Geral Flashcards

1
Q

IMPORTANTE

Anatomia: ossos e ligamentos da região inguinal

A

Ligamento Inguinal (Poupart): deflexão da aponeurose do MOE

Ligamento Lacunar (Gimbernat): deflexão em U do Ligamento Inguinal

Ligamento Pectíneo (Cooper): outra deflexão lateral ao Ligamento Lacunar

  • TUBÉRCULO PÚBICO: Eminência da sínfise púbica, onde termina o LI (onde se fixa o primeiro ponto na técnica de Lichtenstein)
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2
Q

IMPORTANTE

Anatomia: limites do canal inguinal

A

Anterior: Aponeurose MOE (termina no LI)

Posterior: Fáscia Transversalis

Inferior: Ligamento Inguinal
** Posteriormente: Trato Iliopúbico (ligamento de Thomson) - linha de fixação da fáscia transversalis ao ligamento inguinal)

Superior: Musculoaponeuroses MOI e MTA (Foice inguinal)

  • Anel Inguinal Interno (Profundo): abertura da Fáscia Transversalis (lateral e profunda)
  • Anel Inguinal Externo (Superficial): abertura do MOE (medial e superficial)
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3
Q

IMPORTANTE

Hérnias: fatores de risco

A

Fraqueza da parede:

  • Tabagismo
  • Desnutrição
  • Doenças do colágeno
  • Imunossupressão (CCs)
  • DM

Aumento da pressão intra-abdominal:

  • Tosse crônica
  • Obesidade
  • Gestação
  • Prostatismo
  • Ascite
  • Tumores
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4
Q

IMPORTANTE

Hérnias inguinais: classificação de Nyhus

A

I: Indireta com anel inguinal interno normal (≤ 2 cm)

II: Indireta com anel inguinal interno alargado (> 2 cm) e parede posterior preservada

III: Defeito na parede posterior
a - Direta
b - Indireta (Pantalona)
c - Femoral

IV: Recidivadas
a - Direta
b - Indireta
c - Femoral
d - Mista

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5
Q

IMPORTANTE

Hérnias inguinais: telas

A
Diminui recidiva
# Não aumenta complicações
# Barreira mecânica e efeito biológico (inflamação e deposição de colágeno)
# Fechamento sem tensão
# Tela sintética não pode ficar em contato com alças (risco de fístulas e aderências) - necessário proteção com omento (biológicas podem)
# Pode causar reação inflamatória (Meshoma)

Tela ideal (CX aberta):
- Macroporosa (75um):
— Permite infiltração de macrófagos)
- Gramatura entre 30-140 g/m2:
- Menor dor e sensação de peso
- Forca tênsil até 16 N/cm2
- Plana
- Monofilamentar
- Sintética: mais barata, disponível, menor recorrência (Polipropileno - PP, Poliéster - PET, Polivinilideno - PVDF)

→ Leves: < 50 - ideal em aberta
→ Pesadas: > 80 - ideal em VLP

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6
Q

IMPORTANTE

Anatomia da parede anterior (VLP)

A
  • Prega umbilical mediana / Ligamento umbilical mediano: residuo do Úraco (une bexiga ao umbigo)
  • Duas pregas umbilicais mediais (laterais a mediana) / Ligamentos umbilicais mediais: partes ocluídas das artérias umbilicais
  • Duas pregas umbilicais laterais (laterais as mediais) / Vasos epigástricos inferiores

Ligamento Falciforme: reflexão peritoneal de orientação sagital entre a parede anterossuperior do abdome e o fígado

Ligamento Redondo do Fígado: encerramento inferior do Falciforme, remanescente da Veia Umbilical

  • Espaço de Bogros (paravesical): virtual pré-peritonial, retroinguinal, lateral aos vasos epigástricos
  • Espaço de Retzius (prevesical)
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7
Q

IMPORTANTE

Técnica de Lichtenstein

A
  • Anestesia local / raqui / geral
  • Incisão de 6 cm (do tubérculo púbico até espinha ilíaca antero-superior), 2 cm acima do LI
  • Identificação da aponeurose do MOE e AIE
  • Abertura e liberação dos folhetos da aponeurose do MOE
  • Identificação dos nervos ilio-hipogástrico e ilioinguinal
  • Isolamento do Cremáster e funículo espermático ou ligamento redondo
  • Exploração da parede posterior, redução de hérnias e plastia da parede
  • Exploração do anel inguinal interno, pela abertura do Cremáster, redução de hérnias e plastia da parede
  • Preparação da tela (tamanho e gravata)
  • Fixação da tela: ultrapassando 2 cm o tubérculo púbico medialmente e fixada no trato iliopúbico continuamente, fixada na parte superior e medial com pontos separados (evita lesão do nervo ilioinguinal) - manter um discreto abaulamento e criar um novo AII (gravata entre os dois ramos da tela e o LI)
  • Fechamento da aponeurose do MOE, subcutâneo e pele
  • Curativo
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8
Q

IMPORTANTE

Hérnia incisional: Posições da tela

A

PRÉ-APONEURÓTICA (ONLAY):

  • Mais fácil
  • Complica mais
  • Menos mórbido

INTERMUSCULAR (INLAY):

  • Entre os ventres musculares do reto abdominal (mesma camada - fixada lateralmente à musculatura)
  • Utilizada como ponte

SUBLAY RETROMUSCULAR / SUBLAY PRÉ-PERITONEAL:

  • Entre MTA e FT
  • Entre a FT e peritônio
  • Mais difícil
  • Complica menos
  • Mais mórbido
  • Não necessita de fixação

INTRAPERITONEAL (UNDERLAY / sublay intraperitoneal):

  • Dentro da cavidade peritoneal
  • Necessita de tela anti-aderente (pouco usada - alto custo) - double mesh
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9
Q

IMPORTANTE

Hérnia incisional: simples x complexa

A

HÉRNIA INCISIONAL SIMPLES:

  • W1 ou W2, não domiciliada, paciente sem muitas comorbidades
  • TTO: Hernioplastia incisional com tela (VLP pode ser utilizada)

HÉRNIA INCISIONAL COMPLEXA:

  • Cronicamente habitada / Perda de domicílio (não reduz)
  • GIGANTES: W3 (EHS) OU VH / VC (TC) > 25% (Tanaka: A x B x C x 0,52)
  • Ulceradas, infectadas, recidivadas, pacientes graves
  • TTO: Complexo
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10
Q

IMPORTANTE

Hérnias lombares: características e subtipos

A
  • Defeitos mais profundos (aponeurose superficial íntegra)
  • Clínica: “Lipoma” recidivado
  • DX mais difícil (imagem)
  • TTO com tela pré-peritoneal

PETIT (trígono lombar inferior):

  • Crista ilíaca
  • Músculo latíssimo do dorso (grande dorsal)
  • Músculo oblíquo externo

GRYNFELT (trígono lombar superior):

  • Borda inferior da 12 costela
  • Músculo quadrado lombar / Músculo serrátil / Músculo sacro-espinhoso
  • Músculo oblíquo interno
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11
Q

IMPORTANTE

Hérnias Paraestomais: conceitos

A
  • Complicação tardia mais comum de ostomias
  • Hérnia incisional no local de ostomia
  • Maioria assintomática
  • Mais comum em COLOSTOMIA TERMINAL
  • Prevenção: boa confecção de estoma e controle clínico
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12
Q

IMPORTANTE

Fechamento da parede abdominal

A

LAPAROTOMIA MEDIANA:

  • Sutura contínua
  • Small bites: 0,5 cm entre pontos e 0,5 cm de profundidade (proporção 4:1) - mesma tensão (espiral uniforme)
  • Sem paradas
  • Fio monofilamentar absorvível de longa duração (PDS, vicryl) 0 ou 1
  • Nao fechar peritônio (nao impacta na cicatrização e aumenta aderências)

→ Tela profilática pré-aponeurótica: obesidade, DM, tabagismo, desnutrição, neoplasia, CX de emergência

** Risco de hérnia em laparotomia mediana em 5 anos: 20%
- FR: fatores acima, infecção de ferida, uso de CCs, anemia… (CX potencialmente contaminada NÃO)

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13
Q

IMPORTANTE

Síndrome Compartimental Abdominal: definições

A

PPA = PAM - PIA

PIA normal: 5-7mmHg (< 10 mmHg)
— DDH: 8 mmHg
— Ortostase: 12 mmHg
— Vômitos: 80 mmHg

HIA: PIA sustentada ≥ 12mmHg

  • Grau 1: 12-15 mmHg
  • Grau 2: 16-20 mmHg
  • Grau 3: 21-25 mmHg
  • Grau 4: > 25 mmHg

Síndrome compartimental abdominal (PIA elevada causando sofrimento de órgãos):
- PIA > 20mmHg (ou PPA < 60) + Disfunção orgânica (IRA, HIC, Hipotensão, IRPa)

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14
Q

IMPORTANTE

Hérnias incisionais gigantes: CX

A
  • Anestesia geral
  • Profilaxia mecânica TVP
  • Medidas da pressão: endotraqueal, PAI, PVC (importante medir PAI)
  • Acesso (Laparotomia)
  • Redução do conteúdo herniário
  • Higiene completa da parede
  • Lise de aderências
  • Ressecção de miomas / Avaliar apendicectomia e colecistectomia
  • Fechamento da parede com TELA
  • Considerar técnicas de fechamento
  • TTO da pele e subcutâneo: higiene, drenagem, dermolipectomia, fechamento da pele com pontos separados de nylon

** Considerar técnica de Stoppa

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15
Q

IMPORTANTE

Hérnia femoral: características

A
  • Incidência 2-4%
  • 10x mais risco de estrangular
  • Mais comuns em mulheres
  • Abaixo do ligamento inguinal e medial aos vasos femorais
  • Dentro do OMF
  • Assintomática até complicar (DX mais difícil)
  • Alto risco de encarceramento ao DX (40%) - anel mais fibroso
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16
Q

IMPORTANTE

Hérnia femoral: TTO

A

Eletivo (precoce, pelo risco de encarceramento):

  • Plug femoral
  • Rives-Stoppa
  • TAPP / TEP
  • Mcvay: pouco usada

Emergência (elevada mortalidade):

  • Encarcerada sem Pneumoperitôneo: INGUINOTOMIA (REGIÃO INGUINAL)
  • Encarcerada com Pneumoperitôneo (imagem): Laparotomia exploradora
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17
Q

IMPORTANTE

Hérnia umbilical: TTO

A

MAYO (antigamente):

  • Sobreposição de fáscias
  • Alta recidiva por tensão

ATUALMENTE:

  • > 2 cm: tela (qualquer posição)
  • < 1 cm: fechamento primário
  • 1-2 cm: discutível (preferir tela)
  • Obesidade, tabagismo, recidiva ou outros FR: tela

→ Encarcerada: não reduzir e OPERAR

→ Técnica CX: incisão mediana transumbilical + Ressecção do saco + Prótese (pré-aponeurótica onlay - preferência - ou pré-peritoneal) com fio absorvível

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18
Q

IMPORTANTE

Hérnias raras: Richter, Deslizamento, Pantalona

A

Richter:
- Pinçamento da borda antimesentérica de alça (mais comum em femorais) (pode estrangular sem obstruir)

Deslizamento:
- Parte do saco herniário é formado por víscera que deslizou (sigmoide, bexiga)

Pantalona:
- Hérnia Direta + Indireta (2 defeitos)

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19
Q

IMPORTANTE

Anatomia: Orifício Miopectíneo de Frouchaud

A

ORIFÍCIO MIOPECTíNEO DE FROUCHAUD (região de fraqueza da parede inguinocrural):

  • Superior MOI + MT (TC)
  • Inferior: Ligamento de Cooper
  • Medial: Borda Lateral do Reto Abdominal
  • Lateral: Musculo Ileo-Psoas
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20
Q

IMPORTANTE

Hérnia incisional: classificação

A

M (midline):

  • – 1: Subxifoidea (até 3 cm para baixo)
  • – 2: Epigástrica
  • – 3: Umbilical (até 3 cm para cima e para baixo)
  • – 4: Infraumbilical
  • – 5: Suprapúbica (até 3 cm para cima)

L (lateral):

  • – 1: Subcostal
  • – 2: Flanco
  • – 3: Ilíaca
  • – 4: Lombar

W (Diâmetro - relacionado com prognóstico):
— 1: < 4 cm
— 2: 4-10 cm
— 3: > 10 cm (gigantes)

Recorrente: sim ou não

Comprimento (Length)

MÚLTIPLOS DEFEITOS: CLASSIFICAR TAMANHO VERTICAL E HORIZONTAL DAS MÚLTIPLAS HERNIAÇÕES COMO SE FOSSE UMA HÉRNIA APENAS

→ Outra classificação:

  • < 5 cm: pequena
  • 5-10 cm: grande
  • 10-15 cm: muito grande
  • > 15 cm: gigante
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21
Q

IMPORTANTE

Hérnia incisional gigante: TTO - avaliação inicial

A
  • Anamnese completa
  • Status performance
  • Avaliação psicossocial

Exames gerais: hemograma, coagulograma, eletrólitos, função renal e hepática, proteínas totais e frações, perfil lipídico, hormônios tireoidianos, marcadores tumorais

Imagem: TC, ECG, ECO, RX tórax, Prova de função pulmonar, Colonoscopia, EDA, US abdominal (Pesquisar outras doenças)

Contraindicado CX: CARDIOPATIA GRAVE, DPOC GRAVE, CIRROSE, OBESIDADE MÓRBIDA, DRC GRAVE

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22
Q

IMPORTANTE

Hérnias incisionais complexas: TTO - preparo pré-operatório

A
  • Otimização e controle das comorbidades:
  • Interromper tabagismo 4 semanas antes
  • Controle glicêmico (HbA1C < 8%)
  • Avaliação cardíaca
  • Avaliação pulmonar

Fisioterapia respiratória

Perda ponderal: Gastroplastia vertical S/N (IMC > 40) e correção da hérnia após 12-18 meses

Preparo psicossocial

Pneumoperitônio progressivo (se relação > 25%)

Injeção de toxina botulínica na musculatura da parede (relaxamento e aumento do continente)

→ Internação hospitalar 10-20 dias antes: otimização nutricional, investigação DX, fisioterapia, preparo clínico

  • Dieta hipocalórica e hipogordurosa pré-operatória (maximizar perda ponderal)
  • TTO de lesões cutâneas
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23
Q

IMPORTANTE

Hérnias incisionais complexas: TTO - pneumoperitônio progressivo pré-operatório

A
  • Se relação VH/VC > 25%
  • Paciente internado
  • Cateter de Tenckoff peritoneal no HCD por VLP
  • Insuflação diária de CO2 (iniciar com 500ml e progredir com 500ml até o volume do saco herniário) durante internação
  • Fazer analgesia e antieméticos
  • Monitorizar função renal
  • Nova TC antes da CX
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24
Q

IMPORTANTE

Hérnia incisional gigante: complicações pós-operatórias

A

ISQUEMIA NECROSE DE PELE:

  • Complicação mais comum
  • Dissecção muscular importante

EVENTRAÇÃO / EVISCERAÇÃO:

  • Raro quando se usa tela
  • TTO: CX

RECIDIVAS:

  • Crônicas
  • TTO: CX

SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL

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25
Q

IMPORTANTE

Hérnias: infecção de FO e infecção da tela

A

INFECÇÃO DE FO:

  • Pus, febre e sinais flogísticos na ferida
  • FR: CX mal realizada, paciente descompensado
  • TTO: Drenagem local +/- ATB

INFECÇÃO CRÔNICA DE TELA:

  • Infecção crônica
  • Extrusão de tela
  • Flogose local
  • Drenagem de pús por vários locais
  • TTO: CX - Retirada e Colocação de nova tela
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26
Q

IMPORTANTE

Síndrome Compartimental Abdominal: etiologias, clínica e DX

A

ETIOLOGIAS:

  • Primária: patologia abdominal
  • Secundária: fora da cavidade abdominal (sepse e extravasamento capilar, muito volume)
  • Terciária / Recorrente: após conduta terapêutica para SCA

CLÍNICA:
- Mesmos sinais e sintomas de pneumoperitônio

DX:

  • Vigilância dos FR
  • Piora clínica sem causa aparente / Abdome tenso e distendido
  • Aferição da PIA pela pressão intravesical
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27
Q

IMPORTANTE

Inguinodínea pós-operatória (hérnias): definição e FR

A

Definição:

  • Dor local ≥ 3-6 meses após CX sem outras causas
  • Neuromas, aprisionamento ou lesão de nervos (principalmente ÍLIO-HIPOGÁSTRICO em Lichtenstein)

FR:

  • Jovens
  • História de dor ou transtornos sensoriais pré-operatórios
  • Complicações pós-operatórias
  • CX aberta (discutível)
  • Sexo F
  • Reparo recorrente
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28
Q

IMPORTANTE

Hérnias incisionais gigantes: fechamento da parede

A

Fechamento primário da parede

Incisões relaxadoras (Gibbson)

Rebater aponeurose (Chevrel)

Ramirez: Separação de componentes
– Anterior
– Posterior (menos complicações): tela sublay ou intraperitoneal

Uso do saco herniário (Alcino-Lázaro)

Viscerorredução (colectomia direita)

→ SE PIA após fechamento >= 18 OU Variação PIA >= 9

→ TELA polipropileno onlay ou pré-peritoneal (fio PDS ou vicryl)

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29
Q

IMPORTANTE

Inguinodínea pós-operatória (hérnias): prevenção

A

Identificação dos 3 nervos

Evitar trígono da dor (VLP)

Identificação da veia cremastérica, inferiormente ao anel profundo

Sutura da prótese sobre a porção carnosa do MOI

Evitar excesso de suturas e cauterização

Não realizar neurectomia profilática (exceto se nervo for lesado)

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30
Q

IMPORTANTE

Inguinodínea pós-operatória (hérnias): TTO

A

→ Multidisciplinar

  • Medicações VO: neurolépticos, opioides, ansiolíticos, antidepressivos tricíclicos
  • Bloqueio regional
  • Ablação nervosa
  • CX (ultima opção, incapacitante)
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31
Q

IMPORTANTE

Hérnia femoral: técnicas CX

A

Plug femoral:
- Redução de hérnia + Colocação de tela (rápido, fácil e barata - melhor se acesso infra-inguinal)

TAAP/TEP

Stoppa

Rives

McVay (não muito utilizada):
- Redução da hérnia + Sutura do Tendão Conjunto no Ligamento de Cooper + incisão relaxadora

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32
Q

IIMPORTANTE

Hérnias da virilha: epidemiologia

A
  • Incidência: 2%
  • Tipo mais comum: inguinais indiretas
  • Lado mais comum (indiretas e femorais): direito (embriologia e sigmoide)
  • Sexo mais comum: homens
  • Hérnias mais comuns em mulheres: inguinais
  • Hérnias femorais e umbilicais: mais comuns em mulheres
  • Hérnias inguinais: mais comuns em homens
  • Idade mais comum: mais velhos
  • Hérnia com maior risco de estrangular: femorais (anel mais rígido)
  • Principal conteúdo do saco herniário em meninas: ovário
  • Gestantes: não realizar TTO eletivo (apenas 4 semanas após parto)
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33
Q

IIMPORTANTE

Hérnias inguinais: Diretas x Indiretas

A

DIRETA:

  • Medial aos vasos epigástricos inferiores
  • Adquirida: Enfraquecimento da parede posterior (fascia transversalis)
  • Por trás do canal inguinal
  • Saco herniário toca a polpa do dedo do examinador
  • Aparece na manobra de Landivar (oclusão do OI com mão esquerda + valsalva)
  • Encarecera menos

INDIRETA:

  • Lateral aos vasos epigástricos inferiores
  • Mais comum
  • Infância
  • Congênita: Persistencia do conducto peritoneovaginal
  • Adquirida: Alargamento do anel inguinal interno
  • Por dentro do canal inguinal (chega ao escroto)
  • Saco herniário toca a ponta do dedo do examinador
  • Desaparece na manobra de Landivar
  • Encarcera mais

** TTO é o mesmo

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34
Q

IIMPORTANTE

Anatomia da região inguinal: vascularização e inervação

A
  • Vasos Epigástricos Inferiores: ramos da A. Ilíaca Externa (penetram abaixo da Linha Arqueada)
  • Vasos Epigástricos Superiores: ramos das Torácicas Internas

Nervo Ilio-hipogástrico:

  • Superior e anterior, abaixo da aponeurose do MOE
  • Motricidade do OI, TA E TC
  • Sensibilidade da região póstero-lateral da raiz da coxa

Nervo Ilioinguinal:

  • Anterior ao funículo espermático, abaixo da aponeurose do MOE
  • Motricidade do OI e TA
  • Sensibilidade do escroto e da base do pênis (grandes lábios)

Ramo genital do Gênito-Femoral:

  • Posterior e medial, dentro do funículo
  • Motricidade do cremáster
  • Sensibilidade da face medial da coxa e do escroto (grandes lábios)

Nervo cutâneo femoral lateral:
- Inerva região anterior da raiz da coxa

→ Incisões oblíquas: menor chance de lesão nervosa do que transversas

→ Linha alba: sem inervação

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35
Q

IIMPORTANTE

Anatomia da região inguinal: triângulos

A

TRIÂNGULO DE HASSELBACH:
** Região de fraqueza da parede (sem musculatura posterior), por onde se pronunciam as hérnias diretas
- Inferior: Ligamento Inguinal (Poupart)
- Medial: Borda Lateral do Reto Abdominal
- Lateral: Vasos Epigástricos Inferiores

TRIÂNGULO DE HESSERT:

  • Inferior: Ligamento Inguinal (Poupart)
  • Medial: Borda Lateral do Reto Abdominal
  • Lateral: MOI
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36
Q

IIMPORTANTE

Anatomia: imagem canal inguinal

A
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37
Q

IIMPORTANTE

Hérnias inguinais: TTO

A

Não complicada:
- Hernioplastia eletiva

Complicações agudas:
- Urgência

Contraindicação à CX (alto risco CX):
- Watch and wait (hérnias inguinais

Perda de domicílio, complicadas, muito grandes (cronicamente habitada - não está encarcerada mas não reduz): CX eletiva com preparo pré-operatório

* Recidivas: considerar via alternativa (anterior/posterior)

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38
Q

IIMPORTANTE

Região femoral: anatomia

A

REGIÃO FEMORAL (lateral - medial):

Bainha Muscular:

  • Nervo cutaneo femoral lateral
  • Músculo ilíaco
  • Músculo psoas
  • Nervo femoral

Bainha Femoral:

  • Artéria femoral
  • Veia femoral
  • Linfáticos
  • Canal femoral (PRINCIPAL SÍTIO DE HERNIAÇÕES DO CANAL FEMORAL)
  • Ligamento lacunar

Músculo pectíneo (abaixo)

  • # ANEL FEMORAL:*
    • Superiormente: ligamento inguinal*
    • Inferiormente: músculo pectíneo*
    • Mediamente: ligamento lacunar*
    • Lateralmente: bainha dos vasos femorais*
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39
Q

IIMPORTANTE

Hérnia de Spiegel: características e TTO

A

CARACTERÍSTICAS:

  • Entre a borda lateral do músculo reto abdominal e a linha semilunar de Spiegel (músculos laterais do abdome)
  • Abaixo da aponeurose do MOE
  • Mais comum na linha arqueada de Douglas (abaixo da cicatriz umbilical)
  • Defeito profundo (aponeurose superficial íntegra) - DX clínico difícil (imagem)
  • Elevado risco de encarceramento (anel herniário estreito)
  • Mais comum em mulheres

TTO:

  • Hernioplastia anterior com TELA PRÉ-PERITONEAL
  • TAAP
  • TEP
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40
Q

IIMPORTANTE

Hérnias inguinais: VLP - vantagens e desvantagens

A

Geralmente primeira escolha em:

  • Recidivas de técnicas anteriores
  • Bilaterais

VANTAGENS:

  • Menos complicações pós-operatórias (dor…)
  • Recuperação mais rápida

DESVANTAGENS:

  • Mais cara
  • Menos disponível
  • Maior curva de aprendizado
  • Anestesia geral
  • Mesma morbimortalidade da aberta
  • Alguns estudos sugerem que a recidiva é maior
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41
Q

IIMPORTANTE

Anatomia da região inguinal VLP

A

** Deferente: vai em direção medial

Trígono de Doom:
→ Abaixo do trato iliopúbico, entre ducto deferente e vasos espermáticos
- Vasos ilíacos externos

Trígono da Dor:
→ Abaixo do trato iliopúbico, lateral aos vasos espermáticos:
- Nervo Femoral
- Ramo Femoral do Gênito-femoral (lesão: dissecção profunda abaixo do trato iliopúbico)
- Nervo Cutâneo-femoral lateral

** Vasos mais comumente lesionados: Epigástricos inferiores

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42
Q

IIMPORTANTE

Hérnias inguinais e femorais: TTO na emergência

A

ENCARCERADA:

  • Quadro agudo em que hérnia não reduz - conteúdo herniário está preso dentro do saco
  • Obstrução intestinal / Dor

ESTRANGULADA:

  • Encarceramento → Diminuição do fluxo sanguíneo → Isquemia e necrose
  • Sinais flogísticos
  • Febre e sinais sistêmicos
  • Obstrução intestinal / Dor

→ TTO:

  • Não tentar reduzir!!
  • Compensação clínica
  • CX na emergência:

→ Inguinal:

  • Inguinotomia (Lichtenstein) (mesmo se possibilidade de necrose de alça herniada)
  • Se sofrimento de alça: ressecção + anastomose pela própria inguinotomia

→ Femoral:
- Inguinotomia (Rives, Plug + Lichtenstein)

→ Laparotomia + Inguinotomia (Stoppa, Rives, Plug, Plug + Lichtenstein)

→ VLP

** Laparotomia se: sepse, peritonite, muito grave, redução espontânea após anestesia em hérnia estrangulada

** Utilizar Tela (mesmo se estiver contaminado)

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43
Q

IIMPORTANTE

Hérnias VLP: técnica cirúrgica

A

Inserção dos trocateres:
- TEP: Primeiro trocater: lateralmente à linha alba, na bainha anterior do MRA, cranialmente à linha arqueada

1 - Dissecção inicial: 4 cm acima do anel inguinal interno. Visualizar espinha ilíaca anterossuperior e ligamento umbilical mediano
2 - Dissecção do plano peritoneal
3 - Dissecção além do púbis
4 - Visualização da veia ilíaca externa (ver se existe hérnia femoral)
5 - Parietalização dos elementos do cordão (visualizar ileopsoas e ducto deferente)
6 - Reduzir hérnias (se inguino-escrotais muito granes - deixar lá)
7 - Ressecar lipomas
8 - Colocação de tela ampla (10 cm craniocaudal e 15 cm lateromedial) - cobrir todo o OMF
9 - Avaliar fixação da tela (nem sempre necessário). Se fixar: evitar ossos e vasos e utilizar poucos grampos
10 - Desinsuflar pneumoperitônio sob visão direta

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44
Q

IIMPORTANTE

Hematoma de parede abdominal: DX e TTO

A

Ruptura de um dos ramos da A. Epigástrica Inferior (penetra na altura da linha arqueada - maior chance de ruptura e sangramento em região inferior a ela)

Clínica:

  • Uso prévio de anticoagulantes
  • Dor abdominal súbita
  • Massa abdominal palpável
  • Sinal de Fothergill (paciente contrai a parede abdominal e a massa não desaparece)

Imagem:

  • USG
  • TC com contraste: imagem hiperdensa

TTO:

  • Clínico: suporte, analgesia, exames laboratoriais, compressa de água quente
  • Arteriografia: blush, expansão, refratários
  • CX: não possível embolização, instabilidade, refratariedade, infecção ou outras complicações
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45
Q

IIMPORTANTE

Técnica de Lichtenstein: indicações e complicações

A

Técnica mais realizada no mundo - se popularizou em 1984

INDICAÇÕES:

  • TTO padrão de hérnia inguinal (geralmente equivale a TAAP e TEP)
  • Escolha em situações que precisem de espaço pré-peritoneal: pré TX renal, muito obesos, HÉRNIAS DOMICILIADAS E GIGANTES

COMPLICAÇÕES:

  • Lesão de estruturas nobres: nervos, vasos, deferente
  • Defeito de fixação da tela (recidivas, dor e sensação de peso): assumir que a tela diminuirá 20%
  • Recidiva - até 1% em centros não especializados: mais comum junto ao púbis e no anel inguinal interno (lipoma de cordão)
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46
Q

Colite pseudomembranosa: TTO

A
  • Interromper ATB culpado (se possível) e interromper omeprazol - Precaução de contato - > Não grave (10-14d TTO): - Vancomicina VO 125mg 6/6h - Fidaxomicina VO 200mg 12/12h - Metronidazol VO - > Fulminante: - Vancomicina 500mg VO 6/6h + Metronidazol 500mg EV 8/8h - > Recorrente: - Trocar ATB / TX de fezes - Nao usar antidiarreico - Perfuração: CX (Hartmann)
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47
Q

IMPORTANTE

Colite pseudomembranosa: clínica e exames

A

Clínica:

  • Dor abdominal difusa
  • Febre
  • Diarreia aquosa
  • INTERNAÇÃO PRÉVIA E TTO COM ATB
  • Distensão abdominal
  • Irritação peritoneal

Exames gerais:

  • Leucocitose
  • Disfunção orgânica
  • TC

Exames DX:

  • Pesquisa de toxina A + B nas fezes de Clostridiodes difficile (padrão)
  • PCR nas fezes
  • Antígeno GDH nas fezes
  • Colonoscopia (não obrigatória)
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48
Q

IMPORTANTE

Colite pseudomembranosa: TC

A

Espessamento da parede intestinal (mais comum)

Impressão digital

Doença da mucosa

Líquido livre peritoneal (ascite) é observado em até 40% dos casos

Embora normalmente todo o cólon esteja envolvido, o cólon direito e o cólon transverso podem ser afetados isoladamente em até 5% dos casos

Envolvimento retal na grande maioria dos casos (90-95%)

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49
Q

IMPORTANTE

Preparo de cólon

A

Início (1-3 dias antes do exame):

→ Local:

  • ASA I: ambulatorial
  • ASA ≥ III ou idoso: hospitalar

1 - Dieta:
- Alimentos com poucos resíduos (peixe grelhado, gelatina, batata, arroz branco, frango)
→ Internação: Dieta líquida sem resíduos
→ Véspera e dia do exame: Jejum + SMB

2 - Adjuvantes:

→ DUCOLAX (BISACODIL):

  • Estimula a motilidade do cólon
  • Dose: 2 cp à tarde + 2 cp à noite (2 dias antes)

→ SIMETICONA:
- Quebra a tensão superficial da água (retira as bolhas)

3 - Laxativos:
- “Golden hours”: exame 3-5h após término do laxativo

→ MANITOL:

  • Carboidrato não absorvível (laxante hiperosmótico)
  • Poucos DHE
  • Solução: Manitol 20% + Suco cítrico = Manitol 10% (tomar 1L em 1h) na véspera
  • Risco teórico de “explosão” do cólon (bisturi elétrico e metabólitos do Manitol)

→ PEG (Macrogol / Muvinlax):

  • Preferível em idosos
  • Única opção em DRC
  • Iso-osmótico: atua pela irrigação do cólon (exige alto volume)
  • Dose (8-10 sachês/L): única ou fracionada: 2L na véspera (em 1h) + 2L no dia (em 1h)

→ FOSFOSODA (Fosfato de sódio):
- Solução hiperosmolar PROSCRITA PELO FDA!

