Frequência Flashcards

Fábio

1
Q

Para quê estudar comunicação?

A
  • Avaliar fenómenos previsíveis;
  • Curiosidade;
  • Criar, medir e avaliar;
  • Mudar perceções erradas (muitos estudos servem para desmistificar algumas perceções)
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2
Q

5 axiomas (verdades absolutas) da comunicação:

A
  • É impossível não se comunicar (quando as pessoas não se conhecem, tentam estratégias de
    aproximação – primeiras perceções) - todo o comportamento é uma forma de comunicação);
  • Toda a comunicação sugere um conteúdo e uma relação (relação – papéis sociais que o emissor e
    recetor partilham - para além dos significados das palavras, existe mais informação);
  • A natureza de uma relação está dependente da pontuação das sequências comunicacionais entre os
    comunicantes (a comunicação é um fluxo que, pode sofrer ruídos, de phubbing, …);
  • Os seres humanos comunicam de forma digital e analógico (digital – códigos linguísticos –
    comunicação é igual ao sistema não binário de um computador; analógico – contacto, gestos, físico,
    comportamento – não é a forma como falo, mas todo o meu corpo);
  • As permutas comunicacionais são simétricas ou complementares (complementar – uns sabem mais
    de uma coisa e outros de outra; simetria – estão no mesmo nível de comunicação);
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3
Q

Defina o que é Comunicação

A

A palavra Comunicação (1988 – Raymond Williams) – “nome da ação”; deriva do latim communicare
– significa “tornar comum a muitos/partilhar”. Uma possível definição: De acordo com Raymond Williams (1988), “já enquanto nome de ação a
palavra comunicação envolve um sentido duplo: ela pode ser (e é) interpretada seja como transmissão,
“um processo de sentido único”, seja como partilha, “um processo comum ou mútuo””. Comunicação é o resultado de um produto, o emissor e o recetor entendem-se mutuamente.

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4
Q

Evolução Histórica da Comunicação

A

Imprensa – Pintura – Fotografia – Rádio – TV – Internet

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5
Q

Porque é que definir comunicação é difícil?

A

Abrangência de Comunicar:
* Publicitária;
* Jornalística;
* Visual;
* Cultural;
* Política;
* Económica;

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6
Q

Quais são os três níveis da Comunicação:

A
  • Nível de observação ou abstração (exemplo – só acredita se ver);
  • Intencionalidade (consoante a minha intenção, assim também se estrutura a minha interpretação);
  • Julgamento – ordem normativa (o nível de comunicação, também depende de uma ordem);
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7
Q

Que tipos de comunicação existem?

A
  • Tempo – direta ou síncrona vs diferida ou assíncrona;
  • Número – interpessoal vs comunicação de massas;
  • Espaço – presencial ou face to face vs mediatizada ou à distância;
  • Código – verbal (signos linguísticos) vs não verbal (gestos, movimentos, tempos, …)
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8
Q

Que tipos de interações existem segundo John Thompson (1998)?

A
  • Face to face (conversa);
  • Mediada tecnicamente (telefone);
  • Quase mediada tecnicamente (televisão - mass media em geral);
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9
Q

Segundo Denis McQuail (2003) quais são os níveis do processo de comunicação:

A
  • Intrapessoal – reflexão;
  • Interpessoal – díade ou casal;
  • Intergrupal ou associação – comunidade local;
  • Institucional ou organizacional – sistema político ou empresa;
  • Comunicação de massas – alargado a toda a sociedade
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10
Q

Que Meios de Comunicação (Fiske 2002) conhece?

A
  • Apresentativos – voz; rosto; corpo (requerem a presença de um comunicador e produzem atos de
    comunicação; dimensão mais direta da comunicação);
  • Representativos – livros; pinturas; fotografias (assentam na ausência de um comunicador, podem
    ser utilizados para registar os meios apresentativos e produzem obras de comunicação – é este
    tipo de meios que dá origem aos problemas de receção; a nossa interpretação);
  • Mecânicos – telefone; rádio; televisão (são transmissores dos meios apresentativos e
    representativos – os problemas de receção existem com este tipo de meios; difere dos meios
    representativos pela vertente tecnológica)
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11
Q

Quantos modelos de comunicação conhece? Defina.

