
Q

DIROFILARIA IMMITIS- ciclo de vida

A
  • Fêmeas vivíparas liberam microfilárias (L1) na circulação sanguínea (A);
  • Mosquito se alimentam → L1 (túbulos de Malpighi) → L2 → L3 à probóscide (B)
  • O desenvolvimento das larvas no
    hospedeiro intermediário demora 14 dias;
  • Hospedeiro intermediário inocula L3 na corrente sanguínea do hospedeiro definitivo ao se alimentar de sangue (C);
  • L3 → tecidos subcutâneo e subserosa → L4 (D) → L5 (permanecem por 2 a 3
    meses) (E) → circulação venosa à coração (ventrículo direito) (F);
  • Período pré-patente: cão - 24 a 32
    semanas; gato - 28 semanas;
  • Período de patência: mais de 5 anos;
91
Q

DIROFILARIA IMMITIS- sintomas, fatores relativos ao HD

A
  • Sintomas
  • Surgem em casos de infecção severa, 8 a 9 meses após a infecção;
  • Intolerância aos exercícios físicos,
    inquietude, cansaço anormal, taquipnéia, dispnéia, tosse seca e hemoptise;
  • Emagrecimento, anorexia, ascite,
    anasarca;
  • Infecções leves podem causar baixo desempenho nos exercícios físicos;
  • Fatores relativos ao hospedeiro definitivo
  • Animal vive ou visita o litoral brasileiro ou área com muitos mosquitos e mata Atlântica é mais suscetível;
  • Alta densidade de cães nas áreas onde há vetores;
  • Período patente longo (5 anos);
  • Não há resposta imune efetiva;
  • Fatores relativos ao hospedeiro
    intermediário
  • Vários gêneros de hospedeiros;
  • Rápido aumento populacional;
  • Rápido desenvolvimento de L1 para L3;
92
Q

DIROFILARIA IMMITIS- diagnóstico

A
  • Diagnóstico
  • Clínico: disfunção cardiovascular (ICCD);
  • Parasitológico: evidenciação de
    microfilárias em esfregaço sanguíneo;
  • Sorológico: ELISA (detecta antígenos de vermes adultos);
  • Imagem: radiografias torácicas -
    espessamento da artéria pulmonar,
    hipertrofia ventricular direita;
  • Diagnóstico diferencial
  • Dipetalonema reconditum: microfilárias têm menos de 300 μm, extremidade anterior obtusa e posterior em forma de
    gancho;
  • Dirofilaria immitis: mais do que 300 μm, extremidade anterior afilada, cauda reta;
  • Métodos histoquímicos: atividade da fosfatase ácida (locais diferentes do corpo);
93
Q

DIROFILARIA IMMITIS- tratamento e controle

A
  • Avaliar todas as funções orgânicas,
    controlar a ICCD;
  • Diidrocloridato de melarsomina e
    tiacetarsamida promovem a remoção dos adultos. Porém, é preciso se atentar pois podem surgir reações tóxicas e embolia
    (restringir a atividade do cão por 2 a 6 semanas);
  • Ivermectina, ditiazanina, levamisol
    auxiliam na remoção das microfilárias; podem surgir reações tóxicas ocasionais;
  • Eventualmente remoção cirúrgica dos vermes adultos;
  • Após tratamento, realizar programa profilático
  • Controle
  • Controle populacional dos hospedeiros intermediários é frequentemente difícil;
  • Regiões endêmicas: uso de Ivermectina em doses profiláticas mensais; uso Moxidectina (ProHeart SR-12), um microfilaricida de liberação lenta (aplicação
    anual) - não é vacina, é um tratamento quimioterápico profilático;
  • Indica-se realização de exames para a pesquisa de microfilárias a cada 6 meses;
94
Q
A