HDA Flashcards

1
Q

HDA, HDM e HDB:

A

Até ângulo de Treitz; entre ângulo de Treitz e válvula ileocecal; cólon, reto e ânus.

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2
Q

Prognóstico de HDA:

A

80% cessa espontaneamente, 20% ressangra 24-72h. Mortalidade 10% mesmo com suporte (comorbidade e idosos).

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3
Q

Hematêmese, melena, hematoquezia, enterorragia:

A

vômito com sangue vivo; fezes escuras; sangue vermelho vivo nas fezes; maior volume, própria evacuação. HDA: + hematêmese ou melena.

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4
Q

Falsas HDAs:

A

vômito de estase (gastroparesia), sangramento cav oral, epistaxe, hemoptise, beterraba, sais de ferro e fígado.

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5
Q

Causas de HDA:

A

25-30% Úlcera duodenal, 20% úlcera gástrica, 8-15% lesão aguda da mucosa, Mallory-Weiss, esofagite, varizes, mal-formação vascular, neoplasia. (Úlcera péptica: úlcera gastroduodenal).

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6
Q

Principais causas de HDA não varicosa:

A

úlcera gástrica, lesão aguda da mucosa gastroduodenal, lesão/laceração de Mallory-Weiss, lesão de Dieulafoy, Síndrome de Osler-Weber-Rendu, esofagite de refluxo, tumores, GIST (tumor estromal gástrico subepitelial), ectasia vascular do antro, adenocarcinoma gástrico

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7
Q

Úlcera com vaso e úlcera com pontos de hematina:

A

grande risco de sangramento; indica processo de reparação da situação.

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8
Q

Causas de lesão aguda da mucosa grastroduodenal

A

AINEs, corticoide dose alta, álcool, UTI (ventilação mecânica prolongada, +72h), grandes queimados, coagulopatias graves e pós operatório de grandes cirurgias.

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9
Q

Lesão/laceração de Malllory-Weiss:

A

causado por vômitos incoercíveis que evolui com hematêmese. Há laceração da transição esôfago-gástrica. Cicatriza em 24-48h. Freq em QT, pós-operatório, libação alcoólica, hiperêmese gravídica.

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10
Q

Lesão de Dieulafoy:

A

má-formação vascular (artéria ou arteríola de Dieulafoy): superficial e calibre aumentado no estômago, duodeno ou cólon, + corpo gástrico. +masc. Repercussão clínica: hipotensão, queda hemoglobina, hemotransfusão.

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11
Q

Telangietasia:

A

má formação venosa.

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12
Q

Síndrome de Osler-Weber-Rendu ou telangiectasia hemorrágica hereditária:

A

telangiectasia da boca ao reto. Por ser venoso, não é tão grave.

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13
Q

Conduta diagnóstico na HDA, escores:

A

Glasgow-Blatchford (critérios clínicos e lab), Rockall (clínico, lab e endoscópico), AIMS65 (clinico e lab).

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14
Q

Anamnese orientada:

A

HDA é urgência, pergunta antecedente de dor epigástrica (úlcera) ou vômito (Mallory-Weiss), medicação (AINEs, anticoagulante, antiagregante), comorbidades, etilismo, procedência de área endêmica de esquistossomose.

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15
Q

Exemplos de AINEs:

A

voltaren, nimesulida, aspirina, acetominofeno, indometacina, ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, celecoxibe.

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16
Q

Exemplos de anticoagulantes:

A

heparina, fondaparinux, marevan, xarelto, pradaxa.

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17
Q

Exemplos de antiagregante:

A

AAS, clopidogrel, prasugrel, ticagrelor, ticlopidina, abciximab, tirofibana, eptifibatide.

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18
Q

EF:

A

estimar vol perdido, PA e FC deitado, sentado e de pé. Mucosa, sudorese. Toque retal e inspeção anal.

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19
Q

Perda pequena, moderada, maciça:

A

PAS deitado normal e > 20mmHg de pé, pulso deitado normal com > 20bpm de pé; PAS 90-100mmHg com pulso de 100bpm; <90mmHg com pulso de 120bpm.

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20
Q

Exames lab:

A

hemograma com plaqueta, coagulograma (possível causa), tipagem sanguínea, ureia, creatinina, eletrólitos, função hepática, gasometria (apenas em sangramento importante).

21
Q

Sonda nasogástrica:

A

confirma, remove coágulo e prepara EDA (em sangramento ativo). SF ou água. Aspirado com sangue: confirma. Sem sangue: HDA em até 25%. Se não for usada, eritromicina EV até 2h antes da EDA esvazia estômago e facilita exame.

22
Q

EDA:

A

+ importante! Faz em não varicosa, até 24h após início. Faz diagnóstico, define etiologia, realiza terapêutica e fornece prognóstico.

23
Q

Fatores de risco clínico para ressangramento:

A

> 65 anos, comorbidades, sangramento contínuo, ressangramento, sangue vermelho vivo, hospitalizado, septicemia, sinais clínicos de perda de grande vol.

24
Q

Fatores de risco lab para ressangramento:

A

baixa Hb, aumento de ureia, Cr e aminotransferases.

25
Q

Fatores de risco endoscópicos para ressangramento:

A

coágulo, vaso visível, sangramento ativo, úlceras gigantes, parede post. Bulbo, peq curvatura.

26
Q

Tratamento:

A

internação, monitorização, dieta zero, uso de sonda NG se necessário, O2 nasal ou sob máscara, acesso venoso (calibroso, 2, SF com cristaloide ou ringer), amostras de sangue e avaliar intubação orotraqueal. Só faz EDA após estabilização hemodinâmica.