A

Modelo de Transmissão (olha o ponto de vista mais direto):
* Meios;
* Canais;
* Mensagens;
* Múltiplos recetores

Modelo Ritual/ Expressivo:
* Depende do entendimento, das emoções;
* Celebra algum modo de ver o mundo, consumo, missão ou estrutura;
* Ex: publicidade;

Modelo de Atenção Comunicativa (fixa na memória):
* Pretende ganhar a atenção do cidadão;
* O tempo da audiência é finito;
* Só existe o presente;
* Sem valores ou crenças;

Modelo da Receção:
* O recetor da mensagem é que determina a validade do conteúdo;
* Diferentes pessoas, diferentes codificações da mensagem;
* Risco: uma mensagem pode sugerir uma codificação não desejada;

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12
Q

Caracterize a Tradição Semiótica.

A

Esta tradição tem como objetivo falar em estímulos, significados. O conceito base é o de signo: um estimulo (ex: tal como vemos fumo, pressentimos a presença de um incêndio);
Triangulo da Semiótica
* Signo/ Objeto (elemento físico ou substantivo);
* Símbolo (Relação arbitraria com o signo);
* Referente (representa a imagem na mente);

Componentes:
* Semântica
o Quadro mental (as nossas ideias) – relação entre signos e referente;
o Ex: um dicionário é uma relação semântica; (subjetividade)
* Sintática
o Relação entre signos e as relações sociais;
o Permite ao ser humano a produção de sentidos infinitos;
o Ex: O cão mordeu a minha mão; (subjetividade)
* Pragmática
o Relação entre signos e a sociedade e cultura;
o Permite significados infinitos;
o Ex: Os países nórdicos apresentam uma qualidade de vida muito alta

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13
Q

Caracterize a Tradição Fenomenológica:

A

Edmund Husserl (pai desta tradição), define que nem sempre a experiencia tem de ser direta. As pessoas interpretam a realidade através do contacto e da experiência;
O fenómeno é um acontecimento que chega até nós ou uma condição compreendida; Compreensão do mundo pela experiência DIRETA.
Experiência Consciente – “conhecemos o mundo à medida que fazemos parte dele”;
* Experiencia direta – valorizamos aquilo que mais diretamente pode influenciar a nossa
vida quotidiana;
* Experiência através da linguagem – “se sabermos o que é uma chave é porque a
reconhecemos como fechadura, porta, metal, peso”.

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14
Q

Caracterize a Tradição Cibernética.

A

Esta tradição passa a ideia de uma rede. É baseada na ideia de que a comunicação é um processo complexo e dinâmico, que envolve uma rede de elementos interdependentes. Esses elementos podem ser físicos, biológicos, sociais, comportamentais, etc., e interagem entre si para transmitir um determinado sentido.
Não é possível caracterizar uma série pelo genérico, assim como não é possível conhecer uma família através de uma fotografia.

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15
Q

Caraterize a Tradição Sociopsicológica.

A

É baseada na ideia de que a comunicação é um processo que envolve indivíduos, os seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, enfatizando a importância de compreender os processos psicológicos que influenciam a comunicação.
É possível compreender os processos psicológicos que influenciam o comportamento de um indivíduo, o que pode permitir que se façam previsões sobre o seu comportamento.

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16
Q

Caracterize a Tradição Sociocultural.

A

É baseada na ideia de que a comunicação é um processo onde os sentidos comunicativos derivam da interação, dos papéis e regras sociais, dos valores culturais.
Mostra a importância de compreender os fatores sociais e culturais que influenciam a comunicação. Existem certos temas que estamos divididos entre a cultura e o sociopsicológico.
Embora os indivíduos processem as informações individualmente, em várias situações, esta tradição estuda a forma como se processa a comunicação em grupos, organizações e culturas.

17
Q

Caracterize a Tradição Crítica.

