GAS 1 - Esôfago, Estômago e Duodeno Flashcards

1
Q

O aparelho de deglutição é composto por quais estruturas?

A

Língua, palato mole, faringe,
laringe (glote), Esfíncter Esofagiano Superior (EES), corpo do esôfago e
Esfíncter Esofagiano Inferior (EEI)

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2
Q

Os três funções básicas do esôfago

A
  1. Conduzir o alimento da faringe ao estômago (peristalse, relaxamento dos esfíncteres);
  2. Evitar a deglutição de ar, ou aerofagia, durante a respiração (tônus do EES);
  3. Evitar que o alimento retorne do estômago (tônus do EEI).
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3
Q

Os dois tipos básicos de disfagia

A

Mecanica & Motora

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4
Q

O melhor exame para avaliar a disfagia de transferência/disfagia orofaringea

A

Videofluoroscopia baritada (videoesofagografia)

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5
Q

Tratamento de Disfunção cricofaríngea

A

Esofagomiotomia cervical

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6
Q

Disfagia para sólidos progressivamente mais intensa é um sinal muito sugestivo de que?

A

Câncer de esôfago

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7
Q

O que é Pseudodisfagia?

A

É uma sensação de “bolo na garganta”, bastante comum na população. Está relacionada ao estresse emocional e ocorre, pelo menos uma vez na vida, em cerca de 45% das pessoas.

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8
Q

O que é acalásia? Qual a população mais atingida? E consequência de quê?

A

Deficit de relaxamento fisiológico do Esfíncter Esofagiano Inferior (EEI) durante a deglutição que obstrui a passagem do bolo alimentar. Ocorrendo com maior frequência em pacientes de 25 a 60 anos de idade (especialmente antes dos 40 anos). E consequência da degeneração de neurônios do plexo de Auerbach presente na parede esofagiana (seus corpos celulares são destruídos), o grande responsável pela coordenação motora do esôfago.

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9
Q

Sintomas da acalásia

A

Disfagia de condução (para sólidos e líquidos), perda de peso, regurgitação, tosse cronica (noturna), odinofagia (no inicio da doença)

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10
Q

Diagnóstico de acalásia

A

Radiografia de tórax; esofagografia baritada; esofagomanometria (padrão-ouro)

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11
Q

O que a RX simples pode revelar (acalásia)?

A

(1) Ausência da bolha gástrica (ar no estômago);
(2) Massa mediastínica tubular ao lado da aorta;
(3) Nível hidroaéreo no mediastino na posição ereta,
representando material estagnado no esôfago.

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12
Q

O que a esofagografia baritada pode revelar (acalásia)?

A
  1. Dilatação do corpo esofágico (megaesôfago);
  2. Imagem de estreitamento em “bico de pássaro” na topografia do EEI (seta);
  3. Atraso no esvaziamento esofagiano;
  4. Presença de contrações esofagianas não peristálticas.
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13
Q

Classificação de Rezende-Mascarenhas

A

I. Forma anectásica: esôfago de calibre normal (até 4 cm), apenas com pequena retenção de contraste, um minuto após a deglutição;
II. Esôfago discinético: com pequeno aumento de calibre (entre 4-7 cm) e franca retenção do contraste (megaesôfago leve);
III. Esôfago francamente dilatado (megaesôfago clássico, entre 7-10 cm), atividade motora reduzida e grande retenção de contraste;
IV. Dolicomegaesôfago (dólico = alongado): maior que 10 cm ou tortuoso.

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14
Q

A principal causa secundária de acalásia no Brasil

A

A doença de Chagas

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15
Q

Tratamento de acalásia

A
Os nitratos (via sublingual) antes das refeições e os antagonistas de cálcio (10 mg nifedipina VO 6/6h) reduzem a pressão do EEI e podem ser usados em
pacientes com sintomas leves a moderados. 

Outra abordagem farmacológica consiste na injeção intramural e circunferencial de toxina botulínica, que pode ser usada quando resultados imediatos são
desejáveis (eficácia de 90% em um mês), porém, a duração de seus efeitos é de apenas 3-6 meses. (reservada principalmente para os casos de alto risco cirúrgico)

Miotomia de Heller + fundoplicatura por laparoscopia (70-90% de sucesso)

Nos últimos anos vem sendo empregada – ainda em caráter experimental – a técnica de miotomia endoscópica

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16
Q

O que é Espasmo Esofagiano Difuso?

