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Por que a fise é um local vulnerável a fraturas na infância?
A fise possui menor resistência mecânica do que a metáfise e a epífise, sendo o ponto mais fraco do osso em crescimento, especialmente em traumas de cisalhamento e compressão.
Quais são as principais respostas da fise ao trauma?
Necrose celular, alteração na organização da placa fisária, fechamento prematuro parcial ou total e remodelação óssea anômala.
Qual a importância do pericôndrio nas fraturas fisárias?
O pericôndrio atua como uma estrutura estabilizadora e pode influenciar a cicatrização, sendo um fator crítico para evitar fechamento prematuro da fise.
Quais são os princípios da classificação de Salter-Harris?
A classificação de SH baseia-se na localização e extensão do traço de fratura em relação à fise e suas camadas, influenciando o prognóstico.
Quais os tipos de fratura fisária de Salter-Harris com pior prognóstico?
Tipos III e IV, por comprometerem a articulação e a zona de crescimento hipertrófica, aumentando o risco de fechamento prematuro e deformidade angular.
Como ocorre a lesão de Salter-Harris tipo V?
Por compressão axial intensa, causando esmagamento da fise e alto risco de epifisiodese precoce, sendo frequentemente diagnosticada retrospectivamente.
Qual a diferença entre as classificações de Salter-Harris e Peterson?
A classificação de Peterson inclui o tipo VI, que representa avulsões com perda de parte da fise, e considera fraturas metafisárias transversas (tipo I), diferente de SH.
Por que a zona hipertrófica da fise é mais suscetível a fraturas?
Porque possui células grandes e pouca matriz extracelular, tornando-a estruturalmente frágil e propensa a fraturas por cisalhamento e tração.
Como as forças mecânicas influenciam o padrão das fraturas fisárias?
Forças de cisalhamento e torção tendem a produzir fraturas do tipo I e II de SH, enquanto forças compressivas causam fraturas do tipo V.
Qual o impacto de um desvio angular inicial em fraturas fisárias?
Dependendo da idade e do local da fratura, pequenos desvios podem ser corrigidos pelo crescimento ósseo, mas desvios maiores exigem redução anatômica para evitar deformidades.
Quais sinais radiográficos sugerem comprometimento da fise?
Alargamento assimétrico da fise, desalinhamento epifisário, sinais de fragmentação e fechamento precoce parcial da placa de crescimento.
Quando a ressonância magnética está indicada em lesões fisárias?
Em casos suspeitos de fratura tipo V de SH, lesões ocultas na radiografia convencional e para avaliação detalhada de lesões epifisárias complexas.
Como diferenciar fratura fisária de uma variação normal da fise na radiografia?
A fratura apresenta traço irregular e desalinhamento epifisário, enquanto a fise normal é simétrica e tem margens bem definidas.
Qual o tratamento padrão para fraturas Salter-Harris tipo I e II sem desvio?
Imobilização com gesso por 3 a 6 semanas, monitorando sinais de complicações como fechamento precoce da fise.
Quando está indicada a redução aberta e fixação interna (RAFI) em fraturas fisárias?
Em fraturas do tipo III e IV de SH com desalinhamento significativo e risco de comprometimento articular.
Quais são as principais opções de fixação para fraturas fisárias instáveis?
Fios de Kirschner lisos cruzando a fise perpendicularmente, parafusos extraepifisários evitando a zona de crescimento e fixação interfragmentária na metáfise.
Qual a conduta nas fraturas Salter-Harris tipo V?
Monitoramento radiográfico a longo prazo, pois frequentemente são diagnosticadas retrospectivamente com sinais de fechamento precoce da fise.
Quais as principais complicações das fraturas fisárias?
Epifisiodese parcial ou total, deformidade angular, discrepância de comprimento dos membros e artrose precoce em casos intra-articulares.
Como avaliar o risco de fechamento precoce da fise após fratura?
Acompanhamento com radiografias seriadas e uso de ressonância magnética para avaliar viabilidade da cartilagem de crescimento.
Qual o papel da epifisiodese contralateral no manejo de discrepâncias de membros pós-lesão fisária?
Pode ser indicada em discrepâncias >2 cm, para equilibrar o crescimento do membro afetado e evitar assimetrias severas.