FRATURA TRANSTROCANTÉRICA Flashcards
Citar dados epidemiológicos
- 75% de todas as fraturas de quadril ocorrem em mulheres e 1/3 de todas as mulheres com idade de 90 anos terão uma fratura de quadril
- 9 em 10 = > 65 anos
3 em 4 = mulheres - População mais idosa em relação as fraturas de colo de fêmur
—> em média 3 anos mais velhos
—> maioria = mulher branca, magra e idosa
—> 50% apresentam osteoporose - Tipo de fratura mais operado e que mais morre
- Doenças crônicas = aumento em 5x
- Osteoporose
—> mulheres gravemente osteoporóticas = fraturas intertrocantéricas
—> mulheres sem osteoporose = predomínio de fraturas do colo do fêmur - Quanto maior a idade, maior risco de fratura
—> homens > 80 anos: risco 8x maior
—> mulheres > 80 anos: risco 5x maior - Trans x colo
—> pacientes biologicamente mais velhos
—> níveis mais baixos de Hb
—> menor capacidade de locomoção prévia
—> maior número de comorbidades
—> mais dependentes de terceiros
—> mais fraturas osteoporóticas
Quais os mecanismos lesionais?
- Quedas de baixa energia ao nível do solo: pacientes com mais de 50 anos, com maior proporção feminina.
- Alta energia: raras; mais comuns em homens com menos de 40 anos
Quais as condições que relacionam a queda a fratura do quadril?
A) queda com impacto nas proximidades do quadril
B) respostas protetoras não funcionam
C) tecidos moles locais devem absorver menos energia do q necessário
D) energia residual da queda deve exceder sua força
Quais lesões associadas?
- Quedas de baixa energia: fratura de terço distal de rádio, fratura de terço proximal do úmero (lesões cranianas menos importantes)
- Alta energia: traumas no membro ipsilateral, lesões cranianas, fraturas pélvicas
Citar exame clínico:
- Dor na região do quadril, sem conseguir deambular
- fraturas sem desvio ou impactadas: podem deambular com dor moderada
- Encurtamento e rotação lateral do membro
- Hematoma glúteo (fratura-extracapsular)
- Fraturas impactadas: dor a mobilização do quadril
- Teste da ausculta de Lippmann: percussão da patela e ausculta da propagação sonora na sínfise púbica
- Realizar exame neurovascular
Citar exames de imagem:
- RX bacia AP
- RX quadril AP (rotação medial de 15º e sob tração+ perfil (cross-table)
- RX Coxa AP e P se traço longo
Quais as características de instabilidade de fraturas transtrocantéricas?
- Fragmentação posteromedial
- Padrões basocervicais
- Padrões com obliquidade reversa
- Fraturas do trocanter maior com deslocamento (parede lateral)
- Incapacidade em reduzir a fratura antes de sua fixação interna
Citar classificação AO:
31-A1: fraturas simples (extensão para córtex medial; córtex lateral e trocanter maior intactos; estáveis)
—> 31-A1.1: fratura isolada do trocanter maior
—> 31-A1.2: fratura duas partes na linha intertrocantérica
—> 31-A1.3: parede lateral intacta (> 20,5mm de desvio)
31-A2: cominuídas, apresentando fragmento posteromedial (instáveis)
—> 31-A2.2: com um fragmento intermediário
—> 31-A2.3: com dois ou mais fragmentos intermediários
31-A3: linha de fratura atravessa cortical medial e lateral (instáveis, oblíquas reversas)
—> 31-A3.1: oblíqua reversa simples
—> 31-A3.2: transversa simples
—> 31-A3.3: cunha ou cominuída
Citar classificação de Boyd e Griffin:
- Tipo I: estável (2 partes)
- Tipo II: instável com cominuição posteromedial
- Tipo III: obliquidade reversa
- Tipo IV: subtrocantérica com extensão intertrocantérica
Citar classificação de Evans:
Tipo I: estáveis (cortical posteromedial intacta ou cominuição mínima)
- IA: sem desvio
- IB: com desvio, mas reduzida
Tipo II: instáveis (maior cominuição posteromedial)
- IIA: com desvio, não reduzida
- IIB: cominutiva
- IIC: obliquidade reversa
Tipo III: 4 partes (modificada por Jensen e Michaelson em 1975)
Citar classificação de Tronzo:
Tipo 1: incompleta sem desvio
Tipo 2: completa sem desvio
Tipo 3: completa com desvio, calcar no canal
- 3A: medialização da diáfise, sem fratura do trocânter maior
- 3B: medialização da diáfise, com fratura do trocânter maior
Tipo 4: lateralização da diáfise
Tipo 5: traço reverso
Quais as principais inserções musculares na região intertrocantérica?
- Glúteo médio e mínimo (trocanter maior): abdução
- Piriforme e rotadores externos curtos (região trocantérica posterior): rotação lateral
- Iliopsoas (trocanter menor): flexão
- Glúteo máximo e isquiotibiais: extensão
Qual a classificação de Dorr?
- Tipo A: pacientes jovens; metáfise estreita, cortical espessa e istmo alto
- Tipo B: metáfise mais ampla, cortical mais delgada e istmo mais afilado
- Tipo C: pacientes idosos; metáfise ampla, canal medular calibroso e perda da constrição do istmo
Quando realizar tratamento conservador?
Pacientes incapazes de andar ou com demência grave e com dor controlável, ou em pacientes com alguma doença terminal e com expectativa de vida inferior a 6 semanas.
Como tratar conservadoramente?
Mobilização precoce do paciente, e não da fratura.