A

O Espasmo Esofagiano Difuso (EED) é um distúrbio da motilidade esofágica de etiologia neurogênica, no qual o peristaltismo normal é substituído por intensas contrações não propulsivas fásicas, principalmente nos 2/3 inferiores do esôfago

17
Q

Sintomas de Espasmo Esofagiano Difuso

A

Dor retroesternal que pode se irradiar para as costas, para os lados do tórax, para ambos os braços e até para a mandíbula, durando de alguns segundos a vários minutos; disfagia;

18
Q

Diagnóstico de Espasmo Esofagiano Difuso

A

O Esofagograma Baritado (pode revelar uma imagem conhecida como “esôfago em saca-rolha”)

A Esofagomanometria é o melhor exame para avaliação objetiva, revelando contrações características, prolongadas (> 2,5s), de grande amplitude (> 120 mmHg) e repetitivas

19
Q

Tratamento de Espasmo Esofagiano Difuso

A

A única classe de drogas que mostrou benefício em um estudo controlado foram os ansiolíticos

Os nitratos, os antagonistas do cálcio e os antidepressivos tricíclicos podem ser úteis em alguns casos

A dilatação endoscópica com balão (risco de perfuração esofágica) e a injeção local de toxina botulínica (efeito por no máximo seis meses) são empregadas com relativo sucesso em pacientes refratários ou que não toleram a terapia medicamentosa.

20
Q

As causas mais comuns da obstrução extrínseca do esôfago

A
  1. Aumento de átrio E (na estenose mitral: síndrome de Ortner);
  2. Aneurisma de aorta;
  3. Tireoide retroesternal;
  4. Exostose óssea;
  5. Tumores extrínsecos (principalmente pulmonares).
21
Q

O que é Anel de Schatzki?

A

Dobra circunferencial da mucosa que pode causar obstrução mecânica. Geralmente a cada três ou quatro
meses, o paciente chega à sala de emergência com um “bolo” de carne ou pão impactado no terço inferior do esôfago, um quadro classicamente conhecido como “afagia intermitente”

22
Q

Melhor conduta com um paciente com crise de afagia aguda

A

O paciente com crise de afagia aguda deve ser orientado a não forçar o vômito, pelo risco de ruptura do esôfago. O correto é aguardar alguns minutos, quando então, em geral, o bolo alimentar consegue passar espontaneamente para o estômago. Pode-se ministrar glucagon (1 mg IV), cujo efeito é relaxar agudamente o esôfago, facilitando a passagem do bolo alimentar impactado. Caso essa passagem não aconteça, está indicada uma endoscopia de emergência para evacuação do conteúdo esofágico. Este procedimento deve ser realizado sob anestesia geral, de modo que o paciente seja submetido à intubação orotraqueal e a via aérea possa ser adequadamente protegida da broncoaspiração.

23
Q

O que é a Síndrome de Plummer-Vinson?

A

A síndrome de Plummer-Vinson é geralmente definida pela tríade de anemia ferropriva, disfagia e membranas esofágicas

24
Q

O tratamento definitivo de todas as membranas esofagicas

A

Ruptura mecânica com um dilatador endoscópico

25
Q

Classificação dos divertículos do ponto de vista estrutural

A

1) Verdadeiros: de herniação de todas as camadas de sua parede, formando uma estrutura sacular

2) Falsos: de herniação da mucosa e submucosa
através da muscular, em direção ao exterior do esôfago

3) Intramurais: intramurais não ultrapassam o limite externo do esôfago, ficando de certa forma “submersos” na camada muscular

26
Q

Diagnóstico de diverticulos

A

Todos os divertículos podem ser diagnosticados pela esofagografia baritada e pela Endoscopia Digestiva Alta (EDA).

27
Q

O que é o Divertículo de Zenker

A

O divertículo de Zenker ( ) é um falso divertículo formado pela herniação da mucosa hipofaríngea através de uma área frágil da parede posterior da faringe distal (o triângulo de Killian), mais precisamente entre as fibras oblíquas do músculo faríngeo inferior e o músculo cricofaríngeo (EES)

28
Q

Sintomas: Divertículo de Zenker

A

Começam a reter alimentos e saliva, que ficam ali por dias, determinando halitose e podendo ser regurgitados ou aspirados, em geral quando o paciente se inclina ou deita. Por essa razão, surgem sintomas respiratórios como tosse, crises de broncoespasmo, pneumonias de repetição, etc. Mais raramente, a bolsa pode tornar-se tão grande que comprime e obstrui o
esôfago, resultando em disfagia mecânica.