A

Esta tradição é baseada na ideia de que a comunicação é um processo social que pode ser usado para promover a mudança social. Essa tradição enfatiza a importância de compreender o impacto social da comunicação e de usar a comunicação para promover a igualdade e a justiça social.
Exemplo: Causas: Influenciada pelo feminismo e outros movimentos sociais destaca-se pela luta a favor
da igualdade de género. O impacto social – Como é que certas mensagens reforçam ou contrariam a opressão social.

18
Q

Caracterize a Tradição Retórica.

A

É baseada na ideia de que a comunicação é um processo de persuasão. Essa tradição enfatiza a importância de compreender os princípios da retórica para ser eficaz na comunicação. Normalmente, confunde se a capacidade oratória, com a formulação de argumentos. “ ajustando as pessoas as ideias e as ideias às pessoas”. A evocação de símbolos comunicativos apoiam a adesão a uma realidade, proposta
conversão, projeto, etc. Existem aspetos chave como, inovação, invenção, estilo, durabilidade na memória que auxiliam a convencer as pessoas a aderir.

19
Q

Que formas de estudar comunicação existem?

A

Abordagem científica (tende a ter mais objetividade; feita através de processos standard; Replicar procedimentos; “Descobrir” pessoas;Ex: números)

Abordagem humanista (tende a ter mais subjetividade; feita através da observação /interpretação; Casos individuais; Descoberta do mundo; Ex: grupo de foco, entrevista)

Abordagem social-científica (Utiliza padrões das anteriores; Métodos que visam o consenso; Experimentação; Estudo da mudança comportamental; Mais abrangente)

20
Q

Evolução dos estudos em comunicação.
Quais são as 4 fases dos estudos da comunicação?

A

Embora seja estudada desde a Antiguidade clássica, nunca foi objeto sério de estudo como
acontece hoje um pouco por vários cantos do mundo.

1ª fase: Meados do séc. XIX até 1920 (origens do estudo em comunicação).
Estudava-se a a comunicação a nível pessoal, intrapessoal e mediatizada. Era uma visão limitada (estudavam-se pessoas e realidades concretas);
Alguns nomes: Comte; Durkheim (suicídio); Trade; Le Bom; Simmel; Weber;
Marcos importantes:
▪ I Congresso de Sociólogos, em 1910 “sociologia da imprensa”
▪ Denis McQuail refere que os estudos da comunicação têm a mesma idade que os média contemporâneos
▪ Criação do primeiro Instituto para o Estudo dos Jornais em Leipzig, pelo economista político Karl Bücher, em 1916.
Nos anos de 1920, Payne Fund promove um estudo em larga escala, publicada em 1933,
para determinar os efeitos das comunicações de massa, nomeadamente dos cartoons sobre
as crianças.

2ª fase: 1920 até inícios dos anos 1960 (afirmação e consolidação do “paradigma dominante”).
Pode dividir-se em 2 sub-periodos. 1º subperíodo – até aos finais dos anos 1930 (guerra mundial e crise de 1927); “Teoria hipodérmica” – efeitos diretos e ilimitados: conceção do comportamento do
indivíduo em termos de estímulo-resposta e da sociedade como “massa”. Não existe capacidade crítica. A comunicação é um processo de propaganda que visa levar os indivíduos a responderem de forma mais ou menos dócil, uniforme e homogénea aos
estímulos que lhes são fornecidos pelo média. 2º subperíodo – dos anos 1940 até aos inícios dos anos 1960; Influência seletiva dos media – os especialistas definem esta opção de estudo como “o paradigma dominante” em Ciências da Comunicação”; Abandona-se a perspetiva opressiva dos média para um entendimento menos
“contaminado” da influência global dos media.