4 - Situações especiais:

→ Obstipação:
- Dieta sem resíduos por mais tempo + Bisacodil em dose menor

→ Diarreia:
- Dose menor do laxativo

→ Idosos:

  • Preparo internado
  • Preferir fracionado
  • Monitorar hidratação

→ Colostomia:
- Preparo do coto com Clister glicerinado

→ HDB:
- Preparo expresso: 1L de manitol 10% (ou PEG) em 15-20min

5 - Exemplo:

→ 2 dias antes:

  • Dieta líquida sem resíduos
  • Bisacodil 2cp 2x

→ Véspera:

  • Dieta líquida sem resíduos / Jejum + SMB
  • Manitol 10% 1L
  • Clister S/N

→ Dia do exame:

  • Jejum
  • SMB
  • Clister S/N

6 - Complicações:

  • Distensão abdominal
  • Náuseas e vômitos
  • Hipoglicemia
  • Desidratação
  • IRA
  • Hipocalemia
  • Acidose metabólica
  • Perfuração

** Bom preparo: Boston 9

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50
Q

IIIMPORTANTE

Hérnia incisional: conceitos e TTO geral

A

Hérnia em local de CX prévia

15-20% de todas as hérnias 
# 11% das CX abdominais

Geralmente surgem no pós-operatório imediato

TTO:

→ Eletivo (preferencial):
- Hernioplastia com tela

→ Emergência (estrangulamento - imagem):
- Laparotomia exploradora + Hernioplastia com tela

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51
Q

IIIMPORTANTE

Síndrome Compartimental Abdominal: TTO

A

TTO - HIA (PIA ≥ 12):

  • Monitorização / UTI
  • Decúbito dorsal (evitar cabeceira elevada)
  • Otimização da ventilação e analgesia
  • Otimizar a perfusão orgânica (PPA >= 60) / Manter PAM normal
  • Evitar infusões em excesso (evitar BH+) - se necessário: diuréticos, coloides, diálise
  • Sedação
  • BNM
  • Descomprimir órgãos: SNG, SR, procinéticos, SVD, laxativos, paracentese, punções
  • Drenar coleções e líquidos intra-abdominais

TTO - SCA (refratária):

  • Medidas anteriores
  • Tratar causa
  • Descompressão CX (Peritoneostomia)

** 1 mmHg = 1,36 cm H20

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52
Q

IIIMPORTANTE

Hérnias Traumáticas

A

Conceitos:

  • Trauma aberto ou fechado de alta energia → Avulsão da musculatura lateral do abdome
  • Cólon: órgão mais comumente herniado

TTO:
- Analgesia e Observação (fase aguda)
- CX (após 2-3 semanas):
→ Tela pré-peritoneal OU double-mesh (pré-peritoneal e pré-aponeurótica)

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53
Q

IIIMPORTANTE

Hérnias Paraestomais: TTO

A

TTO - CX:

Sem sofrimento (sintomáticos, grandes, reconstrução):
- Hernioplastia incisional eletiva + Tela

Encarceramento / Estrangulamento (imagem anexa):

  • CX de emergência
  • Deixar ostomia no mesmo lugar e colocar tela (sem contato com ostomia)

* Se possível, reconstruir trânsito (se já tiver feito estudos de imagem), mesmo na urgência

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54
Q

IMPORTANTE

Melanoma: ampliação de margens

A

→ Ampliar margem mesmo se não tiver fatores de prognóstico ruim (risco de microssatelitose)

CX com ampliação das margens da BX (Breslow):
- In situ: 0,5 cm
- ≤ 1 mm: 1 cm
- > 1 mm: 2 cm
* Não ressecar ossos, fáscias, músculos (não muda prognóstico)

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55
Q

IMPORTANTE

Melanoma: Lentiginoso Acral

A
  • Pele escura
  • Lesões escuras em palmas, leito ungneal
  • Podem ser lesões atípicas (calos, ulceras)
  • Não possuem pior prognóstico
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56
Q

IMPORTANTE

Melanoma: DX

A

EF:

  • Examinar todo corpo
  • Palpar linfonodos (principal sítio de metástase)

Dermatoscopia

→ ABCDE:

  • A – Assimetria
  • B – Bordos irregulares
  • C – Coloração heterogênea (≥ 3)
  • D – Diâmetro > 6 mm
  • E – Evolução (mudança no tamanho, cor, prurido, inflamação)

→ LESÕES SUSPEITAS → BX EXCISIONAL MARGINAL (1 mm)

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57
Q

IMPORTANTE

Melanoma: biópsia

A

BIÓPSIA EXCISIONAL MARGINAL:

  • Margens mínimas (1 mm)
  • Espessura total da pele
  • Ressecção completa com fechamento primário (a confecção de retalhos traz drenagem linfonodal ao local)

→ Membros - Incisão LONGITUDINAL:

  • Não altera drenagem linfática (não piora prognóstico)
  • Fechamento após ampliação de margens é mais fácil

BIÓPSIA INCISIONAL (Punch):
- Se BX excisional não for factível ou necessitar de grandes CX (tamanho, face, orelha, ungueal, palma, planta)

CONGELAÇÃO:
- Pálpebra

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58
Q

IMPORTANTE

Melanoma: sinais de pior prognóstico

A

Espessura (Breslow) > 0,8 mm
* Principal fator prognóstico na avaliação histológica inicial

Ulcerações

Acometimento linfonodal
* Principal fator PROGNÓSTICO (maior risco de morte)

Microssatelitose

Metástases

Clark > 3 (camada da derme atingida)

Regressão:

  • Foi atacado pelo sistema imune (geralmente após metástase)
  • Se com regressão e sem metástase, melhor prognóstico

Número de mitoses

Invasão angiolinfática e perineural

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59
Q

IMPORTANTE

Melanoma: Linfonodos - manejo

A

Se fatores de alto risco:
- Pesquisa de linfonodo sentinela

Linfonodo já suspeito no EF:
- PAAF ou TRUCUT

HISTOPATOLOGIA:

→ Negativa:
- Seguimento clínico

→ Positiva:
- Linfadenectomia regional OU
- Monitorização com US
** Se recorrência: Linfadenectomia
** Se linfonodo suspeito clinicamente evidente: Linfadenectomia

→ Duvidosa ou Negativa DE ALTO RISCO (grande conglomerado linfonodal):
- BX excisional OU PET

** Não realizar linfadenectomia (não aumenta sobrevida, especialmente se utilizar imunoterapia) APENAS SE preencher TODOS os critérios:

  • Primário com Breslow < 1 mm
  • Não ulcerado
  • 1 linfonodo acometido
  • < 0,1 mm
  • Sem extravasamento capsular
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60
Q

IMPORTANTE

Melanoma: estadiamento

A

** 0,75 cm = 0,8 cm

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61
Q

IMPORTANTE

Melanoma: metástases

A

Locais:

  • Linfonodos
  • Própria pele
  • Fígado
  • Pulmões
  • Adrenal
  • SNC
  • Ossos

MICROSSATELITOSE:
- Lesões microscópicas próximas ao tumor primário, separadas dele

SATELITOSE:
- Lesão visível < 2 cm do primário

METÁSTASE EM TRÂNSITO:
- Lesão visível > 2 cm do primário (no caminho para o linfonodo, nos vasos linfáticos)

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62
Q

IMPORTANTE

Melanoma: tratamentos adjuvantes

A

RT:
→ Diminui recidiva local mas não aumenta sobrevida
→ Aumenta morbidade
→ Indicações
- Linfonodo > 4 cm
- > 3 linfonodos acometidos
- Extravasamento extra-capsular

QT

Imunoterapia:
- Envolvimento microscópico ou macroscópico de único linfonodo

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63
Q

IMPORTANTE

Sarcomas: conceitos, etiologias e tipos

A

Conceitos:

  • Neoplasia originária de tecido mesenquimal pluripotente (ou seja, pode existir qualquer sarcoma em qualquer parte do corpo)
  • Tecido conectivo: osso, músculo, adiposo, cartilagem
  • Mais de 40-60 doenças
  • Expansivos, não infiltrativos
  • Pseudocápsula – reação fibrótica adjacente (não tem epitélio)
  • Metástases: pulmões (hematogênicas)
  • Metástases: principal causa de morte

Etiologias:

  • Desconhecida (maioria)
  • Genética: sindrômica (Gardner, Li-Fraumeni, Neurofibromatose…)
  • Vírus (EBV, Herpes, HIV): Sarcoma de Kaposi
  • Irradiação: Angiossarcomas
  • Linfedema crônico
  • Fatores ambientais (herbicidas)

Tipos:
→ 80% Partes moles (Membros e Retroperitônio)
→ 20% Osteossarcomas

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64
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de partes moles: localizações

A
  • 35% MMII
  • 15% MMSS
  • 15% visceral
  • 14% retroperitônio
  • 10% tronco
  • 11% outros
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65
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de membros: conceitos, subtipos mais comuns, clínica e imagem

A

Conceitos:
- Jovens

Subtipos mais comuns:

  • Lipossarcoma (pleomórfico e mixoide)
  • Sarcoma pleomórfico indiferenciado

Clínica:

  • Abaulamento indolor (pode notar após trauma, mesmo não tendo relação)
  • Sintomas: compressão de estruturas

Imagem (facilitam BX):

  • AngioTC (exame inicial)
  • RM (melhor)
  • USG
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66
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de membros: algoritmo investigativo

A

→ Excluir Linfoma (pesquisar sintomas B)
→ Palpar todas as cadeias linfonodais e testículo

MASSA BENIGNA NO EXAME FÍSICO:
* Lipoma (muito mais comum):
- TTO: Ressecção direta sem violar lesão
* Se, mesmo com BX negativa, existir suspeita de Lipossarcoma: Amplificação de MDM2

SE TIVER CARACTERÍSTICAS SUGESTIVAS DE SARCOMA NO EXAME FÍSICO:

→ IMAGEM (RM de membro):

  • Vê anatomia
  • Guia BX (evita áreas de necrose)
  • Confirma suspeita

→ BX:
- TRU-CUT OU
- BX Incisional
* Múltiplas BX
* Guiadas por US
* BX no CENTRO da lesão!!
* LONGITUDINAL nos membros
* Podem não respeitar linhas de força
* Não realizar PAAF!!

→ ESTADIAMENTO:
- TC TAP

→ RESSECÇÃO CX

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67
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de membros: biópsia

A

TRU-CUT (Agulha grossa, Core Biopsy) guiada por imagem:
- ESCOLHA
- Diferencia malignidade em 97% dos casos
- Com apenas um furo na pele, retira vários fragmentos
- Preferencialmente, no centro da lesão
** Múltiplas biópsias guiadas em sítio único

INCISIONAL:

  • Segunda opção
  • Precisa fazer uma incisão maior
  • Pode tirar quantos fragmentos quiser e fazer em qualquer lugar
  • Incisão longitudinal ao membro
  • Realizar no local onde se planeja CX
  • Cicatriz deve ser ressecada no procedimento final (BX por tru-cut ou incisional pode disseminar células no local)

EXCISIONAL:

  • Massas benignas
  • Lesões < 5 cm em locais passíveis de ampliação de margem

PAAF:
- NÃO É ADEQUADA (FORNECE APENAS CITOLOGIA!)

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68
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de partes moles: estadiamento

A

Exames:

  • EF
  • TC TAP
  • Imagem cerebral: Alveolar, Células claras, Angiossarcoma

* Não tem marcador tumoral

Estadiamento: TNMG

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69
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de partes moles: graus e fatores de pior prognóstico

A

Grau:
- Utilizado no estadiamento

Pior prognóstico (risco de recorrência):

  • ≥ T2 (tamanho)
  • N1
  • M1
  • ≥ G2 (grau histológico de diferenciação)
  • Localização anatômica
  • Profundos à fáscia
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70
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de membros: TTO - CX

A

Sem evidência de doença sistêmica - CX:

  • Único TTO curativo
  • Individualizar: sobrevida, funcionalidade…

→ Ressecção radical:

  • Margens de 2 cm (R0)
  • Retirar pseudocápsula

→ Ressecção marginal:

  • Se necessário preservar membro ou estruturas nobres (vaso, nervo, osso)
  • Sobrevida igual
  • Maior recidiva local (80%)
  • Indicar RT

** 4 cm de margem:

  • Dermatofibrossarcoma protuberans
  • Tumor desmoide

** Fazer congelação intraoperatória e marcar bordas

** Linfadenectomia traz benefício em:

  • Angiossarcoma
  • Rabdomiossarcoma
  • Sarcoma pleomórfico indiferenciado
  • Sarcoma sinovial
  • Sarcoma de células claras
  • Lipossarcoma
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71
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de membros: RT

A

Conceitos:

  • Diminui recorrência local
  • Neoadjuvante OU Adjuvante
  • RT ou Braquiterapia

Indicações:

  • Margens inadequadas ou ressecção marginal (próxima de feixe)
  • Recidiva
  • Alto grau
  • Profundo
  • Tamanho > 5 cm

→ Neoadjuvante:

  • Menor dose e área
  • Tentativa de redução de tumores limítrofes
  • Mais complicações CX

→ Adjuvante:
- Menos complicações CX

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72
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de retroperitônio: conceitos, clínica e DX diferenciais

A

Conceitos:

  • Mais comum: Lipossarcoma bem diferenciado
  • Aumento do volume abdominal

Clínica:

  • Síndrome consuptiva
  • Massa abdominal palpável, endurecida e fixa, menos evidente à contração da parede

DX diferenciais:

  • Coleções: abscessos, hematomas
  • Tumores malignos: rins, adrenais
  • Tumores benignos: Schwannoma, Linfangioma
  • Linfadenomegalia de retroperitônio (Tb, Linfoma)
  • Metástase retroperitoneal de neoplasias de linhagem germinativa (testículo e mama)
  • Fibrose retroperitoneal
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73
Q

IMPORTANTE

Dermatofibrossarcoma protuberans (DFSP): conceitos e TTO

A

Conceitos:

  • Tumor benigno (não metastiza)
  • Transformação Fibrossarcomatosa: alto risco (risco de metástases)
  • Passível de cura com CX
  • Alta taxa de recorrência local
  • Jovens
  • Tronco

TTO - CX:

  • Ressecção com margens 3-5 cm (crescimento lateral importante)
  • Considerar curativo à vácuo temporário + parafina (AP definitivo)
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74
Q

IMPORTANTE

Tumor Desmoide: conceitos

A

TUMOR DESMOIDE / FIBROMATOSE DESMOIDE:

  • Comportamento errático
  • Baixo índice de metástases
  • Localmente agressivo (alta recidiva - não trata com CX)
  • Indolor
  • Mutação B-catenina
  • DX: Core biopsy
  • RM: Hipointensa em T2

→ Tipos:

  • Esporádico: maioria
  • Sindrômico: Gardner - PAF (solicitar Colonoscopia)

→ Localizações:

  • Membros
  • Retroperitônio
  • Parede abdominal (local de CX prévia - cesárea)
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75
Q

IMPORTANTE

Tumor Desmoide: TTO

A

Imagem (RM, TC) → BX (Core biopsy) + Rastreio de Gardner (Colonoscopia + TC de face)

Conduta inicial:

→ Watch and wait:

  • Alta taxa de recidiva e insucesso operatório
  • Deve ser Assintomático

Alternativas:

→ Anti-COX2 (AINE) +/- Tamoxifeno (receptores de estrogênio e COX2)

→ QT sistêmica (Doxirrubicina / Ifosfamida)

→ Inibidores de tirosina-quinase

→ RT

→ CX oncológica (margens de 4 cm)

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76
Q

IMPORTANTE

Adenomucinose / Pseudomixoma peritoneal: conceitos, imagem

A

Conceitos:

  • Neoplasia mucinosa com implantes peritoneais
  • Apêndice, Pâncreas, Ovário…
  • Primário do apêndice: geralmente de baixo grau

RM:
- T2: Lesões expansivas de alto sinal em localização peritoneal (margens de órgãos, peritônio, mesentério)

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77
Q

IMPORTANTE

Adenocarcinoma mucinoso de apêndice: intraoperatório

A

Independentemente se achado pré-operatório ou intraoperatório:

  • Passar trocateres na linha média (proteger a ferida)
  • Avaliar apêndice e cavidade abdominal (ovários, pelve, parede)
  • Determinar PCI
  • Biopsiar implantes
  • Apendicectomia (não romper mucocele, apêndice)
  • Retirar apêndice em bolsa protetora

Realizar colectomia D se:
→ > 2 cm
→ Comprometimento da base
→ Comprometimento do mesoapêndice

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78
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos do apêndice: conceitos

A

Conceitos:

  • Tumores mais comuns do apêndice (70%)
  • 3:2 (M/H)
  • Jovens (20 anos)
  • Secreção de serotonina
  • Síndrome carcinoide (2% dos tumores) = metástases 90% (geralmente fígado)
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79
Q

IMPORTANTE

Neoplasias do apêndice: conceitos e tipos

A

Conceitos:

  • Neoplasias raras (< 1% das neoplasias TGI)
  • Até 1% das apendicectomias
  • 50-70%: achado pós-operatório

Tipos:

BENIGNAS:

  • Mucocele do apêndice
  • Adenoma / Pólipo adenomatoso

MALIGNAS PRIMÁRIAS:
→ Neuroendócrino (Carcinoide)
→ Adenocarcinoma:
- Anel de sinete (alto grau - neoplasia primária do apêndice com menor sobrevida)
- Mucinoso (baixo grau)

MALIGNAS SECUNDÁRIAS (IMPLANTES NA SEROSA):

  • Ovário
  • TGI
  • Mesotelioma
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80
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos do apêndice: TTO

A

Estadiar:
- TC TAP + 5-HIAA urinária + Cromogranina A sérica + Octreoscan

CX:

→ Sem fator de alto risco:
- Apendicectomia

→ Fator de alto risco:
- Colectomia direita + LINFADENECTOMIA (importante)

** FATORES DE ALTO RISCO:

Tamanho:
- > 2cm

Invasão (profundidade):

  • Até serosa
  • Invasão do mesoapêndice até 3mm
  • Invasão angiolinfática / linfonodal
  • Margem comprometida

Localização:
- Base do apêndice

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81
Q

IMPORTANTE

Tumores epiteliais do apêndice: TTO

A

Estadiar:

  • TC TAP
  • CEA
  • Colonoscopia

ANEL DE SINETE (IGUAL NEO DE CÓLON):
- Colectomia direita com margens de 5 cm + Linfadenectomia +/- Adjuvância

MUCINOSO NÃO ROTO:

→ Seguimento:
- T1/2 N0M0

→ Colectomia direita + Linfadenectomia se:
- T3/4
- Estadio III-IV
- Base comprometida
- Invasão angiolinfática ou perineural
** > 2 CM?
** Invasao do mesoapendice ??

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82
Q

IMPORTANTE

Melanoma: pesquisa de linfonodo sentinela

A

→ Estadiamento N cirúrgico

INDICAÇÃO:
- Breslow ≥ 0,8 mm
- Ulceração
- Mitoses > 0
** SEM EVIDÊNCIAS CLÍNICAS DE METÁSTASE LINFONODAL (se evidência: PAAF ou TRUCUT)

MODO:

→Linfocintilografia com Tc99 na véspera (≤ 48h da CX):
- Injeção de Tecnécio pelo local da BX + Linfocintilografia

→ Probe no intraoperatório:
- Apita (Tecnécio - injetado até 48h da CX)

→ Azul patente no intraoperatório (intradérmico):
- Injetar no local da BX (1 mL) → Ressecar o linfonodo corado (que apita) e mandar para AP

** Fazer o linfonodo antes da ampliação de margens (aproveitar contraste)

** Linfonodo sentinela positivo: FATOR DE MAIOR RELEVÂNCIA NO PROGNÓSTICO

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83
Q

IMPORTANTE

Melanoma: Linfonodos - CX

A

Linfadenectomia regional:

  • Axilar
  • Inguinal superficial
  • Ilíaco-obturatória (inguinal profunda) - Cervical
  • Epitroclear
  • Poplítea

→ Indicações de Linfadenctomia ilíaco-obturatória:
- Linfonodo de Cloquet positivo (primeiro linfonodo da cadeia ilíaco-obturatória, congelado na linfadenectomia inguinal)
- Suspeita clínica ou de imagem de envolvimento dessa cadeia
** Linfonodos acima dessa cadeia: metástases retroperitoneais

Complicações:

  • Linfedema (inguinal - 50%) - metade regride
  • Infecção (inguinal - 30%)
  • Seroma
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84
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de partes moles: subtipos mais comuns

A

Crianças e adolescentes:

  • Rabdomiossarcoma
  • Sarcoma sinovial

Adultos:

  • Lipossarcoma
  • Leiomiossarcoma
  • Sarcoma pleomórfico indiferenciado (Fibro-histiocitoma maligno)
  • Sarcoma sinovial
  • Mixofibrossarcoma
  • Rabdomiossarcoma
  • Schwannoma maligno (Tumor maligno periférico de bainha neural) - Neurofibromatose

* Barriga:
- Leiomiossarcoma

* Extremidades:

  • Lipossarcoma (pleomórfico e mixoide)
  • Sarcoma pleomórfico indiferenciado

* Retroperitônio:

  • Lipossarcoma (diferenciado) 40%
  • Leiomiossarcoma 28%
  • Fibrossarcoma 7%
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85
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de partes moles: características sugestivas

A

Tamanho > 5 cm

Crescimento rápido (dobra de tamanho em 6 meses)

Hipervascularização

Fibroso ou pétreo (não fibroelástico)

Aderido a planos profundos (pequena mobilidade)

Recorrência pós ressecção

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86
Q

IMPORTANTE

Sarcomas de retroperitônio: DX e manejo

A

DX:

  • Clínica + Imagem (TC)
  • GERALMENTE NÃO FAZ BX!

ESTADIAR:
- TC TAP

MANEJO:

→ Se ressecável, sem metástase e paciente bem:
- CX: Ressecção do tumor com margens negativas
** Se necessário, ressecção multivisceral: Nefrectomia, Adrenalectomia, Colectomia…

→ Se dúvida:
- BX
** TRU-CUT por punção LOMBAR
** NÃO REALIZAR POR VIA ANTERIOR - RISCO DE DISSEMINAR PARA PERITÔNIO

→ Se irressecável ou metastático

  • BX
  • TTO sistêmico

* RT: Pode reduzir recidiva local

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87
Q

IMPORTANTE

Doenças linfoproliferativas: avaliação de linfonodo axilar

A

BX excisional + Congelação intraoperatória + AP + IHQ

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88
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos: conceitos, FR e localizações

A

Conceitos:

  • Derivados de células enterocromafins
  • Indolentes (até 25% de risco de metástase)
  • Podem produzir hormônios
  • 2% dos tumores malignos do TGI
  • Maioria das metástases provém do íleo
  • Síndrome Carcinoide: 10% (geralmente com metástase hepática)

FR:

  • NEM 1 / NEM 2A / NEM 2B
  • Neurofibromatose / Esclerose tuberosa / Von-Hippel-Lindau

Localizações:

  • Íleo distal
  • Reto
  • Apêndice
  • Cólon
  • Pâncreas
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89
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos: exames

A

Ácido 5-HIAA na urina de 24h

BX + IHQ (marcadores):

  • Cromogranina A sérica
  • Sinaptofisina
  • Enolase neuro-específica

Estadiamento:
- TC / RM TAP

Imagem funcional:

  • PET-CT
  • Octreoscan
  • Cintilografia MIBG

** Metástases (imagem anexa):

  • Fígado
  • Mesentério
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90
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos: Síndrome Carcinoide

A

Conceitos:

  • Produção de Serotonina
  • Geralmente, metástases hepáticas

Clínica:

  • Rubor (“flush facial”)
  • Calor
  • Sudorese
  • Taquicardia
  • Diarreia
  • Cólicas intestinais

TTO:

  • Análogos de Somatostatina (Octreotide, Lanreotide)
  • Interferon alfa em baixas doses (se refratário)

Doença avançada:

  • TTO paliativo: Debulking, QT, medicamentoso
  • Implantes no mesentério: Enterectomia + Linfadenectomia
  • TX hepático
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91
Q

IMPORTANTE

Melanoma: metástases à distância

A

Intestinos:

  • Pode causar intussuscepção: obstrução e isquemia
  • TTO: Ressecção da lesão com margens seguras
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92
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos: íleo

A

Critérios de ressecabilidade

  • Invasão da AMS
  • Extensão do acometimento intestinal
  • Invasão linfonodal
  • Invasão de estruturas adjacentes
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93
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos: fatores de mau prognóstico

A

FATORES DE MAU PROGNÓSTICO:

  • ki67 ≥ 3%
  • Invasão vascular / linfonodal
  • Atipia elevada / Necrose
  • Síndrome carcinoide (sintomas ao DX)
  • Metástase hepática
  • Raça negra
  • Carcinomatose peritoneal
  • Baixo grau de diferenciação
  • Lesão ≥ 2 cm
  • Mitoses > 2
  • Invasão da submucosa profunda
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94
Q

IMPORTANTE

Pseudomixoma peritoneal: algoritmo

A

Inicial:

  • Marcadores: HE4 + CA-125
  • VLP DX + BX

→ Pouca doença:
- CX + QT EV +/- Bevacizumab (BVZ)

→ Muita doença:

  • QT neoadjuvante +
  • CITORREDUÇÃO (PERITONECTOMIA: retirada de implantes) +
  • QT hipertérmica intraperitoneal (HIPEC) (se ressecção completa) +
  • QT EV adjuvante +/- BVZ

→ Apêndice: Colectomia direita + Linfadenectomia

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95
Q

IMPORTANTE

CPRE: perfuração - conceitos e clínica

A

0,6%

FR: alteração anatômica, estenose, dificuldade no procedimento

DX tardio (maioria é DX durante o procedimento):

  • Pode simular pancreatite
  • TC (Pneumoperitônio / Retropneumoperitônio)

Clínica:

  • Dor em andar superior +/- irradiação lombar
  • Náuseas e vômitos
  • Taquicardia
  • Icterícia pode persistir (geralmente, demora um tempo para se resolver)
  • Febre
  • ENFISEMA subcutâneo
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96
Q

IMPORTANTE

CA de vesícula: TTO

A

T1a com margens negativas:
- SEGUIMENTO (80% curativo)

T1b OU Margens comprometidas (chance de acometimento linfonodal ou doença hepática residual) - COLECISTECTOMIA RADICAL:
- Colecistectomia +
- Ressecção de 3 cm de parênquima hepático (IVb / V) +
- Linfadenectomia portal (hilar)
→ Avaliar ressecção da via biliar (se margem do ducto cístico comprometida)

T2:
- Conduta acima + Hepatectomia IVb e V

T3:
- Conduta acima + Hepatectomia direita e caudado + Ressecção de órgãos acometidos

Paliativo (T4, ascite maligna, N2, metástases hepáticas, invasão de grandes vasos ou ligamento hepatoduodenal):

  • QT paliativa
  • CX paliativa

** Adjuvância (considerar): QT (Gencitabina + Cisplatina) + RT

** Neoadjuvância: controverso

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97
Q

IIMPORTANTE

Colangiografia: normal e anormal

A

NORMAL (NEGATIVA - imagem):
- Contrasta via biliar intra-hepática (acima da confluência dos hepáticos)
- Contrasta hepáticos direito, esquerdo e comum
- Contrasta cístico (se for trans-cística ou tiver cístico)
- Contrasta colédoco
- Contrasta duodeno (esvaziamento) (se for por CPRE, nem sempre escoa)
* Eventualmente contrasta ducto pancreático principal (cruza a coluna)
* Eventualmente contrasta vesícula (se for por CPRE)
* É normal um afilamento no colédoco distal (esfíncter de Oddi)

ANORMAL (POSITIVA):
- Não contrasta alguma das estruturas acima
- Falha de enchimento (sem cálculos, obstruções, massas..)
- Estenoses (pode haver estenose sem dilatação)
- Dilatação (colédoco normal: até 6 mm no geral / até 8 mm em idosos e PO de colecistectomia) (aparelho EDA: 12 mm)
- Sem extravasamento de contraste para cavidade ou outros órgãos (fístula biliar - nuvem ou mancha mal delimitada)
** Se não contrasta apenas VB intra-hepática: provavelmente cateterizou e lesionou Colédoco

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98
Q

IIMPORTANTE

Colecistite aguda: clínica e LABS

A

Clínica:

  • Dor abdominal em QSD ≥ 6h
  • Náuseas e vômitos
  • Febre
  • Defesa abdominal
  • Sinal de Murphy (parada abrupta da respiração à palpação do ponto cístico)
  • Peritonite / Defesa

Labs

  • Aumento de provas inflamatórias
  • Leucocitose
  • Pode ter discreta elevação de BT e canaliculares, mesmo na ausência de colédocolitíase

COLEDOCOLITÍASE / MIRIZZI:
- Icterícia (aumento de BT)
- Aumento de TGO, TGP, FA, GGT
→ COLANGITE: Febre

PANCREATITE:
- Aumento de amilase e lipase

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99
Q

IMPORTANTE

Colecistite aguda: DX

A

CRITÉRIOS DE TOKYO ###

A + B + C: Colecistite aguda
2/3: Provável

A - SINAIS LOCAIS DE INFLAMAÇÃO

  • Dor em HCD
  • Rigidez em HCD
  • Murphy

B - SINAIS SISTÊMICOS DE INFLAMAÇÃO:

  • Febre
  • Leucocitose
  • PCR elevado

C - IMAGEM COMPATÍVEL

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100
Q

IIMPORTANTE

Colecistite aguda: US

A

US DE ABDOME SUPERIOR (FÍGADO E VB):

  • Primeiro exame
  • S, E 80%

ACHADOS DE CCA:

  • Espessamento da parede (> 4 mm)
  • Edema de parede
  • Delaminação da parede (achado mais específico)
  • Cálculo impactado no infundíbulo
  • Murphy US
  • Edema e líquido perivesicular
  • Borramento da gordura perivesicular
  • Ar

PODE AVALIAR DILATAÇÃO DAS VB

** TC se:

  • Dúvida DX
  • Planejamento (CCA complicada)

** Cintilografia com DISIDA:
- Padrão-ouro para excluir CCA (positivo quando não se observa contraste na vesícula após 60 min)

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101
Q

IMPORTANTE

Colecistite aguda: imagem - TC

A

TC ABDOMINAL: melhor para avaliar complicações e diferenciais

  • Espessamento (> 4mm)
  • Edema de parede
  • Delaminação da parede
  • Cálculo impactado
  • Edema e líquido perivesicular
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102
Q

IIMPORTANTE

Colecistite aguda: estratificação

A

CRITÉRIOS DE TOKYO ###

LEVE:
- Sem critérios de gravidade

MODERADA:

  • Leucocitose > 18k
  • Plastrão palpável
  • Duração > 72h
  • Complicações locais (necrose da parede, empiema, abscesso, colecistite enfisematosa)

GRAVE:
- Disfunção orgânica: Hipotensão, IRA, GLASGOW, IRPa, Coagulopatia, Hepatopatia

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103
Q

IIMPORTANTE

Colecistite aguda: TTO grau I (leve)

A

→ Tokyo I: Sem complicações

Baixo risco CX:
- Colecistectomia VLP precoce (até 72h)

Alto risco CX (CCI ≥ 6 OU ASA-PS ≥ III):
- ATB + Suporte →
→ Colecistectomia VLP precoce (até 72h)

** Suporte: Jejum + Analgesia + Hidratação + Suporte

** ATB: Ceftriaxona (Ciprofloxacino) + Metronidazol (grave: Meropenem, Tazocin)

** Não necessitam de ATB no pós-operatório

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104
Q

IIMPORTANTE

Colecistite aguda: TTO grau II (moderada)

A

→ Tokyo II: Inflamação local importante

Todos:
- ATB + Suporte + Hemocultura

COM SUCESSO:

→ Baixo risco CX:
- Colecistectomia VLP urgente / precoce (até 72h)

→ Alto risco CX (CCI ≥ 6 OU ASA-PS ≥ 3):
- Colecistectomia tardia / eletiva (6-8 semanas)

SEM SUCESSO:
- Colecistostomia (+ cultura da bile)
** Suspender anticoagulatnes para procedimento

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105
Q

IIMPORTANTE

Colecistite aguda: TTO grau III (grave)

A

→ Tokyo III: Disfunção orgânica

Todos:

  • Suporte orgânico (IOT, DVA…)
  • ATB + Suporte + Hemocultura

COLECISTECTOMIA VLP PRECOCE (< 72H) SE:
- AUSÊNCIA DE FATORES PREDITIVOS NEGATIVOS (BT ≥ 2, icterícia, disfunções neurológica e respiratória)
+ RESPOSTA FAVORÁVEL À FALÊNCIA ORGÂNICA (cardiovascular e renal)
+ CCI < 4 e ASA < 3
+ Disponível UTI
+ KPS favorável

NÃO PREENCHE QUALQUER CONDIÇÃO ACIMA → COLECISTOSTOMIA (+ cultura da bile)

→ KPS favorável: Colecistectomia VLP eletiva (6-8 semanas)

→ KPS desfavorável: Observação
** Suspender anticoagulantes para procedimento

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106
Q

IIMPORTANTE

Colecistite aguda: colecistectomia VLP - visão crítica

A

Visão crítica de Strasberg (segurança):

  1. Limpeza do trígono hepatocístico (triângulo de Callot)
  2. Porção distal do platô cístico exposta (vesícula solta)
  3. Apenas 2 estruturas entram na vesícula

Não consegue visão segura:

  • Colecistectomia subtotal + Drenos (técnica fenestrada ou reconstruída)
  • Tourek (parede posterior aderida ao leito hepático)
  • Deixar dreno e abortar, encaminhar
  • Converter
  • Colecistostomia
  • Dissecar fundo +/- Colangiografia

Colangiografia se (cateterizar cístico):

  • Dificuldade intra-operatória
  • Suspeita de coledocolitíase

** Linfonodo do infundíbulo: Maskani

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107
Q

IMPORTANTE

Colecistite aguda: gestantes

A

Conceitos:

  • Fatores de risco: estrogênio, progesterona, estase
  • Diferencial com HELLPP, Pré-eclâmpsia, DPP
  • Pode realizar Colangiografia intra-operatória
  • Gestação não aumenta morbidade da colecistectomia
  • Preferência pela Colecistectomia VLP

→ 1 Tri:
- Maior mortalidade fetal pela CX e materna pelo adiamento

→ 2 Tri:
- Momento ideal (baixo risco para mãe e feto)

→ 3 Tri:

  • Maior risco de parto prematuro
  • ATB e postergar após parto (se necessário, via aberta)
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108
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Mirizzi: DX e TTO geral

A

DX:
→ US + Labs
- Colecistite: US
- Colangite / Coledocolitíase: CPRE
- Melhor exame: ColangioRM

TTO:
→ Colecistite: CX de urgência / CX eletiva
→ Colangite / Coledocolitíase: CPRE (desobstrução + retirada dos cálculos do colédoco) + CX eletiva
→ Crônicos: CX eletiva
→ Alto risco CX: CPRE

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109
Q

IMPORTANTE

Íleo biliar: TTO

A

CX:

  • 1 CX: Tratamento do cálculo (Enterotomia longitudinal + Retirada do cálculo + Enterorrafia transversa)
  • 2 CX: Colecistectomia + Correção da fístula
  • Inspecionar todo intestino
  • Pode realizar em um único tempo cirúrgico (paciente em boas condições) - raro
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110
Q

IIMPORTANTE

Colangite: clínica e DX

A
Tríade de Charcot: Dor em HCD + Febre + Icterícia
# Pêntade de Reynolds: Tríade de Charcot + Hipotensão + Confusão

CRITÉRIOS DE TOKYO:

A - Sinais sistêmicos de inflamação:

  • Febre > 38 ou calafrios
  • Leucocitose ou Leucopenia
  • PCR elevada

B - Colestase:

  • Icterícia (BT > 2)
  • Elevação de enzimas > 50% do limite superior: TGO, TGP, FA, GGT

C - Imagem:

  • Dilatação das VB
  • Etiologia visível

→ DX: A + B +C
→ 2/3: Provável
→ Diferencial com hepatite aguda

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111
Q

IMPORTANTE

Colangite: estratificação

A

LEVE:
- Nenhum critério de gravidade

MODERADA:

  • – Leuco < 4k OU > 12k
  • – Febre > 39
  • – Idade > 75
  • – BT > 5
  • – Hipoalbuminemia

GRAVE:
- Disfunção orgânica

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112
Q

IIMPORTANTE

Colangite: manejo

A

Todos:

  • Suporte: Jejum + SNG + HVM + DHE + Analgesia
  • ATB

LEVE:
- Drenagem em 24-48h
* Pode abordar causa base no mesmo tempo

MODERADA:
- Drenagem precoce (24-48h)
* Abordar causa base após estabilização

GRAVE:
- UTI
- Drenagem MUITO IMEDIATA
* Abordar causa base após estabilização

→ Drenagem:

  • CPRE
  • DTPH
  • CX

→ RESOLVER A CAUSA BASE:

  • Colecistectomia: 72h a 14d OU Após 2 meses (graves)
  • CX
  • Prótese
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113
Q

IMPORTANTE

Lesão de vias biliares: Strasberg A

A

Vazamento:

  • Cístico
  • Ramos Secundários do Hepático Direito Posterior - Luschka (ductos que vão direto do parênquima para a vesícula)

Mais comum

TTO:
- Baixo débito: Papilotomia +/- Stent
- Alto débito: Papilotomia + Stent
* Se biloma: Drenagem percutânea

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114
Q

IMPORTANTE

Lesão de vias biliares no intraoperatório: clínica, DX e manejo

A

DX:

  • Visualização no intraoperatório (minoria)
  • Colangiografia intraoperatória

MANEJO:

  • Coledocoplastia + Kehr
  • Converter e Biliodigestiva
  • Drenagem + ATB + Encaminhamento
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115
Q

IIMPORTANTE

Pancreatite aguda: DX e LAB

A

DX (2/3): Clínica + LAB + Imagem
** Se clínica ou Labs não confirmarem = Imagem (TC, RM, US)

LAB:

  • Amilase ou Lipase > 3x LSN
  • Amilase e Lipase não apresentam correlação com gravidade

→ AMILASE:

  • Menos específica
  • Pico precoce e meia-vida menor (cai em 3-6 dias)
  • Se permanecer elevada, sugere complicações
  • Pode não se elevar em alcoólica e hipertrigliceridemia

→ LIPASE:

  • Mais específica
  • Pico tardio e meia-vida maior (cai em 14 dias)

→ BT (BD), FA, GGT:

  • Pouca elevação indica EDEMA PANCREÁTICO INFLAMATÓRIO, QUE DIFICULTA A DRENAGEM DA BILE
  • Elevação importante sugere Coledocolitíase

→ Leucocitose

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116
Q

IMPORTANTE

Pancreatite aguda: imagem

A

USG:

  • Auxilia na etiologia (avalia vias biliares)
  • Não precisa ser solicitado logo de início (mas precisa ser na mesma internação)
  • Pâncreas alargado e hipoecoico

→ Outros exames - apenas se:

  • Dúvida DX OU
  • Suspeita de complicações (após 72 horas)

TC com contraste

  • Estima gravidade (Balthazar ≥ 7: grave)
  • DX diferencial
  • Pâncreas abraça VMS e acompanha Veia Esplênica
  • Pancreatite aguda: aumento de volume, borramento de gordura (fumaça)

RX:
- Cólon amputado (nenhum gás no intestino a partir da flexura esplênica - espasmo do cólon descendente secundário a inflamação)

EcoEDA / ColangioRM:
- Se suspeita biliar com USG normal
→ EcoEDA: melhor exame

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117
Q

IMPORTANTE

Pancreatite aguda: Classificação de Atlanta (gravidade)

A

→ Só dá para avaliar com certeza após 48h

LEVE:

  • Ausência de disfunções orgânicas
  • Ausência de complicações locais

MODERADAMENTE GRAVE:

  • Falência orgânica transitória (< 48 h)
  • Complicações locais ou sistêmicas sem falência orgânica persistente

GRAVE:
- Falência orgânica persistente (> 48 h)
— Órgão único
— Múltiplos órgãos

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118
Q

IIMPORTANTE

Pancreatite aguda: manejo

A

CONCEITOS:
- Só dá para avaliar gravidade, com certeza, após 48h
- Não seriar amilase e lipase
- Se piora, solicitar TC após 3-7 dias para avaliar complicações, pois:
→ Necrose não é bem delimitada na primeira semana (só é bem vista após 7-10 dias)
→ Extensão da necrose não é proporcional à gravidade
→ Não muda conduta

GRAVE / DISFUNÇÃO ORGÂNICA:
- UTI

TODOS:

  • Monitorização: clínica, débito urinário, labs, glicemia, pressão abdominal…
  • Definição de etiologia (US)
  • Suspender precipitantes
  • Suporte: repouso, antieméticos, DHE

→ HIDRATAÇÃO:

  • Único TTO efetivo
  • Perda de líquidos para 3 espaço
  • SF 1.5 mL/kg/h
  • Monitorizar Ur

→ ANALGESIA:
- Analgésicos e Opioides (meperidina, fentanil)

→ JEJUM INICIAL + NUTRIÇÃO PRECOCE

NÃO INDICAR ATB PROFILÁTICO

TRATAR COMPLICAÇÕES

CONDIÇÕES ASSOCIADAS:

  • Suspeita de Coledocolitíase: ColangioRM OU EcoEDA
  • Coledocolitíase: CPRE após melhora da pancreatite OU Colecistectomia + colangiografia intraoperatória e exploração das VB
  • Colangite: CPRE em 24h

TRATAR CAUSA BASE:
- Colecistectomia + Colangiografia intraoperatória
— Leve: 4-5 dias após recuperação, na mesma internação
— Moderada a Grave: após resolução total das complicações e melhora da inflamação

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119
Q

IIMPORTANTE

Pseudocisto pancreático: características, clínica e TC

A

CARACTERÍSTICAS:
- Pancreatite edematosa (ausência de necrose)
- ≥ 4s após quadro inicial
- Coleção com parede bem definida (completamente encapsulado), não epitelizada
- Bem circunscrito (extrapancreático)
- Densidade de fluido (Líquido!)
- Homogêneo
* PAAF: Hiperamilasemia

CLÍNICA:

  • Massa palpável
  • Dor
  • Empachamento
  • Hiperamilasemia
  • Geralmente estável e sem Leucocitose

TC:
- Imagem homogênea e hipodensa (líquido), com paredes bem definidas, adjacente ao pâncreas

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120
Q

IMPORTANTE

Necrose pancreática: Walled-off-necrosis (WON)

A

CONCEITOS:

  • Pancreatite aguda necrotizante
  • ≥ 4 semanas
  • Parede bem definida (totalmente encapsulada)
  • Localização: intrapancreática e/ou extrapancreática

TC:

  • Heterogênea (áreas de gordura, septos)
  • Densidade líquida e não líquida com vários graus de loculações (algumas podem parecer homogêneas)
  • Parede bem definida
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121
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Mirizzi: TTO específico

A

CX:

  • Tipo 1: Colecistectomia (não explorar colédoco)
  • Tipo 2: Colecistectomia + Rafia da fístula +/- Coledocoplastia (utilizar parede da vesícula) +/- Tubo T (Kehr)
  • Tipo 3: Coledocoplastia / Biliodigestiva
  • Tipo 4: Biliodigestiva

** Todos os tipos: Colecistectomia + Colangiografia intraoperatória
** Geralmente aberta (VLP graus I e II)

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122
Q

IIMPORTANTE

Coleção fluida aguda

A

Conceitos:

  • Pancreatite edematosa intersticial
  • Coleção aguda peripancreática, sem necrose
  • < 4 semanas (após, se torna pseudocisto)
  • Maioria é estéril e se resolve espontaneamente

TC:

  • Pâncreas realça completamente (pode ser heterogêneo devido ao edema) - Sem extensão intrapancreática
  • Líquido peripancreático (densidade de fluido) HOMOGÊNEO, COM DENSIDADE FLUIDA
  • Sem parede definida
  • Planos fasciais peripancreáticos normais

TTO:
- Suporte

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123
Q

IMPORTANTE

Pólipos de vesícula: DX e manejo

A

DX - USG:
- Imagem não móvel com alteração de decúbito

ACOMPANHAMENTO:

  • Pólipos < 5 mm: USG 12/12m
  • Pólipos 5-10 mm: USG 6/6m

COLECISTECTOMIA VLP:

  • SINTOMAS
  • CRESCIMENTO
  • TAMANHO ≥ 10 mm
  • CÁLCULOS

→ PÓLIPOS ≥ 20MM:
- Colecistectomia estendida + Linfadenectomia regional + Ressecção do leito da vesícula (porção hepática)

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124
Q

IMPORTANTE

Vesícula biliar: Histologia e Estadiamento T

A

→ HISTOLOGIA:

MUCOSA:

  • Epitélio
  • Lâmina própria

MUSCULAR

TECIDO CONJUNTIVO

SEROSA (face peritoneal) / FÍGADO (face hepática)

→ ESTADIAMENTO: fator prognóstico mais importante

TX: Não pode ser avaliado
# T0: Sem evidência de tumor primário
# Tis: Carcinoma in situ (apenas epitélio)
T1a: Lâmina própria
# T1b: Muscular própria
T2a: Tecido conjuntivo perimuscular no lado peritoneal, sem envolvimento da serosa (peritôneo visceral)
# T2b: Tecido conjuntivo perimuscular na face hepática, sem extensão ao fígado

T3: Perfura a serosa (peritônio visceral) e/ou diretamente invade o fígado e/ou estruturas ou órgãos adjacentes, como estômago, duodeno, cólon, pâncreas, omento e ductos biliares extra-hepáticos

T4: Veia porta ou artéria hepática ou dois ou mais órgãos ou estruturas extra-hepáticas

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125
Q

IMPORTANTE

Neoplasia Cística Serosa (Cistoadenoma Seroso): imagem

A

IMAGEM (TC / RM):

  • Microcistos (favo de mel)
  • Cicatriz central
  • Calcificações centrais
  • Contraste hipervascular

→ SErosa: SEnhora, SEm elevar marcadores, SEcatriz SEntral e favo de mel, SEM operar

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126
Q

IMPORTANTE

Neoplasia Cística Serosa (Cistoadenoma Seroso): tratamento

A

Conservador (benigno)

CX se:
– Sintomáticos: icterícia, compressão gástrica
– Degeneração para cistoadenocarcinoma
- > 4-6 cm e em cabeça (controverso)

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127
Q

IMPORTANTE

Neoplasia Cística Mucinosa (Cistoadenoma Mucinoso)

A

CONCEITOS:

  • Mulheres (estroma ovariano) > 40 anos
  • Corpo e Cauda do pâncreas
  • Não se comunica com ductos
  • Risco de malignização

→ DX: Clínica e Imagem

LABS:

  • CEA do cisto elevado
  • Glicose do cisto baixa
  • Mucina elevada

IMAGEM:

  • Corpo e cauda
  • Septos, vegetações e calcificações na periferia
  • Paredes finas

→ Mnemônico (10 C + 2 Ç):

  • Carboidrato baixo dentro do cisto (glicose < 15)
  • Câncer
  • CEA elevado (cisto e sangue)
  • exCêntricas (calcificações)
  • Cirurgia
  • Cindi Lauper (mulher)
  • Corpo e Cauda
  • Com estroma ovariano
  • Cuarenta anos
  • Cullen (diferencial com pseudocisto)
  • Çepto
  • Çem comunicação com ductos

TTO: Pancreatectomia distal + Esplenectomia (vacinar 14 dias antes)

DX diferencial:
- Pseudocisto (este possui pancreatite prévia, parede não epitelizada, CEA baixo e debris internos)

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128
Q

IMPORTANTE

Neoplasia Intraductal Papilífera Mucinosa (IPMN): características gerais

A
  • Homem = Mulher
  • Geralmente > 50 anos
  • Local: cabeça ou cauda
  • Neoplasias papilares produtoras de mucina do sistema ductal
  • Ducto principal X Ducto secundário X Mista
  • Dilatação do ducto (preenchido por mucina)
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129
Q

IMPORTANTE

IPMN: manejo

A

CRITÉRIOS DE FUKUOKA (ESTIGMAS DE ALTO RISCO):

  • Ducto pancreático principal ≥ 10 mm
  • Realce em nódulo mural ≥ 5 mm (componente sólido - vegetação)
  • Icterícia obstrutiva com lesão cística na cabeça do pâncreas
Sim → Considerar CX com congelação de margem
# Não → Avaliar critérios de preocupação

→ Mnemônico: DRI

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130
Q

IMPORTANTE

IPMN: critérios de preocupação

A

Clínico:
- Pancreatite

Imagem:

  • Ducto pancreático principal 5-9 mm
  • Realce em nódulo mural < 5 mm
  • Cisto ≥ 3 cm
  • Crescimento do cisto ≥ 5 mm em 2 anos
  • Mudança súbita no calibre do ducto principal com atrofia pancreática distal
  • Elevação sérica de CA 19-9
  • Espessamento / Realce da parede do cisto
  • Linfadenomegalia

Positivo: US EDA (se já tiver algum critério suspeito ao US, como comunicação com ducto principal → CX direto)
# Negativo: Manejar conforme tamanho do cisto
→ Mnemônico: DRP / CCM / CPL

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131
Q

IMPORTANTE

IPMN: características suspeitas ao US EDA

A
  • Nódulo mural ≥ 5 mm
  • Suspeita de envolvimento do ducto principal
  • Citologia suspeita ou conclusiva para malignidade
Positivo: Considerar CX
# Negativo ou Inconclusivo: Manejar conforme tamanho do cisto

→ Mnemônico: NPC

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132
Q

IMPORTANTE

IPMN: manejo conforme tamanho do cisto

A

Maioria dos cistos que demandam acompanhamento são pequenos e envolvendo o ducto secundário (mais comuns e com baixo a moderado potencial de malignização)

< 1 cm: RM anual

1-3 cm: US EDA / CPRM

  • Características preocupantes / Sintomas / Jovens → Considerar CX
  • Nenhum → USE / CPRM 3-6m

> 3 cm: Considerar CX

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133
Q

IMPORTANTE

Neoplasia Sólida Pseudopapilar (Tumor de Frantz): características e TTO

A
  • Neoplasia sólida e cística (grande)
  • Mulheres jovens (< 50 anos)
  • Local: Corpo e Cauda
  • Potencial maligno, mas indolente
  • Clínica: Dor abdominal
  • Imagem: massa sólido-cística de grandes proporções / calcificações
  • TTO: Pancreatectomia distal + Esplenectomia (vacinação 14d antes)
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134
Q

IIMPORTANTE

Tumores periampulares: tipos, clínica e Labs

A

TIPOS:

  • Cabeça de pâncreas
  • Colédoco distal
  • Ampola de Vater / Papila duodenal
  • Duodeno

CLÍNICA:

  • SÍNDROME COLESTÁTICA / ICTERÍCIA OBSTRUTIVA (INDOLOR)
  • Idade > 60 anos
  • Prurido

→ Sistêmicos:

  • Emagrecimento
  • Anemia
  • Inapetência

→ Locais:

  • Dor abdominal
  • Náuseas e vômitos
  • Sinal de Courvoisier-Terrier (vesícula aumentada e indolor)
  • HEMORRAGIA DIGESTIVA (tumor de papila)

Labs:

  • Aumento de BT, com predomínio de BD (muito
  • Aumento de canaliculares
  • Marcadores: CEA (metástases), CA 19-9 (VB), CA-125 (caricnomatose peritoneal)
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135
Q

IMPORTANTE

Tumores periampulares: imagem

A

USG:

  • Geralmente, primeiro exame
  • Dilatação das VB EXTRA E INTRA HEPÁTICAS

TC abdome:
- Melhor exame para definir invasão vascular
- Massa periampular
- Dilatação das VB
- Vesícula aumentada
** Imagem: Neoplasia invadindo a cava inferior

ColangioRM:
- Dilatação das VB extra e intra hepáticas

EDA com visão lateral

EcoEDA +/- BX:
- Confirma DX

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136
Q

IMPORTANTE

Adenocarcinoma de pâncreas exócrino: DX, exames de estadiamento e estadiamento

A

DX:

  • TC: Imagem hipoatenuante em relação ao restante do parênquima
  • Não precisa fazer BX se tumor for ressecável
  • EcoEDA + PAAF se tumor borderline ou irressecável / metastático

EXAMES DE ESTADIAMENTO:

  • TC TAP
  • CA 19-9
  • CEA

ESTADIAMENTO:

  • T1: ≤ 2 cm
  • T2: > 2cm
  • T3: Extensão além do pâncreas sem envolvimento arterial
  • T4: Envolvimento arterial (TC / AMS)
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137
Q

IMPORTANTE

Adenocarcinoma de pâncreas exócrino - cabeça: critérios de ressecabilidade

A

RESSECÁVEL:

  • Sem acometimento de ramos arteriais ou venosos
  • Envolvimento venoso (VMS / VP) ≤ 180 graus (sem distorção)

BORDERLINE:

  • Envolvimento venoso (VMS / VP) > 180 graus, com possibilidade de reconstrução
  • Envolvimento venoso (VMS / VP) ≤ 180 graus, com irregularidade da parede ou trombose venosa
  • Envolvimento arterial (AMS, TC) ≤ 180 graus
  • Envolvimento da A. gastroduodenal proximal (próximo à AH) (distal não impacta na cirurgia)

LOCALMENTE AVANÇADO (IRRESSECÁVEL):

  • Impossibilidade de reconstrução venosa
  • Envolvimento arterial (TC ou AMS) > 180 graus
  • Envolvimento de cava ou aorta irressecável
  • METÁSTASES (SE SUSPEITA EM CX → REALIZAR CONGELAÇÃO)
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138
Q

IMPORTANTE

Adenocarcinoma de pâncreas exócrino - corpo e cauda: borderline

A

BORDERLINE:

  • Envolvimento do Tronco Celíaco ≤ 180 graus
  • Envolvimento do Tronco Celíaco > 180 graus, sem envolver Aorta e AGD

→ Procedimento de AppleBy: Pancreatectomia distal + Esplenectomia + Ressecção do TC (testar com doppler se fígado consegue ser irrigado apenas pelas colaterais)

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139
Q

IIMPORTANTE

Adenocarcinomas ressecáveis da cabeça do pâncreas: manejo

A
Não precisa de BX!!
# Não drenar via biliar antes (atrasa CX e aumenta chance de infectar VB)

CX:

  • GDP
  • Pancreatectomia distal

QT adjuvante:
- ≥ T2 sempre faz

** DRENAGEM DE VB + PRÓTESE METÁLICA SE (risco de infecção e complicações):

  • Colangite
  • Complicações sistêmicas da hiperbilirrubinemia: IRA, coagulopatia grave
  • Atraso ou impossibilidade de CX (desnutrição…)
  • BT > 20 (risco de hipercoagulabilidade e lesão renal)
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140
Q

IMPORTANTE

Adenocarcinomas borderlines e irressecáveis da cabeça do pâncreas: manejo

A

BORDERLINE:

  • Drenagem de VB por CPRE (primeira conduta) (hiperbilirrubinemia contraindica QT)
  • EcoEDA + PAAF
  • QT neoadjuvante (FOLFIRINOX)
  • CX se boa resposta do tumor e estabilidade do paciente

IRRESSECÁVEL
- EcoEDA + PAAF
- Drenagem da VB por CPRE + Prótese metálica
- QT:
→ QT paliativa (best supportive care)
→ QT de conversão (considerar CX caso paciente responda bem)

→ Procedimentos no duodeno:

  • Prótese metálica duodenal para obstrução
  • Derivação (gastro-êntero anastomose)

** METÁSTASES HEPÁTICAS:
- Prótese biliar por CPRE + BX PERCUTÂNEA DAS LESÕES HEPÁTICAS

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141
Q

IMPORTANTE

Whipple: complicações pós-operatórias gerais

A

GASTROPARESIA:

  • COMPLICAÇÃO + COMUM
  • Estômago grande, sem esvaziar
  • TTO: Jejum VO / Alimentação via SNE

Fístula pancreática

Infecção da ferida

Abscesso intra-abdominal

Eventos cardíacos

Fístula biliar

Fístula da anastomose gastrojejunal:
- Avaliar: vácuo EDA, drenagem, CX

Pseudoaneurisma de artéria esplênica (imagem anexa):

  • Sangue pelo dreno: AngioTC
  • TTO: Arteriografia + Embolização

Sangramentos

Reoperação geral 3%

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142
Q

IMPORTANTE

Whipple: fístula pancreática

A
  • Comum
  • 3-10 PO
  • Febre
  • Taquicardia
  • Leucocitose
  • Dreno turvo
  • Amilase do dreno > 3x LSN

Tipos:

  • A (apenas amilase do dreno elevada): mais comum
  • B (sintomática, iBagem): 12%
  • C (Cevera / Choque / CX): mais rara

TTO (avaliar condições do paciente e do dreno):
→ Deiscência parcial da anastomose, com drenos próximos e sem coleções, sem hipotensão e taquicardia:
- Dieta oral + ATB
→ Febre, Leucocitose:
- Jejum + NPT + ATB + Suporte
→ Coleção:
- Drenagem
→ Instabilidade:
- CX

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143
Q

IMPORTANTE

Fístula biliar

A

SITUAÇÕES:

  • WHIPPLE - FÍSTULA DA ANASTOMOSE BILIODIGESTIVA
  • HEPATECTOMIAS

Conceitos:

  • 2%
  • Líquido biliar pelo dreno
  • BT dreno > 3x valor sérico
  • Líquido rico em K e HCO3 (pode causar hipocalemia e acidose)
  • Avaliar imagem e clínica do paciente

TTO:

  • Se contemplada pelo dreno e paciente bem: tratada
  • Avaliar: Drenagem ou CX

** Hepatectomia + Biliodigestiva:

  • Fístula biliar da área de secção do parênquima hepático: Pouco líquido bilioso pelo dreno, paciente bem e Bilirrubina em queda
  • Fístula da via biliar: Bilirrubina sérica não diminui
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144
Q

IMPORTANTE

Tumores de Papila duodenal / Ampola: características e clínica

A

CARACTERÍSTICAS:

  • Adenocarcinoma
  • Raro
  • Melhor prognóstico que AdenoCA de pâncreas

CLÍNICA:

  • Sintomas mais precoces
  • Clínica de tumores periampulares
  • Icterícia flutuante (necrose)
  • Dor abdominal
  • Perda ponderal
  • HDA
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145
Q

IMPORTANTE

Tumores de Papila duodenal / Ampola: DX, diferenciais e TTO

A

EDA com visão lateral + BX:
- Proeminência, VEGETAÇÃO, ULCERAÇÃO da papila

ColangioRM:
- Dilatação da VB e tumor distal

TC TAP

DIFERENCIAIS:

  • Adenoma (lesão pré-maligna)
  • Tumores periampulares

TTO:

  • Ressecção EDA (lesão muito precoce)
  • GDP
  • Paliação (prótese metálica): metástases

** Drenar VB se: Colangite

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146
Q

IMPORTANTE

Colangiocarcinoma: classificação de Bismuth

A

Tipo II: Klatskin

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147
Q

IMPORTANTE

Colangiocarcinoma: drenagem biliar pré-operatória

A

DRENAGEM BILIAR PRÉ-OPERATÓRIA SE:
- Colangite
- Qualquer coisa que atrase CX:
— Neoadjuvância
— Desnutrição
— Embolização portal
- Lesões INOP
- Insuficiência hepática ou renal (consequência da hiperbilirrubinemia)

→ Vantagens:

  • Melhora função hepática
  • Reduz chance de insuficiência hepática pós-operatória

→ Opções:

  • Trans-hepática percutânea (DTPH)
  • Endoscópica (CPRE)
  • Nasobiliar
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148
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos do pâncreas: imagem

A

TC:
- Lesão Hipercaptante (Hipervascular) - Realce na fase arterial (diferentemente do AdenoCA de pâncreas)

Octreoscan (receptores de Somatostatina)

Pet-CT Gálio (alta sensibilidade e especificidade)

USG EDA + PAAF (se dúvida)

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149
Q

IMPORTANTE

Tumores neuroendócrinos do pâncreas: não funcionantes - Marcadores e Manejo

A

Mais comuns

Marcadores:

  • Cromogranina A
  • Sinaptofisina
  • Enolase neuronal específica

Não apresentam síndrome hormonal

Conduta:

  • < 2 cm e Assintomático: Acompanhamento
  • ≥ 2 cm OU Sintomático OU FUNCIONANTE: CX
150
Q

IMPORTANTE

Insulinoma: características e clínica

A

CARACTERÍSTICAS:

  • Tumor neuroendócrino pancreático FUNCIONANTE MAIS COMUM
  • Indolente / Baixo risco de metástase (< 10%)
  • Células beta

CLÍNICA:
- Tríade de Whipple:
— Sintomas de hipoglicemia
— Documentação da hipoglicemia
— Reversão do quadro com injeção de glicose EV

151
Q

IMPORTANTE

Insulinoma: DX e TTO

A

DX:
- Teste do jejum prolongado
- Insulina elevada (> 6 + Hipoglicemia)
- Peptídeo C elevado
- RM (mais sensível - primeiro exame para hiperinsulinemia)
— Hiperintenso em T2 e Hipointenso em T1
- Arteriografia com estímulo

Metástases:
→ PET-CT com análogo de Somatostatina marcado com Ga
→ Octreoscan
→ Cintilografia com GLP-1

TTO - CX:
- Enucleação (indolente - único TNE que permite essa conduta) SE:
— ≥ 2 cm de distância do ducto E
— ≤ 2 cm de tamanho)
** utilizar USG intraoperatório
- Pancreatectomias

152
Q

IMPORTANTE

Pancreatite crônica: DX

A

CLÍNICA (dor abdominal recorrente, insuficiência endócrina ou exócrina, pancreatites agudas de repetição) → TC de abdome com contraste → DX
→ TC Negativa e clínica sugestiva → RM
→ RM Negativa e clínica sugestiva → USG EDA

** Amilase e Lipase baixas geralmente (destruição dos ácinos)
** Elastase fecal < 200
** Padrão-ouro para esteatorreia: Teste quantitativo da gordura fecal (72h): > 7g de gordura nas fezes

** Imagem: ductos tortuosos e atróficos, dilatados, calcificações

153
Q

IMPORTANTE

Pancreatite crônica: TTO CX - outras

A

FREY:

  • Muito utilizado
  • Pancreatectomia cefálica com preservação duodenal (ressecção parcial da cabeça do pâncreas) + Pancreatojejunostomia látero-lateral + Y de Roux

BERGER:

  • Secção entre cabeça e cauda pancreática
  • Anastomose jejuno-pancreática (contemplando as duas partes do pâncreas)

SEM DILATAÇÃO DUCTAL:

  • Pancreatoduodenectomia com preservação pilórica (Whipple modificado)
  • Pancreatectomia distal
154
Q

IMPORTANTE

Pseudocisto pancreático: manejo

A

Assintomáticos:
- Observar (US seriado)

Sintomáticos:
- Compressão, Sangramento, Ruptura (ascite)

→ Derivação gástrica EDA (Cistogastroanastomose):

  • Melhor opção, se possível
  • Menor morbidade
  • Evita fístula cutânea (drenagem percutânea)
  • Evita drenos e CX

→ Drenagem transpapilar:
- Se comunicação com ductos

→ Drenagem CX:
- Cisto-gastro anastomose OU Cisto-jejuno anastomose + Y de Roux

→ Drenagem percutânea:

  • Não é eficiente (não é derivação)
  • Risco de fístula cutânea
  • Necessidade de drenos

SE Infecção (Abscesso) (Febre / Leucocitose):
- Drenagem percutânea ou EDA + ATB

** Se existir pseudoaneurisma, contraindicado drenagem (embolizar artéria antes)

** Drenar apenas pseudocistos maduros

** Cuidado! Às vezes não é o pseudocisto que está causando os sintomas (ex: pancreatite de repetição, em que não foi realizada Colecistectomia) → Tratar conforme pancreatite aguda

155
Q

IIIMPORTANTE

Lesão de vias biliares no pós-operatório: clínica, DX e manejo

A

CLÍNICA:

  • 2-14 PO
  • Bilioma / Coleperitônio / Drenagem de Bile pela FO ou pelo Dreno
  • Dor abdominal e Febre
  • Icterícia obstrutiva
  • Labs: Leucocitose / Hiperbilirrubinemia (predomínio direta) / Elevação de canaliculares

DX:

  • ColangioRM
  • TC
  • CPRE com Colangiografia (padrão-ouro: mais utilizado no TTO)

MANEJO:

→ AGUDO:
- ATB, suporte, drenar bilioma, desobstruir VB (DTPH, CPRE)

→ FISTULA DE BAIXO DÉBITO:
* Débito pelo dreno: < 200-500 ml/24h
* Colangiografia: extravasa bile apenas após corar toda a via biliar
- Pode realizar TTO conservador

→ TTO DEFINITIVO:

  • Coleperitônio: VLP + Lavagem + Drenagem + Estudo EDA da VB no PO
  • Coleção: Drenar
  • Vazamentos pequenos / Ductos acessórios: CPRE +/- Prótese
  • Lesões pequenas de ductos principais, refratárias à prótese: Plastia
  • Estenoses tardias / Transecções totais: Biliodigestiva

** Escape da ligadura do cístico:
- Laparoscopia para nova ligadura

156
Q

IMPORTANTE

Lesão de vias biliares: Strasberg E

A

Lesão circunferencial do Ducto Biliar Comum

E1 (\> 2 cm da confluência)
# E2 (\< 2 cm da confluência)
# E3 (altura da confluência, preservada)
# E4 (altura da confluência, lesada)
# E5 (lesão combinada da confluência e do ducto hepático direito aberrante)

TTO:
→ E1 e E2: CPRE (Dilatação + Próteses) / Biliodigestiva
→ ≥ E3: Biliodigestiva (≥ E4: anastomoses separadas)

157
Q

IMPORTANTE

Colangiocarcinoma: critérios de irressecabilidade

A

Metástases à distância, para-celíacas ou retro-hepáticas

Invasão de:

  • Tronco da veia porta
  • Ramo portal contralateral ao lado acometido
  • Artéria hepática própria
  • Ramo da artéria hepática contralateral ao ramo acometido

Linfonodos à distância

Invasão extra-hepática

158
Q

IIMPORTANTE

Colangiografia intraoperatória: indicações, como realizar e conduta caso venha alterada

A

Indicações:

  • Suspeita de Coledocolitíase (mesmo que realizou CPRE)
  • História de pancreatite
  • Microcálculos
  • Elevação de BT ou canaliculares
  • Dilatação das VB
  • Suspeita de variações anatômicas
  • Dúvida intraoperatória

Como realizar:
- Cateterizar ducto cístico e injetar contraste

Conduta caso alterada:

  • Rever cuidadosamente as estruturas
  • Exploração intraoperatória: Coledocotomia, Exploração trans-cística
  • CPRE intraoperatória (melhor) ou pós-operatória
  • Conversão
159
Q

IIMPORTANTE

Icterícia obstrutiva: algoritmo de investigação

A

→ INICIAL: USG de abdome (S 73%) + LABS

SEM DILATAÇÃO DAS VB:
- Colestase intra-hepática

DILATAÇÃO DAS VB:

Dilatação apenas intra-hepática:
→ Colangite: DTPH
→ Sem colangite: ColangioRM + Marcadores

Dilatação extra-hepática:

→ Cálculo visível OU Colangite:
- CPRE (papilotomia + prótese) +/- Colecistectomia VLP + Colangiografia intraoperatória

→ Massa visível:
- Todos: Exames de estadiamento (TC TAP) + Marcadores +/- BX
→ Vesícula / Colédoco: ColangioRM
→ Periampular: TC ou EDA com visão lateral

→ Apenas dilatação, sem etiologia visível:

  • EcoEDA (escolha, tem que sedar)
  • ColangioRM (não pode se tiver marca-passo)

* Suspeita de Coledocolitíase sem preditores:
* Apenas alteração de canaliculares, idade avançada, história de pancreatite:
- Colecistectomia eletiva (colelitíase) + Colangiografia intraoperatória

160
Q

IMPORTANTE

IPMN: clínica e labs

A

CLÍNICA:

  • Maioria assintomáticos
  • Icterícia
  • Pancreatite aguda (dor abdominal, elevação de amilase e lipase, náuseas e vômitos)
  • Pode simular pancreatite crônica (diarreia, dor abdominal e vômitos por obstrução ductal)

LABS:

  • Cisto: CEA, mucina e amilase elevados
  • Sangue: amilase e lipase elevados

IMAGEM: Papila em olho de peixe

161
Q

IMPORTANTE

Neoplasia Cística Serosa (Cistoadenoma Seroso): caraterísticas

A
  • Mulheres (3:2)
  • Senhoras (> 60a)
  • Sem localização preferencial
  • Múltiplos pequenos cistos
  • Mutação VHL
  • CEA do cisto: negativo
  • Pode causar sintomas
  • Malignização é rara
  • Relacionados à Von-Hippel-Lindau (Feocromocitoma)
162
Q

IMPORTANTE

Microlitíase (lama biliar): conceitos e indicações de CX

A
  • Maioria cálculos de colesterol
  • Maioria assintomática (taxa de complicação: 20%)
  • Causa importante de pancreatite aguda
  • DX mais difícil → EcoEDA

CX (mesmas indicações da colelitíase):

  • Sintomas
  • Após CCA / pancreatite aguda
  • Jovens
  • Pólipos concomitantes
  • Imunossuprimidos / DM
163
Q

IIIMPORTANTE

Cistos esplênicos

A

EPIDERMOIDE:
- Verdadeiro (revestido por epitélio escamoso)
- Pode ser congênito
- Eleva CEA e CA 19-9
- Benignos
- Clínica: massa indolor na região hipocondríaca esquerda + sintomas de pressão
- TC / RM: lesão cística, pode ter septos e irregularidades
- DX: BX
- TTO (se sintomas ou tamanho > 5 cm):
— Destelhamento
— Esplenectomia VLP parcial ou total (se hilo envolvido)

PARASITÁRIOS

164
Q

IIMPORTANTE

Colangiocarcinoma peri-hilar: TTO CX

A

→ Se não operar de cara (invasão de porta e ramos, sem possibilidade de CX):
- DRENAR VB (DTPH) !!

I e II:
- Ressecção em bloco de vias biliares e vesícula + Linfadenectomia regional + Derivação biliodigestiva em Y de Roux

III:
- Igual anterior + Ressecção do lobo hepático acometido (caudado)

IV e V:

  • Igual anterior + Ressecção complexa da segmentação hepática + Ressecção em bloco da veia porta
  • TX hepático
  • TTO paliativo

** Considerar Embolização para atingir volumetria adequada S/N (se fizer isso, realizar drenagem da VB)
- Remanescente > 30%

165
Q

IIIMPORTANTE

CPRE: sangramento

A
1%
# Imediato ou tardio (1-2 semanas)
# Origem: papilotomia, tumor
# FR: coagulopatia, colangite, anticoagulação
# Prevenção: ponte de anticoagulação, corrente mista

TTO:
- Suporte transfusional e clínico
- Tamponamento com balão
- Injeção
- Clipagem
- Prótese metálica / plástica (mantém via biliar prérvia dos coágulos)
→ Casos refratários: arteriografia ou cirurgia

166
Q

IIIMPORTANTE

Pancreatite aguda pós-CPRE: conceitos

A

Principal complicação (5 a 10%)
# Definição: Clínica (dor, distensão abdominal) + Amilase/Lipase > 3x 24h após CPRE + Internação prolongada
- 75% tem elevação de enzimas sem pancreatite
# Maioria é leve (mortalidade 0,7%)
# Fisiopatologia: Edema da canulação, disfunção do esfíncter, contraste, corrente elétrica - Após 24h do procedimento!
# FR:
- Paciente: mulher, jovem (< 40 anos), via biliar fina, disfunção Oddi (DEO/SOD), Pancreatite aguda prévia, pâncreas divisum, ausência de Pancreatite crônica
- Procedimento: dificuldade, inexperiência, contraste/canulação pancreáticos

167
Q

IMPORTANTE

CPRE: perfuração: classificação e TTO

A

Classificação de Stapfer:

→ I - Perfuração duodenal com duodenoscópio (parede lateral):
- TTO: CX

→ II - Parede medial do duodeno (papilotomia):
- TTO: Stent metálico + clipe

→ III - Vias biliares (manipulação - semelhante a uma fístula biliar):
- TTO: Papilotomia + stent biliar

→ IV- Pneumoretroperitônio (sem significado):
- TTO: Observação + TC + ATB + SNE

168
Q

IIIMPORTANTE

CPRE: colangite pós-procedimento

A

0,5-0,1%
# FR → Indicações de ATB profilático:
- Tx hepático
- Falha na drenagem
- CEP

169
Q

IMPORTANTE

Coledocolitíase: manejo de cálculos primários do colédoco

A

CPRE (primeira opção) para remoção dos cálculos

Colédoco > 1,5 cm:
- Exploração CX das VB para remoção dos cálculos + Biliodigestiva

170
Q

IMPORTANTE

Fístula pancreática distal

A

ESPLENECTOMIAS / CX PRÓXIMAS AO PÂNCREAS

Pâncreas: alto risco de fístula

4-7 PO: dor abdominal, taquicardia, leucocitose

TC:

  • Coleção em topografia esplênica
  • Líquido na goteira parietocólica esquerda
171
Q

IMPORTANTE

Cabeça do pâncreas: anatomia TC

A

Processo uncinado apresenta contato íntimo com VMS

172
Q

IIMPORTANTE

Tumores periampulares: imagem de invasão de Veia Mesentérica Superior

A
173
Q

IIMPORTANTE

Icterícia obstrutiva: exames

A

US:
- Triagem (menor sensibilidade e especificidade)

ColangioRM:
- Bom para:
→ COLANGIOCARCINOMA (escolha)
→ Neoplasia proximal
→ Cálculos
- Menos invasivo e sem radiação
- Não precisa sedar
- Mais barata

EcoEDA:
- Bom para:
→ Cálculos / Microcálculos
→ Neoplasias periampulares
- Sedação necessária
- Pode fazer biópsia
- Exame mais sensível
- Caro
- Ruim para VB intra-hepática

TC:
- Bom para:
→ Neoplasias intra-hepáticas
→ Neoplasias periampulares
- Melhor exame para ver invasão vascular de neoplasias periampulares (IMPORTANTE PARA AVALIAÇÃO DE RESSECABILIDADE)
- Radiação

CPRE:

  • Terapêutico
  • Caro
  • Exame mais específico
  • Invasivo e com mais complicações

DTPH:
- Opção em pacientes não candidatos à CPRE

174
Q

IIMPORTANTE

Drenagem da via biliar: modos

A

Conceitos:

  • Indicada em: Colangite, CPRE, Neoplasia…
  • Melhor método varia em função da etiologia, altura da obstrução e disponibilidade:

CPRE:

  • Coledocolitíase
  • Neoplasias periampulares (exceto de Colédoco distal: risco de disseminação)

DTPH:

  • Neoplasia intra-hepática
  • Paciente reconstruído: Pós-Whipple / Y de Roux / Biliodigestiva
  • NEOPLASIAS DE COLÉDOCO DISTAL

CX

175
Q

IIMPORTANTE

Pancreatite aguda: edematosa intersticial

A

Conceitos:

  • Aumento difuso (ou localizado) do pâncreas, devido a edema inflamatório
  • Sintomas clínicos se iniciam na primeira semana

TC:

  • Pâncreas realça completamente, homogêneo (pode ser heterogêneo)
  • Gordura peripancreática com alterações inflamatórias
  • Pode haver líquido peripancreático
  • Nenhum achado de necrose
176
Q

IIMPORTANTE

Pancreatite aguda: necrotizante

A

Conceitos:

  • 5-10% dos pacientes
  • Evolui ao longo de vários dias, geralmente após a primeira semana (TC precoce pode subestimar)
  • Necrose pancreática, peripancreática (coleção necrótica, WON) ou mista
  • Pode persistir, encapsular (WON) ou desaparecer com o tempo
  • Pode permanecer sólida ou liquefeita
  • Pode permanecer estéril ou infectar
177
Q

IIMPORTANTE

Coleção necrótica aguda: pancreática e peripancreática

A

TC:

  • Heterogênea (multiloculada e com debris)
  • HIPODENSA - NÃO LÍQUIDA (menor atenuação do que coleção líquida)

→ Necrose pancreática:

  • Área sem realce no parênquima pancreático (necrose)
  • Hipodensa (tecido necrótico não contrasta na fase arterial)
  • Limites pouco definidos (não dá para ver pâncreas direito)

→ Necrose peripancreática:

  • Realce normal do parênquima pancreático (igual pancreatite edematosa)
  • Pode envolver até retroperitônio
178
Q

IIMPORTANTE

Coleção necrótica aguda: pancreática

A

TC:

  • Heterogênea (multiloculada e com debris)
  • HIPODENSA - NÃO LÍQUIDA (menor atenuação do que coleção líquida)

→ Necrose pancreática:

  • Área sem realce no parênquima pancreático (necrose)
  • Hipodensa (tecido necrótico não contrasta na fase arterial)
  • Limites pouco definidos (não dá para ver pâncreas direito)
179
Q

IMPORTANTE

Coleção necrótica aguda: conceitos

A

Conceitos:

  • < 4 semanas
  • Pancreatite necrotizante
  • Coleção fluida com necrose pancreática, peripancreática ou mista (componente sólido!)
  • Devido a evolução tardia, nos primeiros dias, pode mimetizar coleção fuida aguda

TC:

  • Heterogênea (multiloculada e com debris)
  • Sólida! (atenuação menor do que coleção líquida - Hipodensa)
  • Sem parede definida
  • Se infectada, pode ter gás

→ Necrose pancreática:

  • Área sem realce no parênquima pancreático (necrose)
  • Hipodensa (tecido necrótico não contrasta na fase arterial)
  • Limites pouco definidos (não dá para ver pâncreas direito)

→ Necrose peripancreática (imagem anexa):

  • Realce normal do parênquima pancreático (igual pancreatite edematosa)
  • Pode envolver até retroperitônio

TTO:

  • Suporte + Passagem de SNE
  • Infecção (febre, leucocitose): ATB + Punção
180
Q

IMPORTANTE

Necrose pancreática infectada

A

Conceitos:
- Rara na primeira semana

Clínica:
- Piora clínica após 2 semanas do quadro

DX:

  • Piora clínica → TC
  • PAAF (não realizada)

TC:
- Gás extraluminal nos tecidos pancreáticos e/ou peripancreáticos

TTO:
- Nutrição precoce
→ Estéril: Suporte clínico
→ Infectada:
- ATB (Carbapenêmico) +/- INTERVENÇÃO (STEP-UP APPROACH)

STEP-UP APPROACH (do menos ao mais invasivo):

  • 1: Suporte intensivo e TTO conservador (ATB)
  • 2: Drenagem Percutânea
  • 3: Drenagem EDA
  • 4: Necrosectomia EDA
  • 5: Necrosectomia por VLP retroperitoneal
  • 6: Necrosectomia aberta (após 4 semanas: alta mortalidade)
181
Q

IMPORTANTE

Pancreatite aguda: nutrição

A

Todos:
- JEJUM inicial

Leve:
- Apenas hidratação (maioria volta a se alimentar em 5-7 dias)

Moderada a Grave:
- Suporte nutricional precoce por SNE (3-5 dias, após se julgar que paciente não irá tolerar dieta VO tão cedo)

Dieta VO pode retornar quando:
- FOME!
- Sem dor
- Sem náuseas e sem vômitos
- Sem íleo
- Marcadores inflamatórios em melhora
** Mesmo que < 24h do início do quadro
→ Preferência: Dieta leve hipogordurosa

→ Nutrição Enteral:

  • Superior à NPT
  • SNE pós-Treitz (se não for possível: SNG)
  • Previne translocação bacteriana
  • Enzimas elevadas e complicações não contraindicam

→ Nutrição Parenteral:

  • Apenas se contraindicação à Enteral
  • Não associar Enteral e NPT
182
Q

IMPORTANTE

Trauma: avaliação inicial no ambiente hospitalar

A

A: VIAS AÉREAS + COLAR CERVICAL:
- Conversar (avaliar fala, secreções, obstruções, corpo estranho, olhar vias aéreas) → Garantir via aérea segura
- Colar + Head block (manter movimentação em bloco)
- Tirar prancha (utilizada apenas para transporte)
- Ofertar O2 15 L/min em MNR

** Não conversa ou não respira → Limpar, aspirar via aérea, Guedel, Chin-Lift + Jaw-Trust (queda da base da língua) → Não respondeu → VA definitiva

** Avaliar VA mesmo se IOT: tubo, rima, inserção, cavidade oral

  • Não garantir VA definitiva em pacientes sem indicação (drenar PNM hipertensivo antes)
  • Sempre que mobilizar ou avaliar VA, manter imobilização cervical (pode tirar colar mas alguém deve segurar)

B: RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO:
- Inspeção (padrão / FR)
- Palpação (costelas, enfisema, clavículas)
- Percussão
- Ausculta
- Sinais vitais: Saturação (oximetria)
* Tratar problema imediatamente: Suporte clínico ventilatório +/- Drenagem de tórax

C: CIRCULAÇÃO:
- Cor
- Temperatura
- TEC
- Pulsos
- Ausculta (fonese)
- Turgência
- Sinais vitais e monitor: PA / FC / Ritmo
→ Comprimir sangramentos
→ 2 acessos venosos periféricos calibrosos
→ Coleta de exames e tipagem
→ RL aquecido 1L (20 ml/kg em crianças) a 39 graus / Plasma-lite
→ Considerar Transamin e PTM
→ Palpação de pelve (sínfise, antero-posterior, supero-inferior) → Fixação

D: NEUROLÓGICO
- GLASGOW
- Pupilas
- Déficits neurológicos
- Dextro
→ Avaliar: drogas e etilismo, hipoglicemia e outros diferenciais
→ Suspeita de lesão → TC / Transferência / Avaliação da NC

E: EXPOSIÇÃO E CONTROLE DO AMBIENTE:
- Despir doente
- Movimentação em bloco + Palpação de coluna + Toque retal
- Antitetânica
→ Controle da temperatura e do ambiente

* Tratar e reavaliar a cada medida

* Se após avaliação primária estiver estável → Avaliação secundária / Transferência para TTO definitivo

* Historia AMPLA: Alergias; Medicamentos; Passado/Prenhez; Líquidos; Ambiente

* Avaliação secundária + EF completo + Exame neurológico completo

183
Q

IMPORTANTE

Tamponamento cardíaco

A
  • Líquido no espaço pericárdico (100-150ml) → Choque obstrutivo
  • Trauma penetrante na Zona de Ziedler

Clínica:
- Tríade de Beck (30%): Hipotensão + Hipofonese de bulhas + Turgência Jugular
- Pulso paradoxal (queda de > 10 mmHg na inspiração)
- Sinal de Kussmaul (aumento da TJ na inspiração)
- Sem desvio de traqueia
- IRPa
- Choque
- FAST positivo (Janela pericárdica)

TTO:

→ Toracotomia ântero-lateral esquerda:
- Escolha

→ Janela pericárdica subxifoidea se:
- Dúvida
- Derrame sem tamponamento (estável)
- CX por outro motivo

→ Punção de Marfan:
- Pericardiocentese: 15-20 ml
- Temporário (não recomendado)

184
Q

IMPORTANTE

Trauma abdominal contuso: conceitos

A

Conceitos:
- 80% dos traumas
- Mecanismos: desaceleração, compressão, esmagamento, cisalhamento
- Maior chance de trauma de órgãos distintos

Órgãos (bafide):
- Baço 50%
- Fígado 40%
- Delgado 10%

SINAL DO CINTO DE SEGURANÇA:
- Avulsão de mesentério
- Ruptura de intestinos
- Fratura de Chance
- Trombose de ilíaca ou AA

185
Q

IMPORTANTE

Trauma - Choque Hipovolêmico: classificação

A

Classe I:
- < 15% (< 750 ml p/ 70kg)
- NORMOTENSO
- Diminuição da PP
- Ansiedade discreta
- FC < 100
- DU > 30 ml/h
- FR: 14-20
- TTO: Cristaloides

Classe II:
- 15 a 30% (750-1500 ml p/ 70kg)
- NORMOTENSO
- Diminuição da PP
- Ansiedade
- FC > 100 (TAQUICÁRDICO)
- DU: 20-30 ml/h
- FR: 20-30
- TTO: Cristaloides / Hemocomponentes ?

Classe III:
- 30 a 40% (1500-2000 ml p/ 70kg)
- HIPOTENSO (PAS < 90)
- Diminuição da PP
- Confusão mental
- FC entre 120-140
- DU: 5-15 ml/h
- FR: 30-40
- TTO: Cristaloides e Hemocomponentes / PTM?

Classe IV:
- > 40% (> 2000 ml p/ 70kg)
- HIPOTENSO (PAS < 90)
- Diminuição da PP
- Confusão mental / Letargia
- FC > 140
- DU: desprezível
- FR > 35
- TTO: Cristaloides e Hemocomponentes / PTM

186
Q

IMPORTANTE

Choque Hipovolêmico: reposição volêmica

A
  • 2 acessos venosos periféricos + Parar sangramento
  • 1L de RL aquecido (39 graus) para todos
  • Transfusão de sangue se ausência de resposta ou resposta parcial (começar com 1 bolsa)

TRANSAMIN

HEMODERIVADOS:
- CH tipado
- CH não tipado: O (em mulheres em idade fértil: -)
- Auto-Transfusão (hemotórax, abdome)

PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA

FLUXO:
- Admissão → PAS < 90 e/ou FC > 110:
- Cristaloide 1L + Analgesia (morfina / fentanil) + Transamin 1g + 1g 8/8h + Escores →
- PTM 1:1:1 (4CH + 4PFC + 4PLAQ) + Pacote SOFT →
- Reposição de fatores guiados por ROTEM

187
Q

IMPORTANTE

Pneumotórax Hipertensivo: fisiopatologia e clínica

A

Fisiopatologia:
- Lesão pulmonar → Vazamento de ar unidirecional → Compressão das estruturas, desvio do mediastino e diminuição do retorno venoso → Choque obstrutivo → Óbito

Clínica:
- Taquicardia, dispneia, dor torácica, IRPa
- Turgência jugular
- MV abolido e Hipertimpanismo
- Desvio contralateral da traqueia e do mediastino
- Hipotensão (diminuição do retorno venoso por desvio dos vasos da base) - choque obstrutivo - instabilidade

188
Q

IMPORTANTE

Hemotórax: definição e clínica

A

Definição:
- Acúmulo de sangue na cavidade pleural
** Maciço: > 1.500 ml ou > ⅓ da volemia
→ Choque hipovolêmico e obstrutivo
→ Se < 200 ml: aparece apenas na TC

Clínica:
- Macicez torácica
- MV abolido
- Jugular colabada (hipovolemia - difere do pneumotórax hipertensivo)

RX:
- Velamento do seio costofrênico
- Desvio de traqueia, mediastino, brônquios e coração
- Projétil em cavidade pleural / mediastino (se FAF)

189
Q

IMPORTANTE

Trauma de tórax: Lesão de via aérea / Fístula aérea

A

Conceitos:
- Geralmente próximas à carina (trauma contuso de alta pressão associado à glote fechada → lesão da parte membranosa da traqueia)
- Raras e alta mortalidade
- Acesso à traqueia e brônquios fonte: Toracotomia direita

Clínica:
- Dispneia
- Cianose
- Hemoptise
- Enfisema subcutâneo
- Fraturas de costelas
- Pneumotórax persistente ou de alto débito

TTO:
- Drenagem → 2 drenos → Aspiração contínua

→ Estáveis:
- TC multislice + Broncoscopia (programar TTO) + CX definitiva (VATS)

→ Instáveis:
- IOT seletiva, CX de urgência (Toracotomia)

  • Lesões traqueobrônquicas menores: mesmo raciocínio (porém mais raramente causam IRPa)
  • Se estável e sem pneumotórax:
  • Máscara de O2 + TC (não precisa drenar)
190
Q

IMPORTANTE DEMAIS

Toracotomia de reanimação: indicações

A

RECOMENDAÇÃO FORTE:
→ Toracotomia de reanimação:
- Ferimento torácico +
- Penetrante +
- Com sinais de vida no PS

RECOMENDAÇÕES CONDICIONAIS:

→ Toracotomia de reanimação:

  • Ferimento torácico +
  • Penetrante +
  • Sem sinais de vida no PS
  • Ferimento extratorácico +
  • Penetrante +
  • Com sinais de vida no PS
  • Ferimento extratorácico +
  • Penetrante +
  • Sem sinais de vida no PS
  • Ferimento contuso (qualquer lugar) +
  • Com sinais de vida no PS

→ NÃO REALIZAR Toracotomia de reanimação:

  • Ferimento contuso (qualquer lugar) +
  • Sem sinais de vida no PS

** Trauma penetrante:
- Preferencialmente por arma branca

** Trauma contuso:
- Vários ferimentos cardíacos (pode causar arritmia)
- Pode causar PCR devido ao rompimento do pericárdio e avulsão cardíaca

191
Q

IMPORTANTE

Tórax instável e Contusão pulmonar

A

TÓRAX INSTÁVEL:
- Fraturas em 2 ou mais arcos costais consecutivos, em pelo menos 2 pontos em cada arco
- Clínica: Dor / Movimento respiratório paradoxal
- TTO: Suporte

CONTUSÃO PULMONAR:
- Lesão potencialmente fatal
- Associações:
- Fraturas costais
- Tórax instável

→ Clínica:
- Dor
- Movimento respiratório paradoxal
- MV diminuído
- Crepitação de costelas
- Estertorações pulmonares
- CVF < 1L
- Hipoxemia / IRPa
- Sem fraturas em crianças

→ Imagem:
- RX: fraturas, consolidações (não aparecem inicialmente)
- TC: contusão pulmonar, pneumatocele traumática

→ TTO:
- UTI: monitorização (oximetria e gasometria)
- Analgesia
- O2
- Fisioterapia respiratória
- Balanço hídrico negativo
- Considerar VNI e IOT (VM protetora)

192
Q

IMPORTANTE

Hérnia diafragmática traumática: conceitos e complicações

A

CONCEITOS:
- Mais comum em traumas contusos de alta energia (aumento súbito da PIA) à esquerda (> 150-200 cmH20)
- À direita, fígado protege e, se herniar, provavelmente é grave e vai morrer

COMPLICAÇÕES
- Fístulas biliopleurais e bliliobrônquicas - lesão combinada (diafragma-VB-pulmão)
- Estrangulamento / Perfuração intestinal intratorácica: Pneumotórax + Pneuomediastino (imagem anexa)

193
Q

IMPORTANTE

Trauma de tórax: Contusão cardíaca

A

Conceitos:
- Câmara mais acometida: VD (Zona perigosa de Ziedler)
- Associado a fraturas de costelas e esterno

Clínica:
- Dor
- Instabilidade inexplicável / Hipotensão
- Taquicardia, arritmias
- IVD
- Elevação de enzimas

DX:
- ECG (BRD) / ECO (IVD)

TTO:
- Monitorização, suporte

194
Q

IMPORTANTE

Trauma de tórax: Síndrome do esmagamento

A

Conceitos:
- Trauma torácico contuso / Esmagamento torácico:
- Compressão torácica → IRPa
- Compressão da veia cava → Congestão venosa → Edema maciço
- Lesão osteomuscular grave → Rabdomiólise

Clínica:
- PLETORA
- CIANOSE EM TÓRAX E FACE
- ASFIXIA TRAUMÁTICA
- Lesões torácicas (hemotórax, pneumotórax…)
- Hemorragias subconjuntivais
- Sintomas neurológicos
- Rabdomiólise

TTO:
- Suporte (O2) + Hidratação + TTO de lesões subjacentes

195
Q

IMPORTANTE

Trauma: uso do FAST

A

FAST:
- Avalia líquido livre intra-abdominal (até 200ml em 1 minuto)
- Visualiza hemoperitôneo quando ≥ 250-400ml

→ Indicações:
- Paciente instável, politraumatizado, contuso, EF não confiável (50% dos traumas graves apresentam exame não confiável)

→ Não realizar se:
- Instável e com trauma abdominal evidente (peritonite) - já possui indicação de laparotomia
- Trauma penetrante (FAF ou FAB) com violação de peritônio - já possui indicação CX
- Estável (TC é melhor)

→ Positivo: CX (Laparotomia se instável)

→ Negativo: Outros focos ou Retroperitôneo

Modo:
- Transdutor curvo em 4 janelas + Pulmão (E-FAST: ápices e bases bilaterais)

Problemas:
- Falso-negativo
- Não vê: retroperitôneo, vísceras ocas e lesões de aorta
- Atrapalham: obesidade, enfisema subcutâneo

196
Q

IMPORTANTE

Trauma de fígado: seguimento e complicações

A

SEGUIMENTO:
- Repetir TC em casos graves ou piora clínica
- CX se:
→ Piora hemodinâmica
→ Complicações graves (TC)
→ Sangramentos importantes
→ Refratários

COMPLICAÇÕES:
- Falha do TTO não-operatório
- Sangramento / Hematoma
- Necrose
- Abscesso
- Bilioma / Fístula biliar / Hemobilia
- IRA, infecções, coagulopatia

ABSCESSO HEPÁTICO PÓS NECROSE HEPÁTICA POR EMBOLIZAÇÃO:
- Abscesso surgido após necrose de segmento hepático embolizado para tratar sangramento
- Clínica: Febre e calafrios após embolização
- TC: Lesão heterogênea com focos gasosos
- TTO: Drenagem do abscesso +/- CX (limpeza e ressecção do segmento necrosado)

FÍSTULA BILIAR:
- Trauma penetrante
- Dor + Distensão abdominal + Baixa aceitação alimentar + FEBRE + ICTERÍCIA
- Manejo: TC

197
Q

IMPORTANTE

Trauma de baço: classificação e TTO

A

I: Hematoma subcapsular < 10% / Laceração < 1cm (de profundidade)
- TTO: Conservador

II: Hematoma subcapsular 10-50% / Laceração 1-3cm
- TTO: Conservador

III: Hematoma subcapsular > 50% OU Em expansão OU Roto OU Parenquimatoso / Laceração > 3cm OU Envolvendo vasos trabeculares
- TTO (se estável): Conservador / Arteriografia

IV: Ruptura de hematoma com sangramento ativo / Laceração com desvascularização > 25%
​- TTO (se estável): Conservador / Arteriografia

V: Explosão / Lesão do hilo com desvascularização total
- TTO: Laparotomia + Esplenectomia

→ Arteriografia +/- Embolização (geralmente ≥ grau 3) se:
- Estabilidade + Sinais de sangramento arterial ativo (blush - mesmo se estável)

198
Q

IMPORTANTE

Trauma de pâncreas: manejo em paciente estável

A

PACIENTE ESTÁVEL:
→ Investigação:
- Clínica
- TC
- Elevação persistente de enzimas
- CPRE (ver Wirsung) - nem sempre (se hematoma mínimo, nem solicitar)

Grau I:
→ Hematoma, contusão mínima / Laceração mínima
→ TTO:
- Observação (SE ACHADO FORA DE CX, NEM MEXER)

Grau II:
→ Contusão maior / Laceração maior
→ TTO:
- Observação (SE ACHADO FORA DE CX, NEM MEXER)
- CX: Hemostasia / Rafia / Drenagem + Jejum + SNE + Suporte

Grau III (CORPO E CAUDA):
→ Transecção do parênquima distal (à esquerda da VMS)
→ TTO:
- CX: Pancreatectomia distal + Drenagem + Avaliação do Baço

Grau IV (CABEÇA):
→ Transecção do parênquima distal (à direita da VMS)
→ TTO:
- CX Damage control: Debridamento + Drenagem ampla + Limpeza + Derivação em Y de Roux (GDP posteriormente)
- GDP (quase nunca)

Grau V (CABEÇA):
→ Ruptura da cabeça
→ TTO:
- CX Damage control: Debridamento + Drenagem ampla + Limpeza + Derivação em Y de Roux (GDP posteriormente)
- GDP (quase nunca)

  • Imagem anexa:
  • Secção do pâncreas (cabeça / corpo)
  • Coleção no corpo
199
Q

IMPORTANTE

Trauma abdominal: Delgado, Cólon e Reto - conceitos

A

Conceitos:
- Trauma contuso: queda de tanque em tronco, guidão de bicicleta, cinto de segurança
- Líquido livre sem lesão de vísceras parenquimatosas
- Pneumoperitôneo / Retropneumoperitôneo
- Hematoma de meso, alterações em parede da alça
- TR com sangue

→ Sinal do cinto de segurança:
- Fratura de Chance (dor lombar)
- Trauma de Delgado / Mesentério

Manejo:
- Estável: TC com contraste
- Na dúvida: Laparoscopia DX
- Trauma de víscera oca: SEMPRE CX

200
Q

IMPORTANTE

Trauma de Retroperitôneo - manejo

A

Estável: AngioTC e tratar conforme achados

Instável: Laparotomia exploradora

HEMATOMAS:
→ Estável sem indicação de CX:
- Pode observar (qualquer zona)

→ Instável ou paciente possui indicação de CX:

PENETRANTE:
- Zona I: Explorar (Kocher)
- Zona II: Geralmente aborda (pode tentar apenas embolização):
→ Rim: Explorar se sangramento ativo
→ Cólon: Rodar e excluir lesão
→ Ureter: Explorar se hematoma próximo
- Zona III: Explorar

CONTUSO:
- Zona I: Explorar
- Zona II: Explorar se em expansão ou falha do TTO conservador
- Zona III: Não explorar (tratar igual trauma de pelve: tamponar, embolizar)

201
Q

IMPORTANTE

Trauma pélvico: manejo na avaliação inicial

A

ABCDE:
- Reanimação volêmica +/- PTM e hipotensão permissiva

Avaliação da pelve (C):
* Baixa sensibilidade para avaliação de fraturas pélvicas
→ Inspeção: deformidade, rotação, membro encurtado
→ Palpação: sínfise, ântero-posterior (2 tempos) e supero-inferior
→ Qualquer alteração ou dor: Fixação + Interromper mobilização

→ Fixação:
- Lençol, faixa ou cinta ao nível do trocanter maior (deixar abdome livre e examinar períneo antes)

Solicitar imagens pertinentes

  • Imagem anexa:
  • Fratura em livro aberto (sangramento venoso)
202
Q

IMPORTANTE

Trauma pélvico: classificação

A

LATERAL (LC):
- I-III
- Colisões de automóveis
- Rotação medial do anel
- Não sangra tanto
- Sangramento arterial
- Alto risco de lesão de outras estruturas: nervos, bexiga, uretra

ÂNTERO-POSTERIOR (LIVRO ABERTO) (APC):
- I-III
- Atropelamentos, quedas, compressão
- Sangra muito
- Sangramento venoso

CISALHAMENTO VERTICAL:
- Queda axial, trauma unilateral
- Sangra muito
- Rotura ligamentar complexa (difícil fixação)

→ Graus:
I: LC OU APC I
II: LC OU APC II-III
III: Cisalhamento
IV: Qualquer, instável

203
Q

IMPORTANTE

Trauma pelviperineal complexo: manejo

A

NÃO EXPLORAR NA EMERGÊNCIA!

  • ABCDE
  • Tratar lesões associadas: membros, abdominais, pélvicas
  • Exame de imagem (estável)
  • ATB
  • Suporte: TEV, nutrição, tétano…

Centro cirúrgico (NÃO FAZER CIRURGIAS LONGAS):
- Avaliar lesões de membros, abdominais, pélvicas (tamponamento extraperitoneal, fixação externa)
- Desbridamento
- Lavagem do ferimento
- Hemostasia
- Tamponamento do ferimento
- DERIVAÇÃO INTESTINAL: COLOSTOMIA EM ALÇA NO CÓLON TRANSVERSO (ÂNGULO HEPÁTICO)
- Lavagem do coto distal
- Curativo aberto / vácuo (troca programada) - NÃO FECHAR PRIMÁRIO!!

  • Se uretrorragia:
  • URETROCISTOGRAFIA: Avaliar Sondagem vesical ou Cistostomia (se suspeita de lesão do trato urinário)
204
Q

IMPORTANTE

Trauma cervical: fluxograma de tratamento

A

TODOS:
- ABCDE / ATLS
- Avaliar IOT
- Controle do sangramento
- ATB de amplo espectro

HARD SIGNS / INSTABILIDADE:
- IOT (quase sempre) + CX

SEM HARD SIGNS:
- AngioTC cervical

→ AngioTC Normal + Trajeto visível, superficial, longe de estruturas vitais + Sem soft signs → Observação

→ AngioTC inconclusiva OU
→ Localização próxima de estruturas vitais OU
→ Soft signs
- Zona I (difícil CX): Exame a depender da clínica e AngioTC: Arteriografia / EDA / Esofagografia / Laringoscopia / Broncoscopia
- Zona II: Considerar CX (fácil CX) ou Exame conforme quadro
- Zona III (difícil CX): Arteriografia

Totalmente assintomático:
- Contuso: AngioTC x Observação (depende do mecanismo e de fatores de risco)
- Penetrante (não passou platisma): Lavar e fechar

205
Q

IMPORTANTE

TCE: traumas da caixa craniana

A

HEMATOMA SUBGALEAL (GALO):
- Acima do periósteo e abaixo da gálea (aponeurose)

FRATURAS DE CRÂNIO:

→ Tipos:
- Penetrantes
- Caixa craniana (com ou sem afundamento)
- Base do crânio: rinorreia, otorreia, sinal de Battle (equimose periauricular), sinal do Guaxinim (equimose periorbitária)

→ Avaliar Arteriografia

→ TC:
- Solução de continuidade
- Pneumocrânio

→ TTO:
- ATB: Penetrantes
- CX: Afundamento / Penetrantes

206
Q

IMPORTANTE

TCE: manejo inicial

A

ABCDE:
- Prevenir lesão secundária (primária: irreversível): evitar hipóxia, hipotermia, hipotensão, hipoventilação, hiperventilação
- Considerar IOT
- Cristaloides +/- Sangue +/- Transamin (não adotar hipotensão permissiva)
- Glasgow + Pupilas

AMPLA + Avaliação secundária:
- Exame neurológico
- Confundidores: álcool, drogas
- Medicamentos: reverter ATCG, antiplaquetários

TC de crânio sem contraste

SOFT PACK:
- Todos vítimas de TCE

Avaliação e manejo da HIC

Outros:
- Avaliação de neurocirurgião
- Medidas para HIC
- Passar PIC
- Considerar CX

207
Q

IMPORTANTE

TCE: soft pack e medidas gerais

A

Ventilação:
→ SAT ≥ 95% e PaO2 ≥ 100
→ PaCO2: 35-45 (Normocapnia)

Hemodinâmica:
- Aumentar PAS (aumenta PPC):
→ PIC 5-15 e PPC ≥ 60
→ PAS:
- 50-69a: ≥ 100 mmHg
- 15-49 ou > 70: ≥ 110 mmHg
→ Fluidos: SF 0,9% (menor risco de edema cerebral) / DVA…
→ Não manter hipotensão permissiva

Hematológico:
→ Plaquetas ≥ 75k
→ INR ≤ 1,4
→ Hb ≥ 7
- Considerar sangue, PFC, plaquetas
- Transamin
- Reverter anticoagulantes (Complexo Protrombínico, Vitamina K)
- Profilaxia TEV (risco aumentado): Heparina

Glicemia:
- 140-180

Temperatura:
- 36-38 graus

Nutrição:
- Enteral transpilórica precoce

Gasometria e eletrólitos:
- pH: 7,35-7,45
- Na: 135-145
** Risco de Diabetes insipidus (poliúria) → DDAVP

Outros:
- Cabeceira elevada e centrada
- Profilaxia de úlcera de stress
- ATB s/n
- Monitorização invasiva s/n
- CX s/n

208
Q

IMPORTANTE

Trauma: crianças - A

A

Trauma:
- Principal causa de morte e morbidade na infância e entre 1 e 50 anos

A:
- Crânio > Corpo
- Traqueia curta
- Via aérea anteriorizada
- Cartilagens não formadas - Não realizar Cricotireoidostomia CX em < 12 anos (membrana cricoide estreitada) nem INT
- Não rotacionar 180 graus cânula de Guedel (colocar de lado) - risco de lesão de palato
- Coxim dorsal 2 cm (facilita IOT)
- Pré-oxigenação: importante
- IOT com cuff baixa pressão (< 30 mmHg)
- Considerar Atropina para IOT (menor resposta vagal)

209
Q

IMPORTANTE

Ferimentos penetrantes na transição toracoabdominal: algoritmo

A

INSTÁVEL:
- Laparotomia
- Toracotomia

ESTÁVEL:
→ Drenagem + VATS se:
- Lesão apenas torácica (Hemotórax / Pneumotórax)

→ VLP +/- Drenagem torácica antes se:
- Líquido livre no abdome
- Lesão abdominal evidente (saída de epíplon - imagem anexa)
- Lesão torácica e abdominal
- Nenhum achado

  • À direita sem achados: pode ser conservador (fígado tampona) (pode fazer TC)
  • Se diafragma lesado na VATS → Olhar abdome
  • US e TC não visualizam bem diafragma, embora sejam realizados antes
210
Q

IMPORTANTE

Trauma musculo-esquelético: avaliação primária e lesões com risco de vida

A

AVALIAÇÃO:
- XABCDE
- Volume → PTM
- Controle do sangramento:
→ Compressão externa
→ Não parou → Torniquete (principalmente se for amputar) → Não parou → Outro torniquete (se colocar torniquete → tirar o mais rápido possível e CX)
→ Tração e fixação de fraturas (diminui sangramento, dor e lesões secundárias)
→ Chamar especialista → CX

LESÕES IMPORTANTES NA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (RISCO DE VIDA):
- AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA
- LESÕES ARTERIAIS GRAVES
- CRUSH SÍNDROME
- FRATURAS BILATERAIS DE FÊMUR

211
Q

IMPORTANTE

Protocolo de transfusão maciça: definição, modo, indicações

A

Definição:
- 10 CH em 24h ou 4 CH em 1h

Indicação:
- Pacientes que possivelmente evoluirão com tríade letal (Acidose + Coagulopatia + Hipotermia)
- Mecanismo de trauma + Clínica + Fonte de sangramento + Escores

Modo:
- Ressuscitação balanceada (1 CH : 1 PFC : 1 PLQ)
- Guiado por Tromboelastografia (padrão-ouro)

→ Repor Ca a cada 2 bolsas

212
Q

IMPORTANTE

Protocolo de transfusão maciça: hipotensão permissiva

A

HIPOTENSÃO PERMISSIVA:
- Manter uma PA abaixo da normalidade para evitar piora do sangramento e da coagulopatia
- Medida temporária (após resolução do sangramento, infundir sangue sem dó)
- Realizar monitorização invasiva e reposição volêmica em alíquotas
- Trauma contuso tem resultados piores (mas pode usar)

Alvo:
- PAS 80/90
- PAM 50/60

Contraindicado:
- TCE (pneumocrânio, contusão…)

213
Q

IMPORTANTE

Cirurgia Damage control

A

PRIMEIRO TEMPO:

→ Controlar infecção:
- ENTERECTOMIA + FECHAMENTO DOS COTOS
- Desbridamento
- Drenagem
- Lavagem

→ Controlar sangramento:
- Ligaduras
- Rafias
- Patches
- Compressas nos 4 quadrantes (TAMPONAMENTO)

→ Órgãos:
- Fígado: hemostasia e compressas
- Baço: esplenectomia
- Intestinos: ressecção + fechamento dos cotos
- Membros: amputação

→ Fechamento temporário:
- Vácuo, Bogotá, Peritoneostomia

→ Não realizar:
- Anastomoses
- Fechamento definitivo

SEGUNDO TEMPO:
- UTI: controle da tríade letal (acidose, coagulopatia e hipotermia)

TERCEIRO TEMPO:
- Revisão CX em 48-72h
- TTO definitivo

  • Anastomose (não realizar): uso de grampeadores e sutura manual são equivalentes
214
Q

IMPORTANTE

Transamin: ações e modo de uso

A

TRANSAMIN (ÁCIDO TRANEXÂMICO):
- Antifibrinolítico
- Melhora mortalidade e diminui sangramento
- Usar se: FC > 110 e/ou PAS < 90
- Usar APENAS nas primeiras 3h após o trauma
- 1g em bolus (10 min) + 1g 8/8h

215
Q

IMPORTANTE

USG: modos

A

Modo B:
- Escala de cinza em tempo real
- Força do sinal = ecogenicidade

Modo M:
- Comportamento de estrutura em ponto fixo
- Posição no tempo

Doppler:
- Avaliação de frequência e fluxo de cores

216
Q

IMPORTANTE

FAST: janelas

A

JANELAS:
- Hepatorrenal: 10-12 costela entre linhas axilares média e anterior
- Esplenorrenal: 8-10 costela entre linhas axilar média e posterior
- Fundo de saco: 1-2cm acima do pube
​- Pericárdio: subxifoidea

E-FAST:
→ + 4 janelas pulmonares (ápices e bases)
- Linhas A: horizontais, hiperecoicas, reverberação da linha pleural, equidistantes
- Linhas B: vertical, inicial na linha pleural, movimenta com lung sliding, apaga linhas A, pode ser patológica (edema pulmonar)

217
Q

IMPORTANTE

Trauma de pâncreas: manejo em achado intra-operatório

A

Conceitos:
- Pode fazer hematoma de retroperitôneo zona I

Manobras:
- Secção do ligamento gastrocólico
- Abertura da retrocavidade dos epíplons
- Manobra de Kocher (acesso à cabeça)
- Rotação medial da flexura esplênica (acesso ao corpo e cauda)
- Se possível, pancreatografia intraoperatória (cateterização do Wirsung)
- Inventário
- Limpeza

MANEJO (achados operatórios):
→ Cauda ou Cabeça sem lesão ductal (I, II):
- Drenagem +/- Desbridamento +/- Rafia + Observação

→ Cauda com lesão ductal (III):
- Pancreatectomia distal +/- Esplenectomia

→ Cabeça com lesão ductal (IV, V): Damage control

218
Q

IMPORTANTE

Trauma de fígado: classificação e TTO

A

I:
- Hematoma subcapsular < 10%
- Laceração < 1 cm
→ TTO: Conservador

II:
- Hematoma subcapsular 10-50%
- Laceração 1-3 cm
→ TTO: Conservador

III:
- Hematoma subcapsular > 50%
- Hematoma intraparenquimatoso > 10 cm
- Laceração > 3 cm
- Sangramento ativo em parênquima
→ TTO (se estável): Conservador / Arteriografia + Embolização

IV:
- Laceração 25-75% do lobo
- Laceração de até 3 segmentos do lobo
- Sangramento ativo para cavidade peritoneal
→ TTO
- Estável: Conservador / Arteriografia + Embolização
- Instável: Laparotomia

V:
- Laceração > 75% do lobo
- Laceração de > 3 segmentos do lobo
- Lesões vasculares (veias justa-hepáticas, veia cava retro-hepática, veias hepáticas)
→ TTO
- Estável: Conservador / Arteriografia + Embolização
- Instável: Laparotomia

VI:
- Avulsão hepática
→ TTO (se vivo): TX de urgência

** Arteriografia + Embolização se: blush (mesmo se estável), sangramento ativo…

** Imagem anexa:
- Lesão segmentar de artéria hepática com pseudoaneurisma
- Grande hematoma parenquimatoso e subcapsular
- Hemoperitôneo
- Coágulos na vesícula

219
Q

IMPORTANTE

Toracotomia de reanimação: procedimento

A

PREPARAÇÃO:
- Sala de emergência
- Assepsia + Antissepsia

ACESSO:
- Incisão ântero-lateral esquerda, no 4 EIC
* Motivos: facilidade, possível de se realizar com paciente em decúbito dorsal, fácil extensão para lado contralateral
- Se necessário: Estender para lado contralateral (Esternotomia + Ligadura das mamárias): Clam-shell
* Opção: Esternotomia mediana

DIVULSÃO DE PLANOS E ABERTURA DA CAIXA TORÁCICA:
- Cuidado na parte medial - A. torácica interna (A. mamária interna): Ligar

CLAMPEAMENTO DA AORTA DESCENDENTE:
→ Exposição:
- Liberação do ligamento pulmonar esquerdo e giro do pulmão esquerdo para superior (abrir pleura parietal)
→ Clampeamento:
- Pinça Satinsky
- Logo abaixo do hilo esquerdo
→ Objetivos:
- Aumento da perfusão cerebral e cardíaca
- Controle do sangramento infra-diafragmático

AVALIAR CLAMPEAMENTO OU TWIST DO HILO PULMONAR (360 graus):
- Apenas se sangramento pulmonar IMPORTANTE

ABERTURA DO PERICÁRDIO:
- Sempre realizar
- Cuidado com nervo vago
→ Objetivos:
- Esvaziar Tamponamento
- Realizar massagem cardíaca aberta (bimanual)
- Desfibrilação intra-cardíaca

REPARO DE LESÕES CARDÍACAS:
- Tamponar com o dedo (sem introduzi-lo) + Rafia (pode utilizar patch de pericárdio - evita desgarramento do miocárdio)

ASPIRAR EMBOLIA AÉREA:
* Fístula Broncocavernosa
- Paciente em Trendelemburg + Clampeamento do hilo pulmonar → Punção intra-cardíaca e aspiração

RETORNO DOS SINAIS DE VIDA:
- Centro cirúrgico

220
Q

IMPORTANTE

Trauma abdominal penetrante por ARMA BRANCA: algoritmo

A

CIRURGIA SE:
- Instabilidade (não responde a volume) - LAPAROTOMIA!
- Peritonite
- Evisceração
- Empalamento / Objeto de atravessado na barriga
- Hematêmese e sangue retal (pode discutir TC antes)

ABDOME ANTERIOR:
* Até linha axilar anterior
- Exploração digital da ferida sob anestesia (limpeza, assepsia e ampliação do ferimento):

→ Não violou cavidade:
- Dieta + Alta + Cuidados com feridas (antitetânica, analgesia, sutura)

→ Violou cavidade OU Dúvida:
- LAPAROSCOPIA (melhor para ver lesão de víscera oca) OU
- Laparotomia OU
- TC

DORSO OU FLANCOS:
** Regiões mais protegidas (musculatura espessa)
- TC com triplo contraste

TRANSIÇÃO TORACOABDOMINAL

221
Q

IMPORTANTE

Trauma abdominal penetrante por ARMA DE FOGO: algoritmo

A

CIRURGIA SE:
- Peritonite
- Instabilidade (não responde a volume) - LAPAROTOMIA!
- Evisceração
- Empalamento
- Hematêmese ou sangue retal (Sangue retal + FAF torácica = CX)
- Transfixante*

NÃO:
→ EF (excluir raspão)
→ ABDOME ANTERIOR → VLP
→ DORSO → TC com contraste

222
Q

IMPORTANTE

Trauma abdominal contuso: algoritmo

A

→ Trauma abdominal: EF, FAST+

Indicações de CX:
- Instabilidade (Laparotomia)
- Peritonite
- Hematêmese, sangue retal (pode disctuir TC antes)

→ Não apresenta indicações:
- TC (estável)

Politrauma contuso:
→ Estável → TCCI → Tratar conforme achados

→ Instável:
- FAST + → Laparotomia
- FAST - ou Duvidoso → Procurar outras causas → Negativo → Repetir FAST → Negativo → Laparotomia

223
Q

IMPORTANTE

Via aérea definitiva no trauma: indicações

A

Sempre manter a coluna (se IOT, tirar colar cervical e pedir par alguém segurar)

  • A: obstrução de VA, trauma maxilofacial, queimadura de face, sangramento VA ou TGI incoercível, lesões inalatórias
  • B: apneia, IRPa, distúrbios de ventilação (TCE, pulmão)
  • C: hipoperfusão causando rebaixamento e agitação
  • D: inconsciencia, glasgow < 8
  • Outras indicações

Não garantir via aérea em pacientes sem indicação (Pneumotórax hipertensivo)

IOT e não ventila / Atelectasia em RX / Dessaturação:
- DOPE

224
Q

IMPORTANTE

Trauma: prioridades de atendimento

A
  • > Numero de vitimas NAO EXCEDE a capacidade de atendimento: primeiro os com MAIOR risco de morte
  • > Numero de vitimas EXCEDE a capacidade de atendimento: primeiro os com MENOR risco de morte
225
Q

IMPORTANTE

Via aérea cirúrgica: tipos

A

Cricotireoidostomia cirúrgica:
- Incisão entre as cartilagens cricoidea e tireoidea
- Pode ficar até 72h
- ESCOLHA QUANDO IOT NÃO É POSSÍVEL NA EMERGÊNCIA
- Não utilizar em crianças < 12 anos (colaba laringe)

Traqueostomia:
- Se trauma de via aérea, laringe
- ESCOLHA QUANDO IOT NÃO É POSSÍVEL NA EMERGÊNCIA EM < 12 ANOS

Cricotireoidostomia por punção (não definitiva):
- Jelco calibroso entre cartilagens tireoidea e cricoidea -> Tubo T 30-40min (Hipercapnia) - porção inferior e medial da membrana (lateralmente e superiormente caminham as artérias crictotireoideas, ramos da artéria tireoidea superior)

226
Q

IMPORTANTE

Trauma: crianças - B

A

B:
- FR mais elevada
- Caixa torácica mais complacente
- Principal causa de parada: hipóxia
- Pneumotórax: mais comum nas crianças
- Pneumotórax hipertensivo: punção no 2-3 EIC linha hemiclavicular ou no local da drenagem (5 EIC)
- Tunelizar em subcutâneo tubo de drenagem
- Lesões pulmonares sem fraturas na costela (fraturas de costela indicam altíssima energia ou maus tratos)

  • IMPORTANTE! - Crianças apresentam maior repercussão ventilatória e hemodinâmica decorrentes de pneumotórax hipertensivo que adultos
227
Q

IMPORTANTE

Trauma: crianças - C

A

Acesso intraósseo: melhor 2 opção

RARAMENTE FAZ HIPOTENSÃO (pode chocar com PA normal)
- Procurar choque hipovolêmico por: FC, pulsos, TEC e outros sinais

PAS normal = 70 + 2x idade

Expansão:
- Cristaloides: 20 ml/kg até 3x
- Hemácias: 10-15 ml/kg

228
Q

IMPORTANTE

Trauma: idosos - D, E

A

D:
- Alto risco de delirium e alterações da consciência
- Doenças neurológicas prévias
- DM
- Desnutrição
- Risco de fraturas e hipotermia

SOLICITAR TC DE CRÂNIO!!

Delirium:
- Precipitado por: infecção, anticolinérgicos, choque
- Delirium pós-operatório: prolonga internação, aumenta morbidade e mortalidade
→ TTO:
- Hiperativo: Haloperidol

Fraturas mais comuns em quedas da própria altura:
- Arcos costais / Fêmur / Punho

Atentar para maus tratos!!
- Hematomas pelo corpo em diferentes fases

229
Q

IMPORTANTE

Trauma contuso abdominal: TC x Cirurgia

A

TC:
- Paciente estável
- Ruim para: diafragma, duodeno, delgado, cólon, bexiga

CIRURGIA SE:
- Instabilidade (única que obriga Laparotomia)
- Peritonite
- Pneumoperitônio / Retropneumoperitônio
- Evisceração
- Hematêmese, sangue retal
- Hérnia diafragmática
- Lesões órgão-específicas
- Falha do tratamento não operatório ou centro sem capacidade para isso

→ Laparoscopia:
- LÍQUIDO LIVRE INTRA-ABDOMINAL SEM LESÃO DE VÍSCERA PARENQUIMATOSA (lesão de duodeno, delgado, cólon, bexiga, diafragma, mesentério ou vasos)
- LÍQUIDO LIVRE SEM LESÃO DE VÍSCERA OCA (lesão de diafragma, mesentério ou vasos)

230
Q

IMPORTANTE

Trauma pélvico: fontes de sangramento

A
  • Pode sangrar até 5 L

Sangramento venoso (90%):
- 86% fraturas ósseas
- 4% plexo venoso

Sangramento arterial (10%):
- Pudenda interna > Glútea superior > Sacral lateral > Ilíaca interna

** Imagem anexa: Fratura por compressão lateral

231
Q

IMPORTANTE

Trauma pélvico: fluxograma

A

Fixação temporária

ABCDE / Reanimação volêmica
# Exames na avaliação primária (E-FAST, RX)

→ Estável → TC +/- Angioembolização antes da fixação (fratura lateral)
- WSES I: Conservador
- WSES II-III (mecanicamente instável): Fixação externa
→ UTI / Reavaliações clínicas e de imagem seriadas / Arteriografia S/N (nova piora clínica, blush, pseudoaneurisma…)
→ Fixação definitiva

→ Instável (WSES IV) → PTM:
- Tamponamento pélvico pré-peritoneal (resolve sangramentos venosos, que são até 90%)
+/- Fixação externa da pelve (ortopedia)
+/- Angioembolização (trata sangramentos arteriais)
+/- REBOA
→ TC OU Laparotomia (peritonite, evisceração, pneumoperitônio, hematêmese, FAST +, TC)
→ UTI / Reavaliações clínicas e de imagem seriadas / Arteriografia S/N
→ Fixação definitiva

  • Arteriografia +/- Embolização: nova piora clínica, blush, pseudoaneurisma, suspeita de sangramento arterial (lesão lateral, sangramento arterial visível na cirurgia)…
232
Q

IMPORTANTE

Trauma de vias aéreas: manejo

A

1 - Garantir VA:
- IOT
- IOT guiada
- IOT pelo ferimento
- Cricotireoidostomia
- Traqueostomia
* Aspirar
* Contraindicação relativa para IOT e Cricotireoidostomia

2 - Avaliar Hard signs:
- Hard signs ou Instabilidade: CX
- Estável e sem Hard signs: TC com contraste / BRONCOSCOPIA

3 - Definitivo:
→ CX (maioria): Sutura da lesão
→ Conservador (raro): pequenos, iatrogênicos por IOT

233
Q

IMPORTANTE

Trauma de vias aéreas: conceitos e clínica

A

Conceitos:
- Laringe (Fratura de Laringe) e Traqueia
- Maioria contuso (ENFORCAMENTO)
- Maioria necessita de TTO cirúrgico
- Maioria é emergência

Clínica:
- ENFORCAMENTO
- Dor cervical
→ Tríade:
- Fratura palpável, Enfisema de subcutâneo, Rouquidão
→ Outros:
- Edema
- Estridor laríngeo
- Desconforto respiratório
- Equimose cervical / Hematoma

234
Q

IMPORTANTE

Trauma músculo-esquelético: CRUSH síndrome

A

CRUSH SÍNDROME (Síndrome do Esmagamento):
- Sangramento + Rabdomiólise e SIRS
- Mioglobina → Choque, IRA

Labs:
- IRA
- Acidose metabólica
- HiperK
- CIVD
- HipoCa

TTO:
- Suporte intensivo: Monitorização, DHE
- Hidratação (diurese 100 ml/h - evitar RL)

235
Q

IMPORTANTE

Trauma: fêmur

A

Luxação do fêmur (luxação traumática do quadril)

  • Geralmente luxação posterior da cabeça do fêmur (para trás do acetábulo)
  • Pode sangrar até 1,5L (cada fêmur)

Clínica:
- Perna encurtada, rodada internamente
- Saliência no quadril

TTO:
- Redução de urgência (agachar e amarrar lençol em cima do quadril)
→ CX: Fixação definitiva (interna) OU Damage control (fixação externa)

236
Q

IMPORTANTE

Fratura exposta: definição e manejo

A

DEFINIÇÃO:
- Comunicação da fratura ou do hematoma fraturário com o ambiente externo

CONDUTA (5 As):
- 1: ATLS (via aérea, respiração, controle do sangramento…)
- 2: ATB
- 3: Anti-tetânica +/- Imunoglobulina
- 4: Analgesia
- 5: Alinhamento do membro (previne complicações neurovasculares - não significa reduzir nem colocar para dentro) + Imobilização provisória + Limpeza com SF + Oclusão do ferimento com compressas estéreis

Avaliação do especialista em CC:
- Limpeza, Lavagem e Desbridamento
→ Paciente bem + Boas condições locais: FIXAÇÃO DEFINITIVA
→ Paciente ruim ou Condições locais ruins: DAMAGE CONTROL ORTOPÉDICO (Desbridamento + Fixação provisória)
→ MESS ≥ 7: Amputação do membro

237
Q

IMPORTANTE

Trauma músculo-esquelético: lesões vasculares

A

MESS ≥ 7: Amputação do membro

  • Contuso x Penetrante
  • Avaliar pulso e perfusão
  • Tracionar e alinhar fratura melhora perfusão
  • Sintomas -> CX
  • Alto risco e assintomático -> Investigar

AVALIAR ITB: ITB < 0,9 pode indicar lesão de artéria

238
Q

IMPORTANTE

TCE: Hemorragia Subaracnoidea

A

Hemorragia subaracnoidea:
- Sangue no espaço subaracnoideo (acompanha giros)
→ Sangamento → Edema vasogênico e citotóxico

239
Q

IMPORTANTE

Pneumotórax Hipertensivo: DX e TTO

A

DX:
- Clínico (pode realizar e-FAST caso não atrase)
- Não realizar RX / TC

TTO:
- Toracocentese de alivio (pode ser realizada em 2 EIC na linha hemiclavicular ou no local da drenagem - preferencial) OU Descompressão digital
+
- Toracostomia (drenagem) fechada
— 4-5 EIC entre as linhas axilares media e anterior (bordo superior)
— Selo d’água - trauma (500-700 ml de agua destilada) OU Pigtail

→ Drenou mas não melhorou (borbulhamento muito intenso): Lesão de grande via aérea

240
Q

IMPORTANTE

Hemotórax: TTO

A

TTO:
- Estabilização (transfusão) / PTM / Cell saver
- Drenagem em selo d’água
- Avaliar toracotomia

HEMOTÓRAX MACIÇO = TORACOTOMIA DE URGÊNCIA
- Drenagem inicial de 1,5L
- Drenagem > ⅓ da volemia
- Drenagem ≥ 200 mL/h durante 2-4h
- Instabilidade hemodinâmica (comprometimento respiratório, necessidade de hemotransfusões de repetição)

→ HEMOTÓRAX RETIDO (coagulado):
* Imagem anexa
- VATS (pode infectar)

  • PAF no tórax:
  • Drenagem torácica
  • TC se estável
  • Considerar CX (ferimento na TTA): VATS, Toracotomia, Bitoracotomia
  • Outras indicações de Toracotomia:
  • Reanimação
  • Tamponamento cardíaco
  • Ferimento penetrante + Choque
  • Hemotórax retido (coagulado)
  • Suspeita de lesão de aorta
241
Q

IMPORTANTE

Hérnia diafragmática traumática: clínica e RX

A

Clínica:
- História de trauma
- Dor Abdominal / Torácica
- MV abolidos (à esquerda)
- RH+ em tórax
- IRPa
- Líquido livre
- Estrangulamento e Perfuração intratorácica: Pneumotórax + Pneumoperitônio

→ Durante drenagem torácica, se encontrar estrutura borrachuda à exploração digital (estômago, alças ou baço):
- Afastá-la e alocar dreno (por isso realiza-se apenas drenagem tubular no trauma)

RX:
- Estrangulamento e Perfuração intratorácica: Pneumotórax + Pneumoperitônio
- Irregularidade no diafragma
- SNG no tórax
- Nível hidroaéreo no tórax
- Desvio do mediastino
- Desvio da traqueia
- Derrame pleural

242
Q

IMPORTANTE

Hérnia diafragmática traumática: TTO

A

→ Se Pneumotórax: Drenagem torácica +/- Punção antes

CIRURGIA:
→ LAPAROTOMIA / Laparoscopia / Toracoscopia:
- Redução do conteúdo herniado
- Avaliar enterectomia (se estrangulamento, perfuração, sofrimento de alça)
- Avaliar lavagem
- Inspecionar todas as cavidades
- Rafia do diafragma (fio absorvível monofilamentar)
- Avaliar tela (quando rafia não é possível)
- Drenagem torácica
- Se necessário: VATS

Se instável:
- Damage control

243
Q

IMPORTANTE

Fratura de Chance

A

Conceitos:
- Fratura transversa do corpo vertebral (região posterior)
- Geralmente na junção tóraco-lombar

Clínica:
- Dor lombar
- Sinal do CINTO DE SEGURANÇA

Lesões associadas:
- DELGADO / MESENTÉRIO
- Pâncreas
- Duodeno
- Calcâneo

244
Q

IMPORTANTE

Idosos: conceitos de trauma e emergências cirúrgicas

A

Alterações nas vias nociceptivas

Mecanismos:
- Quedas > Atropelamentos > Acidentes > FAB > FAF

Avaliação inicial do trauma em quedas deve incluir:
- ECG, TC de crânio, Dextro

Avaliar sarcopenia:
- Psoas

Alterações oftalmológicas:
- Catarata / Glaucoma / Degeneração macular

Apendicite aguda:
→ Retardo na procura do atendimento médico (maior taxa de perfuração)

245
Q

IMPORTANTE

FAST: pneumotórax

A
246
Q

IMPORTANTE

Fratura exposta: classificação de Gustillo-Anderson e antibioticoterapia

A

Tipo 1:
- < 1 cm
- ATB: Cefalosporina 1 ou 2 geração

Tipo 2:
- 1 a 10 cm
- ATB: Cefalosporina 1 ou 2 geração

Tipo 3:
- > 10 cm
→ A: Boa cobertura do osso fraturado
→ B: Não existe boa cobertura
→ C: lesão vascular que necessite de reparo
- ATB: Cefalosporina 1 ou 2 geração + Aminoglicosídeo

** Se risco de contaminação orgânica (grama, terra): associar Penicilina +/- Metronidazol

247
Q

IMPORTANTE

TCE: manejo da HIC

A

Otimização da drenagem venosa (cabeça centrada, colar frouxo)

TRATAMENTO INICIAL:
Cabeceira elevada 30-45 graus +
Soft pack
Otimização da drenagem venosa (cabeça centrada, colar frouxo)

HERNIAÇÃO CEREBRAL IMINENTE (MEDIDAS TEMPORÁRIAS ATÉ CX):

IOT:
- Melhora da oxigenação

Hiperventilação (aumentar volume-minuto):
- PaCO2 ≥ 30
- Breve (medida de salvamento)

Solução hipertônica em bolus:
- NaCl 23,4% ou Manitol

Elevação da PAM:
- PAM até 80-100 mmHg
- Volemia +/- DVA

PIC ELEVADA:

Drenagem de Líquor pela DVE:
- Primeira medida em pacientes com cateter de PIC
- Meta: PIC ≤ 22 mmHg

Analgesia e Sedação aprofundada (até RASS -5)

Solução hipertônica:
- NaCl 3% ou Manitol
- Meta: Na 145-155

ELEVAÇÃO REFRATÁRIA DA PIC:

Craniectomia descompressiva

Coma barbitúrico

Hipotermia controlada

→ NÃO USAR GLICOCORTICOIDES (piora mortalidade)

  • Prova:
  • Melhorar oxigenação → Aumentar VM (PaCO2 35-45) → Elevar PAM → Reduzir temperatura (normotermia) → Sedação → Salina hipertônica → Coma barbitúrico → Hipotermia terapêutica
248
Q

IMPORTANTE

Empalamento: manejo

A

Clínica:
- Dor abdominal
- Dificuldade de eliminação de gases e fezes
- Hemorragia digestiva
- Massa palpável

Exames:
- RX

Manejo:
- Suporte
- Avaliação em centro cirúrgico sob anestesia (exploração anorretal)
- Colonoscopia
- CX (perfuração)

249
Q

IMPORTANTE

Trauma grave de membro: repercussões sistêmicas

A

Trauma grave → Piora sistêmica:
- Sangramento
- SIRS
- Rabdomiólise

Risco de:
- Síndrome compartimental do membro
- Síndrome da reperfusão (HiperK e Acidose)
- Síndrome compartimental abdominal

→ Avaliar Peritoneostomia

250
Q

IMPORTANTE

Toracotomia de reanimação: caso clínico

A

CASO:
- 30 anos, masculino
- FAF em 5 EIE, próximo ao esterno
- Parou de respirar no transporte

MANEJO:
- Toracotomia: Sutura de ferimento cardíaco

  • Sutura do ferimento cardíaco:
  • Colocar o dedo, sem introduzir, e dar o ponto
  • Quando próximo à coronária: ponto em U
  • Ponto acima e abaixo do dedo: cruzar fios após
  • Patch de pericárdio ou PTFE
  • Não tirar ponto no centro cirúrgico
251
Q

IMPORTANTE

Laparoscopia: contraindicações, efeito fulcro

A

CONTRAINDICAÇÕES DA LAPAROSCOPIA:

  • Instabilidade hemodinâmica
  • TCE grave (aumento da PIC pelo pneumoperitônio)
  • Doença cardiopulmonar descompensada**

EFEITO FULCRO:
- Percepção da inversão do movimento (mão para cima e pinça para baixo)

252
Q

IMPORTANTE

Laparoscopia: repercussões respiratórias

A
  • Elevação do diafragma
  • Diminuição da complacência e expansibilidade pulmonar
  • Diminuição da CRF e da CV
  • Aumento do shunt vascular intrapulmonar (aumento de atelectasias)
  • Hipercarbia
  • Vasoconstrição pulmonar e elevação da PAP (CO2)
  • Hipoxemia (elevação do diafragma e redução da CRF - colapso pulmonar)
  • Aumento da pressão endotraqueal e da pressão de pico
  • Aumento da pressão intratorácica

→ Proclive (Trendelemburg reverso): melhora a ventilação
→ Correção da hipoxemia: aumento da PEEP e da FiO2

253
Q

IMPORTANTE

Laparoscopia: repercussões hepáticas e renais

A

HEPÁTICAS:

  • Diminuição do fluxo portal
  • Diminuição do clearance de lactato

RENAIS:

  • Diminuição do fluxo sanguíneo renal
  • Diminuição da TFG
  • Oligúria
  • Acidose
  • Aumento da Renina (organismo entende que paciente tem pouco volume circulante, pela oligúria)
254
Q

IMPORTANTE

Pré-operatório: jejum

A

MELHOR:
- JEJUM PARA LÍQUIDOS COM DEXTROMALTOSE DE 2H

  • Líquidos claros: 2h
  • Leite materno: 4h
  • Outros leites, fórmulas, dieta leve: 6h
  • Sólidos: 6-8h

→ Para pacientes sem complicações e CX sem mobilização importante do TGI (prevenção de broncoaspiração e complicações da indução anestésica)

255
Q

IMPORTANTE

Deiscência de ferida operatória: conceitos e manejo

A

→ Pós-operatório recente (especialmente 5-10d)

DEISCÊNCIA DE PELE OU SUBCUTÂNEO:
- TTO: Limpar + Curativo + Fechamento por 2 intenção

DEISCÊNCIA DE APONEUROSE (EVENTRAÇÃO):

  • Secreção sero-hemática ABUNDANTE, em água de carne (rocha)
  • TTO: CX com TELA
256
Q

IMPORTANTE

Laparoscopia: repercussões cardíacas

A
  • Diminuição do DC
  • Diminuição da Pré-carga
  • Aumento da Pós-carga
  • Diminuição do retorno venoso pelo pneumoperitôneo (compressão da cava e vasos)
  • Aumento da RVP pelo PNMPER (compressão da aorta, vasoconstrição reflexa, acidose e hormônios) / Diminuição da RVP pelo CO2
  • Aumento da pressão venosa central (transmissão da PIA)
  • Taquicardia compensatória (diminuição do DC, hipercarbia)
  • Bradicardia (reflexo vagal - reinsuflar ou atropina)
  • Hipovolemia
  • Sequestro de sangue nos MMII
  • Aumento de catecolaminas e vasopressina
  • CO2: contrações ventriculares prematuras / Taquicardia e FV / Bradiarritmias
257
Q

IMPORTANTE

Prontuário dos pacientes

A
  • Médico não pode deixar de colocar algo no prontuário (mesmo a pedido do paciente)
- Acesso ao prontuário (Art 88):
# Paciente ou representante legal
# Mandato judicial
258
Q

IMPORTANTE

Cirurgias: classificação quanto ao grau de contaminação

A

LIMPA:
- Não traumática, sem penetração dos tratos respiratório, TGI e TGU
- Todos os cuidados adequados
→ ATB profilático (máximo 24h) se:
- Incisão óssea (longos, crânio, esterno)
- Colocação de corpo estranho ou tela
- Risco de infecção

POTENCIALMENTE CONTAMINADA (LIMPA / CONTAMINADA):
- Penetra os tratos respiratório, TGI ou TGU, SEM extravasamento importante de conteúdo (mesmo se tiver necrose)
- Derramamento de bile (estéril)
→ ATB profilático (máximo 24h)

CONTAMINADA:
- Traumas recentes (< 4-6 horas)
- Falhas de antissepsia / assepsia
- Extravasamento grosseiro de conteúdo, sem infecção
- Inflamação aguda NÃO purulenta (não há infecção)
→ ATB profilático (máximo 24-48h)

SUJA (INFECTADA):
- Traumas > 4-6 horas
- INFLAMAÇÃO AGUDA PURULENTA
- Colecistectomia por colecistite supurada (perfuração pré-operatória)
→ ATB TERAPÊUTICO

259
Q

IMPORTANTE

Testemunha de Jeová e cirurgia

A

Se CX eletiva, médico poderá se opor a operar o paciente, desde que o encaminhe a outro médico

260
Q

IMPORTANTE

Classificação ASA

A
  • ASA 1: paciente saudável (não tabagista, não etilista).
  • ASA 2: paciente com doença sistêmica leve (doenças controladas, obesidade não mórbida, etilistas sociais, tabagistas).
  • ASA 3: paciente com doença sistêmica grave (etilistas, doenças descontroladas, obesidade mórbida, DPOC não agudizado, ICC controlada, doença renal crônica, IAM > 3 meses).
  • ASA 4: paciente com doença sistêmica grave que ameaça a vida (sepse, ICC descontrolada, DPOC agudizado, infarto recente, doença renal crônica terminal).
  • ASA 5: paciente moribundo (aneurisma roto de aorta, politrauma grave).
  • ASA 6: morte encefálica.
  • Sufixo E: emergência.
261
Q

IMPORTANTE

Performance Karnofsky (KPS - Performance-status)

A
  • 100%: nenhuma queixa
  • 90%: vida normal com sinais menores da doença
  • 80%: sinais e sintomas da doença em esforço
  • 70%: incapaz de atividades normais; capaz de cuidar de si mesmo
  • 60%: assistência ocasional
  • 50%: assistência considerável e cuidados médicos frequentes
  • 40%: incapaz
  • 30%: muito incapaz; hospitalização indicada mas morte não iminente
  • 20%: hospitalização necessária
  • 10%: moribundo
262
Q

IMPORTANTE

Pré-operatório: Anticoagulantes

A

VARFARINA:

  • Suspender 5 dias antes da CX
  • Meta: INR ≤ 1,4 - 1,5
  • Se alto risco: ponte com HNF até 6h ou HBPM até 12-24h antes da CX
  • Introduzir ambos 24h após CX
  • Reduzir INR: Vitamina K (ação em 6h)

HNF:

  • Suspender 6h antes
  • Introduzir 24h após CX

HBPM:

  • Suspender 12-24h antes
  • Introduzir 24h após CX

RIVAROXABAN / APIXABAN / DABIGATRAN:
- Suspender 2-4 dias antes

263
Q

IMPORTANTE

Pré-operatório: antidiabéticos

A

ANTIDIABÉTICOS ORAIS:

  • Suspensos na véspera
  • Substituir por insulina regular sob demanda, dextro e hidratação
INSULINAS:
# Insulina em Bomba: Manter
# Insulina Rápida: Suspensa em dieta zero
# Insulina Longa (NPH): 2/3 dose na noite anterior e 1/2 na manhã da CX
264
Q

IMPORTANTE

Fórmula de Harris-Benedict

A

Conceitos:

  • Calcula a taxa metabólica basal e as necessidades calóricas diárias
  • Variáveis: PESO, ALTURA, IDADE, SEXO, FATOR DE ESTRESSE

Homens:
- 66.5 + (13.8) Peso + (5) altura – (6.76) idade (x estresse energético)

Mulheres:
- 65.5 + (9.6) peso + (1.85) altura – (4.68) idade (x estresse energético)

→ Fator de estresse energético:

  • 15%: sepse ou trauma
  • 15-20%: CX abdominais eletivas
  • 100%: queimados
265
Q

IMPORTANTE

ATB perioperatório: conceitos

A

ANTIBIOTICOPROFILAXIA:
- Diminuir risco de infecção da FO
→ Indicações:
- CX limpas com prótese
- CX potencialmente contaminadas
- CX contaminadas
- Pacientes de alto risco

Tempo:

  • Início: indução anestésica (30-60 min antes da incisão)
  • Duração: 24h

Indicações de nova dose:
- Tempo CX > 2 meias-vidas da medicação
- Perda sanguínea importante (geralmente > 1500 ml)
- Fatores que contribuem para a redução da meia-vida da droga (queimaduras extensas)
** Insuficiência renal: pode não ser necessário

ANTIBIOTICOTERAPIA:

  • Tratar infecção vigente
  • CX infectadas
266
Q

IMPORTANTE

Fístulas pós-operatórias: manejo

A

Todos:

  • Suporte + ATB
  • Avaliar Jejum + NPT OU SNE pós-fístula

CX se (considerar VLP):

  • Evidência clara de deiscência
  • Peritonite
  • Líquido livre
  • Rafia de úlcera
  • Reconstrução à B1 ou B2

Se não → TC com contraste VO + EV:

→ Fístula drenada:

  • Baixo débito, controlada → Manter dreno
  • Alto débito → CX
  • Fístula não drenada / Coleção puncionável → Drenagem percutânea guiada por RI
  • Líquido livre / Coleção não puncionável / Instabilização… → CX
267
Q

IMPORTANTE

Laparoscopia: gás

A

GÁS IDEAL: CO2

  • Não inflamável
  • Baixo custo
  • Alta solubilidade e metabolização
  • Limitada absorção sistêmica e efeito sistêmico

→ Problemas:

  • Acidose respiratória
  • Hipotermia
  • Efeito simpático
  • Risco de embolismo

** Cilindros: Verde - O2 / Cinza - CO2 / Laranja - Helio / Azul - N2

268
Q

IMPORTANTE

Bolsa omental: anatomia

A

CAVIDADE PERITONEAL:
- Parte maior da cavidade peritoneal

BOLSA OMENTAL:

  • Parte menor da cavidade peritoneal, posterior ao estômago (se comunica com a cavidade peritoneal através do FORAME OMENTAL, uma abertura no LIGAMENTO HEPATODUODENAL)
  • RECESSO SUPERIOR
  • RECESSO INFERIOR

FORAME OMENTAL - limites:

  • Anterior: Ligamento hepatoduodenal
  • Posterior: VCI
  • Superior: Fígado
  • Inferior: Duodeno (1 parte)

→ Os 3 ramos do tronco celíaco podem ser abordados cirurgicamente através da bolsa omental, na base da prega pancreatogástrica

269
Q

IMPORTANTE

Anatomia: órgãos extra-peritoneais

A

ÓRGÃOS EXTRA-PERITONEAIS / RETROPERITONEAIS / SUBPERITONEAIS:
- Fora da cavidade peritoneal (apenas parcialmente cobertos por peritônio)

→ Retroperitoneais:
- Rins: entre peritônio parietal e parede posterior do abdome (peritônio e gordura apenas na face anterior)

→ Subperitoneal:
- Bexiga: peritônio apenas na face superior

→ Secundariamente Retroperitoenais (Coalescentes):

  • IMPORTANTE!! - Toda víscera secundariamente retroperitoneal está associada a, pelo menos, uma fáscia de coalescência peritoneal
  • Cólons Descendente e Ascendente: peritônio parietal e visceral se fundem posteriormente (quando o cólon é empurrado contra o dorso) - peritônio cobre apenas face anterior (fáscia de fusão / coalescência)
  • Duodeno (maior parte)
  • Pâncreas: fragmento ventral e dorsal se fundem
270
Q

IMPORTANTE

Prega pancreatogástrica: anatomia

A

Prega Pancreatogástrica:

  • Estende-se da tuberosidade omental do pâncreas (próximo ao forame omental) até o lado direito do fundo do estômago, na bolsa omental
  • Divide a bolsa omental em recessos superior e inferior
  • Contém as artérias: GÁSTRICA ESQUERDA E HEPÁTICA COMUM
  • IMPORTANTE!!! - Os 3 ramos do tronco celíaco podem ser abordados cirurgicamente através da bolsa omental, na base da prega pancreatogástrica

Bolsa Omental:

  • Vestíbulo: começa no forame omental e atinge a prega gastropancreática
  • Parte principal: une-se anteriormente ao corpo do estômago e posteriormente ao pâncreas
  • Recesso superior: ascende superiormente até a parte abdominal do esôfago, entra em contato com a área nua do fígado e a veia cava inferior
  • Recesso esplênico: estende-se na direção do hilo do baço
  • Recesso inferior: situa-se entre o estômago, o cólon transverso e o mesocólon transverso, respectivamente, expandindo-se ocasionalmente para o omento maior
271
Q

IMPORTANTE

Deiscência de ferida operatória: fatores de risco e prevenção

A

→ FATORES DE RISCO:

Pré-operatórios:

  • Idade ≥ 65
  • Sexo masculino
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Uso crônico de CCs
  • DM
  • Anemia
  • Icterícia
  • Uremia
  • Hipoalbuminemia
  • DPOC
  • Neoplasia
  • Laparotomias prévias

Intra-operatórios:

  • CX de urgência / emergência
  • Local e tipo da incisão
  • Órgão operado
  • Instabilidade hemodinâmica
  • Técnica e tipo de sutura da aponeurose, material utilizado

Pós-operatórios:

  • INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO (PRINCIPAL)
  • Aumento da PIA: tosse, vômitos, distensão
  • Deficiências de oxigenação e suprimento sanguíneo

→ Não são Fatores de Risco:

  • Ostomias
  • HAS

→ PREVENÇÃO:

  • CONTROLE DOS FATORES DE RISCO
  • USO DE TELA PROFILÁTICA
272
Q

IMPORTANTE

Síndrome da realimentação

A

CLÍNICA:

  • Arritmias
  • Dispneia
  • Edema pulmonar
  • Doença neurológica

LABS:

  • Hipocalemia
  • Hipomagnesemia
  • Hipofosfatemia

PREVENÇÃO:

  • ⅓ da necessidade diária no 1 dia
  • ⅔ da necessidade diária no 2 dia
  • A partir do 3 dia, fornecer necessidade diária
273
Q

IMPORTANTE

Nutrição: necessidades básicas

A

PROTEÍNAS:
- Pessoa normal: 0,8 g/kg/dia (56 g)
- Paciente internado: 1,5-2 g/kg/dia
- Grande queimado: 3 g/kg/dia
→ Paciente de 70 kg = 105 g/dia (30 + 3): 3 doses de whey (25 g) + 30 g

CARBOIDRATOS:
- 30-35 kcal/kg/dia
* 1 g glicose = 4 kcal
→ Paciente de 70 kg: 2000 kcal

LIPÍDIOS:
- 30-35% da oferta calórica diária
* NPT causa distúrbio de lipídios séricos, por isso, deve-se dosar os triglicerídeos semanalmente (meta: < 400) - risco de complicações e pancreatite

ÁGUA:
- 30 ml/kg/dia
* Febre: + 500 ml por grau
→ Paciente de 70 kg: 2000 ml (1 bolsa de soro de 6/6h)

→ OFERTA CALÓRICA DIÁRIA:

  • Fórmula de Harris-Benedict (sexo, peso, altura, idade e fator de estresse)
  • 40-60% Carboidratos
  • 30-35% Lipídios
  • 10-15% Proteínas
274
Q

IMPORTANTE

Eletrólitos: potássio

A

CONCEITOS:

  • Normal: 3,5 - 5,5 mEq/L
  • Necessidade diária: 50-100 mEq (1 mEq/kg/dia) (2-4 g/dia)
  • Cada 1 mEq/L de redução: déficit corporal total de 200-300 mEq de K

HIPOCALEMIA:
→ Causas:
- Diarreia (K nas fezes: 5-10 mEq/dia)
- Outras: vômitos, fístulas, insulina B-2-agonista
→ ECG: t achatada, p apiculada
→ TTO:
- Reposição com KCl

HIPERCALEMIA:
→ Causas: Cetoacidose diabética, Destruição celular (rabdomiólise)
→ ECG: t apiculada, p achatada
→ TTO:
- GlucoCA
- Glicoinsulinoterapia
- BIC Na
- B-2-agonista

275
Q

IMPORTANTE

Evisceração: DX e TTO

A

DX:
- Clínico

TTO:

  • Recobrir alças com compressas úmidas +
  • Laparotomia: Ressutura da aponeurose + TELA de polipropileno
276
Q

IMPORTANTE

Imunonutrição

A

MODO:
- Perioperatória: 7 dias antes + 7 dias depois

NUTRIENTES:

  • Arginina
  • Glutamina
  • Ácidos graxos (corpo não produz ácido linoleico)
  • Nucleotídeos (DNA, RNA)
  • Ômega 3

INDICAÇÃO:
→ Inflamação CRÔNICA:
- NEOPLASIA!!
- Grandes CX
- Sepse
- Trauma
- SDRA
- Grande queimado

277
Q

IMPORTANTE

ATB perioperatório: escolha das drogas

A

APENDICITE AGUDA:
- Cefazolina + Metronidazol
- Bacteroides e E. coli
→ NÃO COMPLICADA (FASES 1-2): da admissão até 24h após
→ COMPLICADA (FASES 3-4 OU ABSCESSO): da admissão até 5 dias

COLECTOMIA ELETIVA:
- Da indução anestésica até 24h

COLECISTECTOMIA POR COLECISTITE AGUDA NÃO COMPLICADA:
- Até 24h

FAF RECENTE EM CÓLON (CX CONTAMINADA):
- Até 24h

278
Q

IMPORTANTE

Anatomia: Aorta e Veia Renal Esquerda

A

A: Veia renal esquerda

B: Aorta

279
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Tórax instável

A

TTO:
- Analgesia e fisioterapia respiratória

280
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Nódulo cervical carotídeo

A
281
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Hérnia femoral

A
282
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Ferimento em braço

A
283
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Nefrolitíase

A
284
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Descolante

A
285
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Lesão de via aérea

A
286
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Câncer de reto

A
287
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Cervicotomia

A
288
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Cisto de retenção

A
289
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Colangiografia intraoperatória

A
290
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Toracotomia

A
291
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: Hemorroida externada trombosada com necrose

A
292
Q

IMPORTANTE

Protocolo de Morte Encefálica: reflexos do tronco

A

FOTOMOTOR:

  • Iluminar → Pupilas fixas e arreativas
  • 3 par
  • Direto e Indireto (contralateral)

CÓRNEO-PALPEBRAL:

  • Cotonete, algodão, gaze na córnea → Paciente não pisca
  • Via eferente: 7 par
  • Via aferente: 5 par

ÓCULO-ENCEFÁLICO (boneca):

  • Girar a cabeça → Olhos não fixam
  • 8 par

VESTÍBULO-CALÓRICO (ÓCULO-VESTIBULAR)

  • SF gelado na orelha por 1 min (avaliar membrana timpânica antes - se tiver perfurada, não prosseguir com protocolo) → Paciente não apresenta desvio ocular para a direção da orelha infundida
  • 7, 3, 6 pares

TOSSE:

  • Aspiração → Paciente não tosse
  • 9 e 10 pares

→ Realizar testes bilateralmente

→ Repetidos 2x (intervalo mínimo varia em função da idade):

  • 7d-2m: 24h
  • 2m-2a: 12h
  • > 2a: 1h
293
Q

IMPORTANTE

Sepse em adultos: definições

A

SEPSE: Infecção + Resposta imune desregulada (disfunção orgânica)

→ Aumento de 2 pontos no SOFA (disfunção orgânica):

  • Plaquetas
  • Glasgow
  • PaO2/FiO2
  • BT
  • Hipotensão e uso de DVA
  • Cr ou DIU

→ Triagem: 2/3 qSOFA (fora da terapia intensiva):

  • FR > 22
  • GLASGOW < 15
  • PAS ≤ 100

SEPSE GRAVE: Não existe

CHOQUE SÉPTICO:

  • SEPSE +
  • Necessidade de DVA para PAM ≥ 65 (ou Lactato arterial ≥ 2), a despeito de reposição volêmica
294
Q

IMPORTANTE

Sepse em adultos: manejo

A

Na 1 hora:

  • ABCDE + MOVE (incluindo SVD)
  • Coleta de exames gerais e pesquisa de foco
  • ATB EMPÍRICO EV AMPLO ESPECTRO
  • EXPANSÃO VOLÊMICA (30ML/KG RL EM 1H) (SE HIPOTENSÃO OU LACTATO ≥ 4)
  • 2 PARES DE HEMOCULTURAS ANTES DE ATB
  • O2 SE SAT < 94%
  • INICIAR DVA (NORADRENALINA) S/N (META: PAM ≥ 65)

REFRATÁRIOS:
** NORA > 0,5 mcg/kg/min
- VASOPRESSINA
- HIDROCORTISONA

REFRATÁRIOS:
- ADRENALINA OU OUTRA DVA

** HEMOTRANSFUSÃO SE HB < 7

** SE DC BAIXO OU SVCO2 < 70%: DOBUTAMINA

** RESOLVER A CAUSA (CX, RETIRAR CATETER)

** MANTER DEBITO URINÁRIO > 0,5 ML/KG

295
Q

IMPORTANTE

Ventilação protetora

A

VC baixo:
- ≤ 6 ml/kg do peso predito

PRESSÃO DE PLATÔ:
- < 30

DRIVING PRESSURE (PLATO - PEEP):
- \< 15

PEEP:
- Conforme FiO2 (PEEP table)

→ HIPERCAPNIA PERMISSIVA:
- FR entre 30-35

** Em pacientes instáveis:
- Cuidado com aumentar muito a PEEP (diminuição do DC)

296
Q

IMPORTANTE

Protocolo de Morte Encefálica: profissionais capacitados

A
  • Neuroclínico / Neurocirurgião
  • Intensivista
  • Emergencista
  • Qualquer capacitado

EXCEÇÃO: médico da equipe de TX

297
Q

IMPORTANTE

Protocolo de Morte Encefálica: teste da apneia

A

Ventilar o paciente com FiO2 100% por 10 min para atingir:

  • PaO2 ≥ 200 mmHg
  • PaCO2 alvo 35-45 mmHg

Instalar oxímetro digital e colher Gasometria Arterial (preferencialmente por PAI)

Desconectar ventilação mecânica

Estabelecer fluxo contínuo de O2 100%:

  • Catater intratraqueal na carina com 6 L/min
  • Tubo T (12 L/min)
  • CPAP

Observar presença de qualquer movimento respiratório por 10 min ou até pCO2 ≥ 55 mmHg
→ Interromper se: hipotensão, arritmias ou dessaturação

Coletar nova Gasometria Arterial

Retornar ventilação mecânica

POSITIVO SE:
- PaCO2 ≥ 55 mmHg +
- Ausência de movimentos respiratórios
** Teste realizado apenas 1x

298
Q

IMPORTANTE

Protocolo de Morte Encefálica: exame complementar

A

Arteriografia

Cintilografia

Doppler transcraniano

EEG

299
Q

IMPORTANTE

SDRA: definição, fases e classificação

A

Definição - Critérios de Berlim:

  • Patologia aguda (pulmonar ou não): ≤ 7 dias da agressão ou da piora dos sintomas respiratórios
  • Descartar origem cardiogênica e hipervolemia
  • RX: Infiltrados bilaterais sem outra causa
  • Alteração da relação PaO2/FiO2

Fases:
- Exsudativa → Proliferativa → Fibrótica

Classificação (PaO2/FiO2):

  • Leve: 200-300
  • Moderada: 100-200
  • Grave: ≤ 100
300
Q

IMPORTANTE

SDRA: manejo

A

VM PROTETORA:

  • VC ≤ 6ml/kg
  • PRESSÃO DE PLATÔ ≤ 30
  • DRIVING PRESSURE ≤ 15
  • PEEP elevada (5-15) (PEEP mais elevada que tolera platô e driving pressure): titular de acordo com FiO2
Balanço hídrico negativo
# Correção de DHE e suporte (causa base)
# Posição prona (P/F \< 150)
# Recrutamento alveolar (BNM)
# ECMO
# NO

→ Hipercapnia permissiva (pCO2 ate 70)
→ Pode fazer HCO3 se acidose considerável
→ FiO2 subindo até Sat > 90%

301
Q

IMPORTANTE

Choques Hipodinâmicos: Hipovolêmico

A

→ HIPODINÂMICO:

  • Baixo DC
  • Alta RVP

HIPOVOLÊMICO:

  • Baixa PVC e Pcap
  • Baixo DC: baixa Pré-carga
  • RVP eleva (tardiamente cai)

→ Causas:

  • Hemorragia
  • Perda de Líquidos (diarreia, vômitos, queimadura)

→ Manejo:

  • Cristaloides (20 ml/kg)
  • DVA (Noradrenalina 0,1-2 mcg/kg/min)
  • Hemoconcentrados 10ml/kg (hemorrágico)
302
Q

IMPORTANTE

Choques Hipodinâmicos: Cardiogênico

A

→ HIPODINÂMICO:

  • Baixo DC
  • Alta RVP

CARDIOGÊNICO:

  • Alta PVC e Pcap
  • Baixo DC: baixo Inotropismo
  • RVP eleva (tardiamente cai)

→ Causas:
- Cardíacas: arritmias, IAM, valvar, toxinas, congênitas

→ Manejo:

  • Cristaloides EV (10 ml/kg 30 min): se Hipovolêmico
  • Vasodilatação + Inotropismo: Levosimendan / Milrinone / Dobutamina 5-20 mcg/kg/min / Adrenalina 0,1-0,3 mcg/kg/min
  • Avaliar Balão intra-aórtico (não usar em insuficiência aórtica grave)

** PS: Descompensado: Hipotenso

303
Q

IMPORTANTE

Choques Hipodinâmicos: Obstrutivo

A

→ HIPODINÂMICO:

  • Baixo DC
  • Alta RVP

OBSTRUTIVO:

  • Alta PVC
  • Pcap normal (pode ser baixa em TEP)
  • Baixo DC: alta Pós-carga / Taquicardia
  • RVP eleva

Causas:

  • TEP
  • Pneumotórax
  • Tamponamento cardíaco

Manejo:

  • Causa base
  • 20 ml/kg 3-5 min Cristaloide EV (melhorar DC)
304
Q

IMPORTANTE

Choques Hiperdinâmicos

A

→ HIPERDINÂMICO:

  • Alto DC
  • Baixa RVP

DISTRIBUTIVO:
- PVC e Pcap normais ou baixas (depende de reposição volêmica)
- DC normal (tardiamente cai)
- RVP baixa
→ Causas: Sepse / Anafilaxia / Neurogênico / Tóxico

→ NEUROGÊNICO:
- Choque + Bradicardia (perda de inervação simpática)
- História de Trauma / Priapismo
→ Manejo: Cristaloides +/- DVA

→ ANAFILÁTICO:
→ Manejo:
- Adrenalina IM 0,01 mg/kg
- Cristaloides +/- DVA
- Hidrocortisona 10mg/kg
- Anti-histamÍnico
- Nebulização: Adrenalina + SABA

→ SÉPTICO

305
Q

IMPORTANTE

Morte Encefálica: medidas de suporte

A

ESTABILIDADE HEMODINÂMICA:

  • PAM > 65mmHg
  • Cristaloides, Noradrenalina
  • Vasopressina + Hidrocortisona 200 mg/dia (preferência, devido ao risco de diabetes insipidus)

CORTICOTERAPIA:
- Controverso
- Redução da inflamação cerebral e de possível lesão hipofisária
- Hipotensão refratária
→ Metilprednisolona 15 mg/kg EV

OXIGENAÇÃO ADEQUADA:

  • VM protetora
  • PaO2 ≥ 90
  • SAT ≥ 88-90%

EVITAR HIPOTERMIA

ENDOCRINOLÓGICO:
- Controle glicêmico: 120-180 (Insulina EV S/N)
→ Levotiroxina 20 mcg EV + 10 mcg/h (pacientes instáveis FE < 45%)

CONTROLE DHE:
- Euvolemia
- Diurese 0,4 - 4 ml/kg/h
- Evitar hipernatremia (solução hipotônica S/N)
→ Tratar Diabetes Insipidus central:
- Salina para BH = 0
- DDAVP
- Vasopressina

NUTRIÇÃO:
- Preferencialmente enteral (reduzir aporte em 15-20%)

RASTREAR E TRATAR INFECÇÕES:

  • ATB profilático S/N
  • Protocolo sepse

→ CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS EM ATÉ 6H

306
Q

IMPORTANTE

Gasometria arterial normal

A

Gasometria Arterial normal:

  • pH: 7,35 - 7,45 (avaliar apenas para identificar distúrbio primário - não avalia compensação)
  • pO2: 83 - 100
  • pCO2: 35 - 45
  • HCO3: 22 - 26
  • BE: -3 - +3 (indica se agudo ou crônico EM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS PRIMÁRIOS)
  • SatO2: 92 - 98
  • Cl: 95 - 105
  • AG: 8 - 12
  • DD: 1 - 1,6 (2)
  • Lactato: < 2 (elevado: metabolismo anaeróbio)
307
Q

IMPORTANTE

TEP 1: FR e clínica

A

FR:
→ Tríade de Virshow (hipercoagulabilidade; estase sanguínea; lesão endotelial)
- Imobilização
- Trauma (estado pró-trombótico)
- Trauma (estado pró-inflamatório)
- ACO
- Pós-operatório
- Parto e puerpério
- Críticos
- TCE
- IOT prolongada
- Neoplasia

CLÍNICA:

  • Dispneia (sintoma mais comum)
  • Taquipneia (sinal mais comum)
  • Dor pleurítica, hemoptise, taquicardia, sibilância, estertores, hipertensão pulmonar (B3)
  • TVP / FCD / FAD
  • GRAVE (TEP MACIÇO): Hipotensão (choque obstrutivo) / Cor pulmonale (IVD)
  • Síncope
  • Taquiarritmias súbitas inexplicáveis
  • Descompensação de DPOC ou ICC
  • PCR
308
Q

IMPORTANTE

TEP 2: exames

A

ECG:

  • Taquicardia sinusal (mais comum)
  • S1Q3T3 (mais específico)
  • FA de alta resposta
  • Inversão de T

RX:
** Comum estar alterado, mas sem alterações especificas
- Sinal de Westermark: oligoemia (hipertransparência localizada)
- Corcova de Hampton: hipotransparência triangular periférica (infarto pulmonar distal - hemoptise)

ECO:
- Disfunção de VD: pior prognóstico

Marcadores:

  • BNP / Troponina: pior prognostico
  • D-dímero
309
Q

IMPORTANTE

TEP 3: manejo inicial

A

WELLS
Clínica TVP: 3 pts
Um outro DX é menos provável: 3 pts
FC > 100: 1,5 pts
Imobilização ≥ 3d ou CX 4s: 1,5 pts
Câncer - TTO em 6s: 1 pt
Hemoptise: 1 pt
Episódio prévio de TEV: 1,5 pts

Baixo (0-4):
- D-dímero (alta S e baixa E):
< 500: Exclui
≥ 500 (10x a idade em > 50a): AngioTC multislice de tórax contrastada

Intermediário (2-6):
- D-dímero + Anticoagulação

Moderado/Alto (> 4):
- AngioTC multislice de tórax contrastada + Anticoagulação

Outros exames:

→ CINTILOGRAFIA V/Q albumina com Tc-99:

  • Menor carga radioativa
  • Não realizar em sintomáticos
  • Ruim em pneumopatas
  • Opção em gestantes, DRC e alérgicos a contraste
  • Alta probabilidade: Anticoagular
  • Baixa probabilidade: Não exclui

DOPPLER MMII:

  • Contraindicação à AngioTC
  • Opção não invasiva
  • Gestantes

ECO:

  • DX indireto
  • Avalia complicações

ANGIOGRAFIA:
- Padrão-ouro

** PERC (se Wells 0-1):
→ Se responder NÃO para todos, nem solicita D-dímero:
- WELLS (menos Cancer e FC > 100)
- Hemoptise
- Edema unilateral em MMII
- CX 4s ou trauma recente
- Episódio previo de TEV
- Idade ≥ 50
- SAT < 95%
- Estrogênio
** SIM para qualquer: D-dímero ELISA

310
Q

IMPORTANTE

TEP 4: estratificação

A

→ Apenas após DX

PESI simplificado:

  • FC > 100
  • Idade > 80
  • SAT < 90
  • Câncer
  • PAS < 100
  • ICC / DPOC

→ 0 (baixo risco):

  • 1% de mortalidade em 30d
  • Opcional solicitar marcadores: ECO (TC), BNP, pro-BNP, Troponina
  • Manejo: Anticoagulação apenas (HNF, HBPM, Fondaparinux, NOACs)

≥1 (intermediário):
- 10% de mortalidade em 30d
- Solicitar: ECO, BNP (> 100), pro-BNP (> 600), Troponina (T, I elevadas)
- Manejo:
→ ≥ 1 + ECO normal: Anticoagulação (Trombólise raro)
→ ≥ 1 + ECO alterado: UTI + Anticoagulação +/- Trombólise

Choque ou Hipotensão (alto risco):
- Manejo: UTI + Trombólise + Anticoagulação plena (HNF)

311
Q

IMPORTANTE

TEP 5: manejo das drogas

A

FISIOTERAPIA

EXPANSÃO VOLÊMICA:
- Criteriosa (não deixar hipervolemico pois paciente apresenta choque obstrutivo - septo interventricular rechaça VE)

DVA:

  • Noradrenalina
  • Objetivo PAM > 65

VM:

  • Evitar
  • VC, PEEP, PLATO baixos

VNI:
- Evitar

FIBRINÓLISE:
→ Alto risco (choque): Fibrinólise + HNF
- Maior benefício em 48h (até 14d)
- Contraindicação absoluta (em geral, as mesmas de fibrinólise no AVE) → Embolectomia
- STK (suspender HNF) ou r-TPA 50-100mg em SF 100ml em 2h
- Iniciar Varfarina apenas após 72h

ANTICOAGULAÇÃO:

→ Alto risco:
# HNF:
- Preferencia em instáveis, DRC, obesos
- 80 UI/kg EV bolus (máximo 4.000 UI ou 0,8ml) + 18 UI/kg/h
- Monitorizar TTPA 6/6h: 46-70s
- Antídoto: Protamina (1mg para 100UI DE HNF)

→ Baixo risco:

  • Nao realizar fibrinólise
  • Anticoagulação com HBPM, Fondaparinux ou NOACs (HNF apenas se TFG < 30)
  • Manter terapia por 5d e, após, orais por 3-6m

HBPM SC:

  • Associar à Varfarina desde o inicio
  • 1,5 mg/kg/dia (não utilizar se < 40kg ou > 100kg)
  • Opção: 1mg/kg 12/12h (0,75mg se > 75a)

DALTAPARINA:
- Opção em oncológicos até 90kg

FONDAPARINUX SC:

  • Associar à Varfarina desde início
  • 5 mg/dia se < 50kg
  • 7,5 mg/dia se 50-100kg
  • 10 mg/dia se > 100kg

NOACs (não usar se TFG < 30):

→ RIVAROXABANA (Xarelto):

  • Monoterapia
  • 15mg 12/12h 21d e, após, 20 mg/d

→ APIXABANA (Eliquis):

  • Monoterapia
  • 10mg 12/12h 7d e, após, 5 mg 12/12h

→ DABIGATRANA (Pradaxa):

  • Após 5d de HBPM ou Fondaparinux
  • 150 mg 12/12h

→ EDOXABANA (Lixiana):

  • Após 5d de HBPM ou Fondaparinux
  • 60 mg/dia (metade se < 60 kg)

VARFARINA:

  • Desde o 1 dia se TTO com HBPM ou Fondaparinux
  • 5 mg cedo (considerar 2,5 mg em idosos)
  • Meta: INR 2-3

CONSIDERAR FVC

312
Q

IMPORTANTE

Hipercalemia: manejo

A

Suspender medicamentos que podem piorar:
- Digoxina, iECA, AINES

→ ESTABILIZAÇÃO DA MEMBRANA:

Gluconato de Ca:

  • 1g EV 2-3 min
  • Estabiliza membrana (não altera K)
  • Pode precipitar intoxicação digitálica (suspender Digoxina)

→ INFLUXO CELULAR DE K:

Glicoinsulinoterapia (solução polarizante):
- Insulina 10 U + Glicose 50 g

Bicarbonato de sódio:

  • Se acidose metabólica associada (DRC)
  • Cuidados: HipoCa, Hipervolemia

B-2-agonista inalatório de curta ação

→ REDUÇÃO DO POOL:

Furosemida:
- Se perda renal

Resina de troca (Sorcal):

  • Se crônico
  • Cuidado: necrose colônica

Hemodiálise:
- Refratários

313
Q

IMPORTANTE

Embolia gordurosa

A

Conceitos:
- 12-72h após trauma (TEP geralmente ocorre após 5 dias

Etiologias:

  • Fratura de bacia e ossos longos
  • Pancreatite aguda grave

Clínica:

  • Insuficiência respiratória (taquidispneia / hipóxia)
  • Disfunção neurológica
  • Embolia da retina
  • Petéquias (plaquetopenia)

TTO:

  • Suporte ventilatório
  • Fixação das fraturas
  • CCs?
314
Q

IMPORTANTE

Abstinência alcoólica

A

LEVE (hiperatividade simpática):
- Tremores, insônia, agitação

ALUCINOSE ALCOÓLICA:
- Alucinações, sinais vitais normais

DELIRIUM TREMENS (grave):
- Delírio, confusão, taquicardia, febre, hipotensão

TTO:
- Suporte + BZD (Diazepam) + Tiamina +/- Haloperidol (alucinações)

315
Q

IMPORTANTE

Escore de Alvarado

A

“DeLei”
2 Defesa / Peritonite em FID
2 Leucocitose

“MANDE D”
1 Migração da dor
1 Anorexia
1 Náuseas
1 DB +
1 Elevação da temperatura (> 37,5)
1 Desvio à esquerda (> 10% bastões) (não entra em Alvarado modificado)

  • > 7: Muito provável: CX
  • 4-7: Provável: TC
  • < 4: Improvável: procurar outros DX

Modificado (0-9, sem desvio à esquerda):
< 3: procurar outros DX
> 4: investigar

316
Q

IMPORTANTE

Apendicite aguda: imagem

A
  • Diâmetro AP ≥ 6 mm
  • Espessura da parede ≥ 2 mm
  • Apêndice não compressível (lesão em alvo)
  • Espessamento da parede (aumento da atenuação)
  • Apendicolito
  • Líquido periapendicular
  • Borramento da gordura periapendicular
  • Coleção
  • Ausência de gás
  • Não compressibilidade
  • Perda de continuidade da parede do apêndice
317
Q

IMPORTANTE

Apendicite aguda: procedimento cirúrgico

A

→ Mesmo para convencional ou VLP (muda o acesso)

Acesso:

  • VLP (umbigo, suprapúbico e FID ou FIE) - Tremdelemburg + DLE
  • Mcburney
  • Rockey-Davis (horizontal)

Apêndice (confluência das tênias)

Ligar meso e artérias

Ligar a Base e tratar:

  • Bolsa de Oshner
  • Parker-Kerr (imagem)
  • VLP: clipes (titânio ou polímero), hem-o-lock, grampeador, sutura

Limpeza e hemostasia:

  • Se muito purulento, aspirar conteúdo e drenar
  • Evitar irrigação com soro, para não disseminar para toda a cavidade

Fechamento

→ Coletar culturas do líquido peritoneal

→ Apêndice normal:

  • Outro DX intra-operatório: não tira
  • Sem outro DX: tira

→ Apendicectomia de oportunidade se:

  • Correção de hérnia incisional gigante com tela
  • Paciente com múltiplas CX prévias
  • Fecalito no apêndice durante outra CX

→ Se não encontrar apêndice: aspirar e drenar cavidade (não irrigar)

318
Q

IMPORTANTE

Apendicite aguda complicada: manejo

A

Complicada:

  • Arrastada
  • Massa palpável (abscesso)
  • Paciente grave

→ Choque séptico / Peritonite:
- Laparotomia (Laparoscopia se estável)

→ Estável:

  • TC + Labs →
  • Coleção > 4 cm: ATB + Drenagem
  • Coleção < 4 cm: ATB

→ Sem melhora após 72h:
- CX

→ Melhora após 72h:

  • ATB 14 dias +
  • TC controle 10 dias +
  • Colonoscopia 2-4 semanas +
  • CX 6-8 semanas

** Apendicectomia de intervalo (mesmo com apêndice desinflamado) se justifica pois, nas apendicites complicadas, ocorre:

  • Maior taxa de doença neoplásica (até 15%)
  • Maior recorrência (até 30%)

** Complicações da drenagem: 15%

319
Q

IMPORTANTE

Apendicite aguda: gestação

A
  • Cirurgia não obstétrica mais realizada na gestante
  • Pode fazer laparoscopia
  • Exames: US, RM
  • Quadro clínico varia conforme gestação evolui
  • Leucocitose fisiológica confunde
  • Maior risco de complicação no 3 Tri
320
Q

IMPORTANTE

Apendagite epiploica

A

Conceitos:

  • Inflamação do apêndice epiploico
  • Geralmente, relacionado à torção e isquemia (trombose espontânea da veia central do apêndice epiploico)

TC:

  • Cólon esquerdo ou sigmoide
  • Massa paracólica com borramento (antimesentérico)

TTO:

  • AINEs e analgésicos por 7 dias
  • CX se piora ou complicações (como abscessos)
321
Q

IMPORTANTE

Obstrução intestinal alta: clínica, imagem, causas

A

ALTA:
- Delgado

Clínica:

  • Dor abdominal em cólica
  • Vômitos precoces e biliosos
  • Parada de eliminação de gases e fezes
  • Pouca distensão

Labs: Alcalose (vômitos) / Hipocalemia / Desidratação / Hiponatremia (convulsões)

Imagem:

  • Dilatação central
  • Válvulas coniventes
  • Empilhamento de moedas
  • Níveis hidroaéreos

Causas:

  • Bridas
  • Neoplasias (cólon, ovário, delgado)
  • Hérnias da parede
  • Hérnia interna
  • Intussuscepção (câncer, Meckel)
  • Íleo biliar

** Crianças:

  • Intussuscepção
  • Hérnias
  • Ascaris
322
Q

IMPORTANTE

Obstrução intestinal baixa: clínica, imagem, causas

A

BAIXA:
- Cólon e Reto

Clínica:

  • Obstrução
  • Dor e vômitos tardios e fecaloides
  • Muita distensão
  • Acidose (perda para terceiro espaço)

Imagem:

  • Dilatação periférica
  • Haustrações
  • Grão de café (volvo)

Causas:
- Neoplasia, Fecaloma, Volvo, Megacólon, DII

323
Q

IMPORTANTE

Obstrução intestinal: manejo

A

MANEJO GERAL:

  • Jejum
  • SNG
  • Suporte: hidratação, DHE, DAB, analgesia, sintomáticos

SINAIS DE ALARME → LAPAROTOMIA:

  • Sepse
  • Perfuração (principalmente ceco) / Peritonite
  • Obstrução total
  • Obstrução em alça fechada (imagem anexa)

PACIENTE ESTÁVEL:
- TC + TRATAR ETIOLOGIA

324
Q

IMPORTANTE

Obstrução por bridas: clínica, DX, TTO

A
  • Principal causa de AAO

Clínica:

  • Obstrução alta: cólica + vômitos precoces e biliosos +/- parada da eliminação de flatos e fezes
  • Cirurgia prévia

DX:
- Clínica + EF + RX Abdome Agudo +/- TC

TTO:

  • SUBOCLUSÃO: Jejum + SNG + Suporte
  • 48-72h sem resolução: TC

→ CX se:

  • ALÇA FECHADA / TOTAL
  • COMPLICADA
  • REFRATÁRIA
  • Brida única com ponto de stop
325
Q

IMPORTANTE

Obstrução por volvo: clínica, DX, TTO

A

Locais mais comuns: Sigmoide / Ceco

Clínica:

  • Idosos / Acamados
  • Megacólon / Chagas
  • Dor súbita + Obstrução + Vômitos tardios e fecaloides + Distensão intensa

RX: Grão de café / Bico de pássaro

TTO:

  • SEM SOFRIMENTO:
    — Tentativa de redução com retossigmoidoscopia rígida (manobra de Bruusgaard)
    — Sonda retal
    — Retossigmoidectomia + Anastomose após (alta recorrência)
  • PERITONITE / SOFRIMENTO:
  • – Laparotomia
  • —– Estável: Anastomose
  • —– Instável: Hartmann
326
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Ogilvie (Pseudo-obstrução intestinal): clínica e imagem

A

Síndrome de Ogilvie (Pseudo-obstrução colônica aguda):

  • Obstrução funcional
  • Todo o cólon ou parte dele

Clínica:

  • Pacientes graves, pós-operatórios
  • Estímulo simpático: politrauma, trauma raquimedular, DHE, neuropáticos, imobilidade, narcóticos
  • Dor abdominal
  • Parada de eliminação de gases e fezes
  • Grande distensão abdominal
  • TR com gás na ampola e poucas fezes (obstrução funcional)

Imagem:
- Dilatação maciça de todo o cólon, sem ponto de obstrução

327
Q

IMPORTANTE

Diverticulite aguda: imagem

A

TC:

  • Divertículos (parecem pequenas bolhas)
  • Espessamento da parede (> 4mm)
  • Borramento da gordura
  • Abscessos
  • Fístulas
  • Líquido livre

US:
- Se contraindicações ou impossibilidade de TC

328
Q

IMPORTANTE

Diverticulite aguda: TTO

A

NÃO COMPLICADA:

  • Alta +
  • Avaliar ATB (Ciprofloxacino + Metronidazol) +
  • Colonoscopia em 6 meses + - Acompanhamento ambulatorial

COMPLICADA OU INTERNADO:

→ TODOS:
- Internação + Jejum + Suporte + Hidratação + Analgesia + ATB (Ceftriaxone + Metronidazol)

→ I:
- Observação

→ II:
- Observação +/- Drenagem guiada por imagem (se abscesso ≥ 3-5 cm e puncionável)

→ III (imagem anexa):

  • CX (corrigir perfuração, lavar cavidade)
  • Laparoscopia (preferência) OU Laparotomia
  • Lavagem (raro) OU Reconstrução com ou sem ostomia de proteção (leves) OU Hartmann (graves)

→ IV (imagem anexa):
- CX: Laparotomia (Laparoscopia) + Hartmann

329
Q

IMPORTANTE

Diverticulite aguda: estratificação

A

CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY, MODIFICADA POR KAISER:

NÃO COMPLICADA (0):

  • Diverticulite leve (sem complicações agudas)
  • TC normal
  • Divertículos / Inflamação local / Espessamento / Borramento da gordura

COMPLICADA:

  • Ia: Inflamação pericólica
  • Ib: Abscesso pericólico
  • II: Abscesso pélvico ou à distância (intra-abdominal, retroperitoneal)
  • III: Peritonite purulenta generalizada
  • IV: Peritonite fecal
330
Q

IMPORTANTE

Diverticulite aguda: manejo pós-internação

A

TTO:

  • Dieta rica em fibras
  • Evitar constipação
  • Colonoscopia eletiva em 4-6 semanas (nunca na fase aguda): nos pacientes com várias crises, que não melhoram, com suspeita de complicações crônicas

CX eletiva:

  • Recidivas - individializar (primeiro surto - pior)
  • Imunocomprometidos
  • Jovens
  • Sintomas crônicos
  • Após 1 episódio de diverticulite aguda complicada** (Hinchey 3 e 4 opera na emergência, Hinchey 2 idealmente após drenagem e esfriamento, Hinchey 1 - polêmico)
331
Q

IMPORTANTE

Abdome agudo perfurativo: fisiopatologia, clínica, labs, RX, TTO

A

FISIOPATOLOGIA:

  • Perfuração de víscera oca → Pneumoperitôneo
  • Secreção gástrica → Inflamação → Infecção
  • Íleo e complicações / Peritonite / Sepse / Óbito

CLÍNICA:

  • Dor epigástrica súbita
  • Peritonite
  • Rigidez abdominal
  • Náuseas e vômitos
  • Febre
  • Sepse / Choque

Labs:

  • Leucocitose
  • Hipermilasemia

RX:

  • Pneumoperitônio
  • Sinal de Rigler
  • Alça jejunal sentinela

TRATAMENTO:

  • Jejum +/- SNG + Suporte + Omeprazol + ATB + CIRURGIA
  • Considerar TTO conservador se quadro arrastado, já bloqueado, e paciente estável em sem peritonite
332
Q

IMPORTANTE

Perfuração esofágica: etiologias, local e imagem

A

ETIOLOGIAS:

  • Iatrogênica (pós-EDA) (mais comum)
  • Trauma
  • Corpo estranho
  • Tumor
  • Após vômitos (Boerhaave)

LOCAL:
- Intra-torácico (raro esôfago intra-abdominal)

IMAGEM:

  • Pneumomediastino / Enfisema mediastinal
  • Derrame pleural
333
Q

IMPORTANTE

Isquemia mesentérica aguda: clínica e labs

A
  • Antecedentes e fatores de risco (IAM prévio, aterosclerose)
  • Dor abdominal importante, DESPROPORCIONAL AO EF, pode ser súbita
  • Distensão abdominal
  • Náuseas e vômitos
  • Diarreia
  • Pode sangrar (cólon)
  • TAX > T. retal

EMBOLIA ARTERIAL:

  • FA, flutter, aneurisma
  • Dor súbita e intensa periumbilical
  • Náuseas e vômitos

TROMBOSE ARTERIAL:

  • Fatores de alto RCV
  • Piora da angina mensetérica crônica
  • Perda de peso, claudicação de membros

TROMBOSE VENOSA:
- Dor insidiosa com momentos de melhora e piora

NÃO-OCLUSIVO:
- Causa precipitante (hipovolemia, choque, doença, cirurgia, medicamento, droga, sepse…)

LABS ##

  • Inespecíficos, mas avaliam gravidade
  • Marcadores de necrose intestinal: CPK, DHL, LACTATO, d-dímero
  • Leucocitose
  • Hemoconcentração
  • PCR
  • ACIDOSE METABÓLICA LÁTICA
  • Hipermailasemia
  • Hiperfosfatemia
334
Q

IMPORTANTE

Isquemia intestinal crônica: clínica, DX, TTO

A

CLÍNICA:

  • Idosos, tabagismo, aterosclerose, DM
  • Dor pós-prandial em cólica (angina/claudicação intestinal)
  • Perda ponderal

DX:
- Anamnese + EF
​- US doppler: bom exame para triagem
- AngioTC (melhor exame): obstrução de múltiplos vasos + circulação colateral

TTO:

  • Tratar aterosclerose
  • Endovascular
  • CX (Enxerto da ILÍACA - risco de nova estenose da aorta)
335
Q

IMPORTANTE

Colite isquêmica: clínica, DX e TTO

A

CLÍNICA:

  • CX grande recente
  • Dor abdominal difusa (desproporcional ao EF)
  • Distensão e diminuição dos RH
  • Diarreia
  • Enterorragia

Labs:
- Acidose + Lactato elevado

COLONOSCOPIA

ANGIOTC

TTO:
- Clínico (repouso, hidratação)

336
Q

IMPORTANTE

HDA: medidas iniciais

A

Geral:

  • Avaliar instabilidade (hipotensão postural, lembrar que uso de BB pode fazer bradicardia)
  • Monitorização em sala de emergência

VIA AÉREA:

  • IOT se: rebaixamento, dispneia, hematêmese volumosa
  • O2 conforme necessário

HEMODINÂMICA:

  • 2 acessos periféricos calibrosos
  • Expansão volêmica
  • Hipotensão permissiva (alvos: PAS 90-110, Hb 7-8)
  • Avaliar transfusões

JEJUM

SVD

LABS: função hepática e renal, tipagem, HMG, coagulograma, B-HCG, gasometria com lactato…

OMEPRAZOL 80 MG EV BOLUS ATAQUE (todos os pacientes)

AVALIAR MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA HIPERTENSÃO PORTAL

EDA (se normal, repetir EDA)

PRÓ-CINÉTICOS:

  • 20-120 min antes da EDA
  • Menor necessidade de uma nova EDA para identificar foco
  • Eritromicina EV
337
Q

IMPORTANTE

HDA: medidas específicas para hipertensão portal

A

VASCOCONSTRITORES ESPLÂNCNICOS:
** Evitar associar DVAs, pelo risco de espasmo coronariano
- Terlipressina 2 mg bolus EV + 1 mg 4/4h por 2-5 dias (escolha: melhor em síndrome hepatorrenal)
- Octreotide 100 mcg bolus EV (SC) + 100 mcg 4/4h por 2-5 dias

PROFILAXIA PBE:

  • Ciprofloxacino 7 dias
  • Ceftriaxone 7 dias

PROFILAXIA DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA:
- Lactulona 20 ml 8/8h
** Meta: 2-3 evacuações pastosas diárias

ENEMA

SUSPENDER BETA-BLOQUEADOR

APÓS EDA:

  • Medidas acima
  • Jejum 24h após EDA
  • OMEPRAZOL 40 MG EV 12/12H
  • SORO COM RESTRIÇÃO DE SÓDIO (evita piora da ascite)
  • Retornar BB quando estável (se paciente já usa)
  • HT próximo a 25
338
Q

IMPORTANTE

HDA: escore de Glasgow-Blatchford

A

Critérios predizem gravidade e necessidade de intervenção

Avalia o momento ideal para realizar a EDA:

  • Guidelines: até 12-24h da admissão
  • USP:
  • – EGB ≥ (alto risco): até 12h (urgência)
  • – EGB = 0 (baixo risco): até 24h
  • Ureia < 18
339
Q

IMPORTANTE

HDA varicosa: abordagem endoscópica

A

TTO DO SANGRAMENTO:

→ Varizes de Esôfago (70%):

  • Ligadura elástica (1 opção)
  • Escleroterapia com Ethamolin (2 opção: maior risco de isquemia da mucosa)

→ Varizes de Fundo Gástrico (10%):
- Escleroterapia com Cianoacrilato (cola - monômero que se polimeriza e expande)

→ Gastropatia hipertensiva (10%):
- TTO medicamentoso

→ DUP (20%):
- Terapia dupla

340
Q

IMPORTANTE

HDA por DUP: classificação de Forrest e probabilidade de ressangramento

A
  • Ia: Sangramento em jato 70%
  • Ib: Sangramento lento (em babação) 30%
  • IIa: Vaso visível não sangrante 45-50%
  • IIb: Coágulo visível na base < 10%
  • IIc: Hematina na base < 10%
  • III: Base clara / Sem sangramento / Fibrina < 10%

→ Terapia dupla!! (clip + esclerose)

341
Q

IMPORTANTE

HDA por DUP: tratamento específico

A

Ia / IIa:
- Terapia combinada: clipe + esclerose (adrenalina + SG 50%)
→ Omeprazol 80mg 12/12h por 48h
- Jejum 24h

Ib:
- Esclerose
→ Omeprazol 80mg 12/12h por 48h
- Jejum 24h

IIb:
- Jato de soro para ver se coágulo sai e reclassificar / Esclerose?
→ Omeprazol 40mg 12/12h
- Dieta liberada após procedimento (em alguns casos)

IIc / III:
- Tratamento clínico: IBP, suspender AINEs
→ Omeprazol 40mg 12/12h
- Dieta liberada após procedimento

** Outras opções:

  • Hemospray (pó hemostático): sangramento difuso
  • Métodos térmicos (bisturi elétrico)
  • Ligadura elástica (úlceras pequenas)

** Não utilizar escleroterapia isoladamente

342
Q

IMPORTANTE

HDA por DUP: refratariedade

A

Limitações:

  • Úlceras grandes e profundas
  • Parede posterior do bulbo duodenal / Pequena curvatura
  • Instabilidade

EDA não conseguiu interromper sangramento:
- CX

Ressangramento:

  • Repetir EDA (tentar outro método) → Não conseguiu OU Ressangrou pela 3 vez → CX
  • CX direto (maior mortalidade)
  • Arteriografia + Embolização

** SECOND LOOK:

  • Nova EDA
  • Dúvida quanto ao DX ou TTO (não é second look quando ressangra)
343
Q

IMPORTANTE

HDA por DUP: manejo após endoscopia

A

Dieta:

  • Forrest IA-IIB: Jejum 24h
  • Forrest IIB-III: Dieta

IBP:

  • Forrest IA-IIB: Omeprazol 80 mg EV 12/12h
  • Forrest IIB-III: Omeprazol 40 mg EV 12/12h

Procinético de horário

Alta com IBP 40mg 12/12h

Suspender AINEs e AAS

Seguimento:

  • Controle clínico
  • Nova EDA 4-6s: BX e pesquisa de H. pylori (tratar se positivo)
344
Q

IMPORTANTE

HDA: Dieulafoy

A

Conceitos:

  • Malformação vascular submucosa ARTERIAL de grande calibre (não ramificou)
  • Pode romper e causar sangramento importante
  • Mucosa normal
  • Qualquer lugar do TGI
  • Principal causa de HDA sem foco (sangramento importante sem achado EDA → repetir EDA)

Tratamento EDA:

  • Clipagem / Ligadura
  • Métodos térmicos / Escleroterapia
  • Tatuagem (facilitar a cirurgia)

→ Falha:

  • Radio-intervenção
  • CX
345
Q

IMPORTANTE

HDA: Hemobilia

A

Conceitos:

  • Sangramento da árvore biliar
  • Pós cirurgia ou procedimento biliar (drenagem, CPRE) (pode ser fístula arteriobiliar)
  • Pós-trauma (lesão hepática)

Tríade de Sandbloom:

  • Icterícia obstrutiva (coágulos na via biliar)
  • Dor em HD
  • Hemorragia digestiva

DX:

  • AngioTC
  • CPRE (EDA com visão lateral): pode ser DX e TTO (stent)
  • Arteriografia (padrão-ouro): DX e TTO

TTO habitual:

  • Stent
  • Arteriografia + Embolização
346
Q

IMPORTANTE

HDB: abordagem

A

ESTABILIZAÇÃO INICIAL:

  • Monitorização
  • Suporte: respiratório, hemodinâmico…
  • Coleta de exames

EDA:

  • Descartar outra causa (10-15% tem origem alta)
  • Não necessita de preparo

ANGIOTC:
- Instáveis

COLONOSCOPIA:

  • Em até 24h se alto risco
  • Preparo do cólon é necessário (manitol e PEG não agravam sangramento)
  • DX e TTO
  • CI: suspeita de perfuração, instabilidade, colite grave

→ Se Colonoscopia negativa:

  • Cintilografia (mais sensível, mas não usa)
  • AngioTC (preferência na urgência)
  • Arteriografia seletiva (se blush na TC)

** Se paciente instável:

  • AngioTC
  • Arteriografia (blush na AngioTC)
  • CX +/- EDA intraoperatória

** Paciente estável / ambulatorial, com exames negativos (HDM):

  • Cápsula EDA (escolha)
  • Enteroscopia
347
Q

IMPORTANTE

HDB: AngioTC

A

Vantagens:

  • Sensibilidade intermediária (0,3-0,5 ml/min)
  • Disponível
  • Avalia todo o abdome
  • Útil em pacientes instáveis

Desvantagens:

  • Necessita contraste
  • Exige sangramento ativo
  • Não terapêutico

→ Útil: Hemobilia

348
Q

IMPORTANTE

Diverticulite de repetição: complicações

A

FÍSTULAS:

  • Principal complicação crônica (mais comum no sexo masculino)
  • Fístula colovesical: mais comum
  • Sintomas: pneumatúria, fecalúria, dor abdominal
  • Investigação: TC COM CONTRASTE VIA RETAL
  • TTO agudo: ATB + suporte
  • TTO definitivo: TC + Colooscopia + CX eletiva (colectomia segmentar + anastomose primária + rafia vesical + colocação de patch entre bexiga e intestino)

ESTENOSES

ABSCESSOS:
- Principal complicação aguda

349
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Ogilvie (Pseudo-obstrução intestinal): TTO

A

CLÍNICO:

  • Suporte + Jejum + HVM + SNG
  • Afastar desencadeantes

NEOSTIGMINA 2 G EV:

  • Anticolinesterásico
  • Contraindicação relativa em: asmáticos, IAM prévio, bradicárdicos
  • Atropina se bradicardia

COLONOSCOPIA DESCOMPRESSIVA:
- Se refratário ou grande distensão

CX:
→ Colectomia / Cecostomia
→ Se:
- Refratário
- Perfuração
- Ceco > 10-12 cm

350
Q

IMPORTANTE

HDA: transfusões

A

INR:

  • Transfundir se: HDA ativa + > 1,5 OU alteração do TTPA
  • Vitamina K (raramente usa PFC)
  • INR > 2,5: adiar EDA

Hb:
- Transfundir CH se:
→ DUP: Hb < 7
→ Varizes: Ht < 25
- Hb < 5: adiar EDA

Plaquetas:
- Transfundir CP se:
→ < 50k com sangramento ativo
→ < 10k
- Se < 50k: adiar EDA

351
Q

IMPORTANTE

Balão de Sengstaken-Blakemore: complicações

A

COMPLICAÇÕES:

  • Obstrução de VA
  • Necrose de asa nasal (isquemia por compressão na tração do balão)
  • Necrose da JEG
  • Ruptura / Laceração do esôfago
  • PNM aspirativa
  • Isquemia e perfuração da mucosa ou transmural do TGI
352
Q

IMPORATNTE

Enterite actínica: conceitos e clínica

A

Conceitos:

  • Enterite / Proctite / Retite / Colite actínica
  • História pregressa de RT (até anos após)
  • Cicatriz com malformações vasculares aracneiformes

Sintomas crônicos de evolução progressiva:

  • Cólicas
  • Náuseas e vômitos
  • Perda ponderal
  • Estenose: Suboclusão
  • Inflamação: Sangramento
  • Fístulas / Infecção
353
Q

IMPORTANTE

Enterite actínica: TTO

A

Exames de imagem pertinentes: RX, TC, Colonoscopia…

TTO - conforme complicação:

→ Suboclusão intestinal:

  • Agudo: Jejum + SMB + SNG +/- NPP
  • Definitivo: CX (Ressecção das áreas estenóticas OU Bypass intraintestinal)

→ Sangramento:

  • Exige preparo completo
  • Escolha: Argônio

CX:
→ Modos:
- Ressecção segmentar + Ostomia (evitar anastomoses)
- Bypass das áreas de estenose
- Complicações (alta morbidade): intestino curto, fístulas, diarreia, desnutrição…

354
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Fournier / Fasciíte necrotizante: conceitos e fatores de risco

A

CONCEITOS:
- Fasciíte necrotizante: inflamação supurativa necrotizante de partes moles (celulite, fasciíte, miosite)
→ Síndrome de Fournier: infecção necrotizante de partes moles (fáscia, músculo, pele, subcutâneo) do períneo (homens)

FR:

  • Diabetes
  • Idade
  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Desnutrição
  • Imunossupressão

→ Porta de entrada:

  • Trauma
  • CX
  • Infecção (foliculite)
  • Artrite
355
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Fournier / Fasciíte necrotizante: tipos

A

Micro-organismo mais comum:
- Streptococcus pyogenes (Streptococcus B-hemolítico do grupo A)

356
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Fournier / Fasciíte necrotizante: clínica e DX

A

CLÍNCA:

  • Rápida evolução - mau prognóstico (óbito precoce se não tratada)
  • Homens
  • DM
  • Picada de insetos (aranha)
  • Flogose (períneo, membro…)
  • Anestesia
  • Febre e toxemia
  • Secreções
  • Crepitação
  • Equimose / Necrose
  • Sepse

DX:
- Clínico

→ Imagem (RM, TC):

  • Apenas se dúvida e estabilidade
  • Achados: gás, edema, espessamento de partes moles
357
Q

IMPORTANTE

Síndrome de Fournier / Fasciíte necrotizante: TTO

A

TTO geral:

  • Suporte
  • ATB amplo espectro: gram +, gram –, anaeróbios
  • Nutrição
  • Fisioterapia
  • Analgesia
  • Profilaxias
  • Controle de comorbidades

DESBRIDAMENTO CX DE URGÊNCIA:

  • Amplo
  • Cicatrização por segunda intenção (aberto, vácuo)
  • Sonda vesical / Flexi-seal (para não contaminar com evacuação)
  • Desvio de trânsito S/N (risco de contaminação da ferida)
  • Reconstrução tardia
358
Q

IMPORTANTE

Ingestão de corpo estranho: indicações de EDA

A

EMERGÊNCIA (até 2-6 h):

  • Obstrução esofágica (sialorreia, afagia…)
  • Bateria ou Pilha no esôfago (pode causar: isquemia, descarga elétrica, lesão química)
  • Objetos perfurantes no esôfago (até 35% perfura)

URGÊNCIA (até 24 h):

  • Outros corpos estranhos esofágicos
  • Objetos perfurantes no estômago ou duodeno proximal
  • Bateria ou Pilha no estômago ou duodeno proximal
  • Imãs no alcance da EDA (esôfago, estômago ou duodeno)
  • Objeto > 6 cm de comprimento, no alcance da EDA

NÃO URGENCIAL (pode ser ambulatorial):

  • Moeda no estômago (pode aguardar até 4 semanas)
  • Objeto rombo > 2,5 cm de diâmetro no estômago

CONTROLE RADIOLÓGICO:
- Objetos além do alcance da EDA

** CORPO ESTRANHO NA VIA AÉREA (ver no RX de perfil):
- Broncoscopia de urgência

359
Q

IMPORTANTE

Embolia arterial mesentérica: conceitos, imagem e TTO específico

A
  • 50% dos casos de AAV
  • FA, flutter, aneurisma, cirurgias e cateterizações

TTO:

  • Laparotomia + Embolectomia com Fogarty (melhor)
  • Trombolíticos (ruim - pode causar trombose e embolia - utilizada apenas para estáveis sem peritonite e com quadro de curta duração)
360
Q

IMPORTANTE

Trombose arterial mesentérica: conceitos, imagem e TTO específico

A
  • 15-25% dos casos de AAV
  • Aterosclerose / História de isquemia mesentérica crônica
  • Traumas, infecções, dissecções, aneurismas

TTO:

  • Revascularização CX
  • Angioplastia + stent
361
Q

IMPORTANTE

Trombose venosa mesentérica: conceitos, TC e TTO

A

Conceitos:
- 5% dos casos de AAV
- Primária: idiopática, trombofilias
- Secundária: neoplasias, trauma, CX abdominais, infecções, uso de ACO
- Raramente envolve o cólon
→ Trombose de veia porta / mesentérica superior

TC:

  • Líquido livre
  • Trombose de veia porta / mesentérica
  • Borramento do mesentério
  • Espessamento da parede de alças do delgado
  • Alteração da perfusão hepática

TTO:

  • Internação
  • Suspensão de precipitantes e investigação da causa
  • Suporte: Jejum + HVM + Analgesia
  • Anticoagulação plena parenteral
  • Trombólise (raro)
  • Laparotomia se sofrimento intestinal
362
Q

IMPORTANTE

Abscesso retrocecal: conceitos, clínica e TTO

A

Apendicite aguda complicada

Clínica:

  • Quadro de apendicite
  • Febre
  • Dor lombar
  • Flogose em flanco direito
  • Dor na coxa ao deambular
  • Alterações TGI

TTO:
- ATB + Drenagem localizada

363
Q

IMPORTANTE

Colite neutropênica

A

Conceitos:

  • Tiflite: inflamação da parede do ceco, podendo causar obstrução
  • Pacientes imunossuprimidos: QT, Imunossupressão, Doenas linfoproliferativas

Clínica:

  • Neutropenia (< 500)
  • Febre
  • Dor em FID (ceco) +/- Irritação peritoneal local
  • Obstrução a nível cecal: Distensão abdominal + Náuseas e vômitos + RH diminuídos
  • Diarreia (aquosa ou sanguinolenta)

TC:

  • Distensão abdominal
  • Edema em parede do ceco e redução da luz (obstrução)
  • Densificação próxima ao ceco
  • Lifadenomegalia

TTO:

  • Suporte + Jejum + HVM + ATB amplo espectro +/- Granulokine
  • CX se: perfuração, deterioração clínica
364
Q

IMPORTANTE

Perfuração esofágica por Neoplasia: TTO

A

TTO:
- Jejum + Suporte + ATB + Protocolo sepse + CX

CX:
- Esofagectomia (Toracocotomia) + Lavagem + Desbridamento + Esofagostomia + Gastrostomia (não realizar anastomose no primeiro momento)

365
Q

IMPORTANTE

Obstrução intestinal de cólon: TC

A

Distensão colônica

Sofrimento (indica Laparotomia):

  • Pneumatose
  • Ar no sistema porta
  • Pneumoperitônio
366
Q

IMPORTANTE

Obstrução intestinal de delgado: TC

A

Obstrução de delgado:

  • Dilatação central
  • Válvulas coniventes
  • Empilhamento de moedas
  • Níveis hidroaéreos
  • Stop de contraste

Sofrimento (indica Laparotomia):

  • Pneumatose
  • Ar no sistema porta
  • Pneumoperitônio
367
Q

IMPORTANTE

AAO: Hematoma de intestino

A

Conceitos:

  • Maioria delgado
  • Idosos
  • Uso de anticoagulantes
  • INR alargado

TC:

  • Espessamento do delgado
  • Espessamento do mesentério
  • Espessamento da gordura mesenterial

TTO:

  • Suspender anticoagulante
  • Jejum + HVM + DHE
  • SNG
  • Reversão da anticoagulação: PFC, Vitamina K, Complexo protrombínico
368
Q

IMPORTANTE

Caso clínico: ingestão de corpo estranho

A

Localização:
- Hipofaringe

TC:
- Corpo estrnaho em Hipofaringe

TTO:
- Jejum VO + SNE (alimentação) + ATB EV + EDA

369
Q

IMPORTANTE

Apendicectomia: antibióticos

A

NÃO COMPLICADA:
→ Apendicite aguda não complicada (fases I-II)
→ ATB Profilático (da admissão até 24 horas do pós-operatório)
- Cefazolina + Metronidazol

COMPLICADA:
→ Apendicite perfurada ou gangrenosa, incluindo peritonite ou formação de abscesso (fases III-IV)
→ ATB Terapêutico (da admissão até 5 dias após)

** A apendicectomia VLP produz taxas mais baixas de ISCs incisionais do que a apendicectomia aberta, embora a taxa de ISCs de órgão/espaço (isto é, abscessos intra-abdominais) pareça aumentar com a apendicectomia laparoscópica

** Os organismos mais comuns isolados de ISC após apendicectomia são organismos entéricos gram-negativos anaeróbicos e aeróbicos. Bacteroides fragilis é o anaeróbio mais comumente cultivado, e E. coli é o aeróbio mais frequente. Estreptococos aeróbicos e anaeróbicos, espécies de Staphylococcus e espécies de Enterococcus também foram relatados.

370
Q

IMPORTANTE

HDA varicosa: impossibilidade de EDA e ressangramento

A

IMPOSSIBILIDADE DE EDA OU DE TTO EDA:

  • Ponte para procedimentos mais definitivos em pacientes com SANGRAMENTO INCONTROLÁVEL POR HIPERTENSÃO PORTAL
  • Objetivo: EDA e controle do sangramento em até 24h
  • Geralmente não são usados após ressangramento, em paciente submetido à ligadura elástica

→ BALÃO DE SENGSTAKEN-BLAKEMORE:
- Uso máximo de 24h

→ PRÓTESE METÁLICA

SANGRAMENTO REFRATÁRIO À TERAPIA EDA:

→ TIPS:
- Cirrose, na fila do TX (ponte para TX)

→ CX (DAPE):
- Esquistossomose

** Geralmente, não se realiza Embolização em HDA por varizes

RESSANGRAMENTO:
→ Nova EDA:
- Varizes de esôfago: Ethamolin / Cianoacrilato (muito difícil fazer nova ligadura)
- Varizes de estômago: Cianoacrilato novamente

→ Novo Ressangramento: TIPS / CX

371
Q

IMPORTANTE

Pileflebite

A

Conceitos:

  • Trombose séptica da veia porta
  • Processo trombótico infeccioso relacionado com infecção intracavitária importante

Quais as principais afecções relacionadas?

  • Pós-operatório recente de apendicite aguda complicada
  • Enterocolites
  • Diverticulite aguda

Qual o tratamento para pileflebite?

  • Antibioticoterapia de amplo espectro até resultados de culturas (Hemocultura > 50% de positividade)
  • Suporte clínico

Não há evidencia de benefício com anticoagulação nem corticoterapia (exceto na aplicação de choque refratário)

372
Q

IMPORTANTE

Gossipiboma (Corpo estranho)

A

Fatores de Risco

  • Cirurgia de emergência
  • Mudança do plano cirúrgico no intraoperatório
  • Cirurgia com complicação intraoperatória (sangramento importante, lesões inadvertidas)
  • Paciente obeso
  • Falhas nos mecanismos de padronização (time-out, contagem de materiais)
  • Cansaço da equipe cirúrgica / cirurgia durante a madrugada

Exame de Imagem (radiografia, tomografia computadorizada)

  • “Miolo de pão”
  • Coleção / abscesso
  • Fita radiopaca