Hanseníase Flashcards
Agente etiológico da Hanseníase e características (3)
Mycobacterium leprae
- BAAR
- Bacilo Gram+
- Intracelular, predominantemente em macrófagos
Infectividade e patogenicidade na Hanseníase
O que significa
Infectividade alta
Patogenicidade baixa
Significa alta capacidade de transmitir, mas baixa de desenvolver a doença
Tipo de infecção da hanseníase
Infecção granulomatosa
Onde se formam os granulomas
Predominantemente em pele (perianexial) e ao redor de nervos
Distribuição no Brasil
N, NE, e CO acumulam a grande maioria dos casos
Prevalência ideal estimada pela OMS
Até 1 novo caso /10.000 habitantes
Transmissão
Pela secreção nasal de pacientes multibacilares (MHV)
Apenas 10% dos que tem contato manifestam doença clínica
Período de incubação e consequência
MHT: 2 a 5 anos
MHV: 8 a 12 anos
Dificulta a identificação do caso índice
Por que o período de incubação é longo?
Multiplicação lenta do bacilo
Fatores de predisposição
- Fatores individuais: crianças e adultos jovens
- Fatores do patógeno
Hanseníase e HIV
HIV não aumenta risco
Pcts tendem a ter formas mais dimórficas/boderline
E risco aumentado de reações hansênicas
Imunologia e os polos da hanseníase
Resposta celular exacerbada -> polo tuberculoide -> Th1 predominante
Mais resposta adaptativa (humoral) -> polo virchowiano -> predomina Th2
Ac que pode ser pedido no polo Virchowiano
Ac anti-PGL-1
anti proteína glicolipideofenólico
Classificação de Ridley e Jopling
5 lesões cutâneas e/ou baciloscopia+: Multibacilar
Descrição de MH indeterminado
Mancha hipocrômica
Geralmente única
Com redução de sensibilidade (térmica principalmente)
obs: diferenciar de outras hipocromias
Descrição na forma tuberculoide (5)
- Pápula ou tuberosidade, aspecto infiltrativo
- Borda bem delimitada
- Pode ter clareamento central
- Redução da sensibilidade térmica
- Ressecamento sobre a lesão (comprometimento dos anexos da pele)
Diagnósticos diferenciais de MH indeterminado
Fazer biópsia para diferenciar
ptiríase alba;
ptiriase versicolor e;
vitiligo
Descrição de MH Boderline
- Manchas ou placas avermelhadas/ hipocrômicas/ acastanhadas
- Bordas infiltradas
- Borda interna bem delimitada e externa apagada
- Número e distribuição variável de lesões
Descrição de MH Virchowiana
- Tubérculos e nódulos eritematoinfiltrados com bordas pouca nítidas
- Cor eritematoacastanhada e eritematoamarelada
- Simetricas e distribuídas no corpo todo
Exemplos de lesões nervosas pelo MH
- Mão caída: n. radial
- Mão em bênção: n. mediano
- Mão em garra: n. ulnar
Como dar o Diagnóstico do MH
Clínico: lesões típicas+ hipoestesia+ espessamento neural
Baciloscopia: dá Dx
Pesquisada em áreas de baixa temperatura (cotovelos e obos da orelha)
Biópsia está reservada para casos de dúvida
Mitsuda NÃO É DIAGNÓSTICO!
Para que serve o teste de Mitsuda?
Avalia o tipo de resposta imune contra M. leprae
Histologia da forma tuberculoide
Granulomas bem formados ao redor de anexos cutâneos e nervos
Histologia da forma indeterminada
Infiltrado inflamatório mais discreto
Histologia da forma Virchowiana
Granuloma mais frouxo. infiltrado mais difuso. é possível detectar os bacilos
Efeitos adversos da Dapsona
Hemólise
Metamoglobinemia
Pancito
Psicose aguda
Efeitos adversos da Clofamazina
Toxicidade GI
Pigmentaão azul/marrom na pele
Efeitos colaterais da Rifampicina
Indutor de P450
Hepatotoxicidade
O que são reações hansênicas
Fenômenos agudos potencialmente incapacitantes que acontecem durante ou após o TTO da MH
Tempo em que podem acontecer as reações hansênicas
Por até 5 anos após o TTO
Quais as formas dão mais reações hansênicas?
As formas multibacilares (dimorfa e virchowiana)
Como é a reação hansênica tipo I?
As lesões pré-existentes se tornam mais eritematosas intumescidas, edematosas e infiltradas
Pode acontecer dor, descamação e progressão de perda de sensibilidade
Pode ocorrer piora das manifestações neurológicas
Como tratar a reação tipo I?
TTO com corticoesteroide em dose imunossupressora (1 mg/kg/peso)
Como tratar a reação tipo I?
TTO com corticoesteroide em dose imunossupressora se presença de neurite (1 mg/kg/dia)
Se não tiver neurite: 0,5mg/kg/dia
Como é a reação hansênica tipo II?
Eritema nodoso hansênico
Resposta inflamatória por IC
Ocorre pela fragmentação de muitos bacilos e pela incapacidade de resposta celular
Que forma clínica gera mais reação hansênica tipo I?
Boderline
Que forma clínica gera mais reação hansênica tipo II?
Virchowiana
TTO da reação hansênica tipo II
Talidomida
Predinisona
Clofazimina ou
Pentoxifiliina
Profilaxia do MH
Examinar familiares recentes de pcts MBe PB
Avaliar contatos durante 5
anos
Vacinação e profilaxia
- Se cicatriz de BCG ausente: +1 dose
- Se 1 cicatriz de BCG: +1 dose
- Se 2 cicatrizes de BCG: não prescrever
O que é MH PB?
Hanseníase com 1 a 5 lesões cutâneas, sem a presença de baciloscopia no exames
O que é MH MB?
Presença de 5 ou mais lesões de pele
Qual a primeira linha de TTO farmacológico?
PQTU:
- Rifampicina
- Dapsona
- Clofazimina
TTO da MB e PB
PB: TTO com PQTU por 6 meses
MB: TTO com PQTU por 12 meses