27
Q

Se permanecer em choque? Indicação de transfusão?

A

expansores plasmáticos, drogas vasoativas. Transfusão: Hb>7mg/dl, coronariopata, vasculopata >8-9mg/dl. Adulto jovem hematócrito>20, idoso >30.

28
Q

Indicação de terapia endoscópica:

A

úlcera com sinais de sangramento recente, telangiectasia, ectasia antro gástrica, lesão de Dieulafoy, varizes de esôfago ou gástricas. Mallory-Weiss cicatriza sozinho.

29
Q

Classificação de Forrest (risco de ressangramento e conduta):

A

IA: ativo em jato (90%), IB: ativo em porejamento, “babando” (30%), IIA: recente vaso visível (43%), IIB: recente coágulo na base (22%), IIC: recente hematina (10%). III: sem sangramento, base limpa (<5%).

30
Q

Indicação de tratamento endoscópico:

A

IA, IB, IIA: hemostasia endoscópica. IIB: irrigação para avaliar.

31
Q

Tipos de terapia endoscópica:

A

terapia injetora, terapia térmica, terapia mecânica.

32
Q

Terapia injetora:

A

injeta subs (adrenalina) ao redor da lesão e faz vasoconstrição. Associar com terapia térmica ou mecânica.

33
Q

Terapia térmica:

A

usa plasma argônio, energia elétrica transferida para o tecido alvo usando ionização, através da condução do gás argônio, que cauteriza o vaso aplicando no meio da lesão.

34
Q

Terapia mecânica:

A

hemoclip, pode ser monoterapia. Sai após 3-4 dias nas fezes.

35
Q

Farmacoterapia:

A

antes da EDA, com IBP (úlcera principal causa). Aplicação alta e venosa. Não precisa repetir EDA, cirurgia indicada no 3º ressangramento. Se úlcera, pesquisar H pylori.

36
Q

Circulação portal:

A

veia porta é formada pelas veias mesentérica superior (intestino) e esplênica. Uma das tributárias da veia porta é a veia gástrica esquerda que se comunica com plexo esofágico. Circulação colateral (veia esofágica vai para ázigos, depois para VCS, VCI e coração. Gástricas: vasos tributários da veia esplênica, os gástricos curtos (no fungo gástrico), geram varizes de fundo gástrico, geralmente não sangram, mas dão repercussões mais graves.

37
Q

Causas de HDA em cirróticos:

A

varizes esofágicas 60-90%, varizes gástricas 7%, gastropatia congestiva, úlcera péptica. Cirrótico tem mortalidade de 30-50% em HDA.

38
Q

Fatores de risco para ruptura de varizes:

A

pressão portal e gradiente de pressão da veia hepática (GPVH, pouco disponível). Na prática, avalia tamanho e sinais na superfície: fino, médio e grosso calibre; sinais vermelhos na superfície.

39
Q

Escore de Child-Pugh:

A

avalia gravidade de hepatopatias. BEATA: bilirrubina, encefalopatia, albumina, TAP, ascite.

40
Q

Profilaxias de varizes esofágicas em cirrótico:

A

todo cirrótico precisa fazer EDA para verificar existência de varizes. Pré-primária: previne surgimento de varizes. Primária: se tem e nunca sangrou, trata para impedir sangramento. Fino calibre: propranolol ou carvedilol. Médio e grosso: propranolol ou carvedilol ou ligadura elástica. Secundária: evitar ressangramento. Propranolol e ligadura elástica.

41
Q

Tratamento de sangramento agudo varicoso:

A

reposição volêmica, ATBprofilaxia (ceftriaxone 1g 24/24h por 7 dias – risco de peritonite bacteriana espontânea), lactulona (profilaxia para encefalopatia hepática), droga vasoativa, EDA.

42
Q

Droga vasoativa:

A

faz vasoconstrição esplâncnica no leito da mesentérica. Droga de escolha: terlipressina (bolus de 2mg EV+1mg EV de 6/6h por 3-5 dias após controle de sangramento); ou octreotide.

43
Q

Após confirmar com EDA:

A

faz terapia endoscópica, se controlar: iniciar profilaxia secundária após o 5º dia: BB+ligadura. Sangramento não controlado: 2º terapia endoscópica. 3º sangramento: TIPS ou balão.

44
Q

Balão de Sengstaken-Blackmore:

A

inserido pelo nariz e insuflado no estômago e esôfago, obstrui as varizes. Não recomenda ficar +24h por chance de necrose de parede de esôfago. Temporário.

45
Q

TIPS (Transjugular Intrahepatic Portosystemic Shunt):

A

tratamento endoscópico não suficiente, então coloca stent dentro do fígado comunicando o ramo da veia porta com ramo da veia hepática, descompressão portal. Via transjugular. Pouco disponível.

46
Q

Tratamento endoscópico de varizes:

A

esôfago (ligadura elástica), gástrica (injeta cianoacrilato).

47
Q

Ligadura elástica:

A

no esôfago distal, aspira as varizes para dentro do aparelho e joga-se o elástico no local, estrangulando-a. É tratamento tanto de urgência quanto de profilaxia (secundária). Usa 3 a 4 ligaduras.

48
Q

Injeção de n-butil-2-cianoacrilato (histoacryl):

A

+ em fundo gástrico. Solidifica em contato com sangue e trombosa o vaso. Cianoacrilato é radiopaco, para fazer Rx. EA: TEP.

49
Q

Qual benefício do ácido tranexâmico na HDA?

A

Em relação a mortalidade, mas não ao sangramento, à cirurgia ou transfusão.