GASTRO - 2 Flashcards
PATOGÊNESE AINES
Inibem síntese de prostaglandinas na mucosa gástrica
% úlceras duodenais e gástricas relacionadas aos aines
Duodenais: 5-10%
Gástricas: 20-30%
Quantos % pacientes desenvolvem defeito na mucosa gástrica após 14 dias uso aines e após 4 semanas?
2 semanas: 5%
4 semanas: 10%
Diferença da dor e sintomas da úlcera gástrica e duodenal
Úlcera duodenal: 2-3 hrs após alimentação e a noite. Melhora com a refeição. 2/3 UD tem dor noturna. 20-50 anos.
Úlcera gástrica: sintomas desencadeados pelos alimentos. Náusea e emagrecimento são mais comuns. > 40 anos (pp 55-65 anos)
Patogênese das dores (diferença) na Ud e Ug
Alimento > aumenta secreção ácida pelo estômago por 3 a 5 hrs
Alimento permanece estômago e duodeno por 2 a 3 hrs
Alimento no estômago = aumento secreção ácida gástrica = piora dor UG
Alimento deixa de tamponar suco gástrico = piora dor duodenal
Quando realizar EDA em paciente com sintomas dispépticos?
> 45 anos (> 55 anos segundo ACG)
E
Pacientes com sinais de alarme (anemia, perda ponderal, sangramentos, vômitos recorrentes, disfagia, odinofagia, massa abdominal, linfadenopatia, HF de ca gástrico, gastrectomia parcial prévia
Como investigar H. Pylori? E controle de cura?
Se indicação de EDA: teste rápido urease ou visualização histopatologica HP (padrão ouro)
Se não indicação EDA: sorologia (Elisa) ou teste ureia respiratória (ureia marcada) ou antígeno fecal
Controle de cura: se nova EDA - mesmos testes diagnósticos na EDA; se não fazer nova EDA - teste ureia respiratória (fazer pelo menos 4 a 6 semanas após diagnóstico para evitar falsos negativos)
Quando o tratamento do H. Pylori exige controle de cura? Quando ser feito
Sempre
Pelo menos 4-6 sem após diagnóstico. Se teste ureia respiratória, deve ser feita apenas após término do uso de IBP
Quando o tratamento da úlcera gástrica exige controle de cura? Quando ser feito?
Sempre. Com controle endoscópico
8 - 12 semanas após primeira EDA, devido possibilidade de se tratar de uma neoplasia
*** úlcera duodenal não exige controle endoscópio
Tratamento da úlcera peptica?
- Não farmac: evitar aines, álcool, tabaco…
- Farmac: IBP/BH2 ou sucralfato 4-8 semanas
- Erradicar HP (se presente)
Principais indicações para erradicar H. Pylori?
- Dispepsia
- Linfoma MALT
- Úlcera peptica (mesmo cicatrizada)
Outros:
- lesões pré neop (gastrite atrófica e metaplasia intestinal)
- História Ca gástrico familiar 1 grau
- adenocarcinoma gástrico
- Gastrite histológica intensa
- uso crônico de aine/aas
- HP tu gástrico com tto endoscópio ou gastrec parcial
- Anemia ferropriva inexplicada
- Deficiência b12
- Portadores PTI
Como funciona o sucralfato na proteção da úlcera peptica?
Como barreira mecânica (não altera pH): forma uma película na base da úlcera que impede a ação deletéria do suco ácido, da pepsia e sais biliares
Como tratas H Pylori
14 dias com terapia tripla
- Padrão ouro: IBP (dose plena 12/12h), Claritromicina (500mg 12/12h), Amoxicilina (1g 12/12h)
- alternativa: quádrupla com Bismuto (ibp, bismuto, tetraciclina e metronidazol) ou quádrupla sem bismuto (ibp, claritro, amoxicilina e metronidazol)
Qual a conduta se falha terapêutica no tratamento do H Pylori?
Ideal: tentativa de nova erradicação com terapia tripla (IBP, levo 500mg 1x/dia e amoxicilina) por 14 dias
- alternativa: terapia quádrupla com bismuto
*** se alergia a amoxicilina: levo 500/d ou doxiciclina 100mg 12/12h
Fatores associados a úlceras refratárias (não cicatrização) ou recidivastes?
- uso de aine/aas
- não adesão ao tto com IBP
- não erradicação H Pylori
- úlcera não péptica (ex: adenocarcinoma)
- hipersecrecao ácida (ex: gastrinoma)
Definição de intratabilidade clínica verdadeira da DUP?
Falha de cicatrização da UP após 8-12 semanas de tto (necessário erradicação do HP e descontinuação AINEs)
Indicações tratamento cirúrgico na DUP?
- Obstrução
- Hemorragia
- Perfuração
- Intratabilidade clínica verdadeira (excluir gastrinoma primeiro)
- Úlceras recidivantes
Procedimentos cirúrgicos eletivos na úlcera duodenal?
*** UD associada a hipercloridria - tto se baseia na inibição secreção ácida
- VAGOTOMIA
- ANTRECTOMIA
Tipos de vagotomia? Diferenças?
- Troncular
- Seletiva
- Superseletiva
** troncular e seletiva retiram inervação vagal (motora) do antro e piloto»_space;> necessário procedimento de drenagem gástrica (piloroplastia ou antrectomia)
** Se antrectomia: reconstrução a Billroth I (gastroduodenostomia) ou II (gastrojejunostomia)
Qual o nervo seccionado na vagotomia?
Nervos de Latarjet
Complicações pós op da vagotomia troncular?
Gastrite alcalina
Dumping
Síndrome da alça aferente (Billroth ll)
Qual a cirurgia com maior e menor taxa de recidiva? Qual o feixe associado às recidivas?
- Vagotomia troncular com antrectomia (< 1%), vagotomia superseletiva (> 10%)
- Feixe criminoso de Grassi
Classificação de Johnson para UG?
Tipo I: pequena curvatura (50-60%) - HIPOCLORIDRIA
Tipo ll: duodeno + corpo gástrico
Tipo lll: pré pilorica
Tipo lV: junção gastroesofágica - HIPOCLORIDRIA
Tipo V: associada a fármacos
Tratamento cirúrgico para UG com hipercloridria?
= duodenal
Vagotomia troncular + antrectomia (deve-se retirar a úlcera)
Tratamento cirúrgico UG hipocloridria?
*** não precisa de vagotomia pois não necessita redução da secreção ácida
- tipo l: apenas retirada da úlcera (antrectomia)
- tipo IV: gastrectomia subtotal + Y de roux OU antrectomia com extensão vertical + Billroth l ou ll
Complicações precoces e tardias do tratamento cirúrgico das UP?
- Precoces: sangramento, fístulas, deiscência, gastroparesia
- Tardias: sd alça aferente, gastrite alcalina, sd dumping, diarreia pós vagotomia
O que é a síndrome da alça aderente? Em quem ocorro?
- Antrectomia + Billroth ll
- Alça duodenal (principalmente se for longa) pode ter obstrução/semiobstrução (dobradura, torção, aderência, hérnia…)
- Obst leva acúmulo secreção biliopancreatica na alça duodenal
Como se apresenta a Sd alça aferente? Tratamento?
- Distensão + dor abdominal (após alimentação)
- Se obstrução for vencida pelo aumento da pressão intraluminal: vômitos biliosos em jato + melhora da dor
- Se obstrução não for vencida: pode ocorrer ruptura da alça e piora da dor abdominal + aumento importante amilase
- Tratamento: reoperação + gastrojejunostomia a Y Roux