3ª fase: 1960 até finais dos anos 1980 (contestação e desconstrução do paradigma dominante) - Fim do “paradigma dominante”;
1- a “teoria crítica” da Escola de Frankfurt (capacidade crítica e a subjetividade); 2- a “teoria dos media” da Escola de Toronto (a multiplicação das redes de
influência); 3- os “estudos culturais” da Escola de Birmingham (a introdução da cultura como
elemento fundamental para a comunicação);

4ª fase: 1980 até à atualidade (Pluralismo paradigmático, teórico e metodológico) - fragmentação a partir de várias versões.
(o estudo da comunicação é feito lado a lado de outras áreas (Ciências matemáticas, físicas, sociais, etc), para se compreender melhor o problema de investigação; importância dos algoritmos; contexto político e económico.
▪ A tentativa de conjugação da componente empírica e da componente reflexiva;
▪ Enfase na receção em detrimento da produção;
▪ Insistência na interação em detrimento da transmissão;

21
Q

Metáforas para falar da complexidade do estudo da comunicação - McQuail:

A
  1. Os média como espelhos da realidade – as pessoas
    são convidadas a pensar os media como se isso representasse o mundo, sendo que são um espelho imperfeito da realidade.
  2. Os média como interpedes da realidade - cada indivíduo interpreta a realidade à sua maneira (subjetividade).
  3. Os média como plataformas de contacto - as pessoas pensam que os média são a única forma de obter infromação.
  4. Os média como promotores da interação - sempre foram uma forma de contacto.
  5. Os média como indicadores de sinais - são agentes decisivos da mobilização social.
  6. Os média como promotores de barreiras - a sua complexidade pode impedir a compreensão do público.
  7. Os média como filtros - apenas escolhem um pouco do se passa no mundo, não mostram coisas boas, apenas más, por exemplo.
  8. Os média como janelas - a forma como alguém se posiciona condiciona a realidade.
22
Q

Qual é a centralidade dos média?

A

Os média tem poder para:
- Configurar a sociedade – Os meios de comunicação social contribuem decisivamente para a
definição de uma sociedade
- Promoção de uma identidade – As instituições mediáticas desempenham um papel fundamental
na produção de uma forma de ver o mundo.
- O sentido e os significados sociais – Os públicos e as comunidades participam na construção do
sentido das mensagens mediáticas;

23
Q

Como podemos catalogar os média?

A
  1. Comunicação de massas (1924)
    a. Consolidada nos EUA a partir da rádio e do cinema, sugere a comunicação com um sentido
    popular e de entretenimento. Uma visão próxima de ócio e despersonalização. A
    comunicação é homogénea.
  2. Comunicação pública (1926-28)
    a. Consolidada na europa em universidades alemãs, de 1926, especialmente por Karl Jaegger
    e Emil Dovifat, perde influencia depois da queda do fascismo por volta de 1960. O publico
    passa a ser visto como um elemento com liberdade e autonomia.
  3. Industrias culturais (1939 - 1944)
    a. Em 1944, em Amesterdão, publica-se a Dialética do Iluminismo por dois fundadores da
    teoria crítica, Max Horkheimer e Theodor Adorno. Os autores denunciam o “totalitarismo
    das massas” e o controlo dos gostos dos cidadãos pelos meios de comunicação;
  4. Comunicação social (1965)
    a. O concílio do Vaticano II propõe a regulamentação do termo, como forma de
    responsabilizar os meios de comunicação social, substituindo uma perceção negativa do
    termo (massa) por outra mais neutra (social)
  5. Comunicação mediática (1997)
    a. Em 1997, John Thompson publica “Os media e a modernidade”, que reflete sobre as
    transformações tecnológicas dos média:
    * Poder económico - recursos materiais e financeiros que gerem os média;
    * Poder político – autoridade legal e regulamentar que sinaliza os média;
    * Poder coercivo – instituições militares que organizam a sociedade;
    * Poder simbólico – associado aos efeitos das mensagens mediáticas;

Géneros Mediáticos:
* Concursos – mais objetividade, mais emocionalidade
* Atualidades – mais objetividade, menos emocionalidade (informações concretas – ipma;
transito)
* Persuasão – menos objetividade, menos emocionalidade (anúncio publicitário – intenção é
vender)
* Dramas – menos objetividade, mais emocionalidade (ficção)

24
Q

Qual foi a evolução dos média?

A

1ª fase:
o Os média têm impacto nos indivíduos e na sociedade;
o O efeito de contágio dos média: a televisão afeta o quotidiano independentemente de vermos
ou não;
o Os média são uma extensão da mente humana.
o Ex: Amusing ourselves to deth

  • 2ª Fase:
    o O público responde às imagens que lhe são incutidas mentalmente;
    o Os média moldam a realidade social: criam assuntos – atribuindo imagens (capacidade que os
    média têm em colocar um assunto na nossa cabeça);
    o Definem um tema, como abordá-lo e quando se deixa de falar sobre o mesmo.
  • 3ª fase
    o As audiências não são uma massa homogénea e desligada do processo crítico de opiniões;
    o Os valores de um grupo determinam e orientam processos de ação;
    o O significado obtém-se do processo interpretativo;
    o A interpretação não depende só dos média, mas também dos indivíduos;
    o As mensagens mediáticas são sinais em constante mutação de sentido;
    o O significado de um formato mediático nunca é estabelecido individualmente;
    o As ações realizam-se sempre em grupo.

Teorias que sustentam esta evolução:
Teoria dos efeitos
Teoria da cultivação – Gerber defendia que a televisão introduz noções decisivas nas audiências, de tal
forma que cria uma “cultura comum”
Teoria da espiral do silêncio – Elisabeth Meuman (1984), defendia que as pessoas tendem a mudar de
ideia, em vez de discutirem. As relações sociais e os média contaminam a opinião pública.
Teoria crítica – o poder e o privilégio que os média desempenham como forma de controlo social e no
agendamento de lutas ideológicas.
Teoria do feminismo – estuda os estereótipos de género definidos pelos média, os efeitos na receção e
as mudanças operadas pelos média (papéis clássicos atribuídos aos homens e às mulheres).

25
Q

Como podemos desconstruir a comunicação? Quais são os aspetos cruciais na comunicação - Elementos definidores?

A

Comunicador; Mensagem; Conversação; Relação; Grupos e Organizações.

O Comunicador:

Personalidade comunicativa – características:
* Neurótico – tendência para se sentir negativo, em stress e com emoções negativas;
* Extroversão – otimista, capacidade de divertir-se em grupos, assertivamente;
* Abertura à reflexão – dos outros a formular opiniões independentemente;
* Capacidade de agradabilidade – apoiar outros, evitar antagonismos;
* Tomada de consciência – autocontrolo, organização, resistência a impulsos.

Processamento da informação e cognição:
1- Teoria da atribuição (ex: não é preciso ter um sinal de pouco barulho na biblioteca para se saber que tem de se falar baixo)
a. O nosso comportamento é influenciado por outros comportamentos (Fritz Heider)
b. Depende do contexto; efeitos pessoais; esforço, desejo; obrigações e permissões;
2- Teoria do julgamento social (ex: estudem, se não reprovam)
a. Os comportamentos derivam dos discursos que partem das outras pessoas (Muzafer Sherif)
3- Teoria do valor expectável (ex: A origina B - exploração espacial: nunca vimos um foguetão mas sabemos que ele chega ao espaço)
a. Martin Fishbein refere que existem dois tipos de crença:
i. Num objeto concreto ou numa ideia abstrata;
ii. Num sentimento de causa-efeito entre esse objeto/ideia e uma consequência
4- Teoria da dissonância cognitiva
a. Leon Festinger considera que um comunicador desenvolve um conjunto de atitudes que
funcionam:
i. Sem relação;
ii. Em consiência, em que um elemento determina o aparecimento de outro;
iii. Dissonante, em que surge um efeito contrário ao esperado por parte do comunicador

A Mensagem:

Aspetos cruciais na comunicação:
* Códigos não-verbais: de ordem analógica (como o som e luz);
* Cinésia (linguagem corporal)
* Proxémia (utilização do espaço na comunicação)
o Postura
o Espaço social (gestão do espaço comunicativo)
o Fatores cinestésicos (toque, abraço, cumpriemnto, …)
o Contacto visual (olhar direto, distante)
o Código térmico (mede a intensidade do discurso)
o Código olfativo
o Volume de voz

A utilidade de um texto – Para Stanley Fish, a interpretação não está no texto, mas na utilização que
fazemos do texto: “o que faz um texto? Para que serve um texto?

É DIFERENTE

Hermenêutica – a interpretação textual do discurso. O discurso por si só. E no caso dos textos
figurativos? E a legislação? E as metáforas?.

A Conversação:

Teoria da Redução da Incerteza:
* Como reunimos informações sobre uma pessoa?
* Quanto menos conhecemos uma pessoa, maior será a incerteza (Charles Berger).
Teoria da Gestão da Ansiedade:
* Depende de fatores culturais
* Para William Gudykunst, quanto maior for a proximidade cultural, menor será a ansiedade.
Teoria da Interação Adaptada:
* Os comunicadores desenvolvem uma sincronia interativa.
* Opta-se pelo padrão de reciprocidade, moldando comportamentos às atitudes comunicadas.
Teoria da Acomodação:
* Como adaptamos a comunicação à reação dos outros? De forma convergente ou divergente.
* Ex: cruzar os braços enquanto escutamos alguém.
Teoria das Expectativas Frustradas:
* Quando as nossas expectativas não se cumprem no plano social de acordo com a nossa
experiência anterior, surgem comportamentos negativos, concretizados em: contacto visual,
distância, etc.

A Relação:

Relações são feitas de controlo.
Noção de Controlo:
O controlo não depende exclusivamente da ação do comunicador; 2. O controlo depende do padrão de
comportamentos dos indivíduos ao longo de tempo; 3. As relações consolidam-se ou perdem
consistência devido aos comportamentos.

Teoria da Influência Social (permite entender como as pessoas são influênciadas - ex marketing):
Sequencia – escada de comportamentos que provam como é feita a influência:
* Orientação – pode ser vista de muitas formas. O A tenta orientar o B, para algo por exemplo não
fumar. (a pessoa está aberta a ser influênciada)
* Trocas Afetivas – Normalmente segue-se um período de contacto. Tem de provocar sintonia. (colaboração)
* Avaliação da abordagem afetiva – será que a abordagem me favorece? (avalia se pode confiar)
* Estabilização da mudança – a pessoa incorpora a mudança.

O conceito de infinidade do mundo: o caos, a evolução, a mudança toma conta das relações sociais;
A noção de diálogo: mesmo em monólogo, o ser humano está sempre em relação comunicativa com
outro eu, outro ser;
O diálogo é uma agência da indefinição permanente: “a palavra final nunca foi dada e jamais será
dada”;
Dialogar significa configurar uma cultura, imprimir uma negociação da interação junto de outros, do
nosso ponto de vista.

Grupos/Organizações:

As funções de um grupo, segundo Robert Bales (1950) servem para:
* pedir/dar informações;
* pedir/dar opiniões;
* pedir/dar sugestões;

Os grupos são a rede cibernética de informação e influência social.
Relacionam-se permanentemente com a cultura e caracterizam-se por:
* Serem individuais e coletivos;
* Auto construtores;
* Desafiadores da sua imagem social.

Teoria da Estruturação (Anthony Giddens):
* A ação humana reproduz sistemas sociais.
o O Homem cria sistemas de comunicação entre estruturas sociais, culturais e pessoais.
* Como?
o Interpretação ou compreensão;
o Moralidade e/ou conduta própria;
o Poder e ação;

How we think (John Dewey – 1910):
De que modo a comunicação evolui em contexto de grupo?
1. Expressar uma dificuldade
2. Definir o problema
3. Analisar o problema
4. Sugerir soluções
5. Comparar alternativas e testá-las
6. Implementar a melhor solução

Quando os grupos não são eficazes: A discussão sinaliza pequenos aspetos; Desprezo pela opinião
maioritária; Não se examinam as alternativas; Especialistas não são consultados; Grupos altamente
seletivos; Demasiada crença própria.

Janis (1982):
* Apoiar toda a interpretação crítica;
* O líder não deverá prevalecer sempre sobre os restantes;
* Criar formas de gestão internas do grupo;
* Dividir em subgrupos;
* Permitir a discussão permanente;
* Convidar elementos externos ao grupo;
* Vigiar potenciais sinais de crise;
* Proporcionar espaços de reflexão global antes da decisão final.

  • Os grupos não podem ser separados do seu contexto;
  • Um grupo desenvolve tarefas e cria relações interpessoais;
  • A natureza do grupo: existem sempre processos e estruturas;
  • Eixos: qualidade da comunicação, pensamento crítico e criativo
26
Q

Identifique quais as eventuais implicações que as mudanças dos média têm para o interesse público.

A

Estas implicações podem ser:
Fragmentação da audiência: As pessoas têm acesso a uma variedade de fontes de informação podendo escolher consumir conteúdos que confirmem as suas próprias crenças e opiniões. Isso pode levar à fragmentação da audiência e à formação de “bolhas informativas”, onde as pessoas estão expostas principalmente a perspetivas que já partilham, invés da diversidade de opiniões.

Desafios para o jornalismo tradicional: A mudança para o meio digital e a disponibilidade gratuita de notícias online apresentaram desafios financeiros para organizações de média tradicionais, que lutam para manter os seus recursos para investigações aprofundadas e reportagens de qualidade.

Rápida propagação de notícias falsas: Os média sociais e as plataformas online tornaram mais fácil e rápida a disseminação de notícias falsas e desinformação.

Personalização de conteúdo: As plataformas digitais utilizam muitas vezes algoritmos para personalizar o conteúdo com base nos interesses individuais. Por um lado, aumenta a relevância percebida e, por outro, limita a exposição a diferentes pontos de vista.

Participação pública e ativismo: Os média através da participação pública e do ativismo, permitem que as pessoas se organizem, expressem as suas opiniões e se mobilizem em torno de questões importantes.

Privacidade e vigilância: As informações pessoais recolhidas, levantam preocupações, contudo podem ser usadas para personalizar conteúdos.

Acessibilidade global: As pessoas têm acesso a informações de todo o mundo, o que pode aumentar a consciencialização sobre questões globais e fomentar a solidariedade global, mas também pode resultar em desafios relacionados com à interpretação cultural e contextualização adequada das notícias.

Desafios para a sustentabilidade financeira: A transição para modelos de negócios online e a disponibilidade de conteúdos gratuitos têm levado a desafios para a sustentabilidade financeira do jornalismo.

27
Q

Comparar as abordagens marxistas tradicionais com as ideias da Escola de Frankfurt.

A

Concordâncias entre as abordagens marxistas tradicionais e a Escola de Frankfurt:

Ambas as abordagens têm as suas origens nas ideias de Karl Marx, partilhando a preocupação com as estruturas sociais e económicas, além do desejo de compreender e superar as injustiças do capitalismo. Tanto as abordagens tradicionais como a Escola de Frankfurt
concordam sobre a existência de alienação nas sociedades capitalistas, onde os indivíduos se sentem desconectados do seu trabalho e da sociedade. Reconhecem e criticam as desigualdades do sistema capitalista, incluindo a exploração económica, a luta de classes e a instabilidade inerente ao modo de produção capitalista. Por último, ambas
partilham a visão de que a transformação social é necessária para superar as limitações e contradições do capitalismo.

Divergências entre as abordagens marxistas tradicionais e a Escola de Frankfurt:

As abordagens tradicionais adotam muitas
vezes uma visão mais determinista e economicamente centrada, enquanto a Escola de Frankfurt inova ao incorporar uma abordagem interdisciplinar, integrando elementos de psicologia, teoria crítica da cultura e sociologia.
Diferem também na visão sobre a cultura de massa, pois o marxismo tradicional vê a cultura de massa principalmente como uma expressão da ideologia dominante e a Escola de Frankfurt, critica a indústria cultural, destacando como é que ela pode reforçar a conformidade e a alienação. Esta, introduz o conceito de reificação, que destaca como é que as relações sociais podem ser objetificadas. Além disso, desenvolve a ideia de “indústria cultural”, argumentando que a cultura, na sociedade capitalista, é frequentemente produzida e padronizada como uma mercadoria.
Por último, algumas abordagens marxistas tradicionais podem ter uma visão mais determinista em relação à mudança social, enquanto que a Escola de Frankfurt está mais aberta à possibilidade de transformação social através da consciência crítica e da ação política, sem necessariamente depender de uma revolução violenta.