GÊNEROS TEXTUAIS Flashcards
(G1 - IFSC 2017) Gabarito da segunda aplicação do Enem 2016 é divulgado; uma questão é anulada Enem de dezembro ocorreu devido às ocupações de locais de prova por movimentos estudantis. Inep
divulgou respostas oficiais nesta quarta (7); nota final sai em janeiro.
O gabarito oficial da segunda aplicação do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi
divulgado nesta quarta-feira (7), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Uma das questões da prova de ciências da natureza foi anulada, na prova de sábado,
dia 3 de dezembro: é a 52 na prova amarela, 88 na rosa, 60 na azul e 58 na branca. A pergunta pedia que o candidato analisasse quatro gráficos. De acordo com o Inep, embora não haja incorreções nos dados, “as escalas apresentadas podem ter dificultado a visualização dos pontos relativos à concentração de gases e assim, a partir de um cálculo mais sofisticado, permitido uma segunda interpretação por alguns participantes”. Segundo o órgão, a pergunta não será considerada no cálculo
das proficiências. “Como a prova do Enem é baseada na Teoria de Resposta ao Item (TRI), a anulação não tem impacto no resultado final”, afirma o comunicado
do Inep.
NOTÍCIA
A notícia é um gênero textual jornalístico que busca
comunicar um fato de interesse público, de forma
rápida e objetiva. Se uma notícia for contada de forma
exagerada ou sensacionalista, ela será considerada
uma notícia alarmante ou “clicbait”.
(ENEM 2020) O ouro do século 21
Cério, gadolínio, lutécio, promécio e érbio; sumário, térbio e disprósio; hólmio, túlio e itérbio. Essa lista de nomes esquisitos e pouco conhecidos pode parecer a escalação de um time de futebol, que ainda teria no banco de reservas lantânio, neodímio, praseodímio, európio, escândio e ítrio. Mas esses 17 metais, chamados de terras raras, fazem parte da vida de quase todos os humanos do planeta. Chamados por muitos de “ouro do século 21” “elementos do futuro” ou “vitaminas da indústria”, eles estão nos materiais usados na fabricação de lâmpadas, telas de computadores, tablets e celulares, motores de carros elétricos, baterias e até turbinas eólicas. Apesar de tantas aplicações, o Brasil, dono da segunda maior reserva do mundo desses metais, parou de extraí-los
e usá-los em 2002. Agora, volta a pensar em retomar sua exploração.
SILVEIRA, E. Disponível em: www.revistaplaneta.com.br. Acesso
em: 6 dez. 2017 (adaptado).
REPORTAGEM
A reportagem é um texto traz um assunto de interesse público e aprofunda a discussão em torno dele. Esse gênero pode fazer comparações, trazer falas de
indivíduos relevantes para o fato e de especialistas no assunto. A reportagem não tem objetivo de mostrar a opinião do autor (repórter), mas pode expor a opinião
dos indivíduos envolvidos no fato.
(ENEM 2017 PPL) Este mês, a reportagem de capa
veio do meu umbigo. Ou melhor, veio de um malestar que comecei a sentir na barriga. Sou meio
italiano, pizzaiolo dos bons, herdei de minha avó uma
daquelas velhas máquinas de macarrão a manivela.
Cresci à base de farinha de trigo. Aí, do nada, comecei
a ter alergias respiratórias que também pareciam
estar ligadas à minha dieta. Comecei a peregrinar por
médicos. Os exames diziam que não tinha nada
errado comigo. Mas eu sentia, pô. Encontrei a
resposta numa nutricionista: eu tinha intolerância a
glúten e a lactose. Arrivederci, pizza. Tchau,
cervejinha.
Notei também que as prateleiras dos mercados de
repente ficaram cheias de produtos que pareciam ser
feitos para mim: leite, queijo e iogurte sem lactose,
bolo, biscoito e macarrão sem glúten. E o mais incrível
é que esse setor do mercado parece ser o que está
mais cheio de gente. E não é só no Brasil. Parece ser
em todo Ocidente industrializado. Inclusive na Itália.
O tal glúten está na boca do povo, mas não está fácil
entender a real. De um lado, a imprensa popular faz
um escarcéu, sem no entanto explicar o tema a fundo.
De outro, muitos médicos ficam na defensiva,
insinuando que isso tudo não passa de modismo, sem
fundamento científico. Mas eu sei muito bem que não
é só modismo — eu sinto na barriga.
O tema é um vespeiro — e por isso julgamos que era
hora de meter a colher, para separar o joio do trigo e
dar respostas confiáveis às dúvidas que todo mundo
tem.
BURGIERMAN, D. R. Tem algo grande aí. Superinteressante, n.
335, jul. 2014 (adaptado)
EDITORIAL
O editorial é um gênero jornalístico escrito por um
repórter (assim como todo gênero jornalístico é
escrito por um jornalista). No entanto, ele se posiciona
como líder do jornal ou como porta-voz da opinião da
equipe de jornalistas. O editorial tem claro objetivo
de mostrar opinião.
(G1 - IFCE 2016) O desmonte silencioso dos Cursos
das Casas de Cultura
As Casas de Cultura Estrangeira (CCE) da UFC
enfrentam há anos dificuldades na oferta de seus
cursos, problemas causados em especial pelo baixo
número de professores. Com a lei Nº 12.772, de
28.12.2012, esperava-se assegurar o prosseguimento
deste fabuloso projeto dedicado à comunidade
cearense desde sua criação nos anos 1960 pelo
Reitor-Fundador Antônio Martins Filho.
Em setembro passado, o CH e a Pró-Reitoria de
Gestão de Pessoas propuseram que cada professor
das CCE fosse obrigado a dar, no mínimo, uma
disciplina num curso de graduação da UFC, sendo
esta disciplina determinada pela graduação. Se
levada a cabo, esta proposta retiraria completamente
das CCE a relativa autonomia que possuem em gerir
seus cursos, tendo como consequência o corte imediato de vagas e o desmonte de um projeto de
extensão presente no imaginário do cearense como
um espaço de aprendizado de línguas e de oferta de
oportunidades.
A Administração afirma que a atuação das CCE seria
ilegal, pois os cursos ali oferecidos seriam só Extensão
e não Ensino – tal como no tripé Ensino-PesquisaExtensão – e aludiu a uma advertência do MEC sobre
o problema, porém não apresentou tal documento à
comunidade diretamente atingida, servidores
docentes, técnico-administrativos e alunos.
Há nesta proposta a real preocupação em defender o
interesse da comunidade? Se assim for, está na hora
de chamar a principal interessada – a sociedade
cearense – para se inteirar e participar do debate
acerca do futuro dos cursos das CCE da UFC.
Rogéria C. Pereira (Adaptado de
<http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2015/10/22/notici
asjornalopiniao,3522594/o-desmonte-silencioso-dos-cursos-dascasas-de-cultura.shtml>. Acesso em: 24 jul. 2016)
ARTIGO DE OPINIÃO
O artigo de opinião é um gênero jornalístico. Esse
gênero é semelhante ao editorial, só que no artigo de
opinião, o jornalista dá a sua própria opinião sobre o
assunto, enquanto no editorial, a opinião é do jornal
onde ele trabalha.
A História, mais ou menos
Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um
plá de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no
Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado
por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já
tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai
nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se
mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem
direto para Belém, como mandava o catálogo,
resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em
Jerusalém. Pra quê! Chegaram lá de boca aberta e
entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está o
rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente
e viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal.
O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado.
Que rei era aquele? Ele é que era o dono da praça.
Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse
guri vai se apresentar? Em que canal? Quem é o
empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber tudo.
Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na
volta dicavam tudo para o coroa.
VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.
CRÔNICA
A crônica é um gênero textual jornalístico que narra
um acontecimento corriqueiro (do cotidiano) com
finalidade de ser engraçada. O ENEM chama isso de
caráter lúdico. Claro, para ser engraçado, o texto tem
que ter linguagem informal.
(PUCPR 2015) Alcântara Machado faz a seguinte
apresentação para BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA
em Artigo de Fundo:
Este livro não nasceu livro: nasceu jornal. Estes contos
não nasceram contos: nasceram notícias. E este
prefácio portanto também não nasceu prefácio:
nasceu artigo de fundo.
Dessa apresentação, pode concluir-se que
a) os jornais brasileiros da época eram determinantes
absolutos das vanguardas artísticas e a literatura
sofreu essa determinação.
b) o livro referido transformou-se em jornal, ou
melhor, houve uma transposição dos fatos e das
personagens do mundo real para o literário,
c) o livro em questão é jornalístico, porque está
preocupado em dar opiniões sobre as notícias da
comunidade
d) a linguagem do livro de Alcântara Machado, ao
aproximar-se jornalisticamente do cotidiano, afasta-se
dos meios literários modernistas de sua época
e) o livro está impregnado de uma atmosfera de
reportagem, aproximando-o do jornal por captar o
fato, instantâneo da vida cotidiana.
PREFÁCIO
O prefácio é um breve texto escrito antes do texto
oficial de um livro. A sua finalidade é aumentar o valor
percebido da obra para que o leitor sinta mais
vontade de ler.
ÍNDICE
ÍNDICE
Índice é uma listagem organizada de temas, assuntos,
palavras e tópicos e que costuma estar presente em
livros e outros documentos. Por norma, o índice deve
estar no final do texto, sendo considerado um
elemento pós-textual e opcional, onde aparecem
informações alternativas, normalmente explicativas,
daquelas que foram apresentadas ao longo do
documento, por exemplo.
Geralmente, os índices apresentam
informações detalhadas sobre os conteúdos
apresentados ao longo do texto, estando organizados
por ordem alfabética ou cronológica (de acordo com
a ordem em que aparecem no livro), indicando
também as suas respectivas páginas.
(PUCPR 2015) Os gêneros textuais estão vinculados à
nossa vida social e organizam nossas atividades
comunicativas. Todo texto pertence a um gênero,
como o que segue:
Escritores jovens para jovens leitores
Fábulas para o Ano 2000
Novos autores sempre surgem, mas autores
novíssimos são bem mais raros. Gustavo Martins tem
apenas 15 anos e, antes que você se espante com
isso, é bom lembrar que ele publicou seu primeiro
livro aos 8 anos, o que lhe valeu uma menção no
Guinness, o livro dos recordes. Rodrigo Lacerda, de
29 anos, convenhamos, também é um jovem autor se
comparado, por exemplo, aos medalhões da
Academia de Letras. Mas o que interessa mesmo é
que ambos fazem ótima literatura. Estas fábulas são a
melhor prova disso.
Com talento e bom humor, eles adaptaram histórias
tradicionais, como A Princesa e o Sapo ou Os Três
Porquinhos, aos tempos modernos. O resultado foi
uma espécie de cyber-conto-de-fadas, onde uma rã
transforma-se em princesa e casa-se com um
metaleiro ou três porquinhos sem-terra encaram um
lobo latifundiário. Para manter o espírito edificante, os
autores não abriram mão da famosa “moral da
história” no final de cada conto. Um exemplo: “Os
Powers Rangers podem até vencer o monstrão, desde
que ele não tenha um bom advogado”.
Moderníssimo.
Disponível em: http://galileu.globo.com/edic/91/cultura
Acesso em 30 de out. 2014.
SUMÁRIO
O sumário, que é comumente confundido com os
índices, costuma estar no começo dos livros. Indica os
capítulos e todas as outras divisões textuais, assim
como se apresentam no texto, e o número da página
em que estão os respectivos conteúdos.
(UECE 2019) Sinopse do filme Capitão América:
Guerra Civil
Capitão América: Guerra Civil encontra Steve Rogers
(Chris Evans) liderando o recém-formado time de
Vingadores em seus esforços continuados para
proteger a humanidade. Mas, depois que um novo
incidente envolvendo os Vingadores resulta num
dano colateral, a pressão política se levanta para
instaurar um sistema de contagem liderado por um
órgão governamental para supervisionar e dirigir a
equipe.
O novo status quo divide os Vingadores, resultando
em dois campos: um liderado por Steve Rogers e seu
desejo de que os Vingadores permaneçam livres para
defender a humanidade sem a interferência do
governo; o outro seguindo a surpreendente decisão
de Tony Stark (Robert Downey Jr.) em apoio à
supervisão e contagem do governo.
Capitão América 3 tem direção dos irmãos Joe e
Anthony Russo, produção de Kevin Feige e grande
elenco formado por Scarlett Johansson (Viúva Negra),
Sebastian Stan (Soldado Invernal), Anthony Mackie
(Falcão), Emily Van Camp (Agente 13), Don Cheadle
(Máquina de Combate), Jeremy Renner (Gavião
Arqueiro), Chadwick Boseman (Pantera Negra), Paul
Bettany (Visão), Elizabeth Olsen (Feiticeira Escarlate),
Pail Rudd (Homem-Formiga), Frank Grillo (Ossos
Cruzados), William Hurt (General Thunderbolt) e
Daniel Brühl (Barão Zenom).
Disponível em:
http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-118069/.
Acesso em: 02.11.2018.
RESUMO E SINOPSE
Resumo e sinopse são sinônimos e apresentam, de
forma breve, os principais pontos de um outro texto,
sem dar opinião sobre ele.
(ENEM 2017) Uma noite em 67, de Renato Tera e
Ricardo Calil.
Editora Planeta, 296 páginas.
Mas foi um noite, aquela noite de sábado 21 de
outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra
ver a finalíssima do III Festival da Record, quando um
jovem de 24 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu
Lobo, saiu carregado do Teatro Paramount em São
Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival
com Ponteio, que cantou acompanhado da charmosa
e iniciante Marília Medalha.
Foi naquele noite que Chico Buarque entoou sua
Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro, o arranjador.
Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria
com a plateia ao com das guitarras dos Beat Boys, que
Gilberto Gil apresentou a tropicalista Domingo no
parque com os Mutantes.
Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas
mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou
livro. O livro que está sendo lançado agora é a história
daquela noite, ampliada e em estado que no jargão
jornalístico chamamos de matéria bruta. Quem viu o
filme vai se deliciar com as histórias – e algumas fofocas – que cada um tem para contar, agora sem os
contes necessários que um filme exige. E quem não
viu o filme tem diante de si um livro de histórias,
pensando bem, de História.
VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acessado em:
18 jun. 2014 (adaptado).
RESENHA
A resenha é um texto curto que apresenta outra obra
com objetivo de guiar e convidar o leitor a conhecer a
obra na íntegra
(ENEM 2015) Em junho de 1913, embarquei para a
Europa a fim de me tratar num sanatório suíço. Escolhi
o de Clavadel, perto de Davos-Platz, porque a
respeito dele me falara João Luso, que ali passara um
inverno com a senhora. Mais tarde vim a saber que
antes de existir no lugar um sanatório, lá estivera por
algum tempo Antônio Nobre. “Ao cair das folhas”, e
um de seus mais belos sonetos, talvez o meu
predileto, está datado de “Clavadel, outubro, 1895”.
Fiquei na Suiça até outubro de 1914.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 1985.
RELATO
O autor busca mostrar a própria experiência vivida,
por meio de descrições objetivas e subjetivas, que
trazem as impressões, sentimentos e pensamentos do
autor narrador. Presença de verbos no passado, com
adjetivos objetivos e subjetivos. Tem linguagem mais
subjetiva, com forte carga emocional.
(ENEM 2015) Exmº Sr. Governador:
Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados
pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 1928.
[…]
ADMINISTRAÇÃO
Relativamente à quantia orçada, os telegramas
custaram pouco. De ordinário vai para eles dinheiro
considerável. Não há vereda aberta pelos matutos
que prefeitura do interior não ponha no arame,
proclamando que a coisa foi feita por ela; comunicamse as datas históricas ao Governo do Estado, que não
precisa disso; todos os acontecimentos políticos são
badalados. Porque se derrubou a Bastilha – um
telegrama; porque se deitou pedra na rua – um
telegrama; porque o deputado F. esticou a canela –
um telegrama.
Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929.
GRACILIANO RAMOS
RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962.
RELATÓRIO
O relatório é um gênero usado em repartições
públicas ou empresas, com o objetivo de detalhar um
processo importante para a instituição.
CONTO
CONTO
O conto é um texto narrativo curto, com poucos
personagens, enredo delimitado e história concisa.
(ENEM 2015) João Antônio de Barros (Jota Barros)
nasceu aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá
(PE). Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta
repentista e escritor de literatura de cordel, já
publicou 33 folhetos e ainda tem vários inéditos.
Reside em São Paulo desde 1973, vivendo
exclusivamente da venda de livretos de cordel e das
cantigas de improviso, ao som da viola. Grande
divulgador da poesia popular nordestina no Sul, tem
dado frequentemente entrevistas à imprensa paulista
sobre o assunto.
EVARISTO. M. C. O cordel em sala de aula. In: BRANDÃO. H. N.
(Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel,
discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000.
BIOGRAFIA
A biografia é um gênero textual que busca contar a
jornada de uma pessoa (geralmente essa pessoa tem
grande valor na sociedade). Se for a pessoa contando
a própria história, chamamos de autobiografia.
No capricho
O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava
pelo delegado, olhava para um quadro, a pintura de
uma senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo
que o cabôco admirava tal figura, perguntou: “Que
tal? Gosta desse quadro?”
E o Adãozinho, com toda a sinceridade que Deus dá
ao cabôco da roça: “Mas pelo amor de Deus, hein,
dotô! Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo,
parente do deus-me-livre, mais horríver que briga de
cego no escuro.”
Ao que o delegado não teve como deixar de
confessar, um pouco secamente: “É a minha mãe.” E
o cabôco, em cima da bucha, não perde a linha: “Mais
dotô, inté que é uma feiura caprichada.”
BOLDRIN, R. Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo:
Andreato Comunicação e Cultura, n° 62, 2004 (adaptado).
ANEDOTA
A anedota, também conhecida como piada, é um
gênero textual que visa, a partir de uma breve
narrativa, causar o humor ao interlocutor por meio de
algum comentário.
Fora da ordem
Em 1588, o engenheiro militar italiano Agostinho
Romelli publicou Le Diverse et Artificiose Machine, no
qual descrevia uma máquina de ler livros. Montada
para girar verticalmente, como uma roda de hamster,
a invenção permitia que o leitor fosse de um texto ao
outro sem se levantar de sua cadeira.
Hoje podemos alternar entre documentos com muito
mais facilidade – um clique no mouse é suficiente para
acessarmos imagens, textos, vídeos e sons
instantaneamente. Para isso, usamos o computador, e
principalmente a internet – tecnologias que não
estavam disponíveis no Renascimento, época em que
Romelli viveu.
BERCITTO, D. Revista Língua Portuguesa. Ano II. N°14.
HIPERTEXTO
É o texto que você consegue ler de baixo pra cima, de
um lado para o outro etc. O leitor não segue uma
ordem linear na leitura. É característico de textos de
sites, já que o leitor pode rolar a página pra baixo ou
pra cima, ver um vídeo, ir para outra página etc.
BULA
A bula é um texto técnico que tem objetivo de mostrar
a composição de um remédio, seus efeitos colaterais,
suas contraindicações etc.
Senhor Juiz
O instrumento do “crime” que se arrola
Nesse processo de contravenção
Não é faca, revólver ou pistola,
Simplesmente, doutor, é um violão.
Será crime, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
Perambular na rua um desgraçado
Derramando nas praças suas dores?
Mande, pois, libertá-lo da agonia
(a consciência assim nos insinua)
Não sufoque o cantar que vem da rua,
Que vem da noite para saudar o dia.
É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento
Juntada desta aos autos nós pedimos
E pedimos, enfim, deferimento
Disponível em: www.migalhas.com.br. Acesso em: 23 set. 2020
(adaptado).
TEXTO JURÍDICO
Textos jurídicos são escritos com vocabulário técnico
e com precisão vocabular. A ideia de uma redação
jurídica é ser o menos ambígua possível, pois a
narrativa dos fatos irá embasar a decisão do
magistrado ou do servidor público, assim como irá
convencer os demais sujeitos